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Desdobra Museu Mineiro 2023

Com curadoria de Bruno Rios, a mostra apresenta o trabalho de dez artistas em linguagens e formatos variados

Neste sábado, dia 14 de janeiro, a partir das 13h, o Museu Mineiro abre as portas para a exposição “Desdobra”. A mostra é o resultado dos encontros da “Desdobra”, uma plataforma de acompanhamento e desenvolvimento de projetos em artes visuais, coordenada por Bruno Rios, que visa aprimorar a troca coletiva através da partilha de processos, desenvolvimento de trabalhos e leituras críticas e reflexivas sobre o fazer artístico como um todo.

A exposição apresenta 10 obras, em formatos e linguagens variadas, dos 10 artistas que participaram dos 30 encontros ao longo de cinco meses: Arthur Monteiro, Cavi Brandão, Drey Melo, Flora Próspero, Izabella Coelho, Luiz Lemos, Mateus Santos de Oliveira, Murilo Caliari, Sarah Coeli e Thatiane Mendes.

“Os trabalhos aqui apresentados são, assim, uma tentativa de revelar algumas arestas, pontos de contatos e linhas que conformam a pesquisa de cada artista e a malha costurada nesse tempo. Não se fecham em um percurso pré-determinado e aproveitam do espaço circular do Atrium do Museu Mineiro para colocar em órbita tais relações, implicando concentricidades, movimentos centrípetos e centrífugos de forma ativa e dinâmica”, diz Bruno Rios no texto curatorial da exposição.

Bruno Rios

Artista-pesquisador, Mestre em Artes pela UFMG e graduado em Artes Gráficas pela mesma instituição. Trabalha com as mais variadas técnicas, onde conceitualmente se interessa pelas questões relacionadas ao corpo, à paisagem, ao deslocamento, ao jogo, à palavra e ao desenho.

Ao longo dos últimos anos participou de importantes prêmios, residências, exposições e publicações em âmbito nacional e internacional. Dentre elas destacam-se: Faca, palavra e outras coisas para lamber (exposição individual no BDMG Cultural, 2022); Chão de Passagem (exposição individual no espaço Mamacadela, 2019); Corpo Tangente (exposição individual no Palácio das Artes, 2013); VI e IX Bang - Festival Internacional de Video Arte de Barcelona (Arts Santa Monica-Espanha, 2013 e 2016); I Bienal Universitária (espaço 104, 2012); 11º Spa das Artes (Recife, 2013).

Participa ainda da Residência Artística da FAAP (São Paulo, 2020); do Fórum de Fotoperformance (BDMG Cultural, 2019); do Programa de Residências Internacionais do JA.CA (Nova Lima, 2017); da residência Muros: Territórios Compartilhados (Salvador, 2013); do Programa de Residência Jardim do Hermes (São Paulo, 2015) e da Residência da Feira Plana (São Paulo, 2015). Foi indicado ao Prêmio Pipa 2020, premiado na Mostra EBA-UFMG em 2011, na exposição dos finalistas do Prêmio EDP nas Artes no Instituto Tomie Ohtake em 201, possui obras no acervo do Museu de Arte da Pampulha e hoje coordena o Desdobra - Programa de Orientação Artística.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

O Museu Mineiro integra o Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço:

Exposição temporária “Desdobra”, com curadoria de Bruno Rios Local: Museu Mineiro – Átrium Endereço: Av. João Pinheiro, 342 – Centro Belo Horizonte /MG

Abertura da exposição: 14 de janeiro

Horário: 13h às 17h

Período de visitação: 14 de Janeiro à 19 de Fevereiro de 2023

Horário: terça à sexta de 12h às 19h sábado, domingo e feriados: de 11h às 17h

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Contato:

Jameny Sarmiento

(31) 98400-6226

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A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) lamenta o falecimento de José Eustáquio da Silva, carinhosamente conhecido como Mandruvá, aos 67 anos, nesta terça-feira (10/1). 

Cantor, compositor, sambista e percussionista, ele era um dos destaques do Carnaval de Belo Horizonte com sua voz forte e alegria contagiante. A Velha Guarda do Samba Mineiro perdeu um de seus expoentes.

Natural de Timóteo (MG), Mandruvá era músico autodidata e colecionou participações em diversos eventos, como nos Festivais Prato da Casa, em 2016 e 2017; de Inverno da UFMG, em 2016; de Arte Negra 2006 (FAN), da Virada Cultural da Prefeitura de Belo Horizonte (2013). Teve participação também na websérie "Sambista da Vez", do projeto Almanaque do Samba. Em 2020 recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.

 

 

POVOS ORIGINARIOS2

Minas Gerais tem como um grande valor o respeito à história do país. Os povos originários contribuíram para a formação da nossa identidade, por mais que existam influências portuguesas em nossos costumes diários. Para se ter uma ideia, os povos originários, segundo o IBGE, em 2010, somam 897 mil indígenas. 

Com o intuito de ampliar o diálogo e as vozes, a SECULT MG, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio de sua Subsecretaria, vem realizando desde o final de 2021 Encontros Setoriais de arte e cultura com diferentes áreas do estado de Minas Gerais. No dia 23/8, foi realizado o primeiro encontro com os representantes do Povos Originários no estado. 


A partir dos Encontros Setoriais, buscamos estreitar laços, estar mais próximos e conhecer as verdadeiras necessidades desses povos que são tão importantes para a nossa história, cultura e para Minas Gerais”, enfatiza o subsecretário de Estado de Cultura, Igor Arci. 

 

Estiveram presentes Darupü'üna Tikuna, conselheira do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), e outros 3 representantes do movimento em Minas Gerais. No encontro, Arci destacou a importância de se ter um diálogo mais próximo não somente com a SECULT, mas do olhar patrimonial reconhecendo a relevância dos povos, aldeias e manifestações indígenas no estado de Minas Gerais.


Pensar na reparação é algo extremamente importante nesses encontros. Para o subsecretário, somente por meio desta escuta e atuação, podemos trabalhar na reparação dos povos originários “que deve englobar o fortalecimento da identidade cultural, garantia de controle de suas instituições e tradições”, completa. 


PRÓXIMOS PASSOS

Aproveitando este primeiro encontro com os representantes, já foram mapeadas algumas demandas que serão encaminhadas para o desenvolvimento de um plano de ação, como: a organização de um inventário desses povos em Minas Gerais, com a promoção de encontros de capacitação para produtores de cultura do Povos Originários e a articulação do tombamento das línguas indígenas no estado. 

 

Dando sequência aos encontros setoriais, o próximo abordará “Culturas populares, tradicionais e folclóricas”, no dia 30/8, às 10h, no Palácio da Liberdade.

APM2023

O Arquivo Público Mineiro (APM) concluiu uma etapa importante de um processo de revitalização viabilizada por meio do projeto "Arquivo Público Mineiro: patrimônio protegido". As ações foram promovidas pela Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM) com o investimento de R$56.698,24, por meio de captação junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

O objetivo foi melhorar a segurança do equipamento, a partir da aquisição e instalação de dispositivos, como câmeras, telas, além da manutenção corretiva de 17 portas corta-fogo que são importantes no combate aos incêndios. Essa revitalização permitiu a ampliação do monitoramento das áreas de guarda, reduzindo também o risco de furtos do acervo.

Esse trabalho integrou o projeto Semente, firmado em parceria com a ACAPM, a partir da Recomendação Conjunta MPMG/CPPC nº 26/2019. De acordo com o diretor do Arquivo Público Mineiro, Bruno Balista, esse empenho coletivo foi fundamental para que a reestruturação do APM pudesse ser colocada em prática.

"O Arquivo Público Mineiro possui grande necessidade de incorporação das tecnologias e de manutenção da infraestrutura. Temos que acompanhar as demandas do Estado, e o projeto é importante para que consigamos fazer isso. Iniciativas como o Semente são fundamentais para que os trabalhos possam fluir dentro do Arquivo, trazendo melhorias importantíssimas para a instituição como um todo, especialmente na questão da segurança. Agradecemos muito a oportunidade porque são ações como essas que tornam possível oferecermos um atendimento de melhor qualidade para todos os mineiros e mineiras”, afirmou Balista.

 

A revitalização aconteceu entre agosto e novembro de 2022. Além da implantação de um novo sistema segurança, foram adquiridos equipamentos para proteger, reparar e digitalizar documentos, otimizando a capacidade de armazenamento, o que poderá facilitar o acesso virtual de parte do acervo do APM pelo público.

 

Lista das aquisições e ações realizadas:

  • 01 webcam e 01 scanner na recepção do Arquivo Público para uma melhor identificação e o cadastro dos usuários;
  • A instalação de molas automáticas para as portas que dão acesso as áreas de guardas (local onde ficam os depósitos dos documentos);
  • Ampliação da cobertura do CFTV (Circuito Fechado de TV) com a instalação de 32 câmeras de segurança, sendo 18 aquisições e 14 delas doações;
  • 01 scanner para o Núcleo de Arquivos Permanentes;
  • 01 scanner para o Núcleo de Conservação de Documentos;
  • Manutenção corretiva de 17 portas corta-fogo;
  • Instalação de 10 telas em janelas restringindo assim o acesso visual externo ao ateliê;
  • Conserto do portão da garagem com manutenção corretiva e aquisição de peças e adaptação do mesmo.

 

Valores referentes as despesas (total):

  1. Despesas indiretas: R$ 2.000,00 (dois mil reais)
  2. Pessoal: R$ 8.000,00 (oito mil reais)
  3. Encargos sociais: R$ 0,00 (zero reais)
  4. Despesas gerais: R$ 41.227,11 (quarenta e um mil, duzentos e vinte e sete reais e onze centavos)
  5. Eventos: R$ 0,00 (zero reais)
  6. Comunicação: R$ 0,00 (zero reais)
  7. Impostos e tarifas: R$ 205,13 (duzentos e cinco reais e treze centavos)
  8. Materiais e equipamentos: R$ 5.266,00 (cinco mil, duzentos e sessenta e seis reais)

 

Sobre o Arquivo Público Mineiro

O Arquivo Público Mineiro – APM é uma Diretoria da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, responsável por planejar e coordenar a gestão de documentos, executar o recolhimento, a organização e a preservação de documentos provenientes do Poder Executivo de Minas Gerais e dos arquivos privados de interesse público e social.

Criado em Ouro Preto em 1895, é a instituição arquivística e cultural mais antiga de Minas Gerais, com milhares de documentos de origem pública e privada dos períodos colonial, imperial e parte do republicano.

O Arquivo Público Mineiro possui também uma Biblioteca especializada em História de Minas Gerais e arquivologia, com um acervo de aproximadamente 10.500 títulos, que conta com um conjunto de 2.500 obras raras e preciosas.

Furtos do acervo

O acervo do APM já sofreu com furtos entre os anos de 2013 e 2016, onde cerca de 4 mil documentos foram levados. A operação ficou conhecida como Páginas Históricas.

 

A união sempre faz a força. Um belo exemplo disto são as ações promovidas pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (SECULT) que potencializam a integração entre os municípios de MG. Nos dias 12 e 13/9, aconteceu na cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG), o 2º Seminário Itinerante da Rede de Gestores Municipais de Cultura e Turismo.


O secretário de Cultura e Turismo de MG, Leônidas Oliveira, marcou presença no evento por meio de vídeo com uma mensagem direcionada aos participantes. “Eu quero enviar a vocês um voto, um sentimento de gratidão pelo trabalho que fazem, cotidianamente, junto às comunidades e ao povo com as manifestações culturais, como congado e o sertanejo, trabalhando ativamente na atração de turistas. Desejo que, cada vez mais, o que nós fazemos ressoe. Gostaria muito de estar presencialmente no Seminário, mas acabamos de voltar de Portugal, fomos mostrar o nosso Estado para o mundo e foi um sucesso imenso”, comemorou. 


Este encontro contou também com a participação de José Oliveira Júnior, diretor de Economia Criativa, e Janaína Amaral Pereira, superintendente de Fomento Cultura e Economia Criativa e Gastronomia da SECULT. Estiveram presentes representantes de mais de 30 localidades mineiras. Logo na abertura, o prefeito Wander Wilson Chaves apresentou a palestra “Cidade criativa, cidade feliz - Um lema, uma necessidade''. 


O Seminário é uma importante forma de capacitação, com trocas de experiências, além de abordar temas como: Sistema Municipal de Cultura e Turismo, Elaboração de Projetos e Ações de Fomento de Cultura e Turismo. Também foram apresentados os Circuitos das Águas, das Malhas, Serra Verde e Caminhos das Gerais, e discutidos pontos relevantes sobre as Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo.


Visita guiada, oficinas, apresentações de dança e musicais fizeram parte da programação montada para descontrair os gestores e exaltar a nossa mineiridade. Os envolvidos conheceram, por exemplo, a rota turística do café. A primeira edição do Seminário ocorreu nos dias 22 e 23 de agosto e movimentou a cidade de Pará de Minas.

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2 Exposio Museu Casa Guignard janeiro 2023

Um artista apaixonado. Tema da exposição em cartaz no Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, a partir de 13 de janeiro.

 

A ocupação “De Guignard para Amalita graças a Adelaide” é uma releitura da belíssima história entre Guignard e a pianista Amalita Fontenelle, musa inspiradora a quem o pintor dedicou um álbum com 111 cartões de amor e amizade.

A história só é revelada ao público quando este acervo é repassado ao Museu Casa Guignard, em 1987, por meio de Adelaide, nora do escritor e poeta Oswald de Andrade, que salvaguardou durante décadas o álbum com os cartões, entregue em mãos por Guignard ao amigo Oswald.

Feita em parceria com o Atelier Dois Capelistas, a mostra tem como objetivo homenagear as três principais figuras deste enredo - Guignard, Amalita e Adelaide - com uma grande instalação pelos três andares do museu: no primeiro pavimento, a mostra se volta para a figura de Amalita Fontenelle, a mulher amada pelo mestre Guignard; no térreo, a referência é Adelaide, nora de Oswald de Andrade, pessoa fundamental para a salvaguarda do álbum; no subsolo, a trama se volta para a figura de Guignard, o artista apaixonado.

Atelier Dois Capelistas

O Atelier Dois Capelistas é um coletivo formado pelos artistas Leandro Vilar e Aurélio H. Dos Santos, tendo como ênfase o ofício do bordado. Foi fundado em 2014, em Antonina, litoral do Paraná, com uma produção artística focada na representação de aves brasileiras, com mais de 90 espécies já bordadas até hoje. Em 2020, os artistas se transferem em definitivo para Ouro Preto, e o encontro com a história e o patrimônio é acrescentada ao seu trabalho.

Sobre a ocupação no Museu Casa Guignard, Leandro explica que o projeto começou quando conheceu Adelaide, o fio condutor da narrativa:

“Eu, Leandro, conheci Adelaide em 1996. Havia acabado de chegar em São Paulo. Meu primeiro trabalho foi dar aula de pintura a óleo em um atelier no bairro do Brooklin. Nesse local também se ofereciam aulas de pintura em porcelana. Adelaide era uma das alunas, devia ter umas oito senhoras no grupo. O que me chamou a atenção foi que ela estava pintando um jogo de chá, e se utilizava de uma pintura, um quadro modernista como inspiração para criar as estampas do jogo.

Todas as outras senhoras pintavam flores comuns. Isso me deixou intrigado. Me aproximei, e aos poucos ela foi me contando quem era: a viúva do primogênito de Oswald de Andrade, Nonê, autor daquela pintura. Entre outras coisas, ela me contou sobre o Álbum de Guignard e como aconteceu a venda, assim como o motivo da venda.

Naquela época eu não imaginava que um dia me mudaria para Ouro Preto. Quando o fac-símile dos cartões chegou em minhas mãos através de uma amiga, eu me dei conta que aquele era o álbum que eu tinha ouvido da própria Adelaide. Fiquei emocionado e feliz por ter sido testemunha dessa história tão linda! Desde que chegamos a Ouro Preto sentimos vontade de criar uma homenagem a esses personagens e a essa história. Estamos felizes demais por nosso projeto ter tido o apoio do Museu e da Associação de Amigos do Museu Casa Guignard!”

Museu Casa Guignard

Localizado em Ouro Preto, o Museu Casa Guignard foi inaugurado em 1987 com o intuito de reunir, conservar e exibir obras de Alberto da Veiga Guignard (Rio de Janeiro, 1896 – Belo Horizonte, 1962).

A edificação em que o Museu está instalado é datada do início do século XIX e compreende, em seu interior, um acervo formado por pinturas, desenhos, fotografias e documentos textuais relacionados à vida de Guignard. Merecem destaque no acervo o conjunto de retratos executados pelo artista e a coleção de Cartões de Guignard para Amalita, confeccionados entre os anos de 1932 e 1937.

O Museu desenvolve um programa de ações educativas inspirado nas lições e experiências de Guignard como professor. Uma dessas ações é o projeto Passos de Guignard, que demarca e explora os locais da cidade onde o artista produziu grande parte de suas obras.

Serviço:

OCUPAÇÃO ARTÍSTICA “DE GUIGNARD PARA AMALITA GRAÇAS A ADELAIDE” POR ATELIER DOIS CAPELISTAS

Abertura: 13 de janeiro de 2023

Horário: 14h

Horário de visitação da exposição:

Ter a sex: 12h às 18h

Sáb, dom e feriado: 9h às 15h

Museu Casa Guignard

Rua Conde de Bobadela (Rua Direita), 110 – Ouro Preto/ MG CEP 35.400-000

E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Facebook: https://www.facebook.com/museucasaguignard.mg/

Instagram: https://instagram.com/museucasaguignard?igshid=ev12p1yas4dt

Site: https://www.guignard.com.br

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCNcvvh91mSQtgEsq9qQK-Ew

Contato:

Wanalyse Emery

Coordenadora do Museu Casa Guignard

(31) 31 99475-4995

Com regência do maestro convidado Roberto Tibiriçá, a OSMG celebra os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 e leva ao palco composições de LORENZO FERNANDEZ, CAMARGO GUARNIERI, ALBERTO NEPOMUCENO, SIVUCA, e, é claro, VILLA-LOBOS. As apresentações acontecem dia 18 de agosto, às 12h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, e 21 de agosto, às 10h, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti. Os concertos são gratuitos.

Heitor Villa-Lobos entrou calmamente no palco do Theatro Municipal de São Paulo durante a Semana de Arte Moderna de 1922. De chinelos, sentou ao piano e, sob vaias e aplausos, ajudou a construir um novo lugar para a música brasileira no cenário mundial. Para evidenciar a importância do músico na contemporaneidade e celebrar os 100 anos da Semana de 22, a ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS apresenta gratuitamente dois concertos com obras do compositor carioca e outros expoentes modernistas nacionais. A primeira apresentação, que acontece dia 18 de agosto (quinta-feira), às 12h, e integra o programa O MODERNISMO EM MINAS GERAIS e o projeto SINFÔNICA AO MEIO-DIA, acontece no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. O segundo concerto, que ocorre em 21 de agosto (domingo), às 10h, e é parte integrante da aclamada série CONCERTOS NO PARQUE, será realizado no Parque Municipal Américo Renné Giannetti. Os ingressos podem ser retirados na Bilheteria do Palácio das Artes ou no site www.fcs.mg.gov.br.

A programação conta com a regência do maestro convidado Roberto Tibiriçá nos dois concertos. Além de conduzir a orquestra, Roberto conversa com o público sobre a pujança do movimento modernista no país. “A Semana de 22 impactou de forma profunda a música no Brasil. Até aquele momento se tocava muitos compositores europeus. Ao subir ao palco do Theatro Municipal de São Paulo, Villa-Lobos rompeu com isso. O compositor carioca, ao lado de Camargo Guarnieri e tantos outros, mudaram o paradigma da influência europeia em nossa música“, explica Tibiriçá.

Com aproximadamente duas mil peças escritas, Villa-Lobos é considerado o compositor mais prolífico e importante do Brasil. “A música brasileira antes da Semana de 22 não era bem nacional. As referências eram o bolero, o tango, a valsa e principalmente a música europeia. Villa-Lobos mudou isso. As composições passaram a ter elementos da nossa cultura. Por exemplo, o violão foi incorporado em orquestrações. A linguagem se modificou e se tornou ainda mais rica”, aponta Roberto Tibiriçá.

O concerto que integra o programa O MODERNISMO EM MINAS GERAIS e o projeto SINFÔNICA AO MEIO-DIA, e acontece dia 18 de agosto, às 12h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, revisita a obra do que é considerado o mestre do modernismo brasileiro: Heitor Villa-Lobos. O programa traz a execução de “Bachianas Brasileiras: 2 e 4“ e a obra “Floresta do Amazonas: Melodia Sentimental, da Floresta Amazônica“.

Já a apresentação do dia 21 de agosto, às 10h, no Parque Municipal de Belo Horizonte, integra o projeto CONCERTOS NO PARQUE e traz, além de Villa-Lobos, os compositores Lorenzo Fernandez, Camargo Guarnieri, que terá interpretada pela OSMG a “Dança Brasileira”, Sivuca e Alberto Nepomuceno. O concerto contará com a participação dos solistas Robson Saquet (saxofone) e João Pedro Teixeira (acordeon), que executa “Rapsódia Gonzaguiana”, de Sivuca. “É uma grande honra participar pela primeira vez de um concerto junto à Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e poder interpretar arranjos do mestre Sivuca para canções do Luiz Gonzaga. Por tocar acordeon desde os sete anos, o Sivuca sempre foi uma influência muito grande em mim. Tive o privilégio de conviver de forma muito próxima com o Hermeto Pascoal, que era amigo do Sivuca e isso me aproximou ainda mais do mestre e multi-instrumentista paraibano”, conta o acordeonista João Pedro Teixeira.

 

PROGRAMA – 18/08 (quinta-feira), 12h

O MODERNISMO EM MINAS GERAIS/ SINFÔNICA AO MEIO-DIA 

VILLA-LOBOS: Bachianas Brasileiras 4:

 – Canto do Sertão
 – Cantiga

 

VILLA-LOBOS: Floresta do Amazonas: Melodia Sentimental, da Floresta Amazônica 

VILLA-LOBOS: Bachianas Brasileiras 2:

– Lembrança do Sertão
– Trenzinho do Caipira

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PROGRAMA – 21/08 (domingo), 10h

CONCERTOS NO PARQUE 

LORENZO FERNANDES: Batuque
CAMARGO GUARNIERI: Dança Brasileira
ALBERTO NEPOMUCENO: Batuque
VILLA-LOBOS: Bachianas Brasileiras 4:

– Canto do Sertão
– Cantiga

VILLA-LOBOS: Floresta do Amazonas: Melodia Sentimental, da Floresta Amazônica

VILLA-LOBOS: Bachianas Brasileiras 2:

– Lembrança do Sertão
– Trenzinho do Caipira

SIVUCA: Rapsódia Gonzaguiana – solista João Pedro Teixeira

SIVUCA: Concerto Sinfônico para Asa Branca

ROBERTO TIBIRIÇÁ – REGENTE CONVIDADO - Natural de São Paulo, Roberto Tibiriçá já recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem teve a oportunidade de trabalhar durante 18 anos, depois de ter vencido o Concurso para Jovens Regentes da OSESP em duas edições seguidas. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa/Portugal) e, em 1994, tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli (SP). Em 2010 assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas (SP), da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo (SP) e da Orquestra Sinfônica do SODRE, Montevidéu (Uruguai). No Rio de Janeiro foi eleito pela crítica como o Músico do Ano de 1995 e recebeu nesse Estado o Prêmio “Estácio de Sá”, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Participou do Festival Martha Argerich, em Buenos Aires, por duas vezes, a convite da própria artista, em 2001 e 2004. Já há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.Recebeu em 2010 e 2011 o XIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico (por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli). Recebeu, ainda em 2011, a “Ordem do Ipiranga” (a mais alta honraria do Estado de São Paulo), a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek (outorgada pelo Governo de Minas Gerais) e o Prêmio APCA (Associação dos Críticos Musicais de São Paulo) como Melhor Regente (por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis e com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais). Ocupa a Cadeira Nº 5 da Academia Brasileira de Música e, em 11 de maio de 2018, tomou posse como Membro Honorário da Academia Nacional de Música, RJ.

JOÃO PEDRO TEIXEIRA - Músico, acordeonista e compositor e premiado instrumentista. Bacharel em Acordeon pelo conservatório musical “Som Maior” do professor e Maestro Waldir Teixeira (2003-2007). Licenciado em Música pela Unespar-FAP. Acordeonista em trabalhos solo, duo, quarteto de cordas, solista de orquestra de cordas e orquestra sinfônica. Foi Professor de Acordeon na escola de música “Clave de Sol” com seu método “Acordeon Universal”. Professor de teoria musical no projeto “Cordas do Paraná”; Diretor musical no CTB “Centro de Tradições Brasileiras” Santa Mônica; Compositor e diretor musical no projeto “Pereira Galvão Vinicultura” Brasil/Portugal; Professor particular de Acordeom. Realizou a live “Hermeto Pascoal 85 Anos” no palco do Guairão – Curitiba, Junho/2021 e o Festival Acordeom Brasileiro – Curitiba, Dezembro/2022. João Pedro é afilhado musical de Hermeto Pascoal e é um dos principais músicos da cena brasileira e mundial. O artista possui cinco CDs, dois DVDs e centenas de participações em outros trabalhos. Já atuou em concertos na França, Itália, Alemanha, Áustria, Suíça, Portugal e Estados Unidos. É Bacharel em acordeon e atua solo, com quarteto de cordas e como solista de orquestra sinfônica.

ROBSON SAQUETT - Doutorando e mestre em música pela Universidade Federal de Minas Gerais. Foi aluno do renomado saxofonista brasileiro Dilson Florêncio, sob orientação do qual venceu em 2009 o XV concurso Jovem Solista da Orquestra Sinfônica da UFMG. Vem se apresentando constantemente como convidado junto às principais orquestras de Minas Gerais, com as quais tocou sob regência de maestros reconhecidos internacionalmente, tais como: Roberto Duarte (BRA), Fábio Mechetti (BRA), Silvio Viegas (BRA), Carl St. Clair (USA), Francesco La Vecchia (ITA), Ariel Zuckermann (ISR) e Rodolfo Fischer (CHI). Participou de Workshops e Masterclasses com importantes nomes do saxofone, tais como: Claude Delangle (FRA), Vicent Davi (FRA), Michel Supera (FRA), Marc Sieffert (FRA), Sergey Kolesov (RUS), Eduardo Neves (BRA), Spok (BRA) e Sérgio Galvão (BRA). Como solista, já se apresentou à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG, interpretando obras de H. Villa-Lobos e Jacques Ibert. Atualmente, se apresenta constantemente como membro de formações orquestrais e de câmara, além de exercer cargo de professor na Escola de Música da UFMG, instituição na qual promove atividades voltadas para a divulgação do saxofone erudito.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS - Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-Dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas e André Brant ocupa a função de regente assistente.

O MODERNISMO EM MINAS GERAIS - O Modernismo como trajetória histórica e cultural é fonte rica e inesgotável: deve ser vivenciado, revisitado, apreciado e preservado. Com essa premissa, o programa O Modernismo em Minas Gerais reconstitui a trajetória do movimento artístico mais marcante do século XX no Brasil.

O projeto percorre o núcleo modernista formado em Minas Gerais, principalmente Belo Horizonte, a partir da década de 1920 e evidencia a participação dos mineiros no movimento e suas contribuições em nível nacional. O programa pretende fazer com que o público entre em contato com as contribuições dos artistas nas mais diversas expressões e linguagens culturais, bem como as consequências do movimento nos mais variados domínios da arte.

Entre os destaques da programação, estão: Ciclo de Debates, Saraus Modernistas, Espetáculos Musicais, Mostra de Cinema, lançamento de longa-metragem documental, Espetáculo de Dança, Concertos Sinfônicos, Mostra Fotográfica, Espetáculo Teatral e Publicações. A programação acontece até o fim deste ano nos espaços do Palácio das Artes.

MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS – O Ministério Público de Minas Gerais é uma instituição responsável pela defesa de direitos dos cidadãos e dos interesses da sociedade. A finalidade de sua existência se concentra em três pilares: na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Como defensor da ordem jurídica, o Ministério Público é o fiscal da lei, ou seja, trabalha para que ela seja fielmente cumprida. Para tanto, possui autonomia funcional, administrativa e financeira, não fazendo parte nem estando subordinado aos Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário. Essa emancipação lhe proporciona um trabalho mais independente, para a garantia dos direitos da sociedade, em conformidade com o que está escrito na Constituição da República. O Ministério Público atua também para impedir ameaças ou violações à paz, à liberdade, às garantias e aos direitos descritos na Constituição. Nesses termos, tem a função de exigir que os Poderes Públicos respeitem esses direitos e garantias.

 

 

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Lanamento da 48 Campanha de Popularizao do Teatro Dana divulgao Rede Minas 9

 O teatro mineiro está de mãos dadas com a TV. Foi lançada nesta terça-feira (3/1), no Teatro Feluma, a 48ª Campanha de Popularização do Teatro & Dança, que neste ano tem o apoio da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), responsável por gerenciar a Rede Minas e a rádio Inconfidência. De 5 de janeiro a 12 de fevereiro, serão apresentados 112 espetáculos, que vão do palco para às telas, através da programação da Rede Minas.

No lançamento da campanha estiveram presentes a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, o presidente da EMC, Gustavo Mendicino, junto com o coordenador do evento, Ítalo Laureano, além de diretores, produtores, atores e profissionais do teatro e da dança.

A secretária Adjunta, Milena Pedrosa, ressaltou a importância da cultura no fomento da economia criativa em Minas Gerais, que, em 2022, “gerou mais de 120 mil empregos”. Além disso, ela pontuou a importância da campanha, que fortalece o setor há 48 anos, um motivo de orgulho para o estado: “Este ano, a gente está falando do Ano da Criatividade. Ou seja, nada mais lindo que começar o ano com a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, que, nada mais é, que a criatividade da nossa Minas Gerais”.

Já Gustavo Mendicino detalhou a parceria entre a Campanha de Popularização do Teatro & Dança e a EMC: “A campanha chega firme nesse processo de divulgação do teatro e da cultura mineira. A EMC, que abrange a Rede Minas e a rádio Inconfidência, reconhecendo isso, entra como parceiros oficiais, como mídia. Com uma série de ações, a gente vai trabalhar com programas especiais, que vão falar sobre a campanha, os atores, os organizadores e os próprios locais, os teatros, que são patrimônio de Belo Horizonte”, disse o presidente da EMC.

A 48ª Campanha de Popularização do Teatro & Dança contempla o teatro adulto, o infantil, a dança, incluindo também 12 apresentações de stand-up. Os espetáculos serão realizados em distintos espaços, nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Contagem e Ribeirão das Neves. A programação completa pode ser conferida no site vaaoteatromg.com.br.

As partituras dos Hinos da Independência que nunca haviam deixado a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, chegaram a Belo Horizonte em abril para compor o acervo da exposição “Já Raiou a Liberdade: Hinos do Brasil” no Palácio da Liberdade e serem expostos ao público pela primeira vez e também para serem restaurados no Laboratório de Restauração do Arquivo Público Mineiro.

No mês de julho, três das quatorze partituras chegaram ao Arquivo Público Mineiro (APM) para passarem pelos processos de higienização e restauração. Esta ação faz parte da parceria estabelecida entre a Secretaria de Cultura e Turismo (SECULT) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

As partituras do Hino Nacional brasileiro composto por Francisco Manuel da Silva, do Hino da Aclamação de D. João VI e o Hino da Independência do Brasil já estão em processo de restauração e além de serem higienizados, passarão por alguns procedimentos que visam de estabilizar o processo de deterioração dos documentos. O restante das partituras também passará por algum tipo de intervenção até o fim de agosto, quando deixarão Belo Horizonte rumo a Brasília.

 

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A primeira edição da Virada da Liberdade, realizada pelo Governo de Minas por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismos de Minas Gerais (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), fechou o calendário de eventos culturais de Belo Horizonte, em 2022, com um grande espetáculo. Luzes, música, intervenções circenses, blocos de Carnaval, entre outras atrações, além da tradicional queima de fogos de Ano Novo, contagiaram o público, que chegou cedo para curtir a programação iniciada às 20h.

Por volta das 23h55, o ator Marcos Frota se apresentou na sacada do Palácio da Liberdade e, a fachada, ganhou colorido com as projeções de video mapping. O artista brindou ao público que aguardava a contagem regressiva e reforçou o slogan “A Liberdade Mora em Minas”, que inspirou a festa e vai seguir norteando as próximas ações da Secult a partir deste ano.

Uma estrutura composta por três lounges distribuídos em frente aos equipamentos do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), do Memorial Minas Gerais Vale e da Funarte Liberdade, além de um palco na Alameda dos Despachos, trouxeram uma variedade de ritmos. O funk, o soul, a música brasileira, o pop, o rap, dentre outros estilos, animaram as pessoas que não se intimidaram com a chuva e celebraram a passagem para 2023.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, comemorou a participação do público, que tornou a festa um marco na história da cidade. “Nós organizamos o evento num tempo recorde de 15 dias, e está sendo uma grande alegria vermos pessoas de todas idades curtindo a Virada da Liberdade. Essa é uma festa democrática, gratuita, para todas as famílias, com uma programação diversa e que veio para ficar”, pontuou.

A Virada da Liberdade deu continuidade às ações de fim de ano da Secult, a partir do lançamento do Natal da Mineiridade, que integrou a capital mineira a cerca de 200 municípios do estado.

A intenção da festa de Réveillon é justamente fortalecer Belo Horizonte e Minas Gerais como destino turístico com atrações culturais não só no período natalino.

“Minas Gerais está, a partir de agora, no mapa nacional das festas de fim de ano, atraindo pessoas não só para a capital mas para todas essas 200 cidades que contribuíram para a realização de um projeto inédito, o Natal da Mineiridade, que deve crescer ainda mais, contribuindo para o desenvolvimento do turismo, gerando emprego e renda e fortalecendo a economia da criatividade”, concluiu Leônidas.

 Foto: Leo Bicalho

 

Nesta segunda-feira (15/08), às 18h, entra em cartaz na Fundação de Arte de Ouro Preto|Faop-Unidade Paracatu, a exposição “Maria do Céu: 60 anos de arte”, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Paracatu. A mostra fica em cartaz até o dia 30 de setembro, com visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 18h, na rua Temístocles Rocha, 125, no centro do município.

Paracatuense, Maria do Céu Santiago, que estudou na renomada escola Guignard em Belo Horizonte, tem na figura feminina inspiração para a maior parte de suas obras.

Maria do Céu: 60 anos de arte
Aos 77 anos, a artista ainda enxerga a arte como combustível transformador da realidade. Seu pai era proprietário da Casa Santiago, mercearia tradicional da cidade, e sua mãe, uma doceira muito talentosa. Observadora desde menina, foi levando as referências do cotidiano para as telas. “Fui descobrindo possibilidades maravilhosas de expressar o que me impressionava. Figuras, flores, frutos, anjos, em guaches, aquarelas e bicos de pena. Óleos me encantavam e conduziam à criação”, afirma.

Na busca de se aperfeiçoar, Maria do Céu se mudou para Belo Horizonte. Seu destino foi a tradicional Escola Guignard, que já formou outros expoentes das artes. Ali, fez cursos de desenho, cerâmica, pintura, xilogravura, litografia, modelagem e história da arte, na década de 1960. Algumas de suas maiores referências nas artes, vêm desse período na escola, onde estudou com professoras e professores renomados como Sarah Ávila, Chanina, Yara Tupinambá, Ildeu Moreira, entre outros.

Suas obras, definidas por ela como “Figurativa lírica com tendência ao abstracionismo e ênfase na figura humana feminina” já viajaram o país. Passaram por estados como Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal, além, é claro, por Minas Gerais, mas não deixaram de carregar as referências da cidade natal. “Sou parte dessa história. Cresci indo à igreja e vivendo valores especiais. Talvez anjos, janelas, casarões antigos e a sacralidade dos temas sejam reflexos desse admirável imaginário cultural”, revela a artista, sobre como a história de Paracatu a influencia.

Celebrando os artistas paracatuenses e o primeiro aniversário da unidade da Faop em Paracatu, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Paracatu e a Fundação de Arte de Ouro Preto rendem homenagem a trajetória artística de Maria do Céu.

 

12 8 2022 minifaop

Post Boas Práticas

 

O portfólio Boas Práticas Regionais do Turismo 2022, divulgado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), reúne 39 iniciativas inovadoras implementadas pelas Instâncias de Governança Regionais (IGRs) de Minas Gerais e que visam o desenvolvimento da atividade turística no estado. O conteúdo completo do documento pode ser acessado clicando aqui.

O objetivo desse trabalho, iniciado em 2019 e atualmente em sua segunda edição, é identificar, reconhecer e apresentar ao público boas práticas, que podem também ser realizadas nas outras regiões turísticas de Minas Gerais.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o portfólio é uma demonstração do empenho coletivo que tem sido realizado pela Secult, municípios, entidades e profissionais no sentido de fortalecer e descentralizar o turismo em solo mineiro. “A partir desses esforços, percebemos que emerge um outro olhar, ao mesmo tempo afetuoso e estratégico, calcado na relação com o presente, enquanto se desenha também uma perspectiva de futuro.”

Neste ano, o relatório está dividido em seis categorias: Empreendedorismo e Captação de Investimentos; Pesquisa e Monitoramento; Promoção e Apoio à Comercialização; Qualificação Profissional; Valorização das Culturas e Saberes Locais; e Sustentabilidade e Inclusão Social. Nelas estão detalhadas as práticas de 18 IGRs, além da capital belo-horizontina.

“Cada uma das iniciativas aqui reunidas demonstra a importância de se contemplar a diversidade que constitui Minas Gerais. Todo território tem suas especificidades, as quais nos instigam a visitá-lo, conhecê-lo, e retornar, tecendo, assim, continuamente novas descobertas. A Liberdade Mora em Minas! Somos uma terra livre para ser, viver e empreender”, acrescenta Leônidas Oliveira.

Empreendedorismo e Captação de Investimentos

A categoria “Empreendedorismo e Captação de Investimentos” contempla seis iniciativas. Dentre elas, o Projeto de Desenvolvimento Turístico Integrado e Sustentável da Cordilheira do Espinhaço, concebido pela IGR Lago de Irapé. A intenção dessa proposta é tornar a Cordilheira do Espinhaço referência em turismo sustentável, nacional e internacionalmente.

A estratégia, criada em conjunto pelos municípios de Botumirim, Cristália, Grão Mogol, Turmalina e Itacambira, conseguiu captar R$ 250 mil junto ao Sebrae Nacional. O recurso é destinado a ações como a criação de marcas e conteúdos promocionais, participação no ABETA Summit, o Congresso Brasileiro de Ecoturismo, entre outras. O turismo ecológico também esteve na mira da IGR Serras de Ibitipoca, que promove o Programa de Apoio a Criação e Gestão de Unidades de Conservação. A partir do projeto, a IGR conseguiu criar dois parques na região: o Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira e o Parque Municipal do Taboão.

Já a IGR Veredas do Paraopeba apresentou três iniciativas nesse segmento. O primeiro é uma estrutura de atendimento a 90 empresas dos setores de hospedagem, agenciamento, alimentação e produção associada ao turismo. Esses negócios recebem consultorias diversas, como em fotografia e design, com objetivo de desenvolver um trade turístico mais capacitado e competitivo. A Veredas do Paraopeba também conta com a Confraria Veredas, criada em 2022 para produzir, preservar e difundir saberes relacionados à gestão de negócios de alimentos e bebidas (A&B) da região, e realiza um projeto de integração entre os empresários locais, auxiliando e estimulando os empreendimentos da região a colaborarem entre si.

Pesquisa e Monitoramento

A Belotur e a Secretaria Municipal da Fazenda de Belo Horizonte estabeleceram uma classificação do ISS que permite saber a arrecadação do imposto oriundo de atividades típicas e parcialmente turísticas na cidade. Dessa forma, a Belotur consegue acompanhar e analisar os dados do ISS turístico mês a mês, o que ajuda a identificar aquecimento ou desaceleração econômica do setor.

A IGR Diamantes, por sua vez, realizou um grande estudo de análise espacial da oferta turística do Circuito dos Diamantes, composto por 11 cidades da Serra do Espinhaço. Com ele, a instância pôde elaborar mapas de densidade dos atrativos e serviços turísticos, levantar características da oferta turística do circuito e diagnosticar problemas, como déficit de oferta no setor hoteleiro, que concentra acomodações em Diamantina.

Promoção e Apoio à Comercialização

Oito instâncias têm ações de promoção e apoio à comercialização – algumas delas com vários projetos. A IGR Trilhas do Rio Doce possui três: um projeto marketing para nortear e integrar estratégias de comunicação para empresas associadas, ajudando a construir e fortalecer a imagem turística da região; a criação da logomarca Nas Trilhas da Mineiridade, inspirando os turistas a experimentarem a cultura, as tradições, os sabores, os saberes e a natureza de Minas Gerais; e a revista “Mais Trilha”, publicação anual que promove o turismo, além de divulgar boas práticas desenvolvidas pelos municípios associados.

As IGRs Circuito das Águas, Serras Verdes do Sul de Minas, Villas e Fazendas de Minas e Caminhos da Mantiqueira contam, cada uma, com duas ações registradas na categoria. Um dos destaques é o plano de divulgação dos atrativos turísticos da região junto às emissoras de TV G1 Sul de Minas e EPTV Sul de Minas. Entre outros efeitos positivos, as publicações serviram para comprovação de projetos de marketing e ações regionais no ICMS Turismo.

Qualificação Profissional

A IGR Serras Verdes do Sul de Minas concebeu duas importantes ações para qualificação dos agentes turísticos. Uma delas foi a capacitação do trade turístico sobre cicloturismo, ministrada de forma online em 19 municípios. Os cursos foram uma contrapartida da proposta apresentada no Edital Reviva Turismo, da Secult. Outro empreendimento foi a elaboração de um manual de políticas de turismo descomplicadas, que oferece os subsídios mínimos necessários aos gestores municipais para que consigam operar as principais ferramentas das políticas do turismo mineiro e brasileiro.

Mostrando estar atenta às demandas atuais, a IGR Guimarães Rosa ofereceu curso de redes sociais para os representantes dos municípios associados. O objetivo principal foi auxiliar na criação, formatação e gestão de perfis, ajudando a promover os destinos turísticos nas plataformas mais populares do momento. Na IGR Diamantes, o trabalho está sendo junto ao Legislativo. A entidade tem se mobilizado para realizar reuniões nas Câmaras Municipais, nas quais são repassados conhecimentos sobre as Políticas Públicas de Turismo aos vereadores.

Valorização das Culturas e Saberes Locais

Na categoria “Valorização das Culturas e Saberes Locais”, um dos destaques é a iniciativa da IGR Serras de Minas, que instituiu o Encontro de Congado das Serras de Minas. A 1º edição, realizada em 2022 no município de Divinésia, contou com a participação de dez grupos de congado e teve público estimado de 400 pessoas, movimentando consideravelmente a economia local.

A IGR Pedras Preciosas promoveu o 4º Festival Gastronômico e Cultural Arte & Sabor. Contando com 21 municípios, o festival é o maior evento de gastronomia, arte e cultura da região nordeste do Estado, que engloba o Circuito Turístico das Pedras Preciosas.

Sustentabilidade e Inclusão Social

A ação “Mulheres Arteiras das Serras de Minas” é o projeto da IGR Serras de Minas de capacitação para geração de renda por mulheres. Através da instância, profissionais da região ministram oficinas de artesanato e gastronomia para as participantes. O curso garante certificado que as habilitam a vender seus produtos nas feiras itinerantes desenvolvidas pela IGR.

Pensando no turismo como vetor de combate ao desemprego e às desigualdades, a IGR Serras e Cachoeiras idealizou o II Seminário Regional de Turismo Sustentável. As palestras versaram sobre quatro temas: o papel da iniciativa privada na qualificação da oferta turística; gestão municipal de turismo: desafios e oportunidades; o turismo de experiência além do conceito; e mapeamento turístico para o desenvolvimento regional.

 

 

 

 

 

 

 

A equipe da Rede Minas soma mais uma vitória. A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior divulgou os vencedores da 5º Prêmio ABMES de Jornalismo. A série “Exclusão no ensino superior”, da emissora pública mineira, foi premiada na categoria regional. O julgamento final foi realizado pelos membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) Arnaldo Niskier, Marcos Vilaça e Merval Pereira.

A série foi produzida pelos Renato de Niza e Castro Fernandes Franco, Atalissa Rosa, William Félix, Rodrigues Ribeiro, Lívia Maia, Flávio Guerra, Paulo Santos e Victor Caldas e exibidas no Jornal Minas. Esta edição do prêmio contou 265 trabalhos inscritos e 18 selecionados que concorreram nas categorias nacional e regional e nas modalidades vídeo, áudio e escrito.

O Jornal Minas vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 12h30 e às 19h30, pela Rede Minas. 

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A Rede Minas está no ar no canal 9; Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina.

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mini Folia de Reis

As inscrições para os representantes da sociedade civil interessados em compor a Comissão Paritária Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura - Copefic mandato 2023/2024 foram prorrogadas até as 23h59 do dia 12/02/2023, horário de Brasília. Podem concorrer pessoas físicas com comprovada atuação cultural e entidades, sindicatos, instituições ou associações civis sem fins lucrativos, com objetivo e atuação prioritariamente cultural em âmbito estadual.

Estão disponíveis 27 vagas sendo 2 (dois) pareceristas titulares e 1 (um) parecerista suplente para cada uma das 9 (nove) áreas culturais: Artes cênicas, incluindo teatro, dança, circo, ópera e congêneres; Audiovisual, incluindo cinema, vídeo, novas mídias e congêneres; Artes visuais, incluindo artes plásticas, design artístico, design de moda, fotografia, artes gráficas, filatelia, numismática e congêneres; Música; Literatura, obras informativas, obras de referência, revistas e congêneres; Preservação e restauração do patrimônio material, inclusive o arquitetônico, o paisagístico e o arqueológico; Preservação e valorização do patrimônio imaterial, inclusive culturas tradicionais, populares, artesanato e cultura alimentar; Centros culturais, bibliotecas, museus, arquivos e outros espaços e equipamentos culturais; Áreas culturais integradas.

Informações completas sobre o processo de seleção podem ser conferidas no Edital Copefic 01/2022 que está disponível aqui.

À Copefic cabe a análise dos projetos apresentados à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) por meio do Incentivo Fiscal à Cultura - IFC / LEIC e Fundo Estadual de Cultura - FEC.

 

Há mais de 15 anos o programa Harmonia leva a música erudita para a TV, na Rede Minas. O programa agora chega às ondas do rádio em todo o país. Neste sábado (13), às 20h, a atração entra na grade de programação da Rádio MEC, consagrada por difundir a música clássica. Para marcar a estreia, o programa transmite parte do concerto da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar de Minas Gerais em homenagem aos 247 da corporação com obras de clássicos de Carlos Gomes, Strauss, Ravel, entre outros. 

O programa Harmonia será transmitido pela Rádio MEC neste sábado (13), às 20h, pela frequência 87,1 MHz, em Belo Horizonte. Já na Rede Minas, a atração vai ao ar também no sábado (13), às 19h, com apresentação de concerto da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais com o tema “de A à Z”. Com regência de Fabio Mechetti, traz composições de Mozart, Nielsen e Offenbach.

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Reveillon da liberdade abertura Leo Bicalho

No último dia do ano, o Governo de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e a Fundação Clóvis Salgado (FCS) vão oferecer ao público, a partir das 20h, uma diversa programação com DJ’s e VJ’s convidados apresentando sets animados nas escadarias e fachadas de vários equipamentos que integram o Circuito Liberdade, com música ambiente e jogos de luzes.  

Ao propor, de forma inédita, o Réveillon da Liberdade, logo após o Natal da Mineiridade, com cerca de 200 municípios participantes, Minas Gerais consolida-se como um grande destino turístico de fim de ano, aliando cultura e turismo num projeto transversal de fomento à criatividade. O slogan “A liberdade mora em Minas", #vempraminas se fortalece no posicionamento de uma terra livre para ser, viver e empreender, de Liberdade, de identidade histórica fincada na contemporaneidade de suas manifestações artísticas. O Natal propôs cantatas, concertos e exposições. O Réveillon será a cena artística contemporânea da música eletrônica e seus efeitos audiovisuais saudando 2023. Celebrando os novos tempos sob as luzes da liberdade.

Durante a apresentação da programação do evento na manhã quarta-feira (28), no Palácio da Liberdade, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, afirmou que a festa da virada pretende reforçar o calendário de eventos culturais da cidade. “Pensamos e elaboramos o Réveillon da Liberdade justamente nesse sentido. Quando passava o Natal, eu vinha à praça e tinha aquela sensação de que a festa tinha acabado, poucas pessoas retornavam apesar da praça continuar linda. O Governo de Minas fez um grande investimento neste Natal, então resolvemos também valorizar essa decoração, criando o Réveillon, um evento público, gratuito, e que vai se unir à experiência do Natal da Mineiridade e das mais de 200 cidades que integram a iniciativa”.

O momento da virada será em frente ao Palácio da Liberdade com contagem regressiva, conduzida pelo ator mineiro Marcos Frota e participação da bateria Arautos do Gueto. Outras atrações serão realizadas nos prédios do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Funarte Liberdade, Memorial Minas Gerais Vale e Espaço do Conhecimento UFMG. Após a virada do ano, o público acompanhará um show de laser e mais apresentações.

O convite a todos é receber 2023 neste Estado tão acolhedor, iniciando um calendário festivo de fomento à criatividade.  “A Praça da Liberdade não é somente o centro do Circuito Cultural e Turístico Liberdade. É o centro da própria mineiridade fundadora da nova capital. Ao propormos, de forma inédita uma grande celebração de fim de ano e saudarmos juntos 2023, o Governo de Minas quer reforçar a ideia de um calendário forte de eventos com seus parceiros. Atrair turistas, promover a diversidade da arte nas ruas e espaços culturais. Ter como meta o fomento a economia da criatividade. Celebrar a liberdade da nossa bandeira e do nosso ideal, gerando uma cultura de união e paz”, define o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.  

Reveillon da liberdade segunda Leo Bicalho

Diversidade cultural, criatividade, Mineiridade e fomento ao turismo

O Réveillon da Liberdade será dividido em duas partes. Das 20h às 23h50, acontece o Lounge Liberdade, quando os DJ’s e VJ’s convidados vão ocupar as fachadas dos equipamentos culturais no entorno da praça, com um setlist especialmente selecionado para ambientar a espera de 2023. No Palácio da Liberdade, por exemplo, o VJ Guilherme Pedreiro comanda, a partir das 20h, a projeção de imagens na fachada do equipamento, seguido do VJ Henrique, que assume o mapping a partir das 22h.

Na Funarte Liberdade, acontece a Lounge Funk/Rap, com o DJ Viana; a escadaria do Memorial Minas Gerais Vale será palco do Lounge Brasilidades, comandado pelos DJ’s Palomita e Corisco. No Iepha-MG, a atração é o Lounge Soul Music, com a participação do Quarteirão do Soul e DJ Joseph, e, no Espaço do Conhecimento UFMG, o público poderá curtir uma série de projeções no telão da fachada do prédio, com frases de otimismo e esperança para o novo ano. Ainda, na programação, a partir das 20h, a Alameda dos Despachos, se transforma no Palco Liberdade e recebe a Festa da Boa Moça, a Corte Devassa, o Duelo de MC’s e o Lá da Favelinha.

Já, a partir das 23h50, o Palácio da Liberdade será a grande atração. A fachada do local receberá um mapping com as principais realizações da Secult em 2022. Em seguida, o ator Marcos Frota e a bateria do Arautos do Gueto se juntam à celebração para dar início à contagem regressiva para a passagem de ano. A partir da 0h, começa a queima silenciosa de fogos para comemorar a virada de ano na cidade. O Réveillon da Liberdade se encerra à 0h10. “Vamos viver juntos o Reveilion da Liberdade, na histórica Praça da Liberdade. Vamos juntos colocar a alegria de Minas no coração do Brasil”, convida o ator Marcos Frota.

A gastronomia mineira também participa da festa, com uma cozinha show no Coreto da Praça da Liberdade comandada pela chef Carol Fádel, que irá preparar um prato inspirado na mineiridade. Serão distribuídas 300 porções ao público presente. Carol é especializada na culinária mineira, apresentará durante o preparo a história sobre primórdios da gastronomia, como alimentar-se bem e contar causos da cozinha mineira e as tendências para o futuro.

De acordo com o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, o evento conecta as múltiplas atrações culturais que refletem a diversidade de Minas Gerais. “Estamos celebrando o Natal da Mineiridade com uma série de atrações em BH e em outras cidades do estado. Esse momento de ocupação da Praça da Liberdade na virada do ano é muito simbólico, pois sintetiza a importância desse local para a cidade e evidencia a rica programação do Circuito Liberdade, gerido pela FCS”, pontua.

Além do show de luzes e som, o Réveillon da Mineiridade vai contar com uma série de atrações culturais que evidenciam a diversidade artística do estado. A partir das 20h, a Alameda Travessia, que corta a Praça da Liberdade, será palco do Cultura em Liberdade, com intervenções de artistas e performers. Na programação estão atrações como Calcinha de Palhaça, Circo da Meia noite, Arautos do Gueto e Palhaço Robleño.

RÉVEILLON DA LIBERDADE – PROGRAMAÇÃO

Palácio da Liberdade

20h – VJ Guilherme Pedreiro
22h – VJ - Henrique
23h50 – Vídeo Retrospectiva Secult
23h55 – Marcos Frota Apresenta Reveillon
23h59 – Mapping contagem regressiva para 2023

Iepha

20h – Lounge Soul Music, com Quarteirão do Soul e DJ Joseph

Funarte

20h – Lounge Funk/Rap, com DJ Viana

Memorial Minas Gerais Vale

20h – Lounge Brasilidades, com DJ Palomita
22h30 – Lounge Brasilidades, com DJ Corisco

Palco Liberdade

20h – Festa da Boa Moça
21h – Corte Devassa
22h – Duelo de MC’s
23h – Lá da Favelinha

Praça da Liberdade

20h – Intervenções artísticas com Calcinha de Palhaça, Circo da Meia noite, Arautos do Gueto e Palhaço Robleño
0h10 – Encerramento

Foto: Leo Bicalho

Minas da Gente mostra a cidade que fez fama com o diamante e agora colhe as belezas produzidas a partir da cana de açúcar e do barro

A equipe da Rede Minas soma mais uma vitória. A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior divulgou os vencedores da 5º Prêmio ABMES de Jornalismo. A série “Exclusão no ensino superior”, da emissora pública mineira, foi premiada na categoria regional. O julgamento final foi realizado pelos membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) Arnaldo Niskier, Marcos Vilaça e Merval Pereira.

A série foi produzida pelos Renato de Niza e Castro Fernandes Franco, Atalissa Rosa, William Félix, Rodrigues Ribeiro, Lívia Maia, Flávio Guerra, Paulo Santos e Victor Caldas e exibidas no Jornal Minas. Esta edição do prêmio contou 265 trabalhos inscritos e 18 selecionados que concorreram nas categorias nacional e regional e nas modalidades vídeo, áudio e escrito.

O Jornal Minas vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 12h30 e às 19h30, pela Rede Minas. 

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12 8 2022 miniredeminas1

Natal da Mineiridade Cristiano Machado Imprensa MG

Do Vale do Jequitinhonha à Serra da Mantiqueira; do Triângulo Mineiro às proximidades do Pico da Bandeira. Já em sua 1ª edição, o Natal da Mineiridade 2022 congregou cerca de 200 municípios de todas as regiões de Minas Gerais. A ação, de iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), conseguiu fortalecer não apenas o sentimento de amor à terra e de pertecentimento, mas o turismo nas cidades mineiras.

O conjunto de atrações natalinas por todo o Estado foi enorme. Em Patos de Minas, na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, teve chegada de Papai Noel, cortejo com personagens natalinos e até projeção temática em 3D. Na região Sul, o Natal de Luz de Guaxupé atraiu turistas de toda região, que puderam apreciar iluminação vasta, cantatas de Natal e as obras expostas no concurso regional de presépios.

São Lourenço também participou do Natal da Mineiridade, oferecendo atrações tão variadas quanto interessantes. Passeio ciclístico com Papai Noel, leitura de histórias, orquestra de violeiros e apresentações de dança na Praça Brasil foram alguns dos eventos promovidos durante o período de festejo natalino.

Já em Andrelândia, o destaque foi a decoração natalina de tricô e crochê. As peças enfeitaram árvores e fachadas do Centro, conferindo à cidade uma aura acolhedora. No Vale do Jequitinhonha, Couto de Magalhães promoveu festividade regada a muita música, com vários shows ao longo dos dias. 

Em Ouro Preto, região central do Estado, o Natal da Mineiridade foi aberto com as comemorações dos 200 anos do título de Cidade Imperial, concedido por D. Pedro I em 1823. Cerca de 100 mil pessoas visitaram o município, que contou com estrutura iluminada, vila do Papai Noel, apresentações teatrais, cortejos, bandas e orquestras locais e músicos covers.

A cidade ainda foi palco do 50º Concurso de Presépios da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), da Secult, que exibe 20 peças enviadas de todo o país. A tradicional disputa tem votação popular e de júri técnico, dando aos artistas vencedores prêmios em dinheiro.

O Natal da Mineiridade em Belo Horizonte

Belo Horizonte promoveu inúmeras atrações durante o Natal da Mineiridade, especialmente no Circuito Liberdade. O Palácio recebeu exposição com 40 presépios de artistas do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, enquanto o Centro de Arte Popular (CAP) expôs 30 presépios de vencedores de edições passadas do concurso realizado pela Faop.

Os equipamentos culturais do Circuito também serviram de palco para performances musicais e teatrais, oficinas e sessões de cinema. O Palácio da Liberdade exibiu o filme “Natal Branco” (“White Christmas”). A Casa Fiat de Cultura promoveu um ateliê aberto em que o público era convidado a criar seus próprios cartões de Natal.

No Palácio das Artes, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, junto com o Coral Lírico de Minas Gerais e o Coral Infanto Juvenil, realizou o espetáculo “Concertos Natalinos”. O Cine Humberto Mauro, que integra o local, ainda promoveu um especial com clássicos populares do cinema mundial com narrativas natalinas, exibidos em 12 sessões.

O lançamento oficial do Natal da Mineiridade aconteceu dia 2 de dezembro, data de comemoração dos 302 anos de Minas Gerais. No Palácio da Liberdade, coração do complexo cultural Circuito Liberdade, o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, descreveu a importância da campanha para o Estado.

“É um momento em que, na Praça da Liberdade, se unem tantas cidades. Celebrar o Natal da Mineiridade com essas cidades tem um significado muito importante, que é o de fomentar o turismo, gerar emprego e renda e tornar Minas Gerais uma referência de Natal para todo o país”, disse o gestor.

Na sequência, foram acendidas as luzes da Praça de Liberdade, revelando uma decoração natalina inspirada nas tradições e costumes do povo mineiro. A praça foi dividida em quadrantes, onde foram instalados elementos típicos de cada região de Minas Gerais. No quadrante Norte estão representações da cana de açúcar, cachaça e pedras preciosas; no Sul e Sudeste, marcam presença o café, o gado e o leite; o Oeste, por sua vez, exibe um milharal e o triângulo da bandeira mineira, além de um tradicional presépio de barro.

“A Praça da Liberdade, e os demais equipamentos do Circuito, se enfeitam para receber os belo-horizontinos em um momento de celebração. A programação deste ano fomenta o turismo cultural em nossa cidade e celebra o que há de melhor em Minas Gerais”, completou Sérgio Rodrigo Reis, presidente da FCS.

 

Foto: Cristiano Machado/ Imprensa MG

 “Philippe Vallois: cartografias do desejo” apresenta um panorama da carreira do prestigiado diretor francês.  Programação, que conta com sete trabalhos do cineasta, masterclass sobre sua trajetória e celebração aos 74 anos de vida do realizador, acontece gratuitamente de 19 a 25 de agosto, no Cine Humberto Mauro, em Belo Horizonte

Com cinco décadas de carreira e aproximadamente trinta trabalhos realizados, o cineasta francês Philippe Vallois ganha pela primeira vez no Brasil uma mostra dedicada à sua extensa e pungente trajetória. “Philippe Vallois: cartografias do desejo”, realização da Fundação Clóvis Salgado e da Embaixada da França no país, apresenta, de 20 a 25 de agosto, no Cine Humberto Mauro, um panorama das obras do prestigiado diretor e leva ao público cinco longas e dois curtas metragens. Além de um passeio pela filmografia do realizador, considerado o pioneiro do cinema LGBT+, o evento vai contar com uma masterclass ministrada por Vallois, que pisa pela primeira vez em território brasileiro, e também com uma noite de celebração para comemorar os 74 anos de vida do artista. A programação é gratuita e também estará disponível com exclusividade, de 26 de agosto a 26 de setembro, na plataforma cinehumbertomauromais.com.

Os longas “Johan” (1976), “Nós Somos um Só Homem” (1979), “Halterofilia: a serpente arco-íris” (1983), “Um perfume chamado Said” (2006), “O círculo dos pervertidos” (2016), e os curtas-metragens “Paris à Noite: Republiqué Bastille” (1976) e “Segredos de Filmagem” (2006) integram a programação, que vai contar com a presença do diretor durante o período da mostra. Com tradução simultânea para o português, Vallois irá ministrar, no dia 23 de agosto, às 19h30, no Cine Humberto Mauro, uma masterclass sobre sua trajetória no cinema. E em 25 de agosto, a partir das 22h, nos jardins internos do Palácio das Artes, o diretor celebra seu aniversário de 74 anos junto ao público do evento.

Pela primeira vez no país, e tendo a primeira mostra dedicada ao seu trabalho em território brasileiro, Philippe Vallois acredita que sua linguagem cinematográfica está mais alinhada à estética do cinema latino que à linguagem de seus conterrâneos. “Esta é a primeira vez que estarei no Brasil e espero, claro, que meus filmes interessem às pessoas. Sinto minha obra mais próxima do cinema espanhol e latino-americano do que dos trabalhos realizados por diretores franceses. Faço filmes sentimentais e sensuais. Os filmes franceses são mais intelectuais ou literários”, conta Philippe Vallois.

Para Bruno Hilário, curador da mostra e gerente do Cine Humberto Mauro, o trabalho de Vallois preenche uma lacuna importante na cinematografia francesa, principalmente no que se refere à população LGBT+. “O cinema de Philippe Valllois nasce com um desejo muito forte de encontrar aquelas imagens que foram negligenciadas, excluídas, faltantes no cinema francês, que é marcadamente heteronormativo. As imagens de seu cinema se ancoram na realidade dos povos em sua dimensão diversa, partem de um real pouco visto e se desloca para o sonho, para a imaginação de um mundo diferente para si e para todos. É uma obra universal, tocante para cinéfilos de qualquer cidade”, pontua Bruno.

Do realismo documental ao surrealismo – as múltiplas linguagens de Vallois
Dentre os destaques da programação está o pioneiro “Johan”. O longa, filmado em 16mm, estreou no Festival de Cannes de 1976. A obra experimenta diversas formas fílmicas (som e imagem), costurando diferentes métodos do fazer cinematográfico. “Ao mesmo tempo em que parte de um senso realista absoluto, característico das práxis documentais, “Johan” culmina em sequências de pura fantasia. Este foi considerado o primeiro longa-metragem realizado por um diretor assumidamente homossexual na história do cinema francês”, explica Bruno Hilário.

 “Johan” sofreu inúmeras censuras e teve várias cenas suprimidas à época do lançamento, dificultando a circulação e apreciação do trabalho. “Fui o primeiro diretor a ousar a abordar a homossexualidade. Existiam diretores que não falavam abertamente que eram gays e que faziam somente personagens heterossexuais. Todos os meus amigos me falaram que eu era louco por abordar uma personagem como Johan, e que ninguém me deixaria trabalhar novamente”, Vallois.

Em meados dos anos 2000, quando uma cópia sem cortes de “Johan” é encontrada, o filme obtém repercussão e tem sua relevância reconhecida. “Os dias atuais mudaram bastante, personagens LGBT+ estão em todos os lugares: no cinema, na televisão, documentários, séries, festivais. Isso prova que os gays são mais aceitos hoje do que nos anos 70”, reflete o diretor.

“Nós Somos um Só Homem”, de 1979, é outro trabalho significativo presente na mostra. Com uma narrativa que se ancora na visibilidade de pequenos gestos de carinho, o longa-metragem propõe um olhar acerca do relacionamento que emerge lentamente entre dois homens entrincheirados em lados opostos da Segunda Guerra Mundial. “O amor e os desejos da carne superam as dificuldades de comunicação. Em termos de estética e linguagem, o trabalho se aproxima dialeticamente do romance e do surrealismo”, avalia Bruno Hilário.

Como representante da produção recente do diretor, “O Círculo dos Pervertidos”, de 2016, se insere dentro da comédia dramática. A obra apresenta dois personagens que se encontram em diferentes situações na vida. O filme reforça a magia do encontro e as transformações que podem surgir a partir da força dos sentimentos entre os indivíduos. “Não realizo apenas cinema gay. Produzo coisas que me instigam, como dança, envelhecimento, adoecimento e cinema. O que me interessa nos meus filmes gays não é reivindicar minha homossexualidade, acima de tudo é falar sobre amor e a sexualidade por meio da minha experiência”, esclarece Vallois.

A mostra “Philippe Vallois: cartografias do desejo” é uma realização da Fundação Clóvis Salgado e da Embaixada da França no Brasil. Para Vincent Nédélec, adido do Serviço de Cooperação e Ação Cultural para o Estado de Minas Gerais da Embaixada da França no Brasil, “ao mapear a sensibilidade presente na obra do artista, a mostra tece um espaço comum para que se possa conhecer suas fontes de inspiração e o ineditismo de sua trajetória cinematográfica”. Nédélec ainda acrescenta que “Vallois tem salutar importância estratégica e histórica ao abordar a homossexualidade em um período ainda hostil à temática, caracterizado pela vivência da sexualidade às escondidas. No esteio da retomada das atividades presenciais, a vinda do cineasta a Belo Horizonte e Juiz de Fora ressalta o nosso compromisso com o livre debate de ideias, bem como a promoção e o respeito à diversidade em suas variadas expressões artísticas”.

“Agosto Multicor”, em Juiz de Fora, rece parte da mostra “Philippe Vallois: cartografias do desejo”
Além do Palácio das Artes, parte da programação da mostra “Philippe Vallois: cartografias do desejo” será realizada em Juiz de Fora (MG). O trabalho do diretor francês será exibido de 16 a 19 de agosto no Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM) e integrará a programação do evento “Agosto Multicor”, que tem como objetivo democratizar o acesso à produção educativa e cultural LGBT+, promovendo o intercâmbio entre artistas locais e internacionais. O “Agosto Multicor” é uma realização da Secretaria de Turismo de Juiz de Fora, parceira da mostra. Philippe Vallois e Bruno Hilário estarão presentes na cidade para uma série de debates com o público local, além de participarem das demais atividades do Agosto Multicor, como o 40º Miss Gay Brasil e Rainbow Fest.

De acordo com Marcelo do Carmo, Secretário de Turismo de Juiz de Fora, “a parceria é de suma importância para a Prefeitura. Ela representa a aproximação entre a Embaixada da França - através da filmografia do cineasta Philippe Vallois, a SECULTMG - através da Fundação Clóvis Salgado, a Aliança Francesa - Juiz de Fora e a Prefeitura de Juiz de Fora. Poder exibir parte da filmografia do cineasta Philippe Vallois, que aborda questões de gênero e de identidades, em meio a um programa que se chama ‘Agosto multicor’ é reiterar o papel da cultura como vetor de desenvolvimento e de inclusão social”.

Philippe Vallois
Nascido em 27 de agosto de 1948, na cidade de Bordeaux, na França. Em 1967, Philippe realiza o média-metragem poético “Oraison Floraison”, premiado em um cineclube amador de Bordeaux. Em maio de 1968, Vallois muda para Paris com o pretexto de entrar para a escola Louis Lumière (antiga rua de Vaugirard). No verão de 1969, Vallois vai para o Marrocos e realiza estágio com Marlon Brando. Em seguida, aceito na escola Louis Lumière, produz o argumento para o curta-metragem “Elisa repeats”. Posteriormente, o diretor tem diversas experiências de filmagens, entre elas com Bernard Lefort, Jacques Scandelari e Nestor Almendros.

 

No início de 1975, Philippe conhece Johan, que o inspira a realizar o segundo trabalho de sua carreira. Mesmo com baixo orçamento, o diretor de fotografia François About concorda em participar da produção de forma gratuita. O longa-metragem é filmado em 16mm e costura diversos métodos do fazer cinematográfico. No ano de 1976, “Johan” é selecionado para o festival de Cannes, e exibido na seção Perspectivas do Cinema Francês. Mesmo tendo boa repercussão devido ao festival, a obra é censurada e consequentemente obliterada. “Johan” é considerado o primeiro longa-metragem realizado por um diretor assumidamente homossexual na história do cinema francês.

“Nós Somos um Só Homem” (1979), filme com repercussão internacional, possui uma narrativa que se ancora na visibilidade de pequenos gestos de carinho que emergem lentamente entre dois homens em lados opostos da Segunda Guerra Mundial. O filme foi selecionado para o festival de Chicago e também distribuído em salas de cinema de Paris.

Sem ganhar dinheiro com seus trabalhos, Philippe recorre a produção de filmes industriais. Dentre os patrocinadores estão Mobil Oil , Rhône-Poulenc , Renault, Citroën, Coca-Cola e Michelin. Mesmo atuando com publicidade é possível reconhecer o estilo próprio do diretor nos comerciais.

Nos anos 2000, o filme “Um Perfume Chamado Said” é dirigido por Philippe. Com uma produção de baixo orçamento, o longa-metragem tem uma narrativa inovadora, onde as linhas entre documentário e ficção se mesclam. Philippe Vallois conta, em primeira pessoa, sobre as experiências de um homem intelectualmente maduro por um jovem pobre de outra cultura.

Em 2008, o filme “Esprit es-tu là?", dirigido por Vallois, integra a mostra paralela no Festival de Cinema de Veneza, concorrendo ao Queer Lion. A seleção do prestigiado festival reflete a maior visibilidade que o cineasta adquire a partir da virada do século.

Bruno Hilário
Graduado em Cinema e Audiovisual pela UNA (Belo Horizonte). É gerente curador do Cine Humberto Mauro, principal cinema público de Minas Gerais, trabalhando na curadoria e produção de mostras de Cinema. Participa desde 2009 da equipe de produção do Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (FESTCURTASBH), sendo coordenador geral do evento, que chega a sua 24ª edição em 2022. Atuou como produtor executivo do filme Nimuendajú (longa-metragem, 80 minutos, 4k, Salic: 100264), produzido pela ANAYA Produções Culturais e co-produzido pela CineZebra (Alemanha) e Apus (Peru). Foi produtor da série Felicidade, contemplada no edital FSA PRODAV 04/2013. Produtor executivo do longa-metragem de ficção “Fragilidades”, em processo de desenvolvimento de roteiro. Ator e Produtor em diversos espetáculos teatrais produzidos pela Companhia de Teatro de Belo Horizonte, seu mais recente trabalho é a peça “Capitão Fracasso”, indicada a 5 categorias no PRÊMIO COPASA / SINPARC 2019, incluindo melhor espetáculo.

 

10 8 2022 minichm

 

FESTA NOSSA SENHORA SO ROSRIO RAPOSOS Crdito Acervo Setur MG Consuelo de Abreu

Eleito o Ano da Mineiridade, 2022 representou para a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo uma afirmação do pertencimento à terra, o que instigou o olhar para Minas Gerais como um todo e para suas diferentes regiões. O esforço de desenvolver e descentralizar as políticas públicas voltadas aos setores contemplados pela pasta se manteve como prioridade a partir de três programas estruturantes: Reviva Turismo, Descentra Cultura e Secult no Município.

A partir desses eixos, buscou-se ampliar o acesso aos recursos e fomentar a economia da criatividade, por meio do estímulo à geração de mais emprego e renda, posicionando a cultura e o turismo como eixos fundamentais de desenvolvimento social e econômico. A perspectiva para 2023 é de continuidade dessas propostas, fortalecendo a integração com o interior ao garantir que os projetos e os recursos possam alcançar maior abrangência.

Uma das etapas importantes desse processo é o diálogo com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais no intuito de buscar a aprovação do Projeto de Lei Descentra Cultura. Este propõe uma revisão nos mecanismos de fomento, a fim de que os recursos possam efetivamente contemplar uma diversidade maior de expressões culturais além do contexto de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

“Precisamos democratizar e modernizar os recursos, e o acesso a alguns deles depende da aprovação dessa lei. No interior do estado, há uma predominância muitas vezes do comércio como atividade econômica, e a partir dessa lei, os comerciantes e grupos de empresas vão conseguir patrocinar a cultura”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Dentre as entregas planejadas para o próximo ano estão a reabertura da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, cujo prédio anexo estava em reforma desde 2019; a transferência da sede da Fundação Clóvis Salgado da avenida Afonso Pena para a Praça da Liberdade, na Casa Amarela, onde hoje funciona o Cefart Liberdade; e uma grande revitalização do Palácio das Artes.

No turismo, as ações deverão acompanhar o objetivo de atrair os públicos de três diferentes esferas: regional, nacional e internacional, tendo a campanha A Liberdade Mora em Minas, como um dos principais instrumentos de promoção. Por meio da articulação com o Sebrae, a ideia é dar novos passos na estruturação do setor, concebendo projetos que valorizem aspectos específicos da cultura e da economia do estado, com roteiros específicos que abrangem a produção do café, da cachaça, e do queijo, entre outros insumos locais.

A intenção também é seguir posicionando Minas Gerais como o principal destino turístico do país, a partir da divulgação do histórico e da vocação do estado para a liberdade tanto na economia, na política, na cultura, quanto no comportamento. Isso estimula a prática do turismo seguro e criativo em razão da grande variedade de experiências calcadas na natureza ou na própria mineiridade refletida na hospitalidade, no patrimônio histórico, na cozinha mineira, na moda, na arquitetura e no design.

A ênfase na interiorização das políticas públicas por meio de iniciativas, que permitam interações numa via de mão dupla, com projetos e ações da capital para o interior e vice-versa, seguirá em pauta. A intenção é consolidar o Descentra Cultura, fazendo com que os recursos possam estar disponíveis onde ainda não chegam, estimulando a produção e a criatividade das manifestações culturais tanto tradicionais quanto de vanguarda.

Dar continuidade às parcerias com os municípios, a partir das iniciativas coordenadas pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), pela Empresa Mineira de Comunicação (EMC) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), compõe essas metas.

Minas Gerais guarda mais de 60% do patrimônio histórico brasileiro, então torna-se fundamental que as ações de formação e restauração também sejam descentralizadas. Atualmente, apenas 18 cidades mineiras ainda não pontuam no ICMS – Patrimônio Cultural, que registrou o repasse recorde de R$ 119 milhões aos municípios.

Em 2023, todas as cidades do estado poderão estar aptas a receber esses recursos importantes para que as políticas de proteção e preservação dos bens materiais e imateriais sejam colocadas em prática.

Além disso, pretende-se nos próximos anos avançar nas etapas necessárias para o reconhecimento da cozinha mineira como patrimônio imaterial e na ampliação do mapeamento das comunidades tradicionais e seus terreiros, o que deverá ser coordenado pelo Iepha/MG. Também está prevista a finalização do Digitaliza Minas e do Digitaliza Brasil pela EMC.

Reviva Turismo

Planejada para o fim de 2022, a meta de criação de 100 mil empregos, proposta em 2021 dentro do Reviva Turismo, foi alcançada em tempo recorde em setembro de 2022, superando a expectativa inicial. Foram gerados 108 mil novos postos de trabalho naquele mês, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Outra meta era colocar Minas Gerais no ranking dos três principais destinos turísticos do país, o que se confirmou em outubro com a divulgação da pesquisa realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério do Turismo. A análise mostrou que o estado é o segundo mais procurado pelos brasileiros. Isso se reflete no aumento de 70% na receita nominal das atividades turísticas, sendo Minas Gerais o estado que mais cresceu no país no comparativo com 2021. O aumento de 38,7% no volume das atividades turísticas mineiras inclusive foi maior que a média nacional, situada em 25,9%.

Entre janeiro e outubro de 2022, houve também ampliação em 48% do número de pousos e decolagens de aeronaves nos aeroportos mineiros e em 48,2% no número de passageiros nos aeroportos do estado, em comparação ao mesmo período de 2021.  Maior circulação via transporte terrestre é outro dado que demonstra o desenvolvimento do setor. Foi registrado 63% de aumento no fluxo de passageiros da rodoviária de BH entre janeiro e setembro de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021.

Além disso, Minas Gerais se tornou o Estado com o maior número de municípios cadastrados no Mapa do Turismo Brasileiro, com 567 registros, segundo o Ministério do Turismo (MTur).

Descentra Cultura

A proposta de descentralização sustenta diferentes ações da Secult. Uma delas é a própria democratização do acesso aos recursos públicos, que, historicamente, se concentravam em Belo Horizonte e região metropolitana, sendo responsável por até 95% da captação via Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC). Desde 2020, esse cenário mudou, passando para 66% a aprovação dos projetos na Região Intermediária (RI) de Belo Horizonte.

Nos três editais do Fundo Estadual de Cultura lançados este ano, Exibe Minas, Calhas e Telhados e Via Liberdade, essa descentralização é ainda mais nítida. No primeiro, por exemplo, 52% dos projetos aprovados são da Região Intermediária de Belo Horizonte; no segundo, esse percentual cai para 25%, enquanto no terceiro o percentual está 57%, demonstrando um cenário distinto do que vinha sendo predominante em anos anteriores.

Ainda em relação à LEIC, nos últimos três anos vem sendo constatado um aumento na captação de recursos via projetos oriundos das 13 Regiões Intermediárias do estado. Em 2020 e 2021, o total captado pelas RIs, respectivamente, foi de R$ 28,4 milhões e R$ 44,6 milhões. Em 2022, esse número saltou para R$ 53,7 milhões.

O programa Afromineiridades, que tem produzido um mapeamento dos territórios de religiões de matriz afro-brasileira, como os terreiros, e atualmente possui 387 inscritos, é outro braço dessa política. O objetivo é facilitar o acesso dessas comunidades tradicionais, assim como as Folias de Reis e os Congados, dos editais públicos. 

Secult nos Municípios

Atualmente, a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) está presente, por meio de termos de parceria, em 29 municípios. Dois dos mais recentes são Peçanha e São Gotardo. Essa articulação viabiliza a itinerância de projetos expositivos, além de cursos de capacitação coordenados pela Faop.

Seguindo essa mesma lógica, a Secult esteve presente neste ano em cerca de 300 cidades,  promovendo encontros e oficinas voltadas especialmente para a qualificação da escrita de projetos, com palestras, capacitações e realização de fóruns para aprimorar as solicitações diante das demandas de cada região. Foram percorridos em média 10 mil quilômetros por mês.

A Empresa Mineira de Comunicação (EMC) também garantiu que o sinal digital pudesse chegar a 285 municípios mineiros por meio dos programas Digitaliza Brasil e Digitaliza Minas. Além disso, 385 projetos para retransmissão de sinal de TV junto ao Ministério das Comunicações foram implantados e 33 outorgas foram liberadas.

O Circuito Liberdade atualmente sob gestão da Fundação Clóvis Salgado desenvolve programação cada vez mais voltada para atender a descentralização. Exemplo disso é a exposição de presépios Noite Sagrada, formada por 40 obras de artistas do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas integrando o Natal da Mineiridade.

 

Foto: Acervo Setur-MG/Consuelo de Abreu

Concebido pelo publicitário e designer Denilson Cardoso, livro Olhares, Imagens & Devoção – O Patrimônio de Congonhas apresenta riqueza artística e escultural da cidade mineira sob a ótica de renomados fotógrafos

A história de Congonhas (MG) funde-se às narrativas de criação do conjunto arquitetônico do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, que tornou a cidade mundialmente conhecida. Trata-se de uma das mais importantes obras da escultura religiosa de Aleijadinho, à qual foi concedida, em 1985, o título de Patrimônio Cultural Mundial da Unesco. No livro Olhares, Imagens & Devoção – O Patrimônio de Congonhas, a ser lançado em 17 de agosto, Dia Nacional do Patrimônio Histórico, às 18h30, no Museu de Congonhas (Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, 153, Basílica de Congonhas), o município é retratado pela sensibilidade de importantes fotógrafos brasileiros. Concebida e organizada pelo publicitário e designer Denilson Cardoso, a obra conta com imagens inéditas do organizador e, também, dos fotógrafos convidados Alexandre Guzanshe, Guto Muniz, Glenio Campregher, Mauro Barros e Welerson Athaydes. O lançamento em Congonhas será seguido de bate-papo com Denilson e os fotógrafos. O livro também será lançado em Belo Horizonte, no dia 18 de agosto, às 19h, no Centro de Arte Popular, no Circuito Liberdade, também com presença do autor e dos fotógrafos. Nas duas cidades, a entrada é gratuita.

A concepção do livro nasce da própria relação do congonhense Denilson Cardoso com a imensurável riqueza arquitetônica e escultural da cidade. “Quando criança, passava horas a rabiscar as fotografias dos profetas, no livro Congonhas do Campo (1973), de Robert Smith e Marcel Gautherot”, lembra o publicitário, que, anos depois, em suas pesquisas acadêmicas, haveria de se deparar com o mesmo livro, mas de outra forma, e sob novo olhar, voltado à valorização da arte única, e de grandeza vasta, abrigada por sua terra natal: “Pude reviver o orgulho e o encantamento que, já na infância, as obras de Aleijadinho me proporcionavam”.

Olhares, Imagens e Devoção – O Patrimônio de Congonhas busca ressaltar a beleza e a teatralidade da obra de Aleijadinho e outros artistas, presentes no Santuário do Senhor do Bom Jesus do Matosinhos, assim como revelar seu entorno e a fé dos devotos. Como resultado de processos práticos e acadêmicos, recorreu-se à arte da fotografia como instrumento de inovação e promoção de novas práticas de valorização e compreensão dos valores históricos, religiosos e artísticos. Daí a ideia de convidar cinco fotógrafos, atuantes nas cenas cultural e jornalística de Belo Horizonte e Congonhas, com experiências e olhares bastante distintos.

“Espero, com o trabalho, colaborar com o conhecimento e a valorização de nossa arte, instrumento de fé, tão importante para nós, para a cidade e a humanidade. Torço para que as emoções que conduziram todo o processo de desenvolvimento desta iniciativa possam ser sentidas em cada página do livro, e que ele seja apreciado por novas e futuras gerações, ao despertar o mesmo sentimento de orgulho e encantamento que me tomaram quando criança”, ressalta Denilson, ao lembrar que o desenvolvimento do livro se deu paralelamente a outros de seus projetos, todos relacionados ao Santuário de Congonhas. Em 2013, ele criou a linha “Patrimônio em Cores”, composta por produtos referenciados no acervo local, com o intuito de valorizar e divulgar as obras e a cidade: “A partir daí, ingressei no mestrado, e me aprofundei na pesquisa sobre o design e sua atuação como ferramenta de comunicação do patrimônio”.

O patrimônio histórico
Toda a obra de Congonhas é fruto da fé e da religiosidade católicas, trazidas de Portugal por Feliciano Mendes, minerador que chegou ao Brasil nos meados do século XVIII, em busca das pedras preciosas de Minas Gerais. Enfermo, prometeu que, caso alcançasse a graça da cura, construiria um templo para adoração a seu santo de devoção, o Senhor Bom Jesus de Matosinhos, no alto do Morro do Maranhão, em Congonhas. Em 1757, iniciou sua peregrinação para obtenção de recursos destinados à construção da igreja, dedicada ao Senhor do Bom Jesus como pagamento de sua promessa. O Santuário é, desde então, local de adoração e peregrinação de fiéis católicos.

O conjunto do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos de Congonhas é formado pela Basílica, com seu interior em estilo rococó, pelo adro murado, onde se encontram os doze profetas de pedra-sabão – Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Jonas, Joel, Amós, Naum, Abdias e Habacuc – e as Cenas dos Passos da Paixão de Cristo, seis capelas que ilustram a via crucis de Jesus Cristo. Nas capelas, estão localizadas as 64 esculturas policromadas em madeira, criadas em tamanho natural.

Construído entre os anos de 1757 e 1875, o Santuário contou com grande número de artistas e artífices, destacando-se, entre eles, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, classificado como o maior gênio da escultura barroca brasileira. Ele foi um dos maiores artistas do século XVIII, e criou uma arte muito poderosa, por meio de processos que ainda são um mistério. Sua alcunha foi dada a partir de 1777, quando acaba acometido por um terrível mal, que o impossibilitou de realizar seu trabalho da forma convencional. A doença limita o uso das mãos, e se estende, gradativamente, até as pernas do artista, fazendo com que ele fosse carregado por seus escravos, que prendiam as ferramentas em suas mãos mutiladas e paralisadas.

O conjunto de Congonhas foi declarado Patrimônio Cultural Mundial, pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em dezembro de 1985. A inclusão do Santuário de Congonhas na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco foi justificada pela importância da arte universal de Aleijadinho e de todo seu conjunto arquitetônico e escultural.

A obra
O livro Olhares, Imagens & Devoção – O Patrimônio de Congonhas estrutura-se segundo quatro dimensões da representatividade cultural e artística da importante cidade mineira. Dividido nas seções “A Paixão”, “A profecia”, “A oração” e “A devoção”, a obra promove breve discussão de tais sentimentos e ações, devidamente amparada pela força e pela multiplicidade poética das imagens produzidas pelos fotógrafos Alexandre Guzanshe, Guto Muniz, Glenio Campregher e dos congonhenses Mauro Barros e Welerson Athaydes. O fotógrafo Hugo Cordeiro também participa com algumas imagens. A cada página, leitores e leitoras terão a oportunidade de “passear” por Congonhas, de mãos dadas à história, à cultura e à fé.

Há que se destacar, ainda, outra importante efeméride, responsável por tornar o lançamento da obra ainda mais interessante e potente: “Coincidência ou não, é extremamente satisfatório lançar este livro em 2022, quando se comemoram os 100 anos da Semana de Arte Moderna. O Santuário de Congonhas teve o primeiro reconhecimento como obra genuinamente nacional em razão da visita da caravana modernista a Minas Gerais, em 1924. A partir daquele momento, iniciaram-se todas as ações de valorização e preservação do patrimônio brasileiro”, ressalta Denilson Cardoso.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo e pela J. Mendes, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Realização: Solo CDC, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo. O projeto foi idealizado por Denilson Cardoso.

O idealizador e organizador

Denilson Cardoso
Mestre em Design pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), pesquisa formas de valorização e divulgação do patrimônio por meio do Design. Congonhense, atua há mais de 25 anos no mercado cultural de Belo Horizonte. Em 2012, fundou a Solo Comunicação Design Cultura, empresa de comunicação e design, além de criar a marca “Patrimônio em Cores”, com a qual desenvolve produtos inspirados e referenciados no patrimônio histórico de Congonhas. Em 2019, lançou o livro Pampulha Olhares Imagens Modernidade, sobre o patrimônio da Pampulha, em Belo Horizonte.

Os fotógrafos

Alexandre Guzanshe
Nascido em Aimorés (MG), vive e trabalha em Belo Horizonte desde 1995. Jornalista e pós-graduado em jornalismo, cursou artes na Escola Guignard (UEMG) e atua como repórter fotográfico multimídia dos Diários Associados. Paralelamente ao fotojornalismo, desenvolve trabalhos nas artes plásticas, tendo participação em diversas exposições individuais e coletivas. Lançou seu primeiro livro de fotografias, Ser Tão Gerais, em 2019.

Guto Muniz
Fotógrafo das artes cênicas, com 35 anos de carreira, iniciada em 1987, já fotografou mais de dois mil diferentes espetáculos. Seu acervo conta a história de diversos artistas e companhias, e de alguns dos mais importantes festivais de teatro, dança e circo realizados em Belo Horizonte e outras cidades. Também é professor e fundador do Núcleo FAC – Núcleo de Estudos Fotografia, Arte e Cultura.

Glenio Campregher
No setor cultural desde 1998, atua, profissionalmente, como fotógrafo dos principais festivais artísticos de Belo Horizonte: Festival Internacional de Teatro, Festival Internacional de Quadrinhos, Verão Arte Contemporânea, Virada Cultural, dentre outros. De 2003 a 2009, foi fotógrafo oficial da Fundação de Cultura de Belo Horizonte. É correspondente da agência Ruptly na capital mineira.

Mauro Barros
Desde 2008, Mauro Barros trabalha com fotojornalismo cultural, social e autoral, o que inclui retratos, casamentos e eventos culturais em Congonhas. Coordenou oficinas de fotografia em eventos na cidade de Congonhas, além de ministrar cursos em programas sociais. Realizou diversas exposições fotográficas.

Welerson Athaydes
Congonhense, atua como fotógrafo desde 1981, explorando temas como festas religiosas, eventos de natureza artístico-cultural e história de Congonhas. Conta com trabalhos relacionados ao patrimônio em exposição permanente no Museu de Congonhas.

 

Serviço:  

Lançamento do livro Olhares, Imagens & Devoção – O Patrimônio de Congonhas
Congonhas (MG)
Museu de Congonhas – Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, 153 – Basílica
Dia 17/08/2022, às 18h30

Lançamento com bate-papo com Denilson Gomes e fotógrafos convidados
Entrada gratuita
Belo Horizonte (MG)
Centro de Arte Popular – Circuito Liberdade – Rua Gonçalves Dias, 1608 – Lourdes
Dia 18/08, às 19h

Entrada gratuita

O livro será distribuído gratuitamente para escolas, centros culturais e museus, bibliotecas e centros de atendimento ao turista.

 

 

 

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Imagem: Guto Muniz

Cantata de Natal de Timoteo Rede Minas

Papai Noel chega à Rede Minas com um saco cheio de novidades. A emissora mineira presenteia o público com uma programação especial de fim de ano. São dez atrações que vão ser exibidas entre os dias 24 de dezembro e 01 de janeiro. Espetáculos natalinos, óperas, shows e programas garantem momentos especiais para celebrar e comemorar. Entre os destaques, a emissora mostra as cantatas de Natal de Belo Horizonte e Timóteo, na véspera de Natal (24). Domingo (25), são três atrações especiais e a Ópera Aleijadinho, gravada no centro histórico de Ouro Preto, é uma delas. Em contagem regressiva para a virada, na quarta-feira (28) tem a exibição do 2º Prêmio da Música Popular Mineira. 

O show de Saulo Laranjeira festejando 70 anos é o destaque da quinta-feira (29). Hermeto Pascoal, direto da praça do Papa, em Belo Horizonte, está na programação de sexta-feira (30). Para encerrar o ano (31), a Rede Minas leva o público, pela tela, para Diamantina, com a exibição da Vesperata. 2023 começa com duas atrações especiais. Entre elas, a ópera “A Flauta Mágica”. Confira os detalhes da programação especial de fim de ano: Sábado (24/12): Cantatas de Natal A Praça da Liberdade foi palco da 9ª Edição da Cantata de Natal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. No evento, 280 crianças e adolescentes da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil do TJMG se apresentaram. A Rede Minas esteve lá e exibe o tradicional espetáculo na noite da véspera de Natal (24), às 22h, para tornar a ceia natalina mais especial. A apresentação teve como cenário o histórico prédio do Iepha. Das janelas e do portão do prédio, foram executadas canções como Trem Bala, de Ana Vilela; Maria Maria, de Milton Nascimento; trilhas de filmes e séries e as tradicionais canções natalinas. Em seguida, a Cantata de Natal de Timóteo, no Vale do Aço, entra na tela. O espetáculo, promovido pela Fundação Aperam Acesita, aconteceu na antiga Casa de Hóspedes, ponto turístico da cidade que recebeu iluminação especial para o evento. 45 crianças e adolescentes do Coral Infantojuvenil Aperam apresentaram clássicos natalinos, músicas populares e canções internacionais em um espetáculo que agora chega para todo o estado, pela emissora mineira. Domingo (25/12): Cariúnas – 25 anos de história, Rede Minas Memória – Presépios e Ópera Aleijadinho Coral, orquestra, banda e bailarinos. Um espetáculo reuniu cerca de 200 artistas que brindaram o público com música e movimento. O diferencial é que todos têm entre 7 e 18 anos. Essas estrelas mirins fazem parte do Cariúnas, um projeto social que trabalha as habilidades artísticas em crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. O resultado emociona: meninos e meninas dançam, cantam e tocam sucessos nacionais e internacionais. Esse show de talentos, que aconteceu em outubro, ganha espaço na tela da TV. A Rede Minas exibe o espetáculo “Cariúnas – 25 anos de história” com música e depoimentos que resgatam a trajetória de mais de duas décadas. É neste domingo (25), às 17h. O especial “Rede Minas Memória” traz o encanto dos presépios para a programação domingo (25), às 21h. A emissora resgatou entrevistas e reportagens que mostram a magia do nascimento de Cristo representada em peças artesanais. Todo o conteúdo é apresentado em uma só atração, que promete tornar o Natal ainda mais fascinante. História, curiosidades e a manifestação artística dos presépios estão na atração . Nesta seleção especial, o Pipiripau e outras montagens são apresentadas ao público, que também conta com entrevistas de especialistas no assunto. Imagine ver um espetáculo sobre o mestre do barroco Antônio Francisco Lisboa, na histórica Ouro Preto, com um corpo artístico que reúne dezenas de profissionais da Orquestra Sinfônica, Coral Lírico de Minas Gerais, e Cia. de Dança Palácio das Artes? Essa foi a “Ópera Aleijadinho”, que a Rede Minas exibe, pela primeira vez na televisão, no Natal (25), às 22h. O evento grandioso aconteceu ao ar livre, tendo como cenário a fachada da Igreja de São Francisco de Assis, no Largo do Coimbra, em Ouro Preto. A antiga Vila Rica foi recriada pelos jogos de luzes e projeções no telão. A ópera, executada pela primeira vez, foi composta por Ernani Aguiar, com libreto escrito por André Cardoso e contou com a regência do maestro Silvio Viegas. Quarta-feira (28/12): 2º Prêmio da Música Popular Mineira A contagem regressiva para o Ano-Novo começa na quarta-feira (28), na Rede Minas, com artistas mineiros soltando a voz. A emissora exibe o show que anunciou os vencedores do 2º Prêmio da Música Popular Mineira, uma iniciativa da Rádio Inconfidência e promovido pela Empresa Mineira de Comunicação (EMC). Aline Calixto e Sérgio Pererê são alguns dos cantores que subiram ao palco em uma apresentação que a emissora mostra na íntegra. A atração, que vai ao ar às 22h, também traz entrevistas exclusivas. Quinta-feira (29/12): Saulo Laranjeira 70 anos Festejando 70 anos de vida, Saulo Laranjeira brindou o público com um show em homenagem a Elomar Figueira. Nas sete décadas, o cantor, compositor, ator e humorista construiu uma trajetória artística na televisão e nos palcos. Um dos destaques da carreira é a apresentação do programa Arrumação, sucesso na Rede Minas. Para comemorar seu aniversário, Saulo escolheu Elomar, de quem interpretou músicas e realizou parcerias, como a narração do DVD “O Auto da Catingueira”, do cancioneiro. O espetáculo vai ao ar na quinta-feira (29), às 22h. Sexta-feira (30/12): Hermeto Pascoal – série BH Instrumental O show de Hermeto Pascoal, no palco cravado em um dos cartões-postais de Belo Horizonte, a praça do Papa, é uma das atrações especiais de fim de ano, da Rede Minas. A apresentação fez parte da programação da série BH Instrumental, festival que aconteceu em junho e reuniu sete mil pessoas. O artista se apresentou acompanhado de seu grupo no evento que teve, também, a participação especial de Arismar do Espírito Santo. A emissora mostra o show na sexta-feira (30), às 22h. Sábado (31/12): Vesperata de Diamantina A Rede Minas se despede de 2022 com a exibição de um dos eventos musicais mais conhecidos e admirados do país: a Vesperata, de Diamantina. Das sacadas dos casarões da rua Quitanda, a arte se materializa em música. Bandas tradicionais apresentam um repertório com canções populares e serestas diamantinenses, mostrando a genuína musicalidade que rendeu ao município o título de “Cidade criativa”, pela Unesco. A apresentação vai ao ar no sábado (31), às 22h. Domingo (01/01): ópera A flauta Mágica e Rede Minas Memória - Especial 80 anos Milton Nascimento Para entrar com pé direito em 2023, tem a ópera “A flauta mágica”, de Mozart. Sob direção de Carla Camurati, a apresentação aconteceu no Palácio das Artes e contou com a Orquestra Sinfônica, o Coral Lírico de Minas Gerais, o grupo de dança do Cefart e solistas convidados. No enredo, a trajetória do príncipe Tamino que, com o auxílio do instrumento mágico, enfrenta desafios na tentativa de salvar a princesa Pamina, mantida prisioneira. Na narrativa, os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade - motes da Revolução Francesa – transparecem em diversas passagens. A flauta mágica estreou em 1791 e é uma das últimas obras-primas do compositor, que faleceu no mesmo ano. O público confere o espetáculo no domingo (01), às 22h. Para encerrar a programação especial que marca a virada do ano tem Milton Nascimento. A Rede Minas traz a trajetória do músico contada através das gravações realizadas nos 38 anos em que a emissora está no ar. O especial Rede Minas Memória resgatou os registros históricos de Bituca e reuniu tudo em uma só atração, que celebra os 80 anos do artista. São entrevistas com Milton e amigos, como Fernando Brant, e muitas curiosidades. A atração vai ao ar no domingo (01), às 23h. A programação especial de fim de ano é exibida pela Rede Minas, mas também pode ser acompanhada pelo site redeminas.tv ou na plataforma de streaming EMCplay. Serviço Dia 24/12 (Sábado)

  • Cantatas de Natal, às 22h

Dia 25/12 (Domingo)

  • Cariúnas – 25 anos de história, às 17h
  • Rede Minas Memória – Presépios, às 21h
  • Ópera Aleijadinho, às 22h

Dia 28/12 (Quarta-feira)

  • 2º Prêmio da Música Popular Mineira, às 22h

Dia 29/12 (Quinta-feira)

  • Saulo Laranjeira 70 anos, às 22h

Dia 30/12 (Sexta-feira)

  • Hermeto Pascoal – série BH Instrumental, às 22h

Dia 31/12 (sábado)

  • Vesperata de Diamantina, às 22h

Dia 01/01 (Domingo)

  • Ópera A Flauta Mágica, às 22h
  • Rede Minas Memória - Especial 80 anos Milton Nascimento, às 23h

Solenidade de entrega das imagens foi realizada no domingo e contou com a presença de gestores culturais 

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) realizou mais uma importante entrega. No domingo (7/8), o subsecretário de Cultura, Igor Arci, e o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), Jefferson da Fonseca, estiveram em São José das Três Ilhas (distrito de Belmiro Braga), para devolver à população as imagens de São José de Botas, Nossa Senhora do Rosário e São Sebastião. 

As imagens foram restauradas pela Faop e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), em um processo que teve início em 2018. A solenidade de entrega das obras também contou com a participação do Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, do Administrador da Paróquia São José, Padre Wesley Carvalho Neves e de outros gestores.  

De acordo com o subsecretário Igor Arci, a preservação do patrimônio mineiro faz parte das diretrizes da Secult para promover a cultura e o turismo em Minas Gerais. “É gratificante ver um patrimônio voltar a seu local de origem, ser contemplado, deslumbrado e venerado por todos aqueles que estiverem por ali. Para ser original é necessário que voltemos sempre à nossa origem”, disse. 

Os itens voltam ao local de origem, ocupando o altar-mor da Igreja Matriz de São José das Três Ilhas. Para o presidente da Faop, Jefferson da Fonseca, essa devolução é uma das partes mais satisfatórias do processo de restauração. “Esse é um trabalho delicado, minucioso e que busca sempre a originalidade. É um privilégio acompanhar essa entrega e ter essa recepção calorosa dos moradores da região”, pontuou.  

Segundo Dom Gil Antônio Moreira, a entrega das obras é momento de celebração para a comunidade local. “Imagem sacra não foi feita para museu, mas para ser venerada; é um elemento artístico que nos leva a uma espiritualidade mais profunda. Essas obras agora estão no lugar principal que é devido a elas. Essa restauração foi muito bem feita e nós queremos celebrar esse importante momento”, declarou. 

 

 

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Viramundo Uma pera Contempornea Crditos Paulo Lacerda 2

 

Inspirado na obra do escritor mineiro Fernando Sabino, o espetáculo "Viramundo – Uma Ópera Contemporânea", volta ao cartaz no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com apresentações nos dias 21 e 22 de dezembro (quarta e quinta-feira), às 20h. Realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS) e pela APPA - Arte e Cultura, a montagem surge a partir de uma proposta que busca desenvolver uma tradição operística genuinamente brasileira e conectada com o mundo atual.

Concebida pela FCS em parceria com nomes consagrados da música, da literatura e do teatro, além de pesquisadores e jornalistas, a montagem é resultado da criação de libretos (textos em português) e de composições musicais elaborados por diversos artistas brasileiros durante o Ateliê de Criação: Dramaturgia e Processos Criativos da Academia de Ópera, realizado pela Temporada de Ópera On-line em 2021.

 

Trata-se de uma iniciativa inédita no país sobre formação e criação em dramaturgia operística que contou com a curadoria do maestro Gabriel Rhein-Schirato – diretor musical e regente do espetáculo – e da encenadora Livia Sabag, além da orientação do poeta e letrista membro da Academia Brasileira de Letras, Geraldo Carneiro. Já a direção cênica da montagem ficou a cargo da atriz e dramaturga Rita Clemente, que em 2022 conta com a assistência do experiente diretor de ópera Ronaldo Zero.

Durante o processo criativo, como integrantes do Ateliê de Criação, os dramaturgos Ricardo Severo ("As três mortes de Geraldo Viramundo"), Djalma Thürler ("Não gosto de corpo acostumado"), Julliano Mendes ("Viramundo, Viraflor"), Luiz Eduardo Frin ("Circunvagantes") e Bruna Tameirão ("O Julgamento") escreveram libretos que foram musicados pelos compositores André Mehmari, Denise Garcia, Antonio Ribeiro, Maurício de Bonis e Thais Montanari, artistas também participantes do Ateliê.

"Viramundo – Uma Ópera Contemporânea"  é um espetáculo com cinco breves óperas inspiradas no livro "O Grande Mentecapto", de Fernando Sabino (1923-2004), lançado em 1979 e tido como um dos grandes romances da literatura nacional. Com Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e solistas convidados, a montagem reúne cinco histórias independentes, com começo, meio e fim. Cada uma se sustenta dentro de seu universo artístico, com cerca de dez minutos de duração, formando um só programa operístico com narração e sem intervalo – apenas breves respiros entre uma obra e outra para troca de figurinos.

As obras tratam de diferentes temas, seja por meio do circo-teatro, como um acontecimento carnavalesco, ou utilizando-se do humor para chegar ao trágico. A partir da obra de Sabino, são pontuadas metáforas de todas as ordens e o ponto que une todos os libretos é a literatura mineira e a mineiridade. Um espetáculo com sotaques de Minas Gerais, com citações à cultura do estado, mas de forma universal.

O espetáculo contempla tanto as pessoas ávidas por novidades, por propostas contemporâneas e por uma discussão atual sobre o mercado de ópera, quanto o público tradicional, amante de voz. “Nessa montagem, nós mantivemos os princípios tradicionais da ópera, ou seja, Orquestra Sinfônica no fosso, Coral Lírico no palco, as melhores vozes líricas de Minas e do Brasil. Então, o público tradicional que gosta dessa mistura de teatro e música, de vozes líricas, também será contemplado, a partir de uma grande homenagem à mineiridade”, comenta o maestro Gabriel Rhein-Schirato.

O livro que serviu de base para a livre criação dos libretos e das composições, O Grande Mentecapto, do escritor mineiro Fernando Sabino, narra as peripécias de Geraldo Boaventura, vulgo Viramundo, em suas andanças pelas Minas Gerais. A obra de Sabino traz um olhar cômico às aventuras e desventuras desse "Dom Quixote" mineiro que, desde a infância, precisou se virar para sobreviver. Para Bernardo Sabino, filho do escritor, o livro tem aspectos biográficos da vida de Fernando e destaca “meu pai incorporou à obra algumas situações que ele próprio enfrentou e entendo que o personagem criado por ele foi para ironizar certas hipocrisias da sociedade”. E completa: “Viramundo é um ser puro, mas não ingênuo e muito menos burro”.

A encenação  

A diretora Rita Clemente considera todos os elementos do espetáculo como vocabulários (libretos, composições musicais, cenários, figurinos, ações humanas, coreografias...), articulados em busca de um discurso cênico aberto, com a gênese cultural das Minas Gerais expressa pela obra do escritor Fernando Sabino, mas com uma abordagem que transcende os regionalismos.

As óperas estão conectadas umas às outras, partindo de um mesmo ponto, a obra de Sabino, mas com liberdade de criação e inspiração. “Os autores tocam em questões importantes a serem discutidas, como a própria temática central do livro ‘O Grande Mentecapto’, que aborda a história desse sujeito malvisto pela sociedade. Isso está presente em todas as cinco óperas, cada uma à sua maneira. É a partir desta temática que cada obra se revela. O tratamento diferenciado está na narrativa das obras, com estéticas, gêneros e abordagens diferentes. É essa narrativa que traduz a diferença”, afirma Rita Clemente.

A diretora explica que a criação cênica se propõe a deixar que falem todas as vozes: sobre pessoas que se movem incansavelmente em direção à liberdade; sobre outras que trilham caminhos desconhecidos, com a coragem de uma criança; ou aquelas que, mesmo canceladas, ultrajadas, humilhadas, caminham insanas, “como insanos somos nós a buscar a arte, nestes tempos de desamor à estética”.

Para Rita Clemente, muito além de um recorte regionalista, a encenação acolhe as diferentes facetas dos libretos com uma abordagem expandida, onde épocas se misturam, geometrias criam ambientes para que a grandeza de uma obra cênica, fundada na linguagem operística, possa ganhar humanidade e driblar o arremedo, para instaurar interlocuções cheias de organicidade, cheias de vida.

Com concepção não realista, a cenografia utiliza cores mais terrosas e ferrosas que remetem à terra de Minas Gerais e não pretende retratar uma região específica e sim conferir um caráter mais universal em seu conceito. Um praticável circular e painéis que formam um semicírculo são predominantes no cenário e a concepção de Miriam Menezes remete à ideia de movimento constante do personagem principal, sempre em busca de algo nas viagens e interações com pessoas e histórias. Ideia de começo, fim e do renascimento, com movimento contínuo. Em cada ópera, os painéis irão formar uma configuração diferente, desenhando uma narrativa visual única em cada obra. Trata-se de um aspecto distinto para os mesmos elementos, assim como as diferentes leituras sobre a mesma história escrita por Fernando Sabino.

Os figurinos são de Sayonara Lopes e para a ópera "Os Circunvagantes", a artista se inspirou em Benjamin de Oliveira (1870-1954), o primeiro palhaço negro do Brasil, para criar as roupas, em referência aos palhaços tradicionais que percorrem as estradas do país; em "Eu não gosto de corpo acostumado", a atemporalidade se faz presente no figurino do personagem central da história, Viramundo – que se apodera de roupas e objetos por onde passa –, com grande profusão de cores em referência a década de 1970. Para a ópera "As três mortes de Geraldo Viramundo", a figurinista volta mais dez anos no tempo, agora 1960, para criar os modelos. Em "Viramundo Viraflor", destaque para os trajes futuristas de ficção pós-apocalíptica; e fechando o espetáculo, na ópera "O Julgamento", presença de peças contemporâneas em tom cinza-preto.

Repertório musical

A proposta do espetáculo é também dar um panorama de diferentes tendências musicais para a ópera contemporânea. São cinco compositores, de formações musicais diferentes, convidados para trabalhar no Ateliê. "Viramundo – Uma Ópera Contemporânea" é um pequeno painel com diferentes estéticas.

Com proposta livre de criação, cada compositor definiu a formação musical de sua obra e o resultado sonoro do conjunto é o destaque do programa. Presença de oito integrantes do Coral Lírico de Minas Gerais, entre soprano, mezzo soprano, tenor, contralto, barítono e baixo, na interpretação de mais de um personagem e mesclando os estilos de canto coral. O elenco musical fica completo com os solistas convidados, entre cantores de Minas Gerais e de outros estados, como os tenores Flávio Leite, Giovanni Tristacci e Lucas Damasceno, e o baixo Stephen Bronk, que estão entre os mais atuantes e versáteis cantores líricos atuando no Brasil e das sopranos Annelise Cavalcanti, Daiana Melo e Sylvia Klein, entre outras.

O maestro e diretor musical Gabriel Rhein-Schirato destaca a contribuição deste trabalho da Academia de Ópera para a ópera brasileira. “Os músicos estão sendo provocados a tocar uma ópera nacional contemporânea, os cantores a cantar, o maestro a reger, os compositores e os libretistas a escrever. Tudo isso serve como um estímulo ao repertório de ópera brasileira, cantada em português, nos dias de hoje. Esse trabalho e incentivo da Fundação Clóvis Salgado é uma injeção de ânimo para a produção operística do país”.

O ateliê

O Ateliê de Criação: Dramaturgia e Processos Criativos teve a curadoria de Gabriel Rhein-Schirato e Livia Sabag, e orientação do poeta e escritor Geraldo Carneiro na criação dos libretos. O grupo de trabalho contou com 16 participantes ativos e 26 ouvintes inscritos previamente – o processo seletivo recebeu, ao todo, 105 inscrições. As vagas do Ateliê foram destinadas a profissionais interessados no Teatro de Ópera e em seus processos criativos como escritores, cantores, regentes, diretores de cena, compositores, musicólogos, gestores, produtores, jornalistas, educadores, pianistas e intérpretes em geral.

Entre os participantes ativos, cinco foram selecionados para escreverem os libretos das óperas curtas. Com encontros semanais por videoconferência, foram realizadas uma série de atividades entre aulas teóricas, debates e entrevistas com artistas e pesquisadores, sobre dramaturgia musical. As atividades ocorreram entre agosto e outubro deste ano.

A partir das propostas iniciais dos cinco libretistas, Geraldo Carneiro foi trabalhando uma a uma em conversas coletivas e individuais, acrescentando novas ideias e reflexões até chegar aos cinco libretos finais das óperas.

Carneiro destaca o ineditismo do Ateliê: “O Brasil possui um antecedente extraordinário que é o Carlos Gomes, compositor de ópera. Mas o nosso país - relativamente colonizado - não se tornou produtor de dramaturgia de ópera. O Brasil sempre foi receptor e não criador. Hoje, há uma grande afluência de compositores desejando escrever ópera, além de uma democratização dos espaços operísticos que durante muito tempo era reservada à elite dos países europeus e também, em certo momento, aos americanos. Dessa forma, o Ateliê de Criação, da Academia de Ópera da Fundação Clóvis Salgado é uma iniciativa inaugural e sem precedentes no Brasil. É o novo mundo das Américas sonhando com a construção de uma nova tradição operística livre das amarras do passado e desejando algo para o futuro”.

Centro de Arte Popular realiza programação especial “Minas no Plural” em agosto

O Centro de Arte Popular promove, neste mês de agosto, uma programação especial que inclui a realização de oficinas e o lançamento de livros. Toda a programação faz parte da ação “Minas no Plural” da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

Oficina “O livro para escutar nossa mesma outra língua”, com Angelo Abu
A oficina trata do processo de criação do livro “À Sombra da Mangueira”, resultado de oficinas de ilustração que o escritor e ilustrador Angelo Abu realizou com crianças em Maputo, capital de Moçambique. Neste processo, a diversidade da língua portuguesa acabou se tornando o tema central, e o formato livro para escutara melhor mídia para contar aquela história.

Angelo Abu nasceu em Belo Horizonte/ MG, em 1974. Graduou-se em Cinema de Animação na Escola de Belas Artes da UFMG. Desde 1995 vem trabalhando com histórias em quadrinhos, animação, ilustração de livros didáticos e de literatura, revistas e jornais, assim como na coordenação de oficinas diversas. 

Data: 11 de agosto, quinta-feira
Horário de 9h às 12h
Local: Auditório do Centro de Arte Popular
Número de Vagas: 50
Público Alvo: educadores (as), bibliotecários (as), agentes culturais, pesquisadores (as). 

Oficina “Crie sua personagem de pano”, com Cássia Macieira
A oficina propõe a criação de personagens de tecido com simplicidade: dobras, linhas e tesoura. 

Cássia Macieira é artesã, artista visual e pesquisadora em artefatos lúdicos. É doutora em Literatura Comparada: Literatura, Outras Artes e Mídias (UFMG) e professora da UEMG. É membro da Associação Mineira e Brasileira de Teatro de Bonecos. 

Data: 13 de agosto, sábado
Horário:  de 14 às 17h
Local: Espaço de Convivência do Centro de Arte Popular
Número de Vagas: 20
Público Alvo: pessoas interessadas no tema. 

Lançamento do Livro “Olhares, Imagens e Devoção – O Patrimônio de Congonhas”, de Denilson Cardoso
O livro busca ressaltar a beleza e a teatralidade da obra de Aleijadinho e de outros artistas, presente no Santuário do Senhor do Bom Jesus do Matosinhos, assim como revelar seu entorno e a fé dos devotos. Como resultado de um processo prático e acadêmico, a materialização deste projeto apresenta a arte da fotografia como instrumento de inovação e promoção de novas práticas de valorização e compreensão dos aspectos históricos, religiosos e artísticos do Santuário de Congonhas.  Na intenção de trazer um olhar diverso e ampliado sobre o tema, foram convidados fotógrafos com experiências distintas, atuantes nas cenas cultural e jornalística de Belo Horizonte e de Congonhas. São eles Alexandre Guzanshe, Guto Muniz, Glenio Campregher, Mauro Barros e Welerson Athaydes.

Denilson Cardoso é mestre em Design pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Pesquisa formas de valorização e divulgação do patrimônio por meio do design. Congonhense, atua há mais de 25 anos no mercado cultural de Belo Horizonte. Em 2012, fundou a Solo Comunicação Design Cultura, empresa de comunicação e design, além de criar a marca “Patrimônio em Cores”, com a qual desenvolve produtos inspirados e referenciados no patrimônio histórico de Congonhas. Em 2019, lançou o livro “Pampulha Olhares Imagens Modernidade”, sobre o patrimônio da Pampulha, em Belo Horizonte

Data: 18 de agosto, quinta-feira
Horário: 18h às 21h
Local: Espaço de Convivência do Centro de Arte Popular 

Lançamento do Livro “Rosinha a Lagartixa”, de Elizabeth Carvalho, e contação de histórias
Em seu livro, a escritora conta a história de Rosinha, uma lagartixa muito esperta e charmosa que adora sair pelas paredes das casas sempre muito bem arrumada. Porém, em uma de suas andanças ela vive uma aventura de tirar o fôlego. A relação do homem com a natureza entra em questão e a autora, com sabedoria, contribui para tornar o mundo um lugar melhor. 

Elizabete Carvalho é mineira, natural de Belo Horizonte/ MG. Formada em educação artística e música. Foi professora de música e arte durante muitos anos. Em 2008, fundou a escola Constantine Oficina Cultural. É autora do livro “Um circo todo rimado e arrumado” (2003) e do CD “Na Fazenda da Vovó” (2015).

Data: 20 de agosto, sábado
Horário: de 14h às 17 h
Local: Espaço de Convivência

 

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A cena do nascimento de Jesus, na simblicidade da manjedoura, São José, a Virgem Maria, pastores. Toda essa representação revisitada pelas mãos de 40 artistas do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas é contemplada de diferentes formas na exposição “Uma Noite Sagrada – Presépios de Minas Gerais”, que já atraiu até o último domingo (18) mais de 7, 3 mil visitações, marcando recorde de público no Palácio da Liberdade.

Na praça da Liberdade, em meio à iluminação especial do Natal da Mineiridade, há também um presépio em barro que tem atraído os olhares da população. Além desses, há ainda outros espaços com presépios que integram a programação natalina do Circuito Liberdade. A Casa Fiat de Cultura está com seu já tradicional Presépio Colaborativo, construído coletivamente com o público. Ali perto, no Centro de Arte Popular (CAP), moradores e turistas podem apreciar a exposição “Presépios: Tradição Renovada – 50 anos do Concurso Nacional de Presépios da Fundação de Arte de Ouro Preto”, elaborada em parceria com a Faop, que também exibe peças em sua sede, em Ouro Preto.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o Natal é celebração e oportunidade de reforçar tanto individualmente os laços entre as pessoas quanto coletivamente com a própria cultura mineira. “Este estado de espírito tem no Natal esse momento de encontro com as nossas famílias, e também de encontro com a nossa cultura, com a nossa forma de ser”, ressalta.

Palácio da Liberdade expõe presépios do Norte de Minas

A mostra “Uma Noite Sagrada – Presépios de Minas Gerais”, no Palácio da Liberdade, reúne 40 presépios artistas do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas. As obras são confeccionadas em materiais como argila, crochê, bordados, fibras, cabaça, ferro e até reciclados.

A exposição segue até 5 de fevereiro de 2023 e está aberta ao público de terça a domingo, com diferentes horários em dias úteis e fins de semana A entrada é gratuita e não requer agendamento.

Quando a exibição terminar, o acervo ficará disponível para a venda no Centro do Artesanato Mineiro, no Palácio das Artes. O local é parceiro de realização da mostra, produzida em conjunto com a Fundação Clóvis Salgado (FCS) e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede).

8º Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura

Também na Praça da Liberdade está o Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura, em cartaz até 8 de janeiro. Em sua 8ª edição, a instalação deste ano traz como tema “Flores para Guignard”, em homenagem ao pintor Alberto da Veiga Guignard, conhecido pelas pinturas baseadas nas paisagens de Minas Gerais.

O presépio em tamanho real é criado com a participação do público e curadoria do artista plástico Leo Piló. A obra é ambientada em cenário inspirado na Belo Horizonte da década de 1940 e destaca o azul e o verde, predominantes na paleta de Guignard.

A Casa Fiat funciona de terça a domingo, com diferentes horários ao longo da semana. A entrada é gratuita.

Centro de Arte Popular celebra 50 anos do concurso de presépios da Faop

No Centro de Arte Popular (CAP), a exposição “Presépios: Tradição Renovada – 50 anos do Concurso Nacional de Presépios da Fundação de Arte de Ouro Preto” celebra meio século do concurso criado pela Faop em 1972.

O acervo conta com 30 obras premiadas nas edições anteriores da disputa, que elege os vencedores por votação popular e de júri técnico. As criações são feitas dos mais diversos materiais, como pedra sabão, madeira e metais.

Os visitantes podem conferir a mostra até 5 de fevereiro. De terça a sexta, o CAP funciona das 12h às 18h30; sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h. A entrada é gratuita.

50º Concurso Nacional de Presépios em Ouro Preto

Em Ouro Preto, a Faop exibe, até 6 de janeiro, 20 presépios na 50ª edição do seu concurso. O acervo reúne obras de todo o Brasil, confeccionadas em diversos materiais.

Os dois vencedores do júri técnico já são conhecidos e não concorrem à votação popular, aberta durante todo o período da exposição, presencialmente e online. No dia 7 de janeiro, a fundação divulga os vencedores do gosto do público.

O primeiro lugar do júri técnico receberá R$ 2 mil e o segundo, R$ 1,8 mil. Quem vencer na votação popular ganhará R$ 2 mil.

Natal da Mineiridade

A tradição do presépio é presente em toda Minas Gerais, e não poderia estar de fora do Natal da Mineiridade. Nos cerca de 200 municípios que integram a ação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, esculturas retratando o nascimento de Cristo podem ser vistas em ruas, praças, museus e centros culturais.

Os presépios estão presentes em cidades como Camanducaia, Tiradentes, Couto de Magalhães, Santa Luzia, São Lourenço, Lagoa da Prata, Paracatu, Diamantina e Guaxupé. Esta última, inclusive, realiza concurso regional de presépios.

História dos presépios

Segundo historiadores, a arte do presépio nasceu há quase 800 anos, quando São Francisco de Assis fez uma encenação para mostrar o nascimento de Jesus Cristo para os camponeses.

A partir disso, as pessoas começaram a reproduzir a cena do nascimento de Jesus usando materiais e criatividades próprios. Assim, as obras passaram a extrapolar a função de objeto de devoção e fé, funcionando como manifestação cultural e artística.

 

Serviço:

PALÁCIO DA LIBERDADE | “Uma noite sagrada - Presépios de Minas Gerais”

Data: até 5/2/2023

Local: Praça da Liberdade, s/n, Funcionários

Horário de funcionamento: De terça a sexta-feira, das 14h às 17h; sábados e domingos, das 10h às 17h (fechado nos dias 24, 25, 26 e 31 de dezembro, e 1º e 2 de janeiro de 2023)

Entrada: gratuita

CASA FIAT DE CULTURA | 8º Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura 2022

Data: até 8/1/2023

Local: Praça da Liberdade, nº10, Funcionários

Horário de funcionamento: Terça-feira, das 10h às 21h; quarta a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h

CENTRO DE ARTE POPULAR | “Presépios: Tradição Renovada – 50 anos do Concurso Nacional de Presépios da Fundação de Arte de Ouro Preto”

Data: até 5/2/2023

Local: Rua Gonçalves Dias, 1.608, Lourdes

Horário de funcionamento: De terça a sexta-feira, das 12h às 18h30; sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h

Entrada: gratuita

Informações: (31) 99874-9567

FAOP | 50º Concurso Nacional de Presépios

Data: até 6/1/2023

Local: Galeria de Arte Nello Nuno - Rua Getúlio Vargas, 185, Bairro Rosário - Ouro Preto

Horário de funcionamento: De terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábado e domingo, das 14h às 18h

 

Foto: Paulo Lacerda

Indo do balé clássico ao hip hop, programação gratuita traz filmes que promovem diálogo entre a sétima arte e performances da Companhia de Dança, além de um debate com membros do corpo artístico

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro e da Cia. de Dança Palácio das Artes, apresenta a mostra “De Corpo e Alma”, que exibe gratuitamente sete filmes cujo elemento principal é a dança. As sessões acontecem na próxima semana, de 10 a 17 de agosto, no Cine Humberto Mauro, e integram a celebração dos 50 anos da companhia, completados em 2022. Além dos longas-metragens, serão exibidos vídeos de performances realizadas pela Cia. Dança Palácio das Artes durante a pandemia. O primeiro dia da mostra traz ainda um debate com Cristiano Reis, diretor do grupo, e os bailarinos Anahí Poty, Maíra Campos e Ivan Sodré. Na conversa, que ocorre às 19h30, serão abordados os processos de criação e o dia-a-dia da Cia.

O recorte de filmes selecionados na curadoria da mostra “De Corpo e Alma” é focado em narrativas nas quais as personagens desejam ser profissionais da dança ou já têm uma trajetória de sucesso na profissão. Do musical ao horror, passeando por produções europeias e estadunidenses, a mostra traz tanto longas-metragens clássicos dos anos 1940 e 50 quanto filmes de dança muito populares da década de 80, passando ainda pela reimaginação recente de uma cultuada obra italiana de terror dos anos 70.

Movimentos dos corpos e das imagens
Dos sete filmes que compõem a curadoria, três deles destacam o universo do balé clássico: De Corpo e Alma (2003), que dá nome à mostra, Billy Elliot (2000) e Sapatinhos Vermelhos (1948). No caso do último, trata-se de um clássico inglês que é aclamado tanto por sua fotografia exuberante em Technicolor quanto pelo longo e complexo número de dança principal, que faz uso de recursos cinematográficos (planos fechados e efeitos especiais, por exemplo) de modo a se destacar da teatralidade do balé e potencializar a sequência de dança. É ainda uma das mais bem-sucedidas parcerias da reconhecida dupla de diretores britânicos Michael Powell e Emeric Pressburger.

Já o marco oitentista Flashdance
Em Ritmo de Embalo (1983) tem elementos de dança moderna e de jazz, além de dança contemporânea. A Roda Fortuna (1953), por sua vez, apresenta aquele que é considerado o rei do sapateado Fred Astaire contracenando com sua igualmente celebrada parceira Cyd Charisse. O astro do pop Michael Jackson era um grande fã do filme dirigido pelo cineasta Vincent Minelli, e o musical da Metro-Goldwyn-Mayer, tido como um dos maiores de todos os tempos, foi inclusive a inspiração confessa do cantor e dançarino em alguns de seus clipes.

Filme mais recente da lista, o remake Suspíria: A Dança do Medo (2018) apresenta a dança contemporânea em um universo do terror. O filme, que aposta no horror corporal, é uma releitura do longa homônimo lançado pelo cineasta italiano Dario Argento em 1977 e, como o original, se passa em uma prestigiada escola alemã de dança que esconde diversos segredos obscuros. Das terras germânicas para um centro urbano americano, a obra Na Onda do Break (1984) é um dos primeiros filmes a apresentar a cultura do hip hop na cidade de Nova Iorque.

Produções audiovisuais da Cia. de Dança Palácio das Artes
Além dos filmes, uma outra chave da programação são os vídeos de performances da Cia. de Dança realizados entre 2020 e 2021, sendo este último ano o marco de cinco décadas de existência do corpo artístico. São, no total, 13 vídeos curtos (entre 2 e 9 minutos) que contêm coreografias concebidas e realizadas pelos bailarinos da Companhia e serão exibidos antes de cada longa-metragem, em uma conversa entre artes. Em comum com os filmes, os registros trazem o olhar sobre a vida e o corpo que são atravessados por questões contemporâneas da existência, explicitando como essa conjunção é transmutada em arte e privilegiando a forma de criação que dialoga com o contemporâneo, própria da Cia. de Dança Palácio das Artes.

Entre os vídeos está, por exemplo, Abraço, primeiro a ser publicado pela Companhia em meio ao distanciamento – ainda em abril de 2020 – e que abre a mostra “De Corpo e Alma”. A performance levanta questões sobre como definir o significado de um abraço, como viver sem essa interação no período de isolamento social e se é possível sentir, mesmo que à distância, a sensação e o conforto que um abraço forte pode causar, trazendo respostas corporais afirmativas para essas inquietações pandêmicas. Pensado a partir da importância vital que a energia de um abraço transmite, o registro traz 20 bailarinos da Cia. de Dança interpretando os diversos sentimentos que o ato pode causar nas pessoas. Ao lado de Abraço, os vídeos A Saudade e Presente formam a Trilogia do Afeto, lançada nos primeiros meses da pandemia e que traz ausências, sentimentos e posicionamentos próprios do período de confinamento.

Além destes, a programação conta ainda com vídeos feitos para o projeto Palácio em sua Companhia, trabalhos inspirados em espetáculos importantes dentro do repertório do corpo artístico (como lalangue: carta à mãe e PRIMEIRAPESSOADOPLURAL) e performances comemorativas do Dia Internacional da Dança, Dia das Crianças e do próprio cinquentenário da Cia. de Dança Palácio das Artes.

Cia de Dança Palácio das Artes
A Cia. de Dança Palácio das Artes é reconhecida nacionalmente, sendo referência para a história da dança em Minas Gerais. Foi institucionalizada pela Fundação Clóvis Salgado, por meio da fusão dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite. Atualmente, desenvolve repertórios de dança contemporânea e atua também nas óperas da FCS. Tendo a cocriação e a transdisciplinaridade como pilares, a Cia. de Dança desenvolve pesquisas quanto à diversidade do intérprete na cena artística contemporânea, estabelecendo frutífero diálogo entre tradição e inovação. Seu atual diretor é Cristiano Reis. Em sua trajetória, já se apresentou em várias cidades de Minas Gerais, capitais do Brasil e países como Cuba, França, Itália, Palestina, Jordânia, Líbano e Portugal.

Cristiano Reis
Diretor artístico da Cia. de Dança Palácio das Artes. Mestre em Artes Cênicas pela UFMG. Gestor Cultural pela Fundação Clóvis Salgado. Coreógrafo. Professor de Dança Contemporânea.

Anahí Poty
Atua como bailarina intérprete criadora na Cia de Dança Palácio das Artes (2018 - 2022). É graduada no curso de licenciatura em Artes Plásticas com habilitação em cerâmica, pela Escola Guignard - UEMG (2022). Tem formação em dança contemporânea pela Escola do Teatro Bolshoi (2014). Sua pesquisa artística percorre entre as linguagens híbridas da dança, performance, fotografia, vídeo, cerâmica e música. Participou das exposições Mostra Perplexa (2017, 2019) e XIX Mostra Interna Escola Guignard (2019). Integrou os grupos Residência Artística – CEFART (2016-2017), Ballet Jovem Minas Gerais (2017) e Grupo Hybris (2016).

Ivan Sodré
Integrou a Cia de Balé da Cidade de Niterói (Niterói-Rj) de 1995 a 1998. Em 1999 ingressa na Cia de Dança Palácio das Artes, onde permanece até hoje. Graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (Niterói/Rj). Mestrado em Comunicação Social, Semiótica (PUC - Minas). Parecerista da COPEFIC (Colegiado dos Pareceristas da Secretaria Estadual de Cultura de MG).

Maíra Campos
Bailarina e graduada em Cinema e Audiovisual. Integrou algumas companhias brasileiras, entre elas Cia. Sesc de Dança e Cia. Borelli. Atualmente faz parte da Cia. de Dança Palácio das Artes. No cinema atua como diretora, roteirista e uma das criadoras da produtora "Filme com Fome". Possui 4 produções de curta-metragem que tem rodados alguns importantes festivais pelo país. Seu último filme "Fronteira" é um filme-dança em que as duas linguagens artísticas a que se dedica se encontram.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra de cinema De Corpo e Alma, que tem patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, AngloGold Ashanti e Usiminas por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini. A correalização é da APPA – Arte e Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

Billy Elliot4

 

apresentadora e diretora Dani Vargas divulgao Rede Minas 2

Nesta terça-feira (20/12), o "Agenda", da Rede Minas, completa 35 anos, e ganha uma edição especial. Sendo o único jornal cultural diário da TV aberta, em Minas Gerais, celebra as bodas de coral junto com o telespectador. 

O programa terá a apresentação de Dani Vargas e resgatará importantes entrevistas com personalidades do Brasil e do mundo que fizeram parte da atração. São os “clássicos agendianos. Um garimpo de matérias importantes de grandes artistas”, como explica a apresentadora. 

Também foram reunidos depoimentos de atrações e personalidades mineiras que tiveram sua trajetória registrada pelo programa, como Pato Fu, Galpão, Giramundo, Roger Deff, Yara Tupinambá, entre tantos outras. O destaque do programa será para Tutti Maravilha, jornalista que foi um dos primeiros apresentadores da atração que tem, como foco, a cultura e a arte.

O Agenda especial 35 anos vai ao ar nesta terça-feira (20), às 19h, pela Rede Minas, no site redeminas.tv e na plataforma de streaming EMCplay.


Serviço:

"Agenda"

Apresentação Dani Vargas

De segunda a sexta-feira, às 19h

Edição especial 35 anos: terça (20), às 19h

A Filarmônica de Minas Gerais, uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país, está em turnê pelo estado e chega a Araxá nos dias 5 e 6 de agosto para duas apresentações: no dia 5, às 15h30, alunos de escolas da região participam de um Concerto Didático no Teatro Municipal Maximiliano Rocha. Já no dia 6 de agosto, o concerto gratuito é aberto a todo o público e será às 20h, também no Teatro Municipal Maximiliano Rocha. Sob a batuta de José Soares, Regente Associado da Filarmônica, a Orquestra apresenta um repertório totalmente brasileiro, destacando a variedade de estilos e as influências das nossas raízes na música orquestral feita no país, com obras de Alberto Nepomuceno, Eleazar de Carvalho, Francisco Mignone, Gilberto Mendes, Guerra-Peixe, Lorenzo Fernandez e Carlos Gomes. As apresentações são gratuitas, sendo que a participação no Concerto Didático é para escolas selecionadas pela prefeitura local.

Para o maestro José Soares, “as turnês estaduais da Orquestra reforçam nossa tradição de ampliar o acesso à música de concerto e conquistar novos públicos. É muito importante que um número cada vez maior de pessoas tenha a oportunidade de assistir à Orquestra”. Sobre o repertório, José Soares diz que “os mineiros e mineiras vão ficar encantados por ouvir obras de grande beleza e qualidade criadas por brasileiros”.

Álvaro Rezende, da área de Relacionamento com a Comunidade da CBMM, fala com entusiasmo que “Araxá será presenteada com as apresentações da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais nesta semana. Para nós, é uma honra proporcionar esse encontro entre o grupo sinfônico e a comunidade local. É mais uma forma de criar conexões entre as pessoas e os projetos que acontecem em diversas regiões do estado e do país. Sendo assim, convidamos todos para prestigiarem o concerto e se emocionarem com o repertório preparado especialmente para os araxaenses”.

O Diretor Presidente do Instituto Cultural Filarmônica, Diomar Silveira, lembra que “investir em Cultura é prova de compromisso com a qualidade de vida nas comunidades e, neste sentido, a CBMM é um exemplo para Minas e para todo o Brasil. Investir na Orquestra Filarmônica é fazer uma escolha por um projeto cultural de excelência, é unir-se ao Instituto Cultural Filarmônica, organização social gestora da orquestra, em seus esforços no sentido de possibilitar o acesso das pessoas à música sinfônica, para que elas se beneficiem de sua força unificadora e emancipadora. É uma alegria podermos, uma vez mais, levar a Filarmônica aos estudantes e à população de Araxá”.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo e CBMM, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo.

Este concerto conta com o apoio da Prefeitura de Araxá por meio da Fundação Cultural Calmon Barreto.

José Soares, Regente Associado da Filarmônica

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, tendo sido seu Regente Assistente desde as duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (Tokyo International Music Competition for Conducting 2021), recebendo também o prêmio do público. Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Atualmente, cursa o bacharelado em Composição pela Universidade de São Paulo.

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Concertos Didáticos – Araxá (MG)

5 de agosto – 15h30 – Teatro Municipal Maximiliano Rocha

Concerto gratuito para escolas previamente agendadas.

José Soares, regente

SILVA                           Hino Nacional 

NEPOMUCENO          Batuque

CARVALHO                 Tiradentes: Prelúdio 3º Ato

MIGNONE                  Congada

FERNANDEZ               Batuque 

GUERRA-PEIXE          Mourão 

GOMES                       Fosca

GOMES                     Guarani 

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Turnê Estadual – Araxá (MG)

6 de agosto – 20h – Teatro Municipal Maximiliano Rocha

Concerto gratuito

José Soares, regente

SILVA                                Hino Nacional Brasileiro

NEPOMUCENO               O Garatuja: Prelúdio

NEPOMUCENO               Batuque

CARVALHO                      Tiradentes: Prelúdio do 3º Ato

MIGNONE                        Congada, Dança Afro-brasileira

MENDES                           Ponteio

GUERRA-PEIXE                Mourão

FERNANDEZ                     Batuque

GOMES                             Fosca: Sinfonia

GOMES                             O Guarani: Protofonia

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Sobre a Orquestra

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas. O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano. O CD Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, lançado em 2020 pelo selo internacional Naxos em parceria com o Itamaraty, foi indicado ao Grammy Latino 2020. A premiação dada pela Revista Concerto teve como tema “Reinvenção na Pandemia” e destacou as transmissões ao vivo de concertos realizadas pela Filarmônica em 2020, em sua Maratona Beethoven, e ações educacionais como a Academia Virtual.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, os Clássicos na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto. Além disso, desde 2008, várias cidades receberam a Orquestra, de Norte a Sul, passando também pelas regiões Leste, Alto Paranaíba, Central e Triângulo.

A Orquestra possui 9 álbuns gravados, entre eles dois que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty, com obras dos compositores brasileiros Alberto Nepomuceno e Almeida Prado. O álbum de Almeida Prado, lançado em 2020, foi indicado ao Grammy Latino de melhor gravação de música erudita. A Sala Minas Gerais, sede da Orquestra, foi inaugurada em 2015, em Belo Horizonte, tornando-se referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico e uma das principais salas de concertos da América Latina. A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Orquestra vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

FilarmonicaMG

Nos dias 21 e 22 de dezembro, às 20h30, a Sala Minas Gerais será palco de um encontro especial em celebração a um dos principais nomes da música mineira e brasileira. Lô Borges se junta ao grupo DoContra e à Filarmônica de Minas Gerais para comemorar seus 50 anos de carreira em duas noites inesquecíveis. Ao lado de amigos da música, apresentará seus grandes sucessos. A regência é de José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais; a direção musical, arranjos e orquestração são de Neto Bellotto, principal contrabaixista da Filarmônica de Minas Gerais e integrante do grupo DoContra. Os ingressos estão esgotados.

Segundo Lô Borges, "Subir ao palco da Sala Minas Gerais com a Filarmônica de Minas Gerais e com o DoContra é uma grande honra e alegria especial, que se compara com a alegria que tive quando eu tinha 19 anos e o Milton Nascimento me convidou para dividir com ele o álbum ‘Clube da Esquina’. Estou bastante empenhando desde o início do ano, participando dos arranjos junto ao Neto Bellotto, abastecendo-o de informações sobre minha obra. Fico muito feliz por mostrar minha trajetória na música durante esses 50 anos", destaca.

Este projeto é apresentado pelo Governo de Minas Gerais, Líder Aviação e Sicoob Credicom. Promoção: Rádio Alvorada. Realização: Grupo DoContra, Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura Turismo de MG e Governo de Minas Gerais.

Lô Borges

Natural de Belo Horizonte, Lô Borges é membro do movimento Clube da Esquina e compositor de vários hits gravados por Tom Jobim, Milton Nascimento, Elis Regina, Nana Caymmi e outros artistas importantes. Aos dezenove anos, foi convidado por Milton para gravar Clube da Esquina, dividindo as composições do álbum inteiro. No mesmo ano, lançou seu primeiro disco solo, Lô Borges, que ficou mais conhecido como o “Disco do Tênis”. A partir daí, publicou outros dezesseis álbuns, além de três DVDs.

Fora do Brasil, Lô Borges teve seu trabalho reconhecido na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, lugares onde já se apresentou várias vezes. Sua obra possui intérpretes daqueles países, está incluída em coletâneas e alguns álbuns estão em catálogos com tradução das letras. Nos anos recentes, Lô tem realizado parcerias com Samuel Rosa, Tom Zé, Nando Reis, Arnaldo Antunes, Makely Ka, transitando por gerações e estéticas diferentes.

Grupo DoContra

O DoContra é uma das mais gratas surpresas da nova geração da música instrumental brasileira. Formado pelo contrabaixista Neto Bellotto, o violista Gilberto Paganini e o produtor executivo Rodrigo Brasil, tem como proposta a promoção e difusão da música erudita, transitando pelo universo popular e outras linguagens artísticas. Em 2016, foi vencedor do MIMO instrumental, apresentando-se no Rio de Janeiro.

No ano de 2020, lançou seu primeiro álbum em parceria com o artista Flávio Venturini e Orquestra de contrabaixos. Atualmente, o DoContra lançou seu mais novo espetáculo intitulado Concerto Mineiro à luz de velas, com um sexteto de cordas, violão e voz, em um lindo cenário de 300 velas, contemplando os clássicos populares da música mineira com uma roupagem nunca vista antes.

José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, José Soares é regente associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, tendo sido seu Regente Assistente desde as duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio, edição 2021 (Tokyo International Music Competition for Conducting). José Soares recebeu também o prêmio do público na mesma competição.

Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Cláudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições de 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop.

Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Atualmente, cursa o bacharelado em Composição pela Universidade de São Paulo.

Neto Belloto, direção musical, arranjos e orquestração

Um dos principais nomes da nova geração de contrabaixistas brasileiros, Neto Bellotto é instrumentista da Filarmônica desde 2010 e, desde 2016, seu Principal Contrabaixo. Como solista, apresentou-se com a própria Filarmônica e com outras orquestras brasileiras. É fundador, diretor artístico, arranjador e membro do quinteto DoContra, que cria releituras no contrabaixo para obras do repertório clássico e popular brasileiro, como Villa-Lobos, Tom Jobim e Edu Lobo.

Em 2019, o grupo lançou seu primeiro álbum, Paraíso, dedicado ao cantor e compositor Flávio Venturini. Ainda nessa ponte com a música popular, Neto se apresentou com grandes nomes da MPB, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Alceu Valença e Leila Pinheiro. Como arranjador, é parceiro do grupo Skank. Em seus estudos, foi orientado por Pedro Gadelha, Ana Valéria Poles, Sérgio de Oliveira e Fábio Calvazara Júnior. Foi aluno da Academia de Música da Osesp e Primeiro Contrabaixo das sinfônicas de Heliópolis e de Bragança Paulista e da Orquestra Jovem de Atibaia.

Serviço
Shows: 21 e 22 de dezembro
Horário: 20h30
Local: Sala Minas Gerais - Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 150, todos os setores (ingressos esgotados)
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Bruna Brandão

A partir desta sexta-feira (05/08), as exposições “NatCultura”, “Amantes”  e “90 anos da Banda do Rosário” vão a ocupar as salas da Galeria de Arte Nello Nuno, da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop). A abertura será às 18h, com entrada gratuita, e as mostras permanecem em cartaz até 11 de setembro.

“NatCultura”, de Francelino Mesquita, tem raízes na relação entre natureza e cultura. “Amantes”, de Carolina Botura, também volta o olhar para a questão da conexão com a natureza, mas, dessa vez, a partir da  equalização de energias opostas e complementares. Além dos trabalhos contemplados pelo edital, a Fundação de Arte de Ouro Preto presta homenagem à Sociedade Musical Senhor Bom Jesus de Matosinhos, mais conhecida como Banda do Rosário, que comemora seu aniversário de 90 anos, em uma mostra que reúne fragmentos de sua história.

Natcultura

"Crescêntia Cujete: Natcultura” é o título da exposição do artista visual paraense Francelino Mesquita. Experimentando a linguagem da pintura e da escultura, Francelino, ao longo dos mais de 20 anos de carreira, teve como ferramentas materiais que poderiam se tornar lixo , como o papelão, o vidro e o metal reciclados, além daqueles extraídos diretamente da natureza, como a cerâmica, as raízes, buchas e muito mais. Com suas obras, o artista que nasceu e cresceu em Belém busca evidenciar a riqueza natural de seu estado e país, e ao mesmo tempo levantar questionamentos entre a arte, design e artesanato através de conceituações sociais, arquitetônicas e históricas.

Em “Natcultura”, Francelino faz uso de cuias, também chamado de cuité ou cuietê, que é fruto da árvore conhecida como cuieira, ou em sua nomeação científica, crescentia cujete. A partir desses frutos, o artista representa elementos, objetos e expressões tradicionais do cotidiano e da cultura de povoados e cidades do Norte, principalmente dos povos originários indígenas. Quem passar pela exposição será convidado a conhecer, se conectar e refletir sobre essas representações. 

Amantes

Carolina Botura nasceu no estado de São Paulo, mas atualmente vive e trabalha em Belo Horizonte.  É artista plástica, performer e poeta, graduada pela Escola Guignard em Pintura e Escultura. Trabalha, principalmente, com o cruzamento de linguagens. Suas pesquisas estão relacionadas à transformação e ao movimento, atravessadas pelo viés do tempo para tratar de temas como animalidade, amor, morte, magia, perda, sexualidade, espiritualidade, energia, política e natureza.

Em “Amantes”, a artista apresenta uma seleção de obras produzidas entre 2013 e 2018. São todas pinturas a óleo que tem como principal temática o alinhamento de opostos. O curador da exposição Wagner Nardy explica ainda que “a equalização das energias complementares femininas e masculinas em um âmbito expandido de compreensão das polaridades”, isto é, o alinhamento entre luz e sombra, vida e morte, sensível e racional, e tantos outros extremos.

No percurso de representação dessas ideias, as obras perpassam por questões relacionadas à origem de tudo, abordadas a partir de temáticas, mitos e arquétipos que vão, por exemplo, desde a Árvore da vida, o fruto proibido e a santíssima trindade, até as figuras do universo pop, da história da arte e memes. Por fim, o nome “Amantes” é escolhido de forma a evidenciar  a energia do amor e do cuidado cultivada na relação entre os opostos-complementares.

90 anos da Banda do Rosário

Agosto foi o mês escolhido pela Faop para celebrar, junto à Sociedade Musical Senhor Bom Jesus de Matosinhos, os 90 anos da banda. O grupo, que tem sua sede no bairro Rosário em Ouro Preto - o mesmo da Galeria de Arte Nello Nuno -  terá sua história contada a partir de uma mostra que reúne fotografias e outros elementos, selecionados a partir de uma curadoria coletiva de membros da fundação e da banda.

A sociedade musical foi fundada em 1932 pelos músicos Flanklin Amâncio dos Santos, Temístocles Correia de Magalhães e Cândido Marçal. Desde então, o grupo tem mantido atividade ininterrupta, mesmo durante a pandemia, quando precisaram adaptar suas ações para o ambiente online. Além de ser conhecida como ''Banda do Rosário'', pela localização de sua sede, ela também é chamada de ''Furiosa'', devido a sua grande potência sonora. Os músicos costumam participar de eventos cívicos, religiosos e culturais em Ouro Preto. 

Serviço:

Exposições: Crescêntia Cujete- Natcultura; Amantes; 90 anos da Banda do Rosário

Artistas: Francelino Mesquita e Carolina Botura

Local: Galeria de Arte Nello Nuno | Rua Getúlio Vargas, 185, Rosário, Ouro Preto (MG)

Abertura: 05/08 às 18h

Visitação: Terça a sexta-feira, de 9h às 12h e de 13h às 17h | Sábado e domingo, de 14h às 18h

Entrada Gratuita

Mais informações: assessoriadecomunicacao@faop.mg.gov.br

natal guaxupe

Guaxupé é um dos quase 200 destinos que integram o Natal da Mineiridade, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Localizada na região Sudoeste do estado, a cidade apresenta o Natal de Luz de Guaxupé, que traz uma programação especial para os visitantes nesta época de fim de ano.

Um dos destaques é a iluminação que se concentra principalmente na avenida Conde Ribeiro do Valle, onde está situado o Teatro Municipal. Quem chegar a Guaxupé, além de poder apreciar a decoração natalina, vai encontrar mais facilmente a partir de agora informações sobre os patrimônios do município. 

Pela cidade, foram instalados cinco totens de microrregiões, com o histórico dos bens culturais dispostos no local, além de dois que detalham uma rota cultural e contextualizam informações históricas e socioeconômicas de Guaxupé. Os dados podem ser lidos pelo celular, através de QR Codes presentes em cada totem. Outro trabalho comemorado foi a instalação, em 17 prédios tombados, de placas de identificação, para ajudar o visitante a conhecer melhor os atrativos da cidade.

A inauguração desse projeto informativo aconteceu durante solenidade realizada no último sábado (10), com a presença do prefeito Heber Quintela, do secretário de Estado de Cultura, Leônidas Oliveira, da secretária de Estado Adjunta, Milena Pedrosa, e do subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula. 

No encontro, o secretário Leônidas Oliveira também recebeu o título de cidadão de Guaxupé das mãos do vereador Paulo Rogério Leite Ribeiro. Em seu depoimento, Oliveira ressaltou a emoção de ser um cidadão de Guaxupé. “E também a emoção de retornar a esse Natal depois de termos passado por uma pandemia, porque celebrar o Natal é celebrar a vida. Celebrar que sobrevivemos, que estamos vivos com nossa família”, afirmou o secretário, que esteve no município em 2021.

Oliveira elogiou o trabalho do prefeito, Heber Hamilton Quintela, que dedica atenção especial à cultura e ao turismo. Em um discurso emocionado, o gestor municipal agradeceu a presença do secretário e salientou a beleza do Natal da Mineiridade.

Música tradicional para todos os gostos

Na sequência, houve a apresentação da Companhia de Reis que chegou em uma procissão vibrante, apresentando vários cânticos tradicionais. Logo após, o coral fez a sua famosa Cantata de Natal, entoando músicas clássicas.

A comitiva do Governo de Minas, acompanhada do secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Guaxupé, Marcos Alexandre Costa Buled, ao lado de representantes da prefeitura, também visitou o centro Estação Cultural. O espaço atualmente abriga, entre outras obras, a segunda exposição de presépios, realizada em parceria com a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), que também colabora com o Concurso Regional de Presépios de Guaxupé.

Foto: Leo Bicalho

SEDE REDE MINAS

Criação da Rede Minas – 38 anos

Tancredo Neves fechou o mandato como governador de Minas Gerais com chave de ouro. No último dia no cargo, ele criou a Rede Minas. Em 14 de agosto de 1984, foi publicado o decreto 23.807, que instituiu a Fundação TV Minas - Cultural e Educativa. No artigo 6º, a missão era clara: “produzir e difundir programas educativos, culturais e artísticos que objetivem também o processo de integração informativa, cultural, educativa, econômica, social e administrativa do Estado”. Quatro meses depois, o sonho se consolidou e a emissora pública mineira entrou no ar. Esse foi um dos grandes legados de Tancredo, que depois de lutar pelas eleições diretas no país, elegeu-se presidente por voto indireto, mas faleceu antes de assumir o cargo, em 21 de abril de 1985.

Quase quatro décadas depois, agora integrando a EMC, Rede Minas e Rádio Inconfidência têm como missão contribuir para que as pessoas entendam e se envolvam com o mundo ao seu redor, por meio da produção e difusão de conteúdos que eduquem, informem e divirtam. Como visão, ecoar e contextualizar a cultura mineira, com criatividade e excelência, a qualquer momento, em qualquer lugar.

+Geraes mostra as lendas de cidades mineiras

Rotas fascinantes

Mais um atrativo mineiro a ser explorado: as lendas! Não faltam roteiros curiosos de norte a sul e o +Geraes, da Rede Minas, mostra um pouco desses fascinantes locais. Se é para falar de fantasma ou alma penada, o Lendas Sanjoanenses não pode ficar de fora. A proteção contra espíritos que habitam as águas são as carrancas. Em Januária, na região norte, as peças sagradas se transformam em belas esculturas e o programa mostra um dos mestres dessa arte. Na outra ponta do estado, Baependi. O município do sul de Minas, rico em belezas naturais, é terra de Nhá Chica, que foi beatificada pela igreja Católica por um milagre da cura. No local também corre a lenda de um morador que foi abduzido por um extraterrestre.

+Geraes I Terça (09/8) 20h

Minas da Gente em Araxá

Araxá: “Lugar alto onde primeiro se avista o sol” em Tupi Guarani

Cidade de Dona Beja… Araxá! O Minas da Gente, da Rede Minas, foi até o município do Alto Paraíba, famoso pela personagem, e mostra outros protagonistas que tornam o local encantador. Destino de quem busca as águas salobras e medicinais, também é terra dos indígenas Arachás, que ali chegaram há, pelo menos, 800 anos. Quem conta é o cacique Edson Adolfo da Silva, que fala sobre a origem desse povo.  Tem ainda outras novidades, como o grupo de congado Moçambique Mocidade Verde e Branco de Araxá, a tradição da tecelagem e o Grande Hotel de Araxá, que tem arquitetura e atividades que ajudam a relaxar e repor as energias.

Minas da Gente I Sábado (06/8) 20h

Harmonia – Coral de Congonhas

Coristas unidos pela música colonial. A rotina do Coral Cidade dos Profetas, que começou há mais de 30 anos, ganhou filme. “Coral Cidade dos Profetas e a música colonial mineira” apresenta a rotina dos integrantes, que compartilham suas experiências. Tem, ainda, depoimentos de historiadores e especialistas em música colonial, além do fundador e regente, José Herculano Amâncio. A obra é apresentada ao público no Harmonia, da Rede Minas, que também mostra uma apresentação do coral na igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto, em homenagem a Lobo de Mesquita.

Harmonia I Sábado (06) I 19h

Alto Falante e exibição de showa uruguaios nos programas Hypershow e Noturno

Aumenta o Som

Sabe quem foi para o estúdio do Alto-Falante, da Rede Minas? Nobat! O mineiro fala sobre o último disco “Mestiço”, os festivais e as parcerias com nomes como BNegão, Elza Soares e Mariana Cavanellas. O programa também dedica espaço ao Deep Purple. O guitarrista Sandro Ligado, da banda M8, ensina como tocar o riff “Black Night”, dos britânicos. Adriano Falabella também promete levar para o público que gosta do delírio uma resenha de Steve Morse, que já esteve no Deep Purple e no grupo Dixie Dregs.

Os latinos marcam presença no Hypershow e Noturno. Na primeira atração, tem show de El Alemán e Pa’ntrar en Calor com muita murga, que é um ritmo percussivo do carnaval uruguaio. Para quem é fã de jazz, o Noturno traz Tucuta & Nyanzá, que combinam o gênero com o pop, rock e ritmos afro-latinos. As apresentações foram gravadas em Montevidéo e fazem parte do projeto “Autores en vivo”.

Sábado (06) Alto-Falante, às 14h, Hypershow, às 16h, e Noturno, às 22h

Estudantes do Rio Pardo de Minas visitam a EMC

A prática de visitas técnicas na EMC é comum, mas foi diferente na última quarta-feira (03). 30 educadores e estudantes de Rio Pardo de Minas, região norte, embarcaram em uma viagem de 12 horas, percorrendo mais de 730 quilômetros, para conhecer, em dois dias, a EMC, um cinema, um museu e Ouro Preto. “A gente sai das Gerais para vir a Minas”, brinca o organizador dessa empreitada, professor Ancelmo Santos. E não é para menos: “é um patrimônio de todos vocês”, como disse o presidente Ike Yagelovic ao grupo.

A visita começou na Inconfidência e foi especial para o grupo, que deu início à implantação de uma rádio na escola. Nos estúdios da Rede Minas, acompanharam gravação do Brasil das Gerais e do Se Liga na Educação, onde três alunos gravaram perguntas que serão respondidas no quadro “Tira dúvidas”. Também conheceram a Técnica e o Jornalismo da TV.

Projeto de iniciação científica – As escolas estaduais “José Cristiano” e “Marlene Campos” desenvolvem o programa “A palavra falada, a expressão corporal e a prática comunicativa como sustentação da educação básica” que tem, como um dos objetos de pesquisa, as emissoras públicas mineiras. E o resultado foi positivo: “A visita à rádio Inconfidência e a Rede Minas apresenta um novo mundo para eles”, disse o professor, que completa: “nós não temos condições de replicar o que é feito aqui, mas nós temos como nos inspirar”.

Assessora de Imprensa

Assessoria de Comunicação Social - Rede Minas

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Secretaria de Cultura e Turismo criou mais de 108 mil empregos no último ano, superando meta de 2021.Realizações foram apresentadas na ALMG

 

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) superou a meta de criação de emprego em 2022. A pasta, que no ano passado havia estabelecido como objetivo gerar 100 mil empregos em um ano após o lançamento do Programa Reviva Turismo, conseguiu atingir 108 mil postos de trabalho, em tempo recorde até setembro deste ano.

Este foi um dos dados apresentados no relatório do 2º ciclo do Assembleia Fiscaliza, entregue à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa segunda-feira (12). Criado em 2019, o programa estabelece que os dirigentes do Executivo estadual prestem contas sobre sua gestão ao parlamento mineiro.

Outra meta alcançada pela Secult foi a de colocar Minas Gerais no 2º lugar do ranking de cidades mais visitadas no Brasil, de acordo com dados do IBGE, que aponta ainda que o Estado cresce o dobro da média nacional no setor de Turismo. Junto com a criação de 100 mil empregos, a proposta estava no escopo do programa Reviva Turismo, lançado no final da pandemia justamente para retomar o setor.

“As pessoas vêm pela cozinha mineira, pelo queijo, vêm pelo nosso patrimônio histórico, e também pela nossa natureza pujante, com milhares de cachoeiras. Mas em tudo isso está entremeada a mineiridade. O modo de receber de nós mineiros fez com que a gente esteja, de acordo com a plataforma Booking, entre as regiões mais acolhedoras do planeta”, afirma o secretário Leônidas Oliveira.

 

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Foto: Léo Bicalho

 

O Estado atualmente apresenta o maior número de municípios turísticos do Brasil. Com 596 cidades cadastradas, Minas possui o dobro de destinos turísticos de toda a região Sul do país. O cadastro de prestadores de serviços no Cadastrur bateu recorde em 2022, registrando 11.145 inscrições.

Parte importante dos esforços da secretaria estão no Descentra Cultura, projeto que visa descentralizar a Cultura em Minas Gerais, levando investimentos a mais municípios e estimulando, assim, a geração de emprego e renda.

O documento apresentado na Assembleia revela também que, de janeiro a novembro, foram investidos a R$ 212 milhões, sendo R$ 129,4 milhões foram empenhados do próprio cofre, enquanto 82,6 milhões foram captados por meio de leis de fomento.

“Chegamos a números interessantes, porque hoje saímos de 95% da Lei de Incentivo concentrada em Belo Horizonte a 60%. Ou seja, houve uma distribuição melhor de recursos, sobretudo no que tange ao Fundo Estadual de Cultura”, disse o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, no evento Assembleia Fiscaliza.

 

2º destino mais procurado no Brasil

O sucesso não foi conseguido sem investimentos. “Tivemos o edital Reviva Turismo com R$ 10 milhões para promoção, e ainda o edital Mineiridade neste último semestre, disponibilizando R$ 5 milhões no Turismo. São várias ações, mas é importante destacar a parceria com o trade turístico, com a iniciativa privada, e com a Assembleia Legislativa, que nos deu suporte para uma retomada segura”, destacou o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais.

Cozinha Mineira

O excelente desempenho do Estado no Turismo não seria o mesmo sem a cozinha mineira. Segundo os dados da pesquisa de demanda turística, divulgados pela Secretaria em 25 de novembro, a comida daqui é o principal atrativo para 22% dos visitantes que vêm a passeio. Não por acaso, diversos editais em 2022 fomentaram festivais gastronômicos por todo o Estado.

E o queijo mineiro, é claro, é um protagonista da gastronomia local. Por isso, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal é candidato a patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco. Uma comitiva composta pela Secult, Seapa, Iepha, Iphan e produtores de queijo foi até o Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos, para mostrar a iguaria para o mundo.

“A cozinha mineira é um fator de pertencimento, que significa a cozinha como elo de ligação. Além do valor identitário, a cozinha mineira traz o fomento de toda uma indústria, desde a agricultura familiar até os botecos”, lembrou Leônidas Oliveira.

Parceria com a Assembleia

Ao prestar contas de sua gestão à ALMG, Leônidas Oliveira fez questão de lembrar que a Casa Legislativa é fundamental para que os projetos de executivo aconteçam. “Foram várias vezes que as comissões de Gastronomia e Turismo e de Cultura se reuniram para debater. E esses debates não ficam no vazio, porque são os debates que acontecem aqui, as leis criadas aqui, que chegam ao governo e balizam a nossa ação.”

O secretário contou que, para o próximo ano, sua maior expectativa em relação à Casa é a aprovação da comissão de Gastronomia e Turismo como permanente e a aprovação do Projeto de Lei que cria o Descentra Cultura. “Com esses dois projetos aprovados, acho que vamos caminhar muito”, finalizou. 

 

 

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Diversas atrações abertas ao público e gratuitas, durante quatro dias de festejos


São Francisco do Glória mantém viva a tradição e realiza a 22ª Festa do Carro de Boi. Um dos eventos mais importantes da região, atrai visitantes de toda a parte e movimenta a pacata cidade na região da Zona da Mata Mineira. Na ocasião também foram celebradas a 31ª Festa do Franciscano Ausente, a 33ª Exposição e Concurso Leiteiro e a 2ª Mostra de Peixes Ornamentais.


O subsecretário de Cultura de Minas Gerais, Igor Arci, esteve presente no município. Ele destacou a importância do turismo e da cultura para a região. “Nesses dias de evento toda a cadeia do turismo e da cultura de São Francisco do Glória está sendo movimentada. Eventos como este são fundamentais para atrair visitantes e fomentar a economia criativa do município. Sem contar a importância de se valorizar as tradições, como a do carro de boi”, ressaltou Igor.


Dos dias 28 a 31 de julho a programação contou com diversas atividades culturais, abertas ao público e gratuitas. Shows, rodas de conversas, exposições, desfiles, e muita animação para quem esteve presente.


O encerramento foi no domingo, 31/7, com o desfile de Carros de Boi que teve como objetivo, segundo o prefeito Walace Ferreira Pedrosa, resgatar a tradição em Minas Gerais, e ainda manter viva a história do município que tem como símbolo o carro de boi.


O desfile saiu do Parque de Exposições e passou pelas principais ruas da cidade, retornando para o mesmo local. Contou com mais de110 carros de bois com seus candeeiros e carreiros, além de convidados da região. Para muitas cidades da Zona da Mata Mineira o carro de boi ainda serve de transporte, ou para participar de eventos culturais como forma de manter a tradição.

 

 

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O programa “Estação Cidadania”, realizado pela Rádio Inconfidência em parceria com a Fundação João Pinheiro, e o projeto Desenho ERP Secult, desenvolvido por Janaína Silva, Victor Carvalho Lula e Bruno Schitino, conquistaram, respectivamente, o 2º e o 3º lugares no 7º Prêmio Inova Minas Gerais.

O primeiro está no ar desde 2021 e foi contemplado na categoria Iniciativas Contempladas de Sucesso. Já o segundo é uma proposta da Superintendência de Fomento Cultural, Economia Criativa e Gastronomia da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, sendo reconhecido na categoria Iniciativas Inovadoras Implementáveis.

O resultado foi apresentado na última terça-feira (6/12), durante a cerimônia de premiação realizada no Auditório JK, na Cidade Administrativa. O governador Romeu Zema, em sua participação no encontro, falou sobre a importância da cultura de inovação na gestão pública. “Aquilo que faz com que uma empresa vá adiante e tenha condição de sobreviver é a sua capacidade de modernização, e na esfera pública não é diferente. Quando o Estado não é eficiente, ele onera a sociedade, que acaba não tendo um serviço de qualidade e sofrendo as consequências. Por isso, fico muito satisfeito de estarmos incorporando aqui a cultura da melhoria contínua, pois sempre há possibilidade de avanços”, considerou.

O “Estação Cidadania” visa combater a desinformação, promover a formação crítica cidadã e a participação social por meio do rádio. Com uma linguagem objetiva e priorizando temas socialmente relevantes, o programa é uma atividade de extensão universitária que reúne o conhecimento dos alunos da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro com a técnica e a capilaridade da Inconfidência para levar à população informações sobre políticas públicas e cidadania.

O Desenho ERP Secult tem o objetivo de elaborar um sistema que seja amigável aos seus diversos usuários, especialmente os agentes culturais mineiros, permitindo o envio organizado, intuitivo, objetivo e desburocratizado das informações necessárias à execução dos projetos ligados aos instrumentos de fomento cultural do Estado de Minas Gerais (FEC e LEIC).

A iniciativa visa atender a uma demanda da sociedade referente à simplificação dos procedimentos burocráticos e, assim, fazer com que as políticas de incentivo cultural possam de fato chegar a todos os agentes culturais mineiros e beneficiar toda a população com mais projetos culturais.

O Prêmio Inova é uma iniciativa da Secretaria de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag-MG), coordenada em conjunto com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), e em parceria com a Ouvidoria-Geral do Estado (OGE-MG), que desenvolveu o selo “O Estado Sabe Ouvir”, destinado aos vencedores na modalidade “Inovação em Políticas Públicas”.

Ao todo, 18 trabalhos participaram da final, sendo que quatro trabalhos de cada categoria foram agraciados na cerimônia. As categorias são Ideias Inovadoras Implementáveis, Iniciativas Implementadas de Sucesso, nas modalidades Inovação em Políticas Públicas e Inovação em Processos Organizacionais. Os três primeiros lugares de cada uma delas foram premiados financeiramente, com prêmios de R$ 10 mil, R$ 7,5 mil e R$ 5 mil, e o quarto lugar recebeu menção honrosa.

Foto: Secult/Divulgação

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Turismo é motor de geração de emprego e renda, fundamental para a retomada da economia no estado

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) celebra o crescimento do setor de Turismo no estado com números e previsões para lá de positivos. No último balanço divulgado pelo Observatório do Turismo (OTMG) o mercado de trabalho segue aquecido, a taxa de ocupação hoteleira e número de pousos de aeronaves e desembarques de passageiros no estado não param de crescer.

Na edição de maio do Panorama Mensal, produzido pelo OTMG, foram registrados 4.636 pousos de aeronaves em Minas Gerais, com aumento de 10,6% em relação ao mês anterior, abril (4.193). Comparado ao mesmo mês do ano anterior (2.343), houve aumento de 97,9%. No mesmo período o número de desembarques de passageiros em Minas Gerais foi de 430.445, o que representa aumento de 4,4%, de acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) houve saldo positivo de 4.691 empregados no setor (que é a diferença entre contratações e demissões). No comparativo com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 3.937 vínculos em valores absolutos. O setor de Alimentação foi o que obteve melhor desempenho, com saldo de 2.581 empregos, seguido pelo setor de Entretenimento com 1.076.

Em maio, Minas Gerais registrou 11.145 empresas certificadas no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), havendo aumento de 375 cadastros em relação a abril de 2022 e aumento de 217 empresas com cadastro ativo em relação ao mesmo período do ano anterior.

A taxa de ocupação hoteleira em Belo Horizonte correspondeu a 60,41% em maio, representando um aumento de 4,09 pontos percentuais em relação a abril. Em comparação a maio de 2021 (25,57%), a taxa de ocupação teve aumento de 34,84 pontos percentuais.

 

Retomada do Turismo no Brasil e em Minas Gerais 

Pesquisas realizadas pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) indicam que nos próximos dez anos a indústria de Viagens e Turismo no Brasil vai gerar mais de 1,8 milhão de novos empregos. A previsão é que, para este mesmo período, haverá um crescimento de 2% na contribuição do setor para o PIB do país. Para 2022, a previsão é de um aumento de quase 7% do emprego em relação a 2021.

Segundo estudo divulgado pela empresa de análise e consultoria de dados sediada na Inglaterra, Globaldata, o Turismo do Brasil deve superar a média global na recuperação do setor. Enquanto o resto do mundo deve retomar o volume de viagens internacionais aos níveis pré-pandemia somente em 2025, o Brasil e países da América do Sul e Central devem atingir esse nível ainda em 2024.

Destinos nacionais seguem em alta para os próximos meses e estão com procura 12% acima do período pré-pandemia. Caeté (MG) figura entre os destinos mais buscados na seção “Pé na Estrada” do Guia Travel Hacker 2022, da Kayak. Na categoria “Viagens Baratas” a cidade de Belo Horizonte figura em primeiro lugar, revelando toda a potência do setor do turismo em Minas Gerais.

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O Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec-MG) completa 10 anos. Implementado em 2012, o órgão teve sua trajetória revisitada no balanço apresentado na última terça-feira (6/12), em reunião realizada na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Participaram do encontro a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, o subsecretário de Estado de Cultura, Igor Arci, membros da gestão atual e predecessoras.

Responsável por viabilizar uma articulação entre sociedade civil e poder público, tendo como prioridade as políticas culturais de Estado, o Consec comemora uma fase de intensa atividade. Dentre as 70 reuniões registradas em ata ao longo de uma década de existência, 33 foram realizadas entre 2020 e 2022, superando os registros de anos anteriores. Isso reflete o estímulo à participação social e o princípio democrático que conduz os trabalhos realizados pelo Consec.

“A importância desse conselho se baseia nessa proposta de diálogo, na construção coletiva que nem sempre é fácil, em razão da diversidade de pensamentos. Mas é bom lembrar que é a partir disso que nós crescemos. Se todos pensássemos do mesmo jeito, não sairíamos do lugar. Nós chegamos até aqui e temos uma série de conquistas para comemorar nesses dez anos. Que nós possamos agora continuar nessa mesma direção, reconhecendo a relevância da cultura para a transformação social e para o fortalecimento do nosso estado”, pontuou a secretária Milena.

O subsecretário Igor Arci também ressaltou alguns pontos da trajetória do Consec-MG, como a implementação do Sistema Estadual de Cultura e, mais recentemente, a criação do projeto de lei Descentra Cultura Minas Gerais, chamando atenção, em seguida, para os próximos passos. “Precisamos criar o nosso regimento interno, e discutir cada vez mais a proposta do Descentra Cultura, que visa democratizar os recursos públicos. Nós já alcançamos parte disso neste ano com os projetos aprovados via lei de incentivo, mas o objetivo do Descentra é ampliar ainda mais esses processo e fazer com que esses mecanismos possam estar disponíveis onde ainda não chegam. E o Consec é parte fundamental disso”, afirmou o subsecretário.

O balanço foi apresentado por José Oliveira Júnior, Diretor de Economia Criativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e Suplente do Presidente do Consec, Leônidas Oliveira. Foram sintetizadas as principais questões discutidas desde o início das atividades do Consec, sendo alguns destaques a assinatura de adesão ao Sistema Nacional de Cultura, no biênio 2014-2015 e a implantação da lei do Sistema Estadual, no biênio 2018-2019. Também foram antecipadas algumas das pautas para 2023.

“Dentre os trabalhos e desafios para o ano que vem estão: o próximo processo eleitoral no Consec, a realização da quarta Conferência Estadual de Cultura, a revisão do Plano Estadual de Cultura, a publicação da regulamentação e regimento interno do Consec, além da tramitação e aprovação do projeto de lei Descentra”, listou Júnior.

Na abertura da reunião, o músico Makely Ka, que fez parte do primeiro grupo de conselheiros, representando o setor da música, dividiu o palco com Marcela Bertelli, que hoje exerce esse mesmo papel no Consec. Juntos eles cantaram uma música, dando as boas-vindas aos presentes.

Atualmente, existem 17 representações da sociedade civil e 17 do poder público no Consec. Foram registrados mais de 18 mil votos na última eleição, o que representa aumento um aumento de 378,34% no número de votos.

Histórico do Consec:

O Consec foi criado pela Lei Delegada nº 180, de 20 de janeiro de 2011. É órgão colegiado de caráter consultivo, propositivo, deliberativo e de assessoramento superior da Secult e tem como competência acompanhar a elaboração da política cultural do Estado e sua implantação.

O Consec é presidido pelo Secretário de Estado de Cultura e Turismo e é composto, de forma paritária, por representantes do poder público e da sociedade civil organizada designados pelo Governador do Estado.

O Consec é composto por 34 membros titulares e seus respectivos suplentes, sendo 17 representantes do poder público e 17 representantes da sociedade civil. Os representantes da sociedade civil organizada no Consec serão eleitos dentre pessoas que desenvolvam atividades artísticas e culturais no Estado, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, observado o critério da representação das diferentes áreas e segmentos da cultura e garantida a designação do candidato mais votado em cada uma dessas áreas ou segmentos.

São objetivos do Consec, para o pleno exercício dos direitos culturais assegurado a todo indivíduo pelo Estado, em conformidade com as normas de política cultural estabelecidas na Lei nº 11.726, de 30 de dezembro de 1994: Criar condições para que todos exerçam seus direitos culturais e tenham acesso aos bens culturais; Incentivar a criação cultural; Proteger os bens que constituem o patrimônio cultural mineiro; Promover a conscientização da sociedade com vistas à preservação do patrimônio cultural mineiro; e Divulgar o patrimônio cultural mineiro.

Fotos: Secult/Divulgação

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Foto: Paulo Lacerda

Concertos contam com participação solo dos músicos internacionais Mark Mulley (Inglaterra) e Sebastian Cifuentes (Colômbia)

A Fundação Clóvis Salgado, por meio da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e em parceria com o XXVIII Festival Brasileiro de Trombonistas, realiza, nos dias 9 (terça-feira) e 10 de agosto (quarta-feira), a série Sinfônica ao Meio Dia e Sinfônica em Concerto. A regência do concerto fica por conta do maestro assistente da OSMG, André Brant, e conta com participações solo do trombonista inglês Mark Mulley (Trombone Tenor) e do colombiano Sebastian Cifuentes (Trombone Baixo). A programação conta com composições cujo foco são as performances musicais no trombone: Abertura Orfeu no Inferno, de Jacques Offenbach, Concertino para Trombone, de Ferdinand David, Batuque, de Lorenzo Fernandez, Concerto para Trombone Baixo, de Eric Ewazen e Finlândia, de Jean Sibelius.

Com classificação indicativa livre, as apresentações ocorrem no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, ao meio-dia do dia 9 de agosto (terça-feira), permitindo, no máximo, um par de ingressos por CPF. Já no dia 10 de agosto (quarta-feira), o repertório completo será apresentado em uma Noite de Gala, às 20h30, com ingressos a R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada). Os ingressos poderão ser adquiridos no site da Eventim ou na bilheteria do Palácio das Artes.

Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam Sinfônica ao Meio Dia e Sinfônica em Concerto, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da  ArcellorMittal, Cemig e AngloGold Ashanti, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

Repertório – O concerto tem início com a abertura da opereta Orfeu no Inferno, do compositor alemão Jacques Offenbach. A obra é uma versão satírica da saga mitológica de Orfeu e Eurídice, composta em 1858 com estreia em Paris. Primeiro grande sucesso de Offenbach, é marcada pela paródia da Antiguidade e da ópera barroca. Com melodias populares como o cancan, ressaltado na abertura interpretada no concerto, é uma obra que traduz o espírito humorístico da época.

A apresentação prossegue com a peça Concertino para Trombone, que conta com a participação especial do solista inglês Mark Mulley. A composição é do violinista alemão Ferdinand David, sendo uma peça frequentemente utilizada para audições de trombone para orquestras sinfônicas em todo o mundo. Já a obra Batuque, que dá continuidade ao concerto, faz parte da suíte sinfônica Reisado do Pastoreio, composta em 1930 por Lorenzo Fernandes. Batuque se destaca por uma orquestração rápida e obsessiva, marca das batidas típicas do que então se conhecia vulgarmente como “dança negra”, num estilo marcadamente modernista que já se manifestava na época.

Um dos destaques da apresentação fica com a interpretação da peça escrita pelo norte americano Eric Ewazen para trombone baixo e orquestra. A obra Concerto para Trombone Baixo será interpretada pelo solista colombiano Sebastian Cifuentes, e é considerada uma das composições mais complexas já feitas para o instrumento.

O concerto se encerra com a obra Finlândia, poema sinfônico escrito pelo compositor Jean Sibelius em 1899. A composição tem melodias crescentes e turbulentas, com forte presença do trombone. A peça foi produzida com o intuito de combater a censura do Império Russo, trabalhando a história da Finlândia e evocando a luta nacional daquele povo.

O Festival – Com 25 edições de Festivais presenciais e duas on-line (2020/2021), em 2022 o XXVIII Festival da ABT acontece entre os dias 8 e 12 de agosto de 2022, em Belo Horizonte, no Conservatório de Música da UFMG.  O Festival abarca o XI Simpósio Científico da a Associação Brasileira de Trombonistas (ABT), a VII Conferência Pedagógica e o XI Concurso Radegundis Feitosa, conduzidos por vários professores nacionais e do exterior.

A Associação Brasileira de Trombonistas (ABT) foi criada em 1995, fruto da iniciativa de alguns professores e alunos, dentre os quais se destacam Gilberto Gagliardi (Conservatório de Tatuí), Radegundis Feitosa (UFPB), Paulo Roberto Lacerda (UFMG), Carlos Eduardo Mello (UNB), Isaac Leite (OSTCS), Alciomar Oliveira (UNB) e Paulo Roberto da Silva (EMB). A iniciativa busca a integração dos trombonistas brasileiros, difundindo conhecimento, criando um fórum anual de discussões cujo foco é a performance musical no trombone.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) -  A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em constante aprimoramento, cumpre o papel de difusora da música erudita na diversidade de sua atuação em óperas, concertos e apresentações na capital e interior do Estado. Além dos Concertos no Parque, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, merece destaque o reconhecido programa Sinfônica Pop, que convida artistas da música popular brasileira para se apresentarem com a OSMG. Seu atual regente titular é o maestro Silvio Viegas, antecedido por Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

André Brant - Natural de Belo Horizonte, André Brant formou-se bacharel em regência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na classe dos professores Charles Roussin e Silvio Viegas. Formou-se mestre em regência orquestral e correpetição na Hochschule für Musik (Escola de Música) de Dresden, na Alemanha, na classe de Christian Kluttig e de Stefen Leißner. Tem se destacado atualmente como regente e pianista acompanhador em produções operísticas, dentre as quais: “Cosi fan Tutte” de Mozart, “Falstaff” de Verdi, “Das Tapfere Schneiderlein” de Mitterer, “Hänsel und Gretel” de Humperdinck; “Livietta e Tracollo” de Pergolesi e “Rita” de Donizetti, “O Segredo de Susanna” de Wolf-Ferrari, “La Cambiale di Matrimonio” de Rossini dentre outras. Em 2014, foi bolsista do 45° festival de inverno de Campos de Jordão. Já realizou masterclasses de regência com renomados maestros dentre os quais: Jorma Panula, John Neschling, Robert Spano, Lanfranco Marceletti, Marin Alsop, Giancarlo Guerrero, Osvaldo Ferreira dentre outros. É o diretor musical da Cia Mineira de Ópera. Desde 2016 é professor e regente na Escola de Música do Cefart, onde atua como regente titular do Coral Infantojuvenil e da Orquestra Jovem, bem como coordena a disciplina Ópera Studio. Desde 2020 é o regente assistente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Mark Mulley - Iniciou seus estudos ainda criança, com formação na London College of Music e pós-graduação no Royal College of Music de Londres. Posteriormente, ensinou música no Richmond Adult College e na Brunel University. Trabalhou por oito anos como professor de trombone na The Royal Symphony Orchestra, em Omã. Foi Trombone Principal na Coldstream Guards Band, participando de diversas cerimônias, turnês e concertos. Integrou a Orquestra Sinfônica da BBC, a Philharmonia Orchestra, a Wren Orchestra, a Hanover Orchestre e a London Festival Orchestra em várias apresentações e gravações. Participou da Orquestra das Nações em turnê pela Alemanha, gravando a Sinfonia nº8 de Bruckner. 

Sebastian Cifuentes - Trombonista da Orquestra Sinfônica Nacional da Colômbia, foi premiado com o segundo prêmio no Concurso Internacional de Trombone em Budapeste. Formado pela Pontificia Universidad Javeriana de Bogotá, Sebastian se apresentou com orquestras como Statkapelle Halle (Alemanha), Orquesta Sinfônica Provincial de Santa Fe (Argentina), Orquestra de la Academia del Teatro del Lago (Chile) e Orquestra de professores do festival FEMUSC (Brasil). Foi eleito para representar a Colômbia na Orquestra Mundial e também na Orquestra Latinoamericana de Vientos. Foi convidado para servir como professor na Semana Nacional del Trombón no México e na Trombonanza na Argentina. É membro do Big Jazz Bogotá, tendo participado de festivais de jazz em toda a Colômbia, além de membro da Asociación Colombiana de Trombonistas.

SINFÔNICA AO MEIO-DIA

Local: Grande Teatro Palácio das Artes

Data: 9 de agosto (terça-feira)

Horário: 12h

Entrada gratuita

SINFÔNICA EM CONCERTO

Local: Grande Teatro Palácio das Artes

Data: 10 de agosto (quarta-feira)

Horário: 20h30

Ingressos: R$30 (inteira); R$15 (meia-entrada)

Local: Grande Teatro Cemig - Palácio das Artes

Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro

Informações para o público: (31) 3236-7400

Informações para a imprensa:

Thamiris Rezende | (31) 3236-7378 l (31) 99154-9103 l Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

 

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Evento aconteceu no Palácio da Liberdade, com hasteamento de bandeiras, execução do hino nacional; após o acionamento das luzes, houve apresentação do coral Back do Black

 

O Natal da Mineiridade foi oficialmente inaugurado nesta sexta-feira (2/12), às 19h, em solenidade no Palácio da Liberdade, celebrando 302 anos de Minas Gerais, com a presença do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, do presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, além de outras autoridades, gestores culturais e convidados.  

O evento teve início com o hasteamento de bandeiras, execução do hino nacional, seguidos dos cumprimentos oficiais até o aguardado momento do acionamento das luzes do Circuito Liberdade. A ação foi ovacionada pelo público que estava presente na Praça da Liberdade.

Neste ano, a decoração natalina e a programação cultural são inspiradas nas tradições e costumes do povo mineiro. O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, ressaltou a oportunidade para se fortalecer os laços por meio da escolha dessa temática. “Nós passamos por um momento de pandemia em que foi quase impossível celebrar a nossa mineiridade. Mas este ano foi um ano de resgate do pertencimento à nossa terra, dos nossos valores que temos e são muito baseados na própria ideia de Minas Gerais desenhadas por Alceu Amoroso Lima, Carlos Drummond de Andrade, e, finalmente, no modernismo, com o nosso grande Guimarães Rosa”, pontuou. 

No Palácio da Liberdade, houve também apresentação do Coral Back to Black e do Trio Amos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).  A chegada do Papai Noel pela escadaria interna do Palácio foi outra atração que marcou esse encontro.

O Natal da Mineiridade é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS). A programação se estende de 2 de dezembro a 6 de janeiro de 2023, e integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, a cerca de 200 cidades do interior.

Nesta sexta-feira (2/12), foram inauguradas as decorações do Palácio da Liberdade e da Praça da Liberdade. Já a partir de segunda-feira (5/12), os demais equipamentos culturais do Circuito Liberdade apresentarão suas decorações de fim de ano. 

A iniciativa tem patrocínio máster da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), e da Copasa. A Fundação Clóvis Salgado, gestora do Circuito Liberdade, tem patrocínio máster da Cemig, ArcellorMittal, AngloGod Ashanti e Usiminas, por meio das leis estadual e federal de incentivo à cultura. A correalização é da Associação Pró Cultura e Promoção das Artes – APPA. 

Travessias culturais 

Neste ano, o Natal da Mineiridade vai conectar as diferentes manifestações culturais do estado por meio da arte digital e de tecnologias imersivas. A proposta é estimular o sentimento de pertencimento, unindo a linguagem contemporânea às tradições de Minas Gerais. Além disso, o evento propõe fomentar o turismo na cidade com uma programação variada. De acordo com o secretário de estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, a programação cultural está conectada ao sentimento de orgulho que o povo mineiro tem de pertencer a essa terra. 

“Celebramos ao longo de 2022 sobre o que chamamos de ‘mineiridade’. Agora, teremos no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, e nas cidades do interior, uma iniciativa em conjunto para fortalecer não apenas o nosso sentimento de orgulho, mas o turismo em todo o estado, destinos turísticos para comemorar o natal nas cidades mineiras. Minas é o segundo destino do Brasil que mais. E é o estado que mais cresce no país, gerando, nos últimos 18 meses 120 mil empregos”, destaca.

Para o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, a iluminação de Natal do Circuito Liberdade é um dos momentos mais esperados pela população de Belo Horizonte. “A Praça da Liberdade, e os demais equipamentos do Circuito, se enfeitam para receber os belo-horizontinos em um momento de celebração. A programação deste ano fomenta o turismo cultural em nossa cidade e celebra o que há de melhor em Minas Gerais”, destaca o presidente. 

O Natal da Mineiridade representará um verdadeiro encontro para as várias culturas de Minas Gerais. Na Praça da Liberdade, cartão postal de Belo Horizonte e início da Via Liberdade, maior rota turística do Brasil, um mapa vai mostrar as tradições natalinas nas diferentes regiões do estado. O local será dividido por quadrantes e, em cada um deles, uma região de Minas será representada. O público poderá conhecer mais do espírito natalino em locais como Vale do Jequitinhonha, Sul de Minas, Zona da Mata e muito mais. 

Guirlandas, estrelas, anjos, entre outros adornos que estarão distribuídos em toda a extensão da Praça da Liberdade, seguindo os padrões culturais de artesanato do estado vão revelar ainda mais sobre os fazeres artísticos de Minas Gerais. Todas as artes do Natal da Mineiridade em Belo Horizonte serão desenvolvidas com iluminação cênica e luzes de LED, integrando os projetos de luz ao contorno do Circuito Liberdade. 

No Palácio da Liberdade também haverá celebrações especiais durante o período natalino. Além da decoração já tradicional do espaço, será inaugurada uma com presépios produzidos por artesãos do Vale do Jequitinhonha. Já o Centro de Arte Popular (CAP) receberá uma mostra, também voltada às tradições de presépios, em que o público poderá conferir os diferentes presépios que já foram contemplados no concurso realizado pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop). 

A proposta deste ano é que as múltiplas linguagens artísticas, como a música, o teatro, a literatura, as performances interativas e as artes visuais, a cultura popular tradicional se reúnam na Praça da Liberdade proporcionando grandes encontros em torno dos festejos natalinos. Com essa iniciativa, o Circuito Liberdade se tona uma vitrine para as tradições mineiras, conectando o público, os turistas, a capital e as demais cidades do interior ao grande patrimônio de Minas Gerais: a mineiridade. 

A programação completa está disponível no site do Circuito Liberdade.

No interior

Cerca de 200 municípios integram o Natal da Mineiridade. Dentre esses, alguns destaques são Camanducaia, Guaxupé, Tiradentes, Ouro Preto, Couto de Magalhães, Santa Luzia, São Lourenço, Lagoa da Prata, Paracatu e Belo Horizonte.

Programação do interior:

 

Monte Verde/Camanducaia

Natal nas Montanhas. Monte Verde se transforma nesta época do ano. Neste ano a programação está recheada de atrações.  “O Despertar das Luzes” aos sábados e domingos ao entardecer, desponta na Avenida e a ilumina com o trem com lamparinas mágicas conduzido pelo Maquinista da Luz, acendendo a chama da esperança nos corações de todos.

Espetáculo Contos e Encantos do Natal vai encantar em Camanducaia no dia 22 de dezembro e em Monte Verde no dia 25 de dezembro trazendo poemas e contos nacionais e estrangeiros de autores como Cecília Meireles, Anatole France, Jules Lemaitre, Charles Dickens, Jakob Streit, São Lucas, Fernando Pessoa e Ruth Salles, entrelaçados. Também com a presença de personagens presentes em “A Sagrada Família”, assim como Os Três Reis do Oriente, Anjo Gabriel, Herodes e sua filha Lilite.

Guaxupé

“O Natal de Luz chegou, Guaxupé iluminou!” Para os moradores da cidade, a cantiga de Natal já grudou na cabeça mais uma vez.

O evento ocorre desde 2013 e já se tornou tradição, crescendo a cada ano. Neste ano a programação vai de 26 de novembro a 6 de janeiro. É uma aventura em meio a exposição do concurso regional de presépios e as luzes espalhadas por toda cidade.

A alegria da criançada também é garantida em Guaxupé.! O Natal de Luz conta com a clássica casa do Papai Noel, onde os moradores e turistas podem visitar para fazer seu pedido, além da visita do Papai e da Mamãe Noel nos bairros da cidade.

Para os amantes da arte, a programação conta com a presença de apresentações artísticas e culturais. Ocorrem diariamente no Teatro Municipal e no Palco Luz na Avenida Conde Ribeiro do Valle. A programação também conta com o Parque do Papai Noel, Trenzinho do Papai Noel e praça de alimentação nos dias dos eventos.

Ouro Preto

O Natal Luz de Ouro Preto 2022 abre as comemorações dos 200 anos de elevação de Vila Rica para Imperial Cidade, conferido. Em 1823, D. Pedro I do Brasil tornou oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. 

A expectativa é de que 100 mil pessoas visitem a cidade até o encerramento do evento, em 08 de janeiro de 2023.

A Vila do Papai Noel, outro atrativo do festival, já recebeu a visita de mais de 1 mil pessoas. Neste sábado e domingo, 3 e 4 de dezembro, o Papai Noel recebe visitantes para fotos das 16 às 18 horas. A Vila ocupa espaço na Casa de Gonzaga, prédio centenário onde está instalada também a Vila do Artesanato, com exposição de trabalhos de artesãos do município.

O festival viraliza também nas redes sociais. Foram registrados mais de 1,2 milhão de impressões, 85 mil contas foram alcançadas e 190 mil visualizações de vídeos na página do Natal Luz no Instagram.

O Natal Luz de Ouro Preto é uma realização do Grupo Oliveira Costa e da Prefeitura de Ouro Preto, com produção da Holofote Comunicação e Cultura. O evento tem patrocínio da Cedro Mineração, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal via Ministério do Turismo e Secretaria Especial de Cultura.

Além do patrocínio da Cedro Mineração, a exibição dos jogos do Brasil na Copa do Natal Luz tem um time de parceiros: Autoescola Sinal Verde, Bazar Faria, Cooperouro, Eva Benefícios, Ks Computadores e Valenet.

Além da estrutura iluminada, o Natal Luz recebeu apresentações teatrais, cortejos, bandas e orquestras locais e músicos covers. A grande diferença do festival de Ouro Preto de outros eventos do gênero é que toda a programação é de graça, desde a entrada na Vila do papai Noel até as apresentações de espetáculos no Teatro Municipal Casa da Ópera.

Couto de Magalhães

Dia 3/12, às 20h, abertura do Natal de luz com show Sonhos de Natal, na Praça Bom Jesus do Matozinhos.

Dia 8/12, às 20h, inauguração da iluminação da Praça Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Dia 11/12, às 20h, apresentações culturais e música ao vivo Praça Bom Jesus do Matozinhos.

Dia 17/12, às 20h, sabores de Quintais - especial de Natal na Praça Bom Jesus do Matozinhos

Dia 18/12, às 16h, tarde Cultural shows e apresentações culturais Praça Bom Jesus do Matozinhos.

Santa Luzia

Dia 9/12, às 13h, Projeto Arte para a vida: “Aramis”, no Palco do Teatro Municipal “ Antonio Roberto de Almeida”.

Dia: 10/12, às 18h30, apresentação musical- instrumental dos alunos da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com o repertório eclético, dando ênfase em musicas erudita e popular, no Palco do Teatro Municipal Antonio Roberto de Almeida.

Dia 13/12, às 7h, Tradicional Festa da Padroeira da Cidade de Santa Luzia, na Rua Direita, s/n, Centro (Santuário de Santa Luzia).

De 13 a 31/12 – Natal Iluminado com três grandes tendas: cultural, solidária e luz de Natal, além de barracas de gastronomia. De Segunda a quinta, das 18 h às 22 h; Sexta, das 18h às 24h; Sábado, das 14h às 24h; Domingo, das 12 às 22h, na Praça da Juventude.

Dia 14/12, às 19h, exibição do documentário “Santa Luzia: Uma visão histórica de Minas Gerais”, no Palco do Teatro Municipal Antônio Roberto de Almeida – Rua Direita, 373 – Centro – Santa Luzia.

Dia 15/12, às 15h30 e às 19h, exibição do documentário “Santa Luzia: Uma visão histórica de Minas Gerais”, no Auditório IFMG.

Dia 16/12, às 20h, exibição do documentário “Santa Luzia: Uma visão histórica de Minas Gerais”, na Tenda Cultural, praça da Juventude.

Dia 18/12, às 17h, Serenata de Natal, realizado pela primeira vez pelo Santuário Arquidiocesano de Santa Luzia, irá percorrer toda Rua Direita do Centro histórico do município. Saída da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim até o Santuário de Santa Luzia.

Dia 23/12, às 19h, Coral da Apac, no Palco do Teatro Municipal Antonio Roberto de Almeida; às 20h30, Coral da Secult, Palco do Teatro Municipal Antonio Roberto de Almeida

Tiradentes

Em Tiradentes, nos dias 2,9, 16 e 23 de dezembro, vai acontecer Show do Papai Noel no Largo das Forras, às 20h. Até o dia 25/12, às sextas, das 19h às 22h; aos sábados das 12h às 15h e das 19h às 22h; e domingo, das 12h às 15h e das 19h às 22h, vão ser realizadas sessões de fotos com o Papai Noel. A Igreja do Bom Jesus da Pobreza, também no Largo das Forras, vai receber às sextas, sábados e domingos projeções natalinas, das 19h às 22h.

São Lourenço

No dia 3/12, às 18h30, cortejo de abertura com apresentação da banda Marcial Irmão Paulo de Campanha, Fanfarra Municipal e Escolas de Dança, saindo da praça de Estação e seguindo para praça Brasil. Às 20h, Inauguração da Casa do Papai Noel na praça Brasil.

4/12, às 9h e às 14h, Caravana Papai Noel.

10/12, às 8h Passeio Ciclístico com Papai Noel pela cidade; às 16h, apresentação: Mamãe Noel Atrapalhada, na Praça Brasil; às 18h30, Chegada do Papai Noel, na Praça Brasil; às 21h, Circo do Bonar, no Estacionamento do Parque das Águas.

11/12, às 9h e às 14h, Caravana Papai Noel nos bairros; às 15h; Dança Circular Especial de Natal (Movimento Dedico), na Praça Brasil; às 16h, Leitura de histórias com Nosso Quintal na Casa do Papai Noel, na Praça Brasil; 17h30 - Orquestra de Violeiros, no Estacionamento do Parque das Águas.

15/12, às 19h30, apresentação Espaço de dança Auyra Ferrer, no Estacionamento do Parque das Águas.

16/12 às 17h, Carlos do Sax, no Estacionamento do Parque das Águas; às 19h30, Companhia de Dança New Star e Denise Fonseca, no Estacionamento do Parque das Águas; às 21h30, Orquestra Caxambu, no Estacionamento do Parque das Águas.

17/12 às 9h30 e às 14h, Folia de Rei, na Praça da Estação/Casa da Cultura; às 13h, Carlos do Sax, no Estacionamento do Parque das Águas; às 16h, apresentação: Mamãe Noel atrapalhada, no Estacionamento do Parque das Águas; às 17h, Cânticos de Natal com o Grupo Toda Voz, no Estacionamento do Parque das Águas;  às 19h30, Apresentação Espaço de dança Auyra Ferrer e Deise Dutra no Estacionamento do Parque das Águas; às 21h30, Orquestra de Sopros Terras Altas, no Estacionamento do Parque das Águas.

Dia 18/12, às 13h, no Estacionamento do Parque das Águas; às 16h, Leitura de história com Nosso Quintal na casa do Papai Noel, na Praça Brasil; às 17h30, Clássicos de Natal com Jesse Pessoa, no Estacionamento do Parque das Águas.

Dia 21/12, às 17h Coral, no Estacionamento do Parque das Águas; às 18h, Banda Antonio de Lorenzo, na Praça da Estação/Casa da Cultura.

Dia 22/12, às 17h Coral, no Estacionamento do Parque das Águas.

Dia 23/12, às 19h, Parada natalina (Pelo centro da cidade); às 21h30, Orquestra Caxambu, no Estacionamento do Parque das Águas.

Lagoa da Prata

Apresentações:

No dia 11/12 , do  Grupo Musical Acadelp em Seresta; 15/12 - Coral Cânticos de Sião;  22/12 – Grupo de Danças Impactus; 27/12 - Especial Aniversário da Cidade (apresentações durante todo o dia na Praça), e a partir das 16h, na Praça da Matriz, Fanfarra Monsenhor Alfredo Dohr e Lira São Carlos. Já na Igreja São Carlos Borromeu, Coral da Alvoar

Paracatu

Apresentações:

No dia 6/12 – A partir das 19h, Academia Corpus; às 19h40, Família Encantada com a chegada do Papai Noel, na av. Olegário Maciel.

Dias 13 e 15/12, “Estrela de Natal”, do Grupo Cênikas, no Céu das Artes, às 19h.

Dia 16/12 – às 19h, Coral Stella Maris; e às 19h40, Cantata de Natal na Igreja do Rosário.

Dia 19/12 – às 19h, Especial de Natal + Mágico de Oz, na Igreja do Rosário.

 

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Programação conta com estreia de documentário, exibição de 7 longas e palestra sobre a carreira e vida do diretor

Em celebração ao centenário de Pier Paolo Pasolini, a Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, apresenta a mostra O Cinema Segundo Pasolini, que exibe, entre os dias 5 e 9 de agosto, 7 obras restauradas do realizador de cinema italiano. A mostra conta também com a estreia nacional do documentário O Jovem Corsário, de Emílio Marrese, que aborda a trajetória artística e pessoal de Pasolini. No dia 10 de agosto, a Casa Fiat de Cultura apresenta a palestra online Pier Paolo Pasolini – Vida e Obra, ministrada pelo professor e especialista em cinema Luiz Nazario, com mediação do curador do Cine Humberto Mauro, Bruno Hilário. As celebrações são uma realização conjunta do Consulado da Itália em Belo Horizonte, do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro, da Fundação Clóvis Salgado e da Casa Fiat de Cultura

Integram a programação presencial e gratuita os longas Passarinhos e Passarões (1969), Accattone - Desajuste Social (1961), Mamma Roma (1962), Comícios de Amor (1964), O Evangelho Segundo São Mateus (1964), Notas Para Uma Oréstia Africana (1970) e Édipo Rei (1967). As tradicionais sessões comentadas do programa História Permanente do Cinema também englobam a programação da mostra e contam com a participação do crítico de cinema Gabriel Araújo e do diretor da Companhia de Teatro, Luiz Paixão.

CONFIRA A SINOPSE DOS FILMES E A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA MOSTRA

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra O Cinema Segundo Pasolini, que conta com patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, AngloGold Ashanti e Usiminas por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini. A correalização é da APPA – Arte e Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

O cinema poético de Pasolini - Escritor, poeta e cineasta, Pasolini transformou-se em um artista controverso na sétima arte, sempre tratando de temas sociais, culturais e políticos. A forma com a qual abordava assuntos polêmicos em suas obras, como o erotismo e a violência, fizeram do diretor italiano uma figura simultaneamente aclamada e refutada no cinema.

Trazendo em seus primeiros filmes características do neorrealismo italiano, influenciados pela sua vivência em uma Itália que convivia com cenários decadentes do pós-segunda Guerra Mundial, as narrativas e roteiros de Pasolini traziam também nuances poéticas e literárias que marcaram intensamente a carreira do diretor.

Trabalhando assiduamente com diversos nomes expressivos da sétima arte, como Fellini e Rossellini, Pasolini influenciou uma gama de artistas contemporâneos tanto para o cinema, quanto para a literatura.

Destaques da programação e exibição de documentário inédito - A programação da mostra selecionou 7 filmes restaurados de diversas fases da cinematografia do diretor. Entre os destaques, figuram os longas O Evangelho Segundo São Mateus, que aborda a história de Jesus Cristo, a partir do texto de São Mateus, de seu nascimento à ressurreição, trazendo um personagem revolucionário e humanizado. Outro filme em evidência é o documentário Comícios de Amor em que Pasolini, com um microfone na mão e uma câmera, percorre as ruas para perguntar aos italianos o que pensam em relação ao casamento, fidelidade e a normatividade.

Com estreia nacional no Cine Humberto Mauro, o documentário O Jovem Corsário, de Emilío Marrese, será no dia 08/08 (segunda-feira), às 19h. O filme percorre a carreira e vida de Pasolini, reunindo conteúdos inéditos, com uma ampla seleção de documentos inéditos do diretor, reconstruindo o período de sua juventude centrado na cidade de Bolonha, onde nasceu, em 1922. A história se desenvolve no contexto de uma escolha narrativa significativa: um estudante decide realizar sua tese de licenciatura pautando-se na relação entre Pasolini e a cidade de Bolonha.

As sessões comentadas do programa História Permanente do Cinema, contam com a obra Accattone - Desajuste Social, no dia 05/08 (sexta-feira), às 19h, com comentários do crítico de cinema Gabriel Araújo. Além da exibição e debate do longa Édipo Rei, no dia 09/08 (terça-feira), às 19h, com participação do diretor da Companhia de Teatro, Luiz Paixão.

Palestra online Pier Paolo Pasolini – Vida e Obra - No dia 10 de agosto, das 19h às 20h30, a Casa Fiat de Cultura realiza a palestra virtual, no canal do YouTube da instituição, que será ministrada pelo professor e especialista em cinema Luiz Nazario, com mediação do curador do Cine Humberto Mauro, Bruno Hilário.

Nazario apresentará uma visão panorâmica sobre a vida e a obra do mais polêmico e censurado escritor e cineasta italiano, com destaque para sua juventude vivida sob o fascismo, sua paixão pela cultura popular, seus escândalos sexuais, a presença do Sagrado em sua obra, sua visão da mutação antropológica do povo italiano e sua morte violenta.

No centenário de Pasolini, o professor reafirma a importância do cineasta, escritor e poeta. “Ele introduziu a homossexualidade popular na literatura e no cinema italianos. Criou uma fascinante teoria da vida, uma semiologia da realidade fundamental para a compreensão do mundo contemporâneo, e ousou exprimir sua visão de mundo freudo-marxista em um país católico-fascista”, analisa.

Nazario reflete sobre a observação do cineasta alemão Werner Schroeter: “Se hoje Pasolini é visto como santo, quando vivo era visto como um porco”. À época de sua morte, o assassinato foi celebrado, com piadas até mesmo em grandes veículos de comunicação. “Pasolini foi assassinado culturalmente, antes de ser assassinado fisicamente”, afirma, recordando a espantosa crônica dos linchamentos morais e processos judiciários que sofreu, compilada e publicada por sua amiga Laura Betti.

A palestra Pier Paolo Pasolini – Vida e Obra será realizada no dia 10 de agosto, das 19h às 20h30, com transmissão online pela Casa Fiat de Cultura. A inscrição deve ser feita pela Sympla (https://bit.ly/PalestraPasolini), gratuitamente.

A palestra é uma realização da Casa Fiat de Cultura, do Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro e do Consulado da Itália em Belo Horizonte, em parceria com Fundação Clóvis Salgado, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Usiminas, e co-patrocínio do Grupo Colorado. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e do Instituto Usiminas.

Luiz Nazario

É Professor Titular de Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG. Doutor em História pela USP, com a tese Imaginários de destruição – O papel do cinema na preparação do Holocausto. Crítico e escritor, com ampla colaboração na imprensa brasileira, publicou diversos livros, dentre os quais Da natureza dos monstros (Arte & Ciência, 1998), As sombras móveis (UFMG, 1999), Autos-de-fé como espetáculos de massa (Humanitas, 2005), Todos os corpos de Pasolini (Perspectiva, 2007) e O cinema errante, Perspectiva, 2013).

Bruno Hilário

Graduado em Cinema e Audiovisual pela UNA (Belo Horizonte). É gerente curador do Cine Humberto Mauro, principal cinema público de Minas Gerais, trabalhando na curadoria e produção de mostras de Cinema. Participa desde 2009 da equipe de produção do Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (FESTCURTASBH), sendo coordenador geral do evento, que chega a sua 24ª edição em 2022. Atuou como produtor executivo do filme Nimuendajú (longa-metragem, 80 minutos, 4k, Salic: 100264), produzido pela ANAYA Produções Culturais e coproduzido pela CineZebra (Alemanha) e Apus (Peru). Foi produtor da série Felicidade, contemplada no edital FSA PRODAV 04/2013. Produtor executivo do longa-metragem de ficção "Fragilidades", em processo de desenvolvimento de roteiro. Ator e Produtor em diversos espetáculos teatrais produzidos pela Companhia de Teatro de Belo Horizonte, seu mais recente trabalho é a peça "Capitão Fracasso", indicada a 5 categorias no PRÊMIO COPASA / SINPARC 2019, incluindo melhor espetáculo.

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www.fcs.mg.gov.br

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O prazo para solicitação da Declaração de Acervos Culturais para arquivos, bibliotecas e museus foi prorrogado até o dia 10 de dezembro de 2022, conforme Ofício SECULT/SBMAE-ICMS nº. 55/2022. Peticionamentos após essa data serão indeferidos. O documento deverá ser requerido à Secult, conforme especificações contidas no Ofício SECULT/SBMAE-ICMS nº. 6/2022.

A Secult poderá emitir dois tipos de declaração: completa ou parcial. A Declaração de Acervos Culturais será completa se o município cumprir os requisitos mínimos para os 3 (três) equipamentos culturais citados no documento e receberá 0,30 pontos no QIA do ICMS Patrimônio Cultural. A Declaração de Acervos Culturais será parcial se o município tiver apenas um ou dois equipamentos culturais cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos para cada tipo, e receberá 0,10 pontos o município que tiver um equipamento cultural e, 0,20, dois equipamentos.  

Essa é declaração de comprovação da existência de acervos organizados e preservados nos municípios para o exercício 2024 do programa ICMS Patrimônio Cultural. Para pontuar nesse programa, de acordo com a normativa em vigência – Portaria IEPHA 35/2022, a declaração deverá ser enviada no conjunto documental do quadro QIA, sujeita à atribuição de até 0,30 pontos. 

Declarações emitidas em 2021 não têm validade para o exercício 2024. É necessário realizar novamente a solicitação, atualizando as fotos e informações.  

Para esclarecer quaisquer dúvidas, será realizada uma videoconferência no dia 5 de dezembro de 2022, às 10h. Não é necessário inscrição prévia, basta acessar aqui.

Foto: Juninho Mota

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Rede Minas exibe no próximo sábado o programa Minas da Gente, gravado com os moradores de Capitólio

Antes era “Arraial dos Cabeças” e, hoje, “Rainha dos Lagos”. Os nomes próprios são muitos, mas o que não faltam são adjetivos para caracterizar a cidade do sul de Minas Gerais. Os exuberantes cânions do Lago de Furnas são alguns dos principais atrativos do local, que também está localizado no Parque Nacional da Serra da Canastra. As belezas naturais atraem visitantes durante todo o ano, mas o município ainda conserva características interioranas mineiras. Com menos de dez mil habitantes, é morada de um povo hospitaleiro que gosta de compartilhar suas tradições com quem chega de fora. E foi isso que eles fizeram: receberam a equipe Rede Minas com causos e música. O programa compartilha com o público essas histórias na próxima atração, neste sábado (30), às 20h.

Curiosidades: * “Capitólio” vem do Latim “Capitolium”, nome de um templo da Roma antiga dedicado a Júpiter, o pai dos deuses entre os romanos. O termo Capitolium, por sua vez, se origina do radical “capitis, caput” que significa cabeça, topo.

* Igreja com torres quadrada e redonda para agradar a todos + relógio centenário que ainda informa a hora junto às badaladas do sino + artesanato + comidas + música + natureza = destino certo!

COMO SINTONIZAR: redeminas.tv/comosintonizar A Rede Minas está no ar no canal 9 (VHF); Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina. ACESSE AS REDES SOCIAIS: www.redeminas.tv facebook.com/redeminastv instagram.com/redeminastv twitter.com/redeminas youtube.com/redeminas

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A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) lamenta o falecimento de Antônio Benjamim Gonçalves, conhecido como Antônio da Pengá, nesta quinta-feira (1/12), aos 64 anos.

Antônio da Pengá dedicou mais de 50 anos à Guarda de Congado Nossa Senhora do Rosário, de Santana dos Montes, município recentemente tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Ele foi a imagem que tanto representou o Ano da Mineiridade, inaugurado pela Secult, com sua história e tradição.

Neste momento difícil, a Secult presta solidariedade à família, especialmente à viúva Dona Maria Eugênia, e amigos desta importante figura de Minas Gerais e do Brasil.

Foto: Rodrigo Câmara

De 18 a 23 de julho, a Pró-Reitoria de Cultura da UFMG promove  o 54º Festival de Inverno UFMG. Nesta edição, o tema-manifesto “Por uma política de cultura na universidade” faz coro em defesa da universidade pública, da ciência e do papel central da cultura na missão das instituições.

O festival, que terá a duração de seis dias,  acontece de forma gratuita e aberta à população, a partir de apresentações artísticas, rodas de conversa, exposições e muito mais.

A programação ocorre nos seguintes espaços de cultura da Universidade Federal de Minas Gerais: o Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 – Centro), o Conservatório UFMG (Av. Afonso Pena, 1534 – Centro) e o Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700 – Funcionários).

Sessões de planetário, observação noturna dos astros, oficina de Libras e concerto do coral Ars Nova farão parte da programação do Espaço do Conhecimento, no dia 23 de julho.

Confira:

Oficina Libras para Crianças - 23 de julho, às 14h
Descrição: Durante a oficina, as crianças serão apresentadas aos sinais básicos da Libras por meio de exercícios e jogos. Não sendo necessário o conhecimento prévio de Libras.
Público: crianças a partir de 06 anos e adolescentes (até 15 participantes, senhas retiradas na recepção).

Concerto Ars Nova no Museu - 23 de julho, às 17h
Descrição: A série de concertos “Ars Nova no Museu” traz consigo um repertório preenchido por diversas canções populares brasileiras e internacionais. A proposta foi pensada com a finalidade de aproximar o coro a um público geral, que vai além dos ouvintes e apreciadores da música erudita. O repertório inclui clássicos da MPB, e um medley de Milton Nascimento, arranjado pelo Maestro Lincoln Andrade. O concerto também apresentará canções que foram gravadas exclusivamente pelo Ars Nova, como “Ponto de Oxum Yemanjá” e “Baião Armorial”.
Local: no hall do 5º andar (sujeito à lotação por ordem de chegada)

Observação Noturna - 23 de julho,  de 19h às 20h45 - Retirada de 70 senhas a partir das 17h30.
O Terraço Astronômico do Espaço conta com dois telescópios e um teto retrátil, que permitem que o público possa contemplar objetos diferentes no céu de BH. A atividade é gratuita, mediante retirada de bilhete individual na recepção no dia do evento
Público: A cada 15 minutos, um grupo de 10 pessoas terão acesso ao Terraço para observar nos telescópios e tirar suas dúvidas com os mediadores que acompanham a atividade.

SESSÕES DE PLANETÁRIO - 23 de julho

11h - O Segredo do Foguete de Papelão
Uma viagem fantástica pelo Sistema Solar imaginada por crianças que constroem um foguete com caixas de papelão. 

13h - Arqueoastronomia Maia
Em uma festa de cores e sons, a sessão faz uma viagem por seis templos maias: San Gervasio, Chichén Itzá, Uxmal, Edzná, Palenque e Bonampak, nos quais o espectador mergulha em um mundo de conhecimento maia.

16h – Inconfidências (sessão gratuita)
O “Inconfidências”, que propõe uma reflexão sobre a atividade mineradora no estado de Minas Gerais e seus impactos ao longo dos anos. 

18h -  Da Terra ao Universo
Nesta sessão, os telespectadores se deleitam com o esplendor dos vários mundos no Sistema Solar e a incrível imensidão de galáxias. 

20h - Dois Pedacinhos de Vidro
A partir de uma noite de observação astronômica, o filme conta a história do telescópio, desde a luneta de Galileu até os modernos instrumentos de observação astronômicos. 

 

Serviço
Espaço do Conhecimento UFMG integra a programação do 54° Festival de Inverno 
Quando: De 18 a 23 de julho
Onde: Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700 - Funcionários
Atividades gratuitas

 

 

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Imagem: Camila Miranda

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A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) divulgou o resultado provisório do ICMS Turismo, com a listagem dos municípios habilitados 2022 - Ano-referência 2021.

A tabela, disponível AQUI, apresenta os valores dos índices provisórios de Investimento em Turismo dos Municípios (IIT) e de participação para fins de distribuição da parcela de ICMS pelo critério turismo em 2023, ano-referência 2021, conforme os termos da Lei Estadual 18.030/2009.

Os benefícios de fazer parte do ICMS Turismo vão além dos recursos recebidos e dão ao município a estrutura para ter uma gestão consolidada da política pública para o turismo local. Entre eles estão a obrigatoriedade de ter uma política municipal de turismo elaborada e, no mínimo, em processo de implantação; possuir Conselho Municipal de Turismo constituído e em funcionamento regular e também um Fundo Municipal de Turismo (Fumtur) em operação e devidamente regulamentado.

ICMS Turismo

O ICMS Turismo é destinado aos municípios mineiros, nos termos da Lei Estadual n. º 18.030/2009, e visa estimular a implementação de um planejamento sustentável de programas e projetos voltados ao desenvolvimento turístico nos municípios mineiros e suas respectivas regiões.

O ICMS Turismo atua como motivador e catalisador de ações, visando estimular a formatação e implantação, por parte dos municípios, de programas e projetos voltados para o desenvolvimento turístico local e regional, em especial os que se relacionam com as políticas para o turismo dos governos Estadual e Federal.

Para ter direito ao repasse, o município anualmente precisa comprovar o atendimento aos seguintes critérios obrigatórios:

• Participar do Programa de Regionalização do Turismo no Estado de Minas Gerais;

• Ter elaborada e em implementação uma política municipal de turismo;

• Possuir Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), constituído e em regular funcionamento;

• Possuir Fundo Municipal de Turismo (FUMTUR), constituído e em regular funcionamento.

Programação gratuita faz parte da mostra “As Origens de Tim Burton”, que exibe, durante todo o mês de julho, os principais filmes do cineasta junto às obras que o inspiraram

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, apresenta a “Maratona do Terror”, que exibe gratuitamente e em sequência quinze filmes em diálogo com a mostra “As Origens de Tim Burton”. As sessões acontecem das 14h do dia 22 de julho (sexta-feira) até as 19h30 do dia 23 de julho (sábado), de forma presencial. Entre as 18h do dia 22 e as 05h40 do dia 23 as exibições ocorrem simultaneamente dentro da sala do Cine Humberto Mauro e no Jardim Interno do Palácio das Artes, onde será instalado um telão para as sessões da noite e da madrugada.

Algumas das obras que serão exibidas exclusivamente durante as mais de 30 horas de Maratona são The Rocky Horror Picture Show (1975), Psicose (1960), Despertar dos Mortos (1978), Sombras da Noite (2012) e A Noiva de Frankenstein (1935). Este é o primeiro evento do tipo realizado no Cine Humberto Mauro desde julho de 2018, quando obras e franquias da ficção científica foram apresentadas na maratona “A Vingança Nerd”.

Os vários horrores de Tim Burton – Aproximando a obra de Tim Burton de suas origens, como o Expressionismo Alemão, filmes de monstros do estúdio Universal, cinema gótico e ficções científicas cults dos anos 1950, a mostra “As Origens de Tim Burton” destaca os filmes dirigidos pelo cineasta até o início da década de 2010, explicitando a mescla de gêneros dentro da filmografia do artista e salientando suas inclinações para o terror, a fábula e os contos de fadas. A Maratona mantém este objetivo, e traz filmes dirigidos por Tim Burton e outros realizadores, cobrindo quase 80 anos da história do cinema e a produção de países como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Brasil.

O evento começa com o filme As Grandes Aventuras de Pee-wee (1985), primeiro longa-metragem dirigido por Tim Burton. Em seguida, o público vai poder acompanhar a animação em stop-motion A Noiva Cadáver (2005), filme indicado ao Oscar em 2006 e no qual o cineasta brinca com as expectativas em relação aos “mundos” dos vivos e dos mortos.

A partir das 18h, as sessões simultâneas começam com o longa animado Frankenweenie (2012), um remake do curta-metragem de mesmo nome também dirigido por Tim Burton em 1984 e com claras inspirações em Frankenstein (1931), filme presente na mostra. Em seguida, a “Maratona do Terror” traz O Estranho Mundo de Jack (1993), primeira obra da programação que não foi dirigida pelo realizador, mas pelo estadunidense Henry Selick, com produção e criação de história e personagens creditadas a Tim Burton. Última exibição da noite do dia 22 de julho, A Noiva de Frankenstein (1935) continua a jornada do monstro formado por parte de cadáveres e do cientista que o trouxe à vida, agora com a introdução de uma companheira para a criatura.

Iniciando exatamente à 0h do dia 23, o longa-metragem À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins, marca a presença do terror nacional na Maratona. Este é o primeiro filme a contar com o mais famoso personagem de Mojica, o coveiro “Zé do Caixão”. A conexão entre o cineasta brasileiro e Tim Burton é longa. O diretor americano é um grande admirador do cineasta José Mojica Marins, já chegou a conhecê-lo durante uma visita à cidade de São Paulo e afirmou ter crescido assistindo aos filmes do “Zé do Caixão”.

Dando seguimento à Maratona, a fábula Edward Mãos de Tesoura (1990) toma novamente inspiração de Frankenstein, trabalhando questões como os limites da ficção científica e da ciência e a resistência ao diferente. A madrugada avança com The Rocky Horror Picture Show (1975), mistura de musical, terror e comédia que marca a última exibição no telão do Jardim Interno do Palácio das Artes. Baseado no musical homônimo escrito para o teatro em 1973, o filme é ao mesmo tempo uma homenagem e uma subversão das obras de horror e ficção científica das décadas anteriores, e se tornou um fenômeno cultural ao longo dos anos.

Logo depois, o público confere A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999), baseado em um conto americano do início do século XIX escrito por Washington Irving, inspirado por sua vez na versão americana de uma série de narrativas mitológicas nascidas na Europa medieval envolvendo batalhas e a representação de martírios religiosos.

Após um breve intervalo, a Maratona volta com o clássico filme de zumbis Despertar dos Mortos (1978), de George A. Romero. Segunda parte da primeira trilogia do diretor, iniciada com o celebrado A Noite dos Mortos-Vivos, o filme de zumbi dos anos 70 apresenta similaridades com a retratação da morte feita por Tim Burton em longas como Marte Ataca! (1996) e Os Fantasmas se Divertem (1988), embora seja uma incursão mais autônoma da Maratona em meio ao universo do terror. Também de forma mais livre, a sessão seguinte traz o igualmente clássico Psicose (1960), considerado uma base para inúmeros filmes de terror feitos em todo o mundo (seja na condução da narrativa ou na maneira de filmar a morte) após sua estreia. A história começa com o desfalque de 40 mil dólares dado pela secretária Marion Crane na imobiliária onde trabalha e evolui para sua chegada ao Motel Bates, um lugar decadente e misterioso. 

A tarde de sábado começa com Os Fantasmas se Divertem (1988), uma inversão do filme de casa mal-assombrada onde os espíritos são protagonistas. Logo depois, uma série de filmes com temática de vampiro: a primeira sessão é de O Vampiro da Noite (1958), estrelado por Christopher Lee e Peter Cushing, e o primeiro de uma sequência de “filmes de Drácula” feitos pela cultuada produtora inglesa Hammer. O contemporâneo Sombras da Noite (2012), de Tim Burton, traz um vampiro para a trama da família disfuncional do subúrbio, tendo como base uma série de televisão dos anos 1960. A Maratona finaliza com Drácula de Bram Stoker (1992), versão do premiado diretor Francis Ford Coppola para o romance escrito pelo autor irlandês em 1897.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a Maratona do Terror que patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini. A correalização é da APPA – Arte e Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

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Preservação da história e suas tradições. O município de Santana dos Montes, localizado na Região Central de Minas Gerais, recebeu tombamento estadual, na última terça-feira (29), durante reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep), presidida pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. A aprovação do tombamento ocorreu por unanimidade. O tombamento ocorre, pela primeira vez, utilizando uma metodologia participativa e o conceito de patrimônio integrado, contemplando bens materiais presentes no Núcleo Histórico e elementos simbólicos e afetivos relacionados ao patrimônio imaterial, como os trajetos realizados pelos grupos de folia de reis e congado e a igreja de Nossa Senhora do Rosário, uma edificação recente mas de grande relevância para população local.

Uma série de elementos e referências culturais que foram integrados ao processo de tombamento foram identificadas por meio das oficinas de inventários participativos realizada na cidade de Santana dos Montes, com a presença de grupos de Folias, Congados, tocadores de Viola, empresários do setor hoteleiro e outros membros da sociedade civil.

Essa ação é um marco nas atividades do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), uma vez que atualiza suas metodologias para um conceito mais amplo de patrimônio cultural, sem distinção entre elementos materiais ou imateriais. A iniciativa incorpora em seus processos as premissas da sociedade civil, sem hierarquizar o conhecimento técnico produzido pela instituição e o desejo popular daqueles que vivenciam e conservam esse patrimônio cultural vivo no município.

Histórico

O tombamento contempla um pedido da prefeitura realizado há cerca de 14 anos ao governo estadual. Sobretudo nos últimos dois anos se realizou uma parceria entre estado e município que possibilitou a instrução de estudos e processos para o tombamento municipal, que posteriormente serviram de base para o tombamento estadual.

Esse título confere à cidade maior capacidade de buscar recursos para conservação e preservação de seus bens culturais. “A paisagem cultural que a circunda, seu casario, igrejas e fazendas são de uma beleza ímpar. O tombamento estadual conquistado hoje quer eternizar mais um capítulo importante da história originária da mineiridade, fundada no período colonial brasileiro. Ao proteger a arquitetura, estilos e, de forma conjunta, suas tradições, torna-se também o primeiro modelo pautado no conceito de patrimônio cultural integrado, unindo aspectos do patrimônio material e imaterial”, define o secretario Leônidas Oliveira.

De forma pioneira, o Iepha conduziu todo o processo de tombamento, nos últimos dois anos, com participação popular. As ruas e áreas que receberam o tombamento estadual vão preservar também os trajetos e a história do congado e folias vivenciadas na cidade. Todo o estudo foi construído em parceria com o poder público municipal, estadual e junto à comunidade, para que assim pudesse ser escolhido os locais e bens de maior representatividade a serem protegidos.

Para isso, a comunidade de Santana dos Montes foi envolvida na etapa de pesquisa durante a realização do curso de inventário participativo, promovido em setembro de 2022, sendo os bens culturais identificados pela população e incorporados formalmente ao processo.

“O tombamento de Santana dos Montes é uma conquista da população, do Governo de Minas, do Brasil. Com a proteção dos bens dessa cidade, esperamos que a economia criativa promovida pelo turismo possa trazer maior desenvolvimento para o local, tendo a garantia do patrimônio histórico preservado. Uma iniciativa para se comemorar e perpetuar os valores de nossa mineiridade”, destaca Oliveira.

Com o título estadual, o município terá maior pontuação no ICMS Cultural e estará mais apto para captação de recursos estaduais e federais que podem ser investidos no município. “Estamos muito honrados com o tombamento, sendo a primeira cidade cujo processo contempla aspectos do patrimônio material e imaterial. Nossa expectativa é que a partir de agora teremos maior apoio para nossa preservação e desenvolvimento”, afirma o prefeito Avanilson Alves de Oliveira.

Etapas do Tombamento do Núcleo Histórico Urbano do Município de Santana dos Montes

O início da política de proteção e salvaguarda estadual do patrimônio cultural em Santana dos Montes pelo Iepha se deu por meio do tombamento da Fazenda da Posse (1975) e, posteriormente, da Fazenda Fonte Limpa em 1998.

O município de Santana dos Montes também possui como referências culturais imateriais proeminentes dois bens culturais registrados pelo Iepha: Folias de Minas (2016) e Linguagens, Saberes e Expressões Musicais da Viola (2018).

Em 2008, a Prefeitura Municipal de Santana dos Montes juntamente com o Iepha iniciou os estudos em colaboração e parceria interinstitucional no desenvolvimento dos estudos técnicos para o tombamento.

Crédito da foto: Arquivo Iepha-MG/Reprodução

 

No programa, obras de Tchaikovsky, Borodin e Mascagni;  Ingressos gratuitos podem ser retirados na bilheteria ou no site da Eventim

A Fundação Clóvis Salgado apresenta, por meio do Coral Lírico e da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, uma edição especial da série Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia. A regência é de Sílvio Viegas, maestro titular da OSMG, e a apresentação acontece no Grande Teatro CEMIG Palácio das Artes, ao meio-dia da próxima segunda-feira (25), com entrada gratuita. Os convites poderão ser retirados no site da Eventim ou na bilheteria do Palácio das Artes, e será permitido, no máximo, um par de ingressos por CPF.

O programa inclui grandes obras do repertório musical para coro e orquestra: a abertura e a valsa do Ballet O Lago dos Cisnes, Piotr Tchaikovsky, as Danças Polovitzianas, de Aleksandr Borodin, o intermezzo da ópera Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni, e a ária Hino ao Sol, da ópera Iris, também de Mascagni.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

Repertório
O concerto tem início com a abertura e a valsa d’O Lago dos Cisnes, um ballet dramático em quatro atos do compositor russo Piotr Tchaikovski. A sua estreia ocorreu em Moscou, em 1877. A obra é mundialmente conhecida pela união virtuosa entre orquestração e dança, e relata a luta do príncipe Sigfried e para libertar a amada Odette (cisne branco) do feiticeiro Rothbart e de sua protegida Odile (cisne negro), que seduz o príncipe.

Em seguida, coro e orquestra interpretam Danças Polovtsianas, peça retirada da ópera Príncipe Igor, do russo Aleksandr Borodin. Composta por um prólogo e quatro atos, a ópera é uma adaptação do libreto baseado na obra épica eslava medieval O conto da campanha de Igor, que narra a passagem do príncipe Igor Svyatoslavich e seu filho Vladimir no cativeiro durante a guerra contra os invasores polovetsianos. A ópera foi deixada inacabada após a morte prematura de Borodin em 1887, e foi concluída posteriormente, estreando em 1890. Escritas para um número de dança durante a ópera, as Danças Polovtsianas iniciam-se com o canto e a dança das mulheres capturadas que realizam uma coreografia em homenagem ao czar, cujo texto evoca a saudade e os tempos da terra natal. Na segunda parte o louvor se torna mais movimentado através de uma música vigorosa, explosiva e rítmica, escrita para os bailarinos da ópera.

Já Cavalleria Rusticana, ópera em um único ato composta pelo italiano Pietro Mascagni, estreou 1890 em Roma. Seu intermezzo, interpretado em seguida pela OSMG e CLMG, possui um tema romântico, muito melódico e delicado. A ópera é considerada a primeira de temática realista, movimento que dentro do gênero operístico assumiu o nome de Verismo, caracterizado por retratar as angústias e dores humanas, principalmente no que cabia às classes sociais mais baixas. A obra narra uma história de amor não correspondido, traição e vingança, com as cores do temperamento forte do povo da Sicília, no sul da Itália.

A apresentação se encerra com Hino ao Sol, coro que abre uma das óperas mais interpretadas de Mascagni, Iris. Dividida em três atos, estreou em Roma no ano de 1898, com libreto de Luigi Illica. A narrativa da ópera é completamente ambientada no Japão, seguindo a moda de uma época lendária de samurais, contando sobre a trajetória de uma jovem oriental.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-Dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas.

Coral Lírico de Minas Gerais
Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais recebeu o título de Patrimônio Histórico e Cultural do Estado em janeiro de 2019. Interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Além de integrar as temporadas de óperas da FCS, participa das séries Lírico ao Meio-dia, Lírico em Concerto, Lírico Sacro e Sarau Lírico. O Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade, sendo Lara Tanaka sua atual regente.

Sílvio Viegas
Regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, é professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte, de 2003 a 2005; maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2008 a 2015 e diretor artístico interino do mesmo teatro de 2011 a 2012. Desde o início de sua carreira tem se destacado pela atuação no meio operístico, regendo títulos como O Navio Fantasma, L’Italiana in Algeri, O Barbeiro de Sevilha, Don Pasquale, Così fan Tutte, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, Carmen, Cavalleria Rusticana, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Il Trovatore, Nabucco, Otello, Falstaff, Salome, La Bohème, La Traviata e Tosca. Como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Filarmônica de Montevidéu e Sinfônica do Sodre (Uruguai), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Theatro São Pedro-SP, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras.

 

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Dois projetos expositivos estão em cartaz no Museu Mineiro: "Paralelas", com curadoria de Fátima Miranda, e “De Tudo Que Há No Mundo”, assinado pelo curador Wagner Nardy. O primeiro abrange a mostra coletiva "Drummond Encontra Guignard" e a individual do escultor Marco Aurélio R. Guimarães. Ambas podem ser vistas até 4/12. 

"Paralelas" busca evidenciar a qualidade e a diversidade das artes plásticas em Minas Gerais. “Drummond Encontra Guignard” homenageia dois expoentes da fase de amadurecimento do modernismo brasileiro. Cada um deles comentou o mundo à sua maneira – como poesia muda (a pintura) ou como pintura falada (a poesia). Em Minas, as trajetórias do poeta e do pintor se tocam.

Guignard teve sua carreira impulsionada pelo convite de Juscelino Kubitschek, então jovem prefeito de Belo Horizonte. O pintor apaixonou-se pelas paisagens mineiras, em especial por Ouro Preto e suas montanhas. Carlos Drummond de Andrade mudou-se de Minas, mas viveu assombrado pela lembrança de suas montanhas.

Emprestadas de acervos particulares, obras de Jarbas Juarez, Santa, Wilde Lacerda e Yara Tupynambá – alunos de Guignard – têm participação especial na mostra que também traz poemas da jornalista e escritora Lena Bonfim, em torno dos dois homenageados. Participam da coletiva os seguintes artistas: Ângela Costa, Cláudia Guerra, C. Cunha Filho, Demogolet, Fernando Eduardo, Fátima Mirandda, Karol Canto, Letícia Pinto, Lélia Parreira Duarte, Liliane Coelho, Lorena Mascarenhas, Luiz Jahnel, Luiz Pêgo, Mara Martins, Mara Ulhoa, Márcia Valadares, Marcília Mourão, Marcos Esteves, Maria Eugênia Simões, Maria Luiza Drumond, Maria Tereza Penna, Mônica Batitucci, Paulo Apgáua, Pedro Pansica, Raquel Lima, Regina Albergaria, Regina Moraes, Rosiana Ciaudretti, Santto, Ssaraa Dinizz, Vera Sidney e Zanne Neiva.

Já a exposição individual do escultor Marco Aurélio R. Guimarães, por meio de temática variada e referências clássicas, apresenta trabalhos que instigam reflexões sobre o eterno. Segundo Fátima Miranda, “as duas mostras são complementares e propõem formas diferentes de fazer a arte”.

"De Tudo Que Há No mundo"

A exposição apresenta pela primeira vez em uma instituição mineira o trabalho da Marcenaria Olinda. De origem pernambucana, a Marcenaria Olinda é o alter-ego de Fernando Ancil, artista plástico mineiro. Nesta mostra, Ancil concebeu, junto da também artista Ana Paixão, modos de ressignificar o espaço expositivo, transformando-o numa zona não apenas de fruição, mas de prazer, ludicidade e interação. Partindo da tradição das feiras de rua, ainda muito presentes no interior do estado de Pernambuco, a Marcenaria cria no Museu Mineiro a experiência de ser e estar ali.

A Marcenaria Olinda foi criada em 2015 por Fernando Ancil, trata-se de uma oficina de criação em madeira situada no quintal de um antigo sobrado no sítio histórico de Olinda. O espaço abriga máquinas, ferramentas manuais e madeiras de todos os tipos, recolhidas nas ruas e casas que passaram por processos de reforma, restauração ou demolição na cidade. Seus trabalhos transitam entre as artes visuais, o artesanato popular, a arquitetura e o design.

Através de instalação, desenho, escultura, som, fotografia e outras ações estarão presentes no Museu Mineiro os três eixos principais e representativos da produção da Marcenaria Olinda: o popular, o artístico e o contemporâneo, além da essência da pesquisa de Ana Paixão, que se dá a partir da relações inter e extra pessoais Além da curadoria assinada por Wagner Nardy, a exposição “De Tudo Que Há No Mundo” conta com o ensaio crítico do mestre e pesquisador Alex Calheiros, diretor do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.

Fernando Ancil é natural de São João Del Rei/MG, formou-se técnico em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) e graduou-se em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Trabalhou como professor de Desenho, Escultura e Fotografia na FAOP. Em 2012, fundou o coletivo FACA (antigo Casa Paraisópolis) com Ana Paixão, que além de manter uma produção no campo das artes, atua em trabalhos audiovisuais e produção de livros junto a populações indígenas e projetos de formação em fotografia.

 

Serviço: 

"Paralelas"

Período de visitação: Até 4/12
Horário: De 3ª a 6ª, das 12h às 19h; sáb. e dom., das 11h às 18h

"De Tudo Que Há No Mundo"

Período de visitação: Até 18/12
Horário: De 3ª a 6ª, das 12h às 19h; sáb. e dom., das 11h às 18h 

Local: Museu Mineiro (Av. João Pinheiro, 342, Lourdes) 
Entrada gratuita 

Crédito da foto: Leo Bicalho

 

Na segunda-feira (11/07), o Arquivo Público Mineiro (APM) recebeu o público para comemorar os seus 127 anos. O evento promovido pela Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM), contou com a Mesa-Redonda “Vivências no APM” e com homenagens aos ex-diretores da Instituição e ex-colaboradores da Associação.

A Mesa-Redonda foi mediada por Bruno Balista, diretor do APM, e contou com a participação dos professores-colaboradores Caio Boschi (PUC-MG), Márcia Almada (UFMG) e Renato Pinto Venâncio (UFMG), que seguindo a temática do evento, contaram suas histórias e experiências vividas no APM.

Como parte da programação do evento foram inaugurados na galeria dos diretores os quadros de Vilma Moreira, Thiago Veloso Vitral e Luciane Andrade (atual Superintendente da SBMAE) que dirigiram a Instituição entre 2011 e 2022. Também foram homenageados, por meio de suas famílias, os ex-presidentes da ACAPM, Márcio Jardim e Hebert Sardinha e o ex-conselheiro Claus Rodarte.

Ainda como parte das homenagens, foi entregue ao Professor Ivo Porto de Menezes, dirigente do Arquivo entre 1974 e 1975, a medalha do Mérito Cultural.

 

 

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A comitiva composta por representantes dos governos de Minas e federal, juntamente com os produtores do queijo do estado, já chegou a Marrocos para promover os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal. A promoção deste bem cultural integra a programação da 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat.

Esse trabalho faz parte do movimento iniciado pelo Governo de Minas e Governo Federal para candidatar os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à lista Representativa do Patrimônio da Humanidade. A inscrição, que será oficializada pelo Insitituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) a partir da documentação apresentada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), deverá ocorrer ainda em dezembro deste ano.

A secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, reforça a importância desse momento.  "É uma honra estarmos aqui no Marrocos, na 17ª Reunião de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial da Unesco. Viemos aqui para representar os modos de fazer o queijo minas artesanal com o intuito de promover esse nosso importante patrimônio imaterial. É muito necessário que juntos possamos fortalecer nossa cultura, nossa arte e também os nossos saberes tão valiosos para Minas Gerais", afirma.

No primeiro compromisso da semana na capital marroquina, a Comitiva de Minas Gerais realizou uma visita à Embaixada do Brasil em Marrocos. Em seguida, a equipe participou da abertura do evento e apresentou aos visitantes os queijos e as delícias feitas a partir desse ícone da cozinha mineira.

O Centro de Referência do Queijo Artesanal (CRQA), um dos parceiros que participa dessa missão, montou uma exposição imersiva que conta as histórias, o modo de vida e a produção dos queijos artesanais no estado, e ainda trouxe para Marrocos a chef Bruna Martins para preparar degustações de iguarias representativas da culinária de Minas Gerais. “O processo da candidatura a patrimônio é longo e só começa oficialmente em 2023, mas a Unesco abre a possibilidade de, um ano antes, os proponentes realizarem atividades de sensibilização. E trouxemos várias”, conta a diretora Executiva do CRQA, Sarah Rocha.

Para a presidente do Iphan, Larissa Peixoto essa candidatura é muito oportuna, especialmente porque o título acabou de ser revalidado pelo Iphan. "Além disso, vemos um sentimento muito forte de pertencimento seja por parte dos seus detentores quanto da comunidade, que contam com o expressivo incentivo do Governo de Minas Gerais, características condicionantes para a busca pelo reconhecimento mundial. Esse título vai projetar ainda mais o Queijo Minas Artesanal no cenário internacional, promovendo e valorizando a cultura brasileira,” sublinha Larissa.

A programação se estende até o dia 3 com palestras, visitas técnicas e reuniões entre autoridades internacionais e o grupo envolvido na candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal.

Moradores e turistas da histórica Ouro Preto podem visitar duas exposições que foram abertas no último dia 07/08 na Galeria de Arte Nello Nuno, da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop). “Liames” e “Inconfidências Modernas: 1922" oferecem aos visitantes instalações autorais que revelam um pouco da trajetória dos artistas. As mostras ficam em cartaz até 31/07, com entrada franca, e fazem parte da programação do Festival de Inverno de Ouro Preto, Mariana e João Monlevade.

Liames
Kyria Oliveira e Cristhina Bastos assinam “Liames”, que tem a curadoria de Clara Sampaio. O título da mostra tem origem na etimologia da palavra “liame”, que remonta ao latim "ligamen", do verbo "ligare". Esse significado remete ao vínculo, à união, ao ato de ligar. Para Kyria, as obras, produzidas entre 2018 e 2022, ligam o passado ao futuro. 

Cristhina abusa de técnicas ao tecer. Seus casulos no interior de outros casulos simbolizam o tempo. Os materiais usados são corda náutica ecológica e cobre. Sua colega Kyria opta pelo aço corten, couro e bronze. 

Clara Sampaio, curadora da exposição, explica que “enquanto se finca em um movimento de resgate, o trabalho de Kyria Oliveira assume as formas do passado gravadas pelo tempo em seu ateliê. É com precisão que examina a paisagem escrita naquelas paredes: as formas observadas se transformam em padrões de uma história que a artista quer contar, garantindo que a fragilidade da memória não corrompa”.

Inconfidências Modernas: 1922
A Exposição “Inconfidências Modernas: 1922” foi criada pelos artistas Aurélio dos Santos e Leandro Vilar, e tem na famosa Semana de Arte Moderna fonte de inspiração.

De acordo com Leandro, a ideia da exposição é unir o evento modernista ao movimento da Inconfidência Mineira, que teve Ouro Preto como berço. Ele destaca que essa relação vem de um texto do poeta modernista Oswald de Andrade, onde defende semelhanças entre os dois movimentos de ruptura.

A partir dessa leitura, os artistas resolveram desenvolver um trabalho sobre essa relação anacrônica em seis painéis, que foram criados com base na personalidade de um modernista em contraponto à personalidade de um inconfidente, unindo as duas figuras em uma só. A intenção do posicionamento e montagem das obras na instalação, é a de que os visitantes vejam primeiro os avessos dos cartazes, que se posicionam no centro da sala em um círculo. Esse posicionamento diz sobre a união das pessoas ali inseridas em um grupo fechado e unido, segundo Leandro Vilar.

A exposição já passou pelo Palácio das Artes em Belo Horizonte. Agora, ele vê com muito carinho a oportunidade de expor no centro de Ouro Preto: “A população da cidade vai entender muito esse trabalho, porque ele tem a aura Modernista, mas também tem a aura Inconfidente, rebelde, de trazer coisas novas e provocar”.

Serviço:
Exposições: “Liames” e “Inconfidências Modernas: 1922”
Artistas: Kyria Oliveira e Cristhina Bastos; Aurélio H. do Santos e Leandro Vilar
Local: Galeria de Arte Nello Nuno | Rua Getúlio Vargas, 185, Rosário, Ouro Preto (MG)
Visitação: Terça a sexta-feira, de 9h às 12h e de 13h às 17h | Sábado e domingo, de 14h às 18h
Entrada Gratuita

 

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A campanha “A Liberdade Mora em Minas”, desenvolvida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, foi lançada nesta sexta (25), às 18h, no Palácio da Liberdade. No encontro, também foi divulgado o resultado da pesquisa que traça o perfil dos visitantes que circulam no estado, o que não era produzido desde 2017, sendo, portanto, o estudo mais completo de demanda turística disponível hoje.

O novo slogan representa o posicionamento do destino turístico Minas Gerais para o ano de 2023 e tem o objetivo de fomentar o turismo regional, nacional e internacional para Minas Gerais, situando o estado como a primeira escolha de destino dos turistas.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, apresentou a nova identidade visual da campanha, que é baseada no conceito da inclusão, celebra a pluralidade e convida todas as pessoas para vivenciarem a liberdade em Minas. “Há uma diversidade de personagens na logomarca justamente para homenagear a própria diversidade da existência humana. Minas quer se colocar nesse lugar humanista, onde podemos construir uma cultura da paz como em nenhum outro momento da nossa história. Trabalhar pela cultura da paz significa ter um respeito profundo a todas as pessoas e a todas as formas de pensamento porque sem isso nós não viveremos nem estaremos numa democracia”, pontuou.

“A Liberdade Mora em Minas. Vem pra minas. Vem pra cá. Esse convite, fundado na nossa história, em nossa vida, no modo de ser da nossa mineiridade, que acolhe e ama a todos, é o lugar onde iremos nos posicionar”, completou o secretário.

 O vídeo da campanha disponível para ser exibido em todos os eventos e redes sociais conta com versões em três línguas, inglês, francês e espanhol, a fim de ampliar o alcance da proposta. A campanha reflete a vocação de Minas Gerais, onde nasceu o primeiro grito de liberdade brasileiro, no contexto dos movimentos da Inconfidência. A liberdade é também um sentimento expresso na bandeira de inspiração iluminista.

A iniciativa demonstra que em Minas Gerais a tradição, o moderno e o contemporâneo convivem com o popular e o erudito. O estado é berço de 60% de todo o patrimônio histórico brasileiro, detém a maior produção de café e cachaça, além de despontar nacionalmente e no exterior como um dos melhores produtores de queijo do mundo. Belo Horizonte foi eleita Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco, e além disso, o estado é reconhecido pela sua hospitalidade, acolhendo a todos sem qualquer tipo de distinção. Aqui cada pessoa pode ser protagonista e ter a liberdade para escolher seu próprio caminho.

Em Minas Gerais, a diversidade e a pluralidade se manifestam de variadas formas, como na arte, na cozinha, na religião, na natureza, o que revela o seu imenso potencial turístico, mais uma vez celebrado com a nova campanha.

Perfil do turista que visita Minas Gerais

A pesquisa de demanda turística revela que as mulheres se destacam entre os visitantes, representando 54% dos turistas em Minas Gerais. E, atualmente, a maior parcela do público que vem para Minas Gerais é brasileira: 98,8%. Desse total, 50% são de Minas Gerais, 23% são de São Paulo e 9% do Rio de Janeiro.

Esse levantamento foi realizado em 2022 e se baseou em informações aferidas com turistas, como as principais motivações, nível socioeconômico, expectativas em relação aos produtos e serviços consumidos durante a estadia, e espelho de gastos financeiros nos períodos de estadia em Minas Gerais.

O subsecretário de Estado de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior, ressaltou que os dados da pesquisa são uma ferramenta importantíssima não apenas para o governo, mas também para a iniciativa privada e todo o trade turístico. “Há cinco anos não tínhamos um trabalho desse tipo, o que demonstra o esforço da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do nosso secretário Leônidas Oliveira para o desenvolvimento do nosso potencial turístico. Esses dados vão ser acessados pela imprensa, que poderá contribuir na divulgação do estudo, e por todos os integrantes do trade turístico, que poderão planejar as suas ações a partir da pesquisa”, comentou.

Diante dos dados apresentados, o subsecretário ressaltou como eles refletem uma melhoria na qualidade do turismo em Minas Gerais. “Houve um aumento no gasto médio das pessoas, o que significa que elas passaram a ficar mais tempo no nosso estado. Isso é algo a ser comemorado porque o turismo é geração de emprego e renda. Essa é a nossa prioridade, e por isso estamos disponibilizando esses dados para que todos possam conhecer mais e utilizá-los”, completou.

A pesquisa completa por ser acessada aqui.

 

 

 

 

 

Com regência do maestro Fabio Mechetti, Orquestra também interpreta Ravel e estreia obra encomendada ao vencedor do Festival Tinta Fresca de 2019, Igor Maia

Um dos maiores pianistas brasileiros de todos os tempos, Arnaldo Cohen retorna a Belo Horizonte para executar, junto à Filarmônica de Minas Gerais, duas obras de absoluta diversidade: o Primeiro Concerto de Mendelssohn e as variações de Rachmaninov escritas sobre o célebre tema de Paganini. Noite também da estreia mundial da obra Selãh, encomenda da Filarmônica ao vencedor do Festival Tinta Fresca de 2019, Igor Maia; e da efervescência ibérica de Ravel, com a Rapsódia Espanhola. As apresentações serão nos dias 14 e 15 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, com regência do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

De acordo com as orientações da Prefeitura de Belo Horizonte para a prevenção da covid-19 em ambientes fechados (Portaria nº 375/2022, publicada no dia 14 de junho de 2022), o uso de máscara é obrigatório na Sala Minas Gerais. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica.

Arnaldo Cohen, piano
Graduado em piano e violino pela Escola de Música da UFRJ, Arnaldo Cohen conquistou por unanimidade o 1º Prêmio no Concurso Internacional Busoni, na Itália e, desde então, tem se apresentado como solista das mais importantes orquestras do mundo. Após mais de 20 anos em Londres, onde lecionou na Royal Academy of Music e no Royal Northern College of Music, transferiu-se para os Estados Unidos em 2004, tornando-se o primeiro brasileiro a assumir uma cátedra vitalícia na Escola de Música da Universidade de Indiana. Além de recitalista e concertista, transita também pelos domínios da música de câmara, tendo integrado durante cinco anos o prestigiado Trio Amadeus. Conhecido por sua técnica clara e exemplar, Cohen também gravou discos premiados e muito bem recebidos pela crítica, de compositores como Liszt, Brahms, Rachmaninov e uma abrangente coletânea de música brasileira para o selo sueco BIS.

Repertório

Igor Maia (Campinas, Brasil, 1988) e a obra Selāh (2022)
Em junho de 2019, o paulista Igor Maia subiu ao palco da Sala Minas Gerais ao lado de três outros compositores para concorrer ao prêmio máximo do Festival Tinta Fresca. Criada no mesmo ano em que foi fundada a nossa Orquestra, a iniciativa proporciona um terreno fértil para compositores brasileiros em busca de sua própria voz. A obra Quatro peças orquestrais foi julgada e escolhida pelos votos dos jurados André Mehmari, Guilherme Nascimento e Liduino Pitombeira, da Orquestra e do maestro Marcos Arakaki, regente do concerto que encerrou o festival. Como prêmio, Maia recebeu a encomenda para escrever uma peça inédita para a nossa Orquestra. Intitulada Selāh, a obra fará sua estreia mundial na Sala Minas Gerais sob regência de Fabio Mechetti. Igor Maia é compositor e regente, PhD em Composição Musical pelo King's College London. Sua pesquisa investigou a cultura indígena brasileira e sua integração com técnicas de composição da música clássica contemporânea. Natural de Campinas, é professor assistente de Composição na Universidade Federal de Minas Gerais.

Felix Mendelssohn (Hamburgo, Alemanha, 1809 – Leipzig, Alemanha, 1847) e a obra Concerto para piano nº 1 em sol menor, op. 25 (1831)
Os críticos do século XIX costumavam ver Mendelssohn como um “romântico”; na época, era o termo utilizado para designar compositores de gosto mais tradicional, com produção musical calcada na grandeza poética do passado. Em certo sentido, eram vistos como continuadores de Beethoven. Em oposição aos “românticos”, havia os “modernos”, aqueles que arriscavam uma nova poética e plantavam as sementes do futuro, como Berlioz, Schumann, Liszt e Wagner. De fato, Mendelssohn nunca foi um “moderno”. Mas, para ser um continuador de Beethoven, era necessário muito mais coragem do que supunham seus opositores. Quando Mendelssohn compôs seu Concerto para piano nº 1 em sol menor, em 1831, Beethoven havia falecido há apenas quatro anos. O condensamento da forma foi, talvez, o ponto de partida encontrado por Mendelssohn para estabelecer uma maneira de compor diferente de Beethoven. Em Mendelssohn, os três movimentos do Concerto para piano nº 1 são condensados em um único movimento. Vistos (ouvidos) à distância, os três movimentos interligados funcionam como uma coleção de momentos ora grandiosos, ora singelos, que se colocam como uma antítese do concerto beethoveniano. Em Mendelssohn, o piano retoma o papel do protagonista que ele possuía em Mozart. Mas, enquanto, em Mozart, a orquestra funcionava como um espelho psicológico, em Mendelssohn, o piano não dá muito espaço para que ela se estabeleça. Sua escrita virtuosística chega a superar a de Beethoven em alguns momentos.

Sergei Rachmaninov (Oneg, Rússia, 1873 – Beverly Hills, Estados Unidos, 1943) e a obra Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43 (1934)
Aos artistas criadores e aos musicólogos, em sua grande maioria, o legado de Rachmaninov não causa entusiasmo ou desprezo. Por outro lado, aos intérpretes e ao público em geral, ele soa atraente, desafiador e comovente. Rachmaninov foi, antes de tudo, um pianista. Essa ligação visceral com o seu instrumento o faz adotar uma estética ultrarromântica, que leva a graus exponenciais o tratamento pianístico. À parte as pequenas peças para piano, nota-se isso sobretudo em seus concertos e na celebrada Rapsódia sobre um tema de Paganini. Escrita em 1934, foi estreada no mesmo ano em Baltimore, Estados Unidos, pela Orquestra da Filadélfia, sob a regência de Leopold Stokowski, tendo como solista o próprio compositor. Trata-se de uma obra concertante, para piano e orquestra, constituída de vinte e quatro variações sobre o tema do vigésimo quarto Capricho de Paganini (composto para violino solo). A figura mítica de Paganini, que ajudou a moldar a mentalidade romântica, transparece em suas criações, de grande dificuldade, cujo exemplo mais célebre são justamente os Caprichos. De alguns deles, Schumann e Liszt fizeram transcrições para piano, e Brahms elaborou, com o tema principal do último, duas séries de variações para piano. É nessa mesma tradição romântica que Rachmaninov compõe sua Rapsódia.

Maurice Ravel (Ciboure, França, 1875 – Paris, França, 1937) e a obra Rapsódia Espanhola (1895/1907, revisão 1908)
O francês Maurice Ravel nasceu na fronteira espanhola, em uma pequena cidade dos Pirineus Atlânticos, à beira-mar. Quando ainda não completara um ano, sua família mudou-se para Paris. Mas o compositor (de ascendência basca pelo lado materno) manteve-se sempre ligado à região natal e ao país vizinho. A Espanha sinaliza toda sua trajetória musical, desde a Habanera, composta em 1895, até a última obra, D. Quixote a Dulcineia, de 1932. Para sua primeira obra-prima orquestral, a Rapsódia Espanhola, o compositor escolheu dois pretextos prediletos – a Dança e a Espanha. Pelo cultivo das antigas formas de dança, Ravel se insere em uma tradição francesa que remonta a Lully, Couperin e Rameau, caracterizada pela leveza de expressão, pela nitidez dos contornos melódicos (nesse aspecto, ele nada tem de impressionista), pelo encanto do colorido orquestral. E, por seu fascínio pela Espanha, Ravel retoma e atualiza a tendência de compositores como Lalo e Bizet que, no fim do século XIX, procuraram na ambientação e nos ritmos ibéricos elementos renovadores para a música francesa.

Programa 

Série Allegro
14 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais

Série Vivace
15 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente
Arnaldo Cohen, piano

Ingressos:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 65 (Balcão Palco), R$ 86 (Balcão Lateral), R$ 113 (Plateia Central), R$ 146 (Balcão Principal) e R$ 167 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

 

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Imagem: Yupeng Gu

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O evento teve participação de 97% dos profissionais da superintendência da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo

O II Fórum Estadual de Gestão de Documentos realizado nesta quarta-feira (23), reuniu representantes de 67 entidades estaduais no Auditório Juscelino Kubitschek, na Cidade Administrativa. O evento teve participação de 97% dos profissionais da superintendência da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo responsável pela preservação de registros que preservam a história de Minas Gerais. Em 2021, o fórum ocorreu de forma online.

Na abertura do evento, organizado pelo Arquivo Público Mineiro (APM), o subsecretário de Estado de Cultura, Igor Arci, anunciou o lançamento de editais de pesquisa no acervo do APM previstos para 2023 — iniciativa para se comemorar pela instituição, visto há quase 35 anos não abria seleção para projetos de pesquisa. “Isso vem para mostrar a importância deste equipamento para o Estado de Minas Gerais”, disse Arci.

A iniciativa também foi celebrada pelo diretor do Arquivo Público Mineiro, Bruno Balista, que vê nela o fortalecimento da instituição arquivística através das pesquisas. “A abertura de editais de pesquisa permite que, além de ter nosso acervo como base para pesquisa, podemos construir produtos finais que fomentem ainda mais aquilo que nós guardamos. Histórias, memórias que são importantes para que as pessoas tenham acesso”, reforçou o gestor.

Além desse tema, o encontro abordou, pela manhã, preceitos básicos da gestão de documentos, da conservação e do processamento técnico de acervos permanentes. À tarde foi realizada sessão sobre do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), plataforma desenvolvida pelo Governo do Estado para promover a eficiência administrativa.

Representantes das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos de Arquivo (CPADs) também puderam compartilhar suas experiências. Na análise de Bruno Balista, o II Fórum de Estadual de Gestão de Documentos traz muitos efeitos positivos para o setor. “Com os conhecimentos basilares que foram passados hoje, vamos conseguir deixar todo mundo nivelado para que a gente avance com o trabalho dentro do órgão e dentro da gestão documental no Arquivo Mineiro”, declarou o diretor da superintendência.

Em seu discurso, o gestor aproveitou para reiterar a importância dos arquivos públicos uma vez que a identidade de um povo é construída a partir de suas memórias e registros. Ele também reforçou esses órgãos são imprescindíveis para assegurar o cumprimento dos princípios estabelecidos pelas leis de acesso à informação, transparência e responsabilidade fiscal. “É uma instituição que tem o papel de ser fonte de informações, sendo então crucial para a melhoria da boa governança do estado e o atendimento das demandas relacionadas à cidadania”, concluiu Bruno Balista.

Crédito da foto: Bruno Spizirri  

 

Repertório intertextual une obra romântica da Rússia monárquica, de Modest Mussorgsky, à música erudita contemporânea mineira, composta pelo pelo fagotista da OSMG, Cláudio de Freitas 

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta o concerto “Música sobre Tela”, com as obras Três Quadros de Victor Meirelles (2014), escrita pelo fagotista da OSMG, Cláudio de Freitas, e Quadros de uma exposição (1874), de Modest Mussorgsky. Além das composições, haverá também, durante os concertos, projeções dos quadros retratados nas peças musicais. Com regência de Sílvio Viegas, maestro titular da OSMG, a produção é mais uma edição das séries Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto.

Trechos do repertório serão interpretados no dia 12 de julho (terça-feira), ao meio-dia, com entrada gratuita. Será permitida a retirada de, no máximo, um par de ingressos por CPF. Já no dia seguinte, 13 de julho (quarta-feira), a apresentação completa acontecerá em uma Noite de Gala, às 20h30, com ingressos a R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada). Os convites poderão ser adquiridos no site da Eventim ou na bilheteria do Palácio das Artes. Nas duas ocasiões, os concertos ocorrem no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com classificação indicativa livre.

Cláudio de Freitas, fagotista integrante da Orquestra Sinfônica, é natural de Belo Horizonte e compôs Três Quadros de Victor Meirelles em 2014 e retrata três telas do pintor brasileiro Victor Meirelles. Esta obra é inspirada em Quadros de uma exposição, de Modest Mussorgsky, compositor russo do período romântico.   

Mussorgsky, por sua vez, criou Quadros de uma exposição em 1874, tendo se inspirado também nas artes plásticas – mais precisamente, nas pinturas do arquiteto e artista plástico russo Viktor Hartmann. A obra foi escrita originalmente para piano e orquestrada por diversos compositores, sendo a versão mais conhecida a do compositor e pianista francês Maurice Ravel, que será apresentada nos concertos.

Harmonia visual – Três Quadros de Victor Meirelles busca, por meio de três movimentos, representar musicalmente a impressão do compositor e instrumentista Cláudio de Freitas acerca do trabalho visual do artista plástico classicista, cujas obras abordam narrativas históricas brasileiras.

O primeiro movimento vem da obra Passagem de Humaitá (1868), o segundo da pintura Moema (1866) e o terceiro do quadro Batalha dos Guararapes (1875-1879). No início, que se inspira na representação de um episódio da Guerra do Paraguai, a música traz várias imagens, como o rio, o forte e o encouraçado. Há a representação da batalha pelos metais e percussão, e também a evocação do convés do encouraçado à noite, no qual se instala um imenso silêncio com atmosfera fantasmagórica.

Já no segundo movimento, a composição faz alusão à morte da índia Moema após sofrer de amor por um português que deixa o Brasil de navio. A melodia dos trompetes e trombones representa então a embarcação, enquanto as cordas em movimentos ascendentes e descendentes evocam as ondas marítimas. Por fim, o terceiro movimento se inspira no quadro que representa uma cena do confronto bélico que culminou na expulsão dos invasores holandeses das terras brasileiras. Por meio dos metais, o trecho busca representar as espadas, e a vitória brasileira surge em um grandioso acorde final.

Representando um salto para o outro lado do mundo, Quadros de uma exposição, de Modest Mussorgsky, traz uma demonstração do caráter inovador do compositor, que nasceu em meados do século XIX – no então Império Russo – e empenhou-se em desenvolver uma identidade musical totalmente atrelada à sua terra. Muitos de seus trabalhos foram, inclusive, inspirados na história e no folclore da nação.

A obra foi composta em homenagem ao artista plástico Viktor Hartmann, amigo do autor que havia falecido em 1873, aos 39 anos de idade. Em março do ano seguinte, foi feita uma exposição dos quadros de Hartmann em uma galeria de São Petersburgo e, após visitá-la, o compositor resolveu prestar uma homenagem ao amigo. Escolheu dez dentre os quadros expostos e compôs uma música para cada um deles. A peça, escrita como uma suíte para piano, propõe um passeio por uma mostra dos quadros de Hartmann. A série de composições é unida através de um tema comum – Promenade –, que significa justamente “passeio” em francês.

Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam Sinfônica ao Meio-Dia/Sinfônica em Concerto – Música sobre Tela, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da  ArcellorMittal, Cemig, Instituto Unimed-BH e AngloGold Ashanti, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

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Imagem: Paulo Lacerda /FCS

 

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Decoração de fim de ano e programação cultural estarão conectadas às tradições e aos costumes mineiros

A mineiridade é a grande inspiração para o Natal de 2022. O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), divulgou na terça-feira (22) o Natal da Mineiridade, que integra Belo Horizonte e mais de 200 cidades mineiras.

Foi apresentado, no Palácio da Liberdade, com a presença de gestores municipais e do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o projeto de iluminação e programação do Circuito Liberdade, e também os Destinos da Mineiridade que integram os municípios do interior que vão oferecer decorações e atrações natalinas. Em Belo Horizonte, as luzes e programação começam no dia 2 de dezembro e seguem até dia 6 de janeiro de 2023. Essas atividades vão promover o turismo voltado para o período natalino.

Na capital, os visitantes poderão se encantar com as Luzes de Natal na Praça da Liberdade e nos equipamentos do Circuito Liberdade. No interior também haverá decoração de natal, iluminação de espaços e prédios públicos, cantatas e presépios, dentre outras atrações, que refletem a nossa religiosidade, nossa hospitalidade, nosso jeito mineiro de viver o Natal.

Ao longo dos próximos dias outros municípios, além dos já confirmados, poderão participar dessa iniciativa. A atualização da programação com fotos e informações detalhadas pode ser conferida aqui

De acordo com o secretário de estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, o Natal da Mineiridade visa estabelecer uma verdadeira integração entre a capital e as cidades do interior, fortalecendo não apenas o sentimento de amor à Minas Gerais, mas o turismo em todo o estado. Ele ressaltou como o retorno dos municípios à proposta tem sido surpreendente.

"Nós fizemos um chamamento e conseguimos chegar a 160 cidades que já estão participando desta primeira edição. Acredito que no próximo ano teremos muito mais municípios conosco", frisou.

O Subsecretário de Estado de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior, reforçou as principais características que sustentam o Natal da Mineiridade. “A hospitalidade, a comida mineira, as cantatas, os corais, os sinos de Tiradentes e os presépios. Tudo isso faz parte do que chamamos de Natal da Mineiridade, estimulando o convite para que as pessoas visitem diferentes destinos neste final de ano que é também um período de viagens”, comentou.

O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis sublinhou como a iniciativa vai refletir a beleza e a sensibilidade da cultura mineira. "O Natal da mineiridade é o símbolo máximo da nossa forma de ser e agir com o outro. A Fundação Clóvis Salgado se orgulha de liderar este processo e de marcar um posicionamento de diálogo com diversas regiões do estado, inaugurando uma fase de maior presença nos municípios mineiros", pontuou.

Em Belo Horizonte, com patrocínio máster da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), o Natal da Mineiridade vai conectar as diferentes manifestações culturais do estado por meio da arte digital e de tecnologias imersivas. A proposta é estimular o sentimento de pertencimento, unindo a linguagem contemporânea às tradições de Minas Gerais.

Além disso, o evento propõe fomentar o turismo nas cidades com uma programação variada, que se estende por diversos municípios do estado que aderiram ao Natal da Mineiridade em 2022.

O Natal da Mineiridade representará um verdadeiro encontro para as várias culturas de Minas Gerais. Na Praça da Liberdade, cartão postal de Belo Horizonte e início da Via Liberdade, maior rota turística do Brasil, um mapa vai mostrar as tradições natalinas nas diferentes regiões do estado. O local será dividido por quadrantes e, em cada um deles, uma região de Minas será representada. O público poderá conhecer mais do espírito natalino em locais como Vale do Jequitinhonha, Sul de Minas, Zona da Mata, entre outras.

Guirlandas, estrelas, anjos, entre outros adornos que estarão distribuídos em toda a extensão da Praça da Liberdade, seguindo os padrões culturais de artesanato do estado vão revelar ainda mais sobre os fazeres artísticos de Minas Gerais. Todas as artes do Natal da Mineiridade em Belo Horizonte serão desenvolvidas com iluminação cênica e luzes de LED, integrando os projetos de luz ao contorno do Circuito Liberdade.

No Palácio da Liberdade também haverá celebrações especiais durante o período natalino. Além da decoração já tradicional do espaço, será inaugurada uma com presépios produzidos por artesãos do Vale do Jequitinhonha. Já o Centro de Arte Popular (CAP) receberá uma mostra, também voltada às tradições de presépios, em que o público poderá conferir os diferentes presépios que já foram contemplados no concurso realizado pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop).

A proposta deste ano é que as múltiplas linguagens artísticas, como a música, o teatro, a literatura, as performances interativas e as artes visuais, a cultura popular tradicional se reúnam na Praça da Liberdade proporcionando grandes encontros em torno dos festejos natalinos. Com essa iniciativa, o Circuito Liberdade se torna uma vitrine para as tradições mineiras, conectando o público, os turistas, a capital e as demais cidades do interior em torno do grande patrimônio de Minas Gerais: a mineiridade.

Na Casa Fiat de Cultura, o Presépio Colaborativo é uma das atrações do Natal da Mineiridade. Nesta 8ª edição, a instalação faz uma homenagem ao legado de Alberto da Veiga Guignard, importante pintor que ficou conhecido por retratar as paisagens de Minas Gerais. Com o tema “Flores para Guignard”, o presépio, criado com a partic ipação do público e curadoria do artista plástico Leo Piló, será inaugurado no dia 30 de novembro de 2022, às 19h, com um bate-papo com o curador e apresentação do Coral Árvore da Vida, sob a batuta do regente João di Souza. A programação é gratuita e o presépio ficará aberto à visitação até 8 de janeiro de 2023.

Por Minas Gerais

Com o tema Natal da Mineiridade, o fim de ano vai celebrar Minas Gerais e suas tradições das mais variadas formas. Ao longo do período das festividades, os visitantes poderão conhecer mais dos costumes em diferentes regiões do estado.

Há alguns desde destinos já tradicionais, como Ouro Preto, que vai celebrar o natal com grandes eventos pela cidade às atividades diversas sediadas nos equipamentos culturais da Secult.

O Museu Casa Guignard, também em Ouro Preto, realiza a tradicional Oficina de Cartões Natalinos, direcionada ao público em geral. Em Cordisburgo, o Museu Casa Guimarães Rosa encerra as celebrações do natal com a tradicional visita da Folia de Reis ao Museu para realizar a cerimônia de “Desmonte do Presépio”, ocasião em que os membros da Folia - representando os três Reis Magos - prestam suas homenagens ao Menino Jesus.

Confira a lista de alguns municípios já confirmados para o Natal da Mineiridade:

Estrela Dalva, Santana de Cataguases, Patrocínio, Comercinho, Formiga, Bertópolis, Astolfo Dutra, Perdões, Itaguara, Patos de Minas, Divinópolis, Itamarati de Minas, Araguari, Campos Gerais, Fama, Iguatama, Jordânia, Nepomuceno, Nova Serrana, Pará de Minas, Poté, Santana da Vargem, Wenceslau Braz, Unaí, Bom Despacho, Carangola, Mateus Leme, Padre Paraíso, Pedra Azul, Pouso Alegre, Três Pontas, Lavras, Descoberto, Lagoa da Prata, São Domingos do Prata, Carmo de Minas, Ponte Nova, Visconde do Rio Branco, Congonhas, Arcos, São Lourenço, Desterro do Melo, Antônio Carlos, São Sebastião da Bela Vista, Alto Caparaó, Turmalina, Resende Costa, Ataleia, Senador Amaral, Monsenhor Paulo, Prudente de Morais, Pedro Leopoldo, Águas Formosas, Araçuaí, Ribeirão das Neves, São José da Lapa, Crisólita, Malacacheta, Cruzília, Santa Helena de Minas, Elói Mendes, Dom Viçoso, Francisco Dumont, Caparaó, Couto de Magalhães de Minas, Coronel Xavier Chaves, Guidoval, Chapada do Norte, Novorizonte, Ibitiúra de Minas, Santa Luzia, Guaraciama, Baependi, Coqueiral, José Gonçalves de Minas, Montalvânia, Machado, Jequitinhonha, São Tiago, São Thomé das Letras, Janpovar, Rio Preto, Piumhi, Caxambu.

PROGRAMAÇÃO DO CIRCUITO LIBERDADE

05/12/2022 a 06/01/2023

05/12

SEG

19h | PALÁCIO DA LIBERDADE | Solenidade de Abertura e Inauguração da iluminação da Praça da Liberdade.

06/12

TER

CAMPANHA DE NATAL SERVAS & CIRCUITO LIBERDADE | Os equipamentos do Circuito Liberdade funcionarão como ponto de recebimento de doações de brinquedos e kits de higiene. | De 06 a 23 de dezembro.

BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL DE MINAS GERAIS | Exposição “BAX - Poesia da Fé”. Visitação até o dia 03/02/2023, durante o horário de funcionamento da Biblioteca.

CASA FIAT DE CULTURA | Ateliê Aberto: Cartões de Natal. De quarta a domingo, das 10:30 às 12h e de 14h às 17h | Programação até o dia 18/12.

CASA FIAT DE CULTURA | 8º Presépio Colaborativo da Casa Fiat de Cultura 2022| Visitação até o dia 08/01/2023

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL | Espetáculo “Nastácia” | A dimensão humana e ética de umas das personagens femininas mais importantes da literatura mundial. | O espetáculo tem entrada gratuita e pode ser assistido gratuitamente até o dia 11/12.

12h | PALÁCIO DAS ARTES | Concertos Natalinos, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais, Coral Infanto Juvenil, regência de André Brant. O evento será realizado no foyer do Grande Teatro CEMIG Palácio das Artes.

18h | PALÁCIO DA LIBERDADE | Abertura da exposição “Uma noite sagrada - Presépios de Minas Gerais”, com presépios do Vale de Jequitinhonha e norte de Minas Gerais. A exposição fica em cartaz até o dia 06/01/2023.

19h30 | ESCOLA DE DESIGN UEMG | Projeção na empena com frases de Natal | Exibição das frases enviadas pelo público, na lateral do prédio da Escola de Design. Do dia 06 ao dia 22/12.

07/12

QUA

12h | PALÁCIO DAS ARTES | Concertos Natalinos, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais, Coral InfantoJuvenil, regência de André Brant. O evento será realizado no foyer do Grande Teatro CEMIG Palácio das Artes.

08/12

QUI

19h | CENTRO CULTURAL UNIMED BH - MINAS | Concerto Natalino com Coral, no Teatro do Minas Tênis

09/12
SEX

19h | CENTRO DE ARTE POPULAR | Abertura da exposição Presépios: Tradição Renovada - 50 anos do Concurso Nacional de Presépios da FAOP. Visitação até o dia 06/01/2023.

10/12
SAB

10h30 | MEMORIAL MINAS GERAIS VALE | ”Você já bordou hoje?” | Um convite ao público para bordar junto com o artista Rodrigo Mogiz uma grande toalha de mesa como se estivessem num banquete. A mineiridade ao redor de uma mesa tem seu lugar de afeto não só pela comida, mas também pelo compartilhar de conversas.

10h às 18h | MUSEU MINEIRO | Feira Mostrô: Edição de Natal | A “Mostrô – Mostra de Arte e Cultura Urbana de Gente que Ama o que Faz” foi idealizada para promover a diversidade cultural de Minas Gerais e evidenciar diferentes linguagens artísticas, como artesanato, gastronomia, design e literatura. A proposta é valorizar a economia criativa e dar visibilidade ao trabalho de artistas, produtores e trabalhadores e trabalhadoras da cultura. Em dezembro, a edição de Natal da Mostrô será realizada no Museu Mineiro, com entrada gratuita.

16h30 | BIBLIOTECA PÚBLICA | Teatro: O Pequeno Príncipe

19h | MM GERDAU - MUSEU DAS MINAS E DO METAL | Concerto de Natal com Coral e Orquestra.

19h30 | IEPHA | Coral do Tribunal de Justiça, nas janelas do IEPHA.

11/12
DOM

10h às 18h | MUSEU MINEIRO | Feira Mostrô: Edição de Natal | A “Mostrô – Mostra de Arte e Cultura Urbana de Gente que Ama o que Faz” foi idealizada para promover a diversidade cultural de Minas Gerais e evidenciar diferentes linguagens artísticas, como artesanato, gastronomia, design e literatura. A proposta é valorizar a economia criativa e dar visibilidade ao trabalho de artistas, produtores e trabalhadores e trabalhadoras da cultura. Em dezembro, a edição de Natal da Mostrô será realizada no Museu Mineiro, com entrada gratuita.

12/12
SEG
14h às 20h | PALÁCIO DA LIBERDADE | Feira do Doce Mineiro - edição especial de Natal | A feira acontecerá nos Jardins do Palácio, dos dias 12 a 18 de dezembro.

13/12
TER
19h30 | BDMG CULTURAL | Abertura da exposição Bordadeiras do Jequitinhonha.

14/12
19h | PALÁCIO DA LIBERDADE | Sessão de Natal | Exibição do filme Natal Branco (White Christmas, de Michael Curtiz | EUA, 1954 | Livre | Duração: 2h.

Um dos maiores clássicos natalinos, o musical Natal Branco é vivo no imaginário de diversas gerações. Exibição será realizada na tenda.

13h às 21h | ESPAÇO DO CONHECIMENTO UFMG | Instalação interativa – Ateliê de cartões | O Ateliê de cartões funciona como um "amigo oculto" dos visitantes do Espaço do Conhecimento UFMG para celebrar o fim de um ciclo e o início do próximo. Visitação de 15/12 a 31/12/2022.

14/12
QUA
20h | CCBB | Orquestrando Brasil | Apresentação da Orquestra Opus com cantores dos Corais Ansef-PF/MG e Luís de Camões, de Belo Horizonte.

15/12
QUI
13h às 21h | ESPAÇO DO CONHECIMENTO UFMG | Instalação interativa – Ateliê de cartões | O Ateliê de cartões funciona como um "amigo oculto" dos visitantes do Espaço do Conhecimento UFMG para celebrar o fim de um ciclo e o início do próximo. Visitação de 15/12 a 31/12/2022.

16/12
SEX
18h30 | CINE THEATRO BRASIL VALLOUREC | Coral Black To Black | Apresentação de canções natalinas na fachada do Cine Theatro Brasil Vallourec. Gratuito.

17/12
SAB
10h | PONTO CULTURAL CDL | Oficina de Natal | Oficina de desenho com recebimento de doação de brinquedos usados que serão destinados para doação.

18h | ESPAÇO DO CONHECIMENTO UFMG | “Tecendo histórias”: Oficina de tecelagem | A oficina tem como proposta a criação de pequenos tapetes na técnica de tecelagem manual, partindo de uma história pessoal, haverá a tradução e interpretação de histórias dos próprios participantes em elementos dos tapetes, transformando sentimentos, tais como alegria, leveza, drama e tensão em componentes visuais, de cores, formatos e texturas.

18/12
DOM

18h | ESPAÇO DO CONHECIMENTO UFMG | “Coleção de estrelas”: Oficina | A diversidade de pessoas e culturas faz com que existam formas diferentes de colecionar estrelas, ou seja, formas diferentes de constelações. Na oficina “Coleções de Estrelas” os participantes receberão mapas estelares para criarem suas próprias constelações. Haverá um espaço no verso de cada mapa para criar mitos, histórias ou lendas a respeito da forma que foi imaginada.

18h | IEPHA | Apresentação de músicas natalinas e populares do cancioneiro mineiro, com Coral Lírico de Minas Gerais e regência de Lara Tanaka

19h | IEPHA | Apresentação do Coral Mãos que Ajudam - 200 vozes

20h | IEPHA | Apresentação Coro do Garoto Cidadão da Fundação CSN

19/12

SEG
20h | BIBLIOTECA PÚBLICA | Orquestra 415 de Música Antiga | Especial de Natal. A Orquestra 415 de Música Antiga é um grupo especializado na pesquisa e execução da música dos séculos XVII e XVIII com instrumentos de época, réplicas fiéis dos instrumentos utilizados no período. Neste concerto a orquestra comemora dez anos de existência e ainda oferece ao público um especial de Natal

19h30 | IEPHA | Apresentação do Coral da Igreja Batista da Lagoinha

21h | CINE THEATRO BRASIL VALLOUREC | Coral Black To Black | Concerto de Natal. Apresentação bilhetada no grande Teatro.

20/12

TER

20h | BIBLIOTECA PÚBLICA | Orquestra 415 de Música Antiga | Especial de Natal. A Orquestra 415 de Música Antiga é um grupo especializado na pesquisa e execução da música dos séculos XVII e XVIII com instrumentos de época, réplicas fiéis dos instrumentos utilizados no período. Neste concerto a orquestra comemora dez anos de existência e ainda oferece ao público um especial de Natal

PALÁCIO DAS ARTES | CINE HUMBERTO MAURO | Mostra de cinema Especial de Natal | Uma reunião de clássicos populares do cinema mundial com narrativas natalinas, reunidos em 12 sessões, até o dia 23/12 em horários variados.

19h30 | IEPHA | Apresentação do Coral Black to Black

21/12
QUA
19h30 | IEPHA | Apresentação do Coral Soul de Deus

20h | BIBLIOTECA PÚBLICA | Coral dos Desafinados| Cantata de Natal | O Coral dos Desafinados apresenta sua Cantata de Natal, com cantos tradicionais natalinos, cantos populares brasileiros e entre eles, poemas que narram a vida e o legado de Jesus.

Um trabalho leve, sensível e com a marca registrada do grupo: A alegria.

22/12
QUI
19h30 | MEMORIAL MINAS GERAIS VALE | Ciclo de Leituras - Galpão no Memorial Minas Gerais Vale | O Grupo Galpão propõe a realização de três leituras dramáticas. Duas que abordam a obra do dramaturgo alemão Bertolt Brecht e uma terceira leitura, a ser realizada em dezembro, que traz uma adaptação do romance "Um Conto de Natal" do autor Charles Dickens.

19h30 | BIBLIOTECA PÚBLICA | Solto a voz nas estradas: uma homenagem a Milton Nascimento | Os alunos da modalidade canto do espaço Sempre Mais Arte e Desenvolvimento se apresentam em um recital de fim de ano que homenageia o grande compositor, cantor e intérprete Milton Nascimento.

19h30 | PALÁCIO DA LIBERDADE | Apresentação do Coral Cidade dos Profetas - de Congonhas

19h30 | IEPHA | Coral da Primeira Igreja Batista

23/12
SEX

20h30| CENTRO CULTURAL SESIMINAS |TEATRO SESIMINAS| Cine Concerto + momento musical com vídeo em homenagem ao Natal, apresentado pela Orquestra SESIMINAS.

27/12
TER

PALÁCIO DAS ARTES | CINE HUMBERTO MAURO | Mostra Especial Fim de Ano: Trilogia Senhor dos Anéis | Será exibida a trilogia baseada na obra de Tolkien. Originalmente lançada no período natalino no começo dos anos 2000, se tornou um grande clássico cinematográfico das festividades de final de ano. Os filmes serão exibidos entre os dias 27 e 29 de Dezembro, em horários variados.

Foto: Reprodução de projeto

Livremente inspirado no livro “Ciranda das mulheres sábias”, da psicanalista e poeta Clarissa Pinkola Estés, a peça “Senhora dos chapéus”, do dramaturgo Orlando Orube, será apresentada no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas, no dia 10/7, domingo, às 19h. A atriz Renata Duarte Dutra interpreta em linguagem terna o arquétipo misterioso e irresistível da mulher sábia. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro ou no site eventim. A classificação é 14 anos. É obrigatório o uso de máscara em locais fechados. Os ingressos podem ser adquiridos neste link.

A publicação que inspirou a peça faz uma reverência à maturidade feminina. O texto homenageia as mulheres que souberam e sabem acumular sabedoria ao longo de suas vidas e passá-las adiante. Sozinha no palco, a atriz Renata Duarte Dutra transmite a beleza de ser uma mulher madura, sábia e cheia de conhecimentos de maneira delicada e direta. O espetáculo “Senhora dos Chapéus”, toma para si a ideia do empoderamento feminino e convida o público a viver plenamente: “ser jovem enquanto velha, velha enquanto jovem”.

“Todos temos uma avó ou pelo menos uma representação de uma mulher, que nos inspira sabedoria, serenidade, confiança, cuidado, mas ao mesmo tempo coragem, ousadia, obstinação e intimidação. Essa imagem da grande mulher ou grande mãe, habita no nosso imaginário, mas além disso: habita em todas as mulheres enquanto possibilidade de ser”, comenta Orube, escritor da peça.

O espetáculo, que foi concebido no momento mais fechado da pandemia, conta com figurinos de Ricca Costumes e preparação corporal e coreografias de Fábio Dornas. “O processo de montagem, que aconteceu durante a pandemia, foi extremamente difícil e ao mesmo tempo prazeroso, revigorante, cheio de significados. Sou muito grata à toda minha equipe por confiar neste grande desafio e ao meu diretor Orube, por me conduzir e dignamente poder representar tantas mulheres e histórias.  Estamos rompendo barreiras, impensáveis!” diz a atriz Renata Duarte Dutra.

Serviço:
"Senhora dos chapéus"
Data: 10 de julho, de 2022, domingo
Horário: 19h
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), na bilheteria do Teatro ou no site Eventim.
É obrigatório o uso de máscara em locais fechados. 

 

 

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A cultura mineira vai marcar presença no Marrocos. Ação do governo do estado de Minas Gerais, juntamente com o governo federal, busca consolidar a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. Esta será a primeira vez que um bem cultural brasileiro descrito no Livro de Registro dos Saberes vai buscar esse reconhecimento internacionalmente.

Unindo forças e mobilização, produtores do estado, por meio da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo), vão integrar uma comitiva que participará da 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, a ser realizada em Rabat, no Marrocos.
A iniciativa tem apoio do Governo de Minas por intermédio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG), da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG), e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O evento acontecerá a partir deste mês, entre os dias 27 de novembro e 2 de dezembro, sendo voltado para a análise de diversas candidaturas. A intenção dessa campanha é sensibilizar o Secretariado Intergovernamental da Unesco acerca da importância Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal e realizar uma maior divulgação da proposta brasileira para o público participante e para a imprensa internacional.

Uma programação complementar vai contribuir para esse objetivo: a montagem da Exposição do Queijo Minas Artesanal e um Workshop de Experiência Imersiva sobre os Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal, degustação de queijos das distintas regiões produtoras, além de reuniões técnicas no evento.

A candidatura promoverá mundialmente a cozinha mineira e a cultura brasileira, divulgando os Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal, além de potencializar a própria economia. “Este reconhecimento da Unesco pode elevar o nosso queijo a outro patamar. Hoje compramos queijos do mundo todo, mas não podemos exportar os nossos. Estamos trabalhando para que isso mude, a legislação seja atualizada, e o título de patrimônio imaterial da humanidade pode contribuir muito nesse sentido porque tem um nome muito grande. É uma chancela que vai além dos governos”, sublinha o Secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Outro aspecto é o benefício que isso pode representar na esfera do turismo. “Esse reconhecimento pode favorecer a atração de mais turistas interessados em conhecer de perto os modos de fazer o queijo artesanal de minas. Então, as fazendas vão poder oferecer essa experiência, movimentando a rede hoteleira e a atividade turística, o que reforça a imagem de Minas Gerais como destino mundial de gastronomia”, completa Oliveira.

Para o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, esta é uma oportunidade para demonstrar o quanto os produtores mineiros de queijos artesanais têm evoluído no atendimento das demandas da sociedade, cada vez mais exigente. “Nossos queijos têm mantido a tradição, ao mesmo tempo que seguem inovando com as boas práticas de produção, viabilizando a entrada em mercados cada vez mais diferenciados. Esse reconhecimento vai levar o modo de produção do Queijo Minas Artesanal para uma escala de alcance de todos os países e isso é muito importante para Minas Gerais”, reforça.

Representando a Emater/MG na missão em Rabat, no Marrocos, a chefe de gabinete, Marina Simião antecipa que a comitiva mineira, incluindo os produtores de queijo farão visitas técnicas no intuito de trocar experiências tanto sobre a agricultura familiar, quanto sobre a produção do queijo artesanal e o cooperativismo. Além disso, ela ressalta a forma como a conquista desse título pode fortalecer a parceria entre os produtores e a própria Emater.

“Essa missão é relevante porque na medida em que temos o reconhecimento dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal como patrimônio imaterial da humanidade, a Emater também é valorizada pelo trabalho que é feito no campo. Parte dos dossiês produzidos e encaminhados vem exatamente pela caracterização que a Emater faz das regiões produtoras, detalhando o ‘terroir’ e o histórico em torno dessa produção. A Emater, assim, contribui por meio do trabalho de assistência técnica e extensão rural junto aos produtores de queijo para alcançar chancela", acrescenta Marina Simião.

Após a participação no evento da Unesco no Marrocos, a perspectiva é dar sequência aos trâmites necessários para a formalização da candidatura cujo prazo é até 30 de março de 2023. Uma das etapas é o encaminhamento de um dossiê ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que o entregará em seguida à Unesco. A avaliação final da candidatura é feita até 2024.

Vale lembrar que um passo importante para a busca desse título foi dado em setembro deste ano, durante a 4ª edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas, evento promovido pelo Sistema Faemg Senar e o Sebrae/MG, em Belo Horizonte. No dia 24/9, a Associação Mineira dos Produtores de Queijos Artesanais de Minas Gerais (Amiqueijo) fez a entrega simbólica do pedido de candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal a Patrimônio Imaterial da Humanidade ao ministro do Turismo, Carlos Brito, e à presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto.

Para o presidente da Comissão Técnica do Queijo Minas Artesanal do Sistema Faemg Senar, Frank Mourão Barroso, a campanha de promoção internacional dessa candidatura demonstra o trabalho de instituições que se uniram para apresentar e solicitar a inclusão do QMA (Queijo Minas Artesanal), como Patrimônio Imaterial da Humanidade, tendo em vista sua importância. “A produção do QMA é feita por agricultores familiares, respeitando o tradicional modo de fazer desde a colonização do Brasil. Com boas práticas de produção, fabricação e segurança alimentar, nessa missão vamos promover uma interação com os participantes para degustação da iguaria e apresentação de vídeos e mídias impressas que mostrarão aos representantes da Unesco a importância cultural, social e econômica do QMA para os brasileiros e mineiros”. E completa, em seguida: “A Faemg representa os produtores estaduais de Queijo Minas Artesanal, e este sendo reconhecido pela Unesco facilitará a abertura dos mercados nacional e internacional”, conclui.

A ação internacional do Governo de Minas no Marrocos conta com a parceria, apoio e patrocínio do Sistema Faemg Senar, Sebrae/MG, Gerdau, Centro de Referência do Queijo Artesanal, Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo) e Instituto Periférico e Faculdade Estácio.

Diversidade

Existem hoje cerca de 30 mil produtores de queijos em Minas Gerais e, desse total, aproximadamente 9 mil são produtores de Queijo Minas Artesanal (QMA) com produção aproximada de 40 mil toneladas anuais. Além disso, 112 queijarias estão registradas no Instituto Mineiro de Agropecuária com o Selo Arte, o que permite a comercialização dos queijos em todo o território nacional.

São dez as principais regiões onde o QMA é produzido, onde o Modo de Fazer, o clima, o território e a biodiversidade de cada região conferem sabores e qualidades singulares incorporando nuances e características locais. O resultado é uma diversidade de cores, texturas e sabores que vêm conquistando o paladar dos brasileiros e até dos mais exigentes especialistas.

Tanto que, em 2022, seis queijos mineiros conquistaram medalhas no World Cheese Awards, importante concurso europeu que aconteceu desta vez no País de Gales. E, em 2021, os produtores mineiros conquistaram 40 medalhas no concurso internacional Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, realizado na França.

Histórico do registro do bem cultural:

Em 2002, o Modo de Fazer do Queijo Minas Artesanal foi reconhecido na região do Serro pelo Iepha/MG, sendo o primeiro bem cultural registrado por Minas Gerais como patrimônio imaterial. Em 2008, o Iphan registrou o Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas, contemplando três regiões: Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre/Alto Paranaíba.

Em 2021, o Iphan alterou o título do bem cultural para Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, ampliando o território de abrangência do registro para as regiões identificadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). As novas regiões identificadas foram: Araxá, Campo das Vertentes, Serras do Ibitipoca, Triângulo de Minas, Diamantina e Entre Serras da Piedade e do Caraça.

Crédito da foto: Leo Bicalho

Programação dialoga com movimentos cinematográficos e subgêneros que influenciaram o cineasta e estreia filme inédito de Zé do Caixão – A Praga.

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, apresenta a mostra “As Origens de Tim Burton”, que exibe gratuitamente os principais filmes feitos pelo cineasta estadunidense, em conjunto com obras que inspiraram seu estilo. As sessões acontecem entre os dias 8 de julho (sexta-feira) e 4 de agosto de 2022 (quinta-feira), presencialmente, e também em formato on-line, na plataforma CineHumbertoMauroMAIS.

A programação conta com uma Maratona de Terror, com mais de 30 horas de exibição de filmes, ininterruptamente, entre os dias 22 e 23 de julho (sexta-feira e sábado), tanto no Cine Humberto Mauro quanto no Jardim Interno do Palácio das Artes. Algumas das obras que serão exibidas exclusivamente nesse dia incluem The Rocky Horror Picture Show (1975), Psicose (1960), Despertar dos Mortos (1978), Sombras da Noite (2012) e A Noiva de Frankenstein (1935).

Aproximando a obra de Tim Burton de suas origens, como o Expressionismo Alemão, filmes de monstros do estúdio Universal, cinema gótico e ficções científicas cults dos anos 1950, a mostra inclui cinco sessões comentadas da série História Permanente do Cinema, debatendo filmes relacionados com as temáticas e a estética presentes no trabalho do cineasta. 

Dentre os filmes comentados presencialmente, destaca-se a estreia em Belo Horizonte do filme A Praga (1980), de José Mojica Marins, conhecido pelo personagem Zé do Caixão. Considerado perdido por muito tempo, o longa-metragem é o único filme inédito de Mojica conhecido até o momento. As latas de negativo em película super-8 com as filmagens foram encontradas em 2007, e após um longo processo que incluiu digitalização, dublagem, novas filmagens e pós-produção, a obra terá exibição dupla e conjunta com o documentário A Última Praga de Mojica (2021), que relata o processo de resgate e finalização do filme. Além de A Praga, outro longa de Mojica, À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), será exibido duas vezes ao longo da mostra.

Também integrada à programação, a série Cinema e Psicanálise traz o filme francês Os olhos sem rosto (1960), que lida com elementos do horror, da fabulação e da transformação corporal, temas igualmente caros à filmografia de Tim Burton. Complementando as exibições presenciais, oito filmes da mostra “As Origens de Tim Burton” irão também para a plataforma CineHumbertoMauroMAIS, onde também será lançada a subdivisão "Coleção de Terror", com um total de 13 filmes de terror e suspense disponibilizados on-line.

Influências e origens
Com foco nos filmes dirigidos por Tim Burton até o início da década de 2010, a curadoria explicita a mescla de gêneros dentro da filmografia do artista, salientando suas inclinações para o terror, a fábula e os contos de fadas. Iniciando a carreira como animador nos estúdios Disney, Tim Burton saiu da empresa em busca da criação de um universo próprio. Filmes como Batman (1989) trazem a visualidade característica de Metropolis (1927), enquanto Edward Mãos de Tesoura (1990) e outros trabalham bastante com influências de Frankenstein (1931) e com questões como os limites da ficção científica e da ciência.

Já O Mágico de Oz (1939) e a animação experimental Planeta Selvagem (1973) marcam, por um lado, o uso de cores e a atmosfera de fantasia e, por outro, o estilo estético surrealista usado por Tim Burton em seus filmes de animação. Outras obras, como Godzilla (1954) e o filme de blaxploitation Blacula (1972) – além das demais adaptações da história do vampiro de Bram Stoker que estão na curadoria, inclusive Nosferatu (1922), que completa 100 anos em 2022 – expandem, geográfica e culturalmente, o universo de filmes que se comunicam com as temáticas recorrentemente trabalhadas pelo realizador norte-americano. Por sua vez, Planeta dos Macacos (1968) e A Fantástica Fábrica de Chocolate (1971) são filmes que transitam na órbita de interesses do diretor, como a descoberta de novos mundos e o contato com o excêntrico, que inspiraram remakes feitos por Tim Burton nos anos 2000.

Na mostra também há filmes de diretores consagrados que de algum modo dialogam com temas mais específicos abordados pelo cineasta. Aí se enquadram longas como O Circo (1928), de Charles Chaplin, cuja atmosfera circense e as atuações caricaturais foram apropriadas por Burton em vários filmes; Veludo Azul (1986), de David Lynch, que traz uma similaridade a partir do olhar dos cineastas para o subúrbio americano, presente em longas de Tim Burton como Os Fantasmas se Divertem (1988); e A Marca da Maldade (1958), de Orson Welles, que além de guardar muita semelhança com Batman (1989) a partir da discussão da corrupção e questões éticas presentes no cinema noir, coloca este que é considerado o melhor diretor de cinema da História em oposição a Edward D. Wood Jr., personagem central da biografia Ed Wood (1994) e diretor de dois filmes presentes na mostra: Plano 9 do Espaço Sideral (1957) e Glen ou Glenda (1953), que serão, inclusive, tema de debate na série História Permanente do Cinema.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra "As Origens de Tim Burton”, que patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, Instituto Unimed-BH, AngloGold Ashanti e Usiminas por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini. A correalização é da APPA – Arte e Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

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Um convênio entre o Governo de Minas e a prefeitura de Capitólio foi firmado nesta quarta-feira (16) para viabilizar obras de revitalização nos cânions. Em encontro no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, o Secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e o prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva, realizaram a assinatura do documento.

Também participaram da cerimônia, em Belo Horizonte, o subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula, o Deputado Estadual, Antônio Carlos Arantes, Mônica Aydar, gerente executiva da Associação dos Municípios do Lago de Furnas, e a vereadora de Capitólio, Cristiane Amorim.

O acordo tem a intenção de oferecer ainda mais segurança para o turismo local, a partir do trabalho de prevenção, garantindo que os visitantes possam fazer passeios com tranquilidade no lago de Furnas.

O orçamento total previsto é de R$ 2.919.929,24 (dois milhões, novecentos e vinte e nove mil reais e vinte e quatro centavos), sendo R$ 2.000.000,00 (dois milhões) aporte direto do governo e o restante contrapartida do município.

O Secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, detalhou que será construída uma contenção em algumas partes para evitar o risco de queda das rochas futuramente. “Essa revitalização é um esforço de tornar o destino mais seguro. É importante também dizer que há cerca de dez meses os cânions estão sendo monitorados cotidianamente, com relatórios sendo produzidos toda sexta-feira. E nosso trabalho tem sido todo voltado para consolidar esse processo de estabilização dos cânions”, comentou.

O prefeito Cristiano Geraldo da Silva agradeceu a parceria com o Governo de Minas e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), recordando como o apoio do estado, além dos empresários de Capitólio, foi essencial para que pudessem retomar o turismo na cidade em cerca de 80 dias após o acidente em janeiro deste ano. “Agora esse convênio vai servir para que possamos realizar mais alguns complementos. Nós já vínhamos trabalhando com responsabilidade, e essa ação vai permitir que possamos aumentar ainda mais os feitos na região dos cânions, trazendo mais segurança para os turistas e para as pessoas que dependem dessa movimentação turística para sua subsistência”, afirmou.

O convênio foi construído, a partir de análises produzidas por uma equipe composta por técnicos da prefeitura de Capitólio e por geólogos da UNESP e da UFG, que deram origem ao Plano de Trabalho.

O objetivo das obras consiste na estabilização de taludes rochosos nas áreas 3 e 4, localizadas próxima à cachoeira do cânion apontadas no Plano de Trabalho como de maior risco para visitação.

A técnica a ser empregada na obra, cujo prazo inicial previsto é de dois anos, já é utilizada em larga escala no território brasileiro. Um exemplo é a estabilização do talude da mina de águas claras em Nova Lima. A operação consiste, resumidamente, em combater o movimento das colunas rochosas locais, por meio do método de rocha grampeada com o faceamento em tela metálica.

Concluído esse trabalho, a visitação poderá ser ampliada no local que é o mais procurado pelos turistas. Ali as lanchas costumam passar numa velocidade mais lenta, proporcionando um momento contemplativo, o que poderá se estabelecer de forma mais completa também a partir dessa obra de revitalização.

O resultado disso será não só a garantia de mais segurança mas uma melhor experiência turística, o que pode favorecer o aumento do fluxo de turistas para o município e região que tem o turismo como principal atividade econômica.

Crédito das fotos: Leo Bicalho

Os 150 anos de nascimento de Scriabin serão comemorados pela Filarmônica de Minas Gerais com uma de suas mais impactantes obras: o Poema do Êxtase, nos dias 7 e 8 de julho, na Sala Minas Gerais, às 20h30. Pela primeira vez, a Orquestra também recebe a violoncelista israelense Danielle Akta, de 19 anos, um dos grandes talentos da nova geração, que interpretará o célebre Concerto para violoncelo de Schumann. Com sua rica paleta orquestral, Escalas de Jacques Ibert dá início ao programa das duas noites. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

De acordo com as orientações da Prefeitura de Belo Horizonte para a prevenção da covid-19 em ambientes fechados (Portaria nº 375/2022, publicada no dia 14 de junho de 2022), o uso de máscara é obrigatório na Sala Minas Gerais. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pela Gerdau e Itaú por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica.

Danielle Akta, violoncelo
Eleita pelo jornal nova-iorquino Daily Gazette como uma das dez artistas da música clássica de 2016, a violoncelista Danielle Akta atualmente estuda na Academia Barenboim-Said, em Berlim, sob orientação de Frans Helmerson. Nascida em 2002 em Israel, em uma família de músicos, recebeu em 2016 o prêmio Oleg Yankovsky na categoria Jovem Artista. Já se apresentou com a Filarmônica de Israel, da Rússia, da Cidade do Cabo e também com a Sinfônica de Cannes e de Jerusalém. Atuou como solista em palcos como Lincoln Center e Carnegie Hall, ambos em Nova York, Barbican, em Londres, e Tchaikovsky Concert Hall, em Moscou.

Repertório

Jacques Ibert (Paris, França, 1890 – 1962) e a obra Escalas (1922)
Escalas, a mais popular das obras de Jacques Ibert, foi escrita entre 1921 e 1922, como trabalho obrigatório do então pensionista da Villa Médicis. Trata-se de uma suíte orquestral cujos movimentos, por sugestão do editor, receberam títulos alusivos a um cruzeiro do compositor pelo Mediterrâneo — na Costa Italiana, na Tunísia e na Espanha. A música, deliberadamente pitoresca e ilustrativa, explora motivos populares dos locais retratados. Assim, a primeira escala, de Roma a Palermo (Calme), inicia-se com um tema inspirado no folclore italiano, exposto pela flauta, depois pelo oboé, sobre um fundo noturno de cordas e harpas. Um accelerando, ritmado por rufos de pandeiros, sugere um belo amanhecer; e a viagem continua, com o retorno ao andamento anterior. No trecho de Tunis a Nefta (Modéré très rythmé), um oboé apresenta uma melodia árabe, sobre uma escala oriental. Finalmente, em Valência (Animé), a Espanha revela-se banhada de luz, em uma sequência rapsódica de danças populares. Escalas estreou em Paris, em 1924, na sala Gaveau, sob a direção de Paul Paray.

Robert Schumann (Zwickau, Alemanha, 1810 – Bonn, Alemanha, 1856) e a obra Concerto para violoncelo em lá menor, op. 129 (1850)
A música orquestral de Schumann (quatro Aberturas; quatro Sinfonias; sete obras concertantes, entre elas os três Concertos — para piano, para violino e para violoncelo) é bastante original e, em muitos aspectos, inovadora. O compositor trata o característico jogo bitemático da forma sonata com grande liberdade — os contrastes necessários ao discurso musical se estabelecem mais pelo encadeamento melódico do que pela oposição temática. E, para obter maior unidade orgânica entre as diferentes partes de suas grandes obras orquestrais, desfazendo o caráter fechado de cada uma delas, Schumann recorre à reapresentação de um mesmo tema em movimentos diversos e/ou à ligação ininterrupta dos andamentos (como no Beethoven de algumas sonatas). O Concerto para violoncelo em lá menor, op. 129 ilustra, de forma exemplar, esses procedimentos schumannianos: no primeiro movimento – Allegro (Nicht zu achnell) –, sobre três acordes das madeiras, o violoncelo expõe os temas dominantes – o primeiro traz uma inefável melodia e o outro se apresenta ritmicamente sincopado. O encadeamento direto ao movimento lento – Adagio (Langsam) – dispensa a habitual cadência do solista. Uma relembrança do tema principal do primeiro movimento, em novo recitativo, leva ao Finale (Sehr lebhaft), vivaz rondó introduzido por uma rápida escala do solista. A cadência, feita com acompanhamento orquestral, explora com incrível virtuosidade os recursos do instrumento. Mas não se trata de puro malabarismo instrumental ou mero artifício exibicionista – o solista permanece integrado ao quadro orquestral e a conclusão, de efeito irresistível, não desfaz o clima elegíaco de todo o concerto.

Alexander Scriabin (Moscou, Rússia, 1872 – 1915) e a obra Poema do Êxtase, op. 54 (1905/1908)
“Chamo-vos à vida, forças misteriosas,
Afogadas nas profundezas obscuras do espírito criador,
Tímidos esboços da vida.
A vós trago a audácia”.
Escrito por Scriabin, o texto que serviu de base à composição musical era visto por ele como um manifesto de suas crenças filosóficas e estéticas. Na mesa de Scriabin, livros de Helena Blavatsky dividiam o espaço com partituras de Richard Strauss. A escritora russa servia de inspiração para o conteúdo de seus trabalhos, ao passo que as partituras do maestro alemão eram referência para a forma. O poema sinfônico Poema do Êxtase, op. 54 continuava o ciclo de quebra das formas tradicionais adotado por Scriabin em suas três sinfonias; a obra, no entanto, não pretendia ser uma sinfonia. Trabalhado entre 1905 e 1908 (inicialmente nos 369 versos, mais tarde na música), o poema passou por diversas modificações até chegar a sua forma definitiva. “Estou desenvolvendo um novo estilo, e que alegria é vê-lo tomar forma tão bem! (…) Por vezes, o efeito do poema é tão potente que nem é necessário nenhum conteúdo. Estou exprimindo – no poema – o que virá a ser o mesmo como música.” 

Programa 

Série Presto
7 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais 

Série Veloce
8 de julho – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente
Danielle Akta, violoncelo

Ingressos:

R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 65 (Balcão Palco), R$ 86 (Balcão Lateral), R$ 113 (Plateia Central), R$ 146 (Balcão Principal) e R$ 167 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

 

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Imagem: Assaf Ambram 

 

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O Arquivo Público Mineiro realizará no dia 23 de novembro de 2022 a segunda edição do Fórum Estadual de Gestão de Documentos. O Fórum tem como objetivo reunir as Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos de Arquivo (CPADs) dos órgãos/entidades do Poder Executivo mineiro e demais servidores interessados para debater questões concernentes às atuações desses grupos para a adequada gestão de documentos na Administração Pública, bem como a correta aplicação dos Instrumentos de Gestão estaduais e persecução dos princípios legais envolvidos na gestão documental.

 

Como proposta inicial, o evento ocorrerá em um único dia e será estruturado em dois momentos. Pela manhã, ocorrerão três sessões temáticas que abordarão preceitos básicos da gestão de documentos, da conservação de documentos e do processamento técnico de acervos permanentes.

 

Pela tarde,   e uma mesa redonda em que as CPADs da Secretaria de Fazenda, Secretaria de Educação e da ARSAE-MG (a confirmar) irão relatar como acontece a gestão de documentos dentro de seus respectivos órgãos.

 

O cronograma do evento é apresentado no quadro de programação abaixo, mas ainda poderá sofrer alterações conforme a necessidade da organização:

9h

Boas Vindas

- Leônidas Oliveira - Secretário de Estado de Cultura e Turismo (a confirmar)

- Igor Arci - Subsecretário de Estado de Cultura (a confirmar)

-  Luciane Andrade - Superintendente da SBMAE

- Bruno Balista – Diretor do Arquivo Público Mineiro

-  Demais autoridades

 

9h30min às 12h

Sessão temática

Gestão documental no Executivo estadual: diretrizes básicas

Pedro Mafia – Coordenador do Núcleo de Gestão de Documentos do Arquivo Público Mineiro

Sessão temática

Conservação de documentos: diretrizes básicas

Diane Almeida – Coordenadora do Núcleo de Conservação de Documentos do Arquivo Público Mineiro

Sessão temática

Processamento técnico de acervos permanentes: diretrizes básicas

Ygor Souza – Coordenador do Núcleo de Arquivos Permanentes do Arquivo Público Mineiro

Rodada de perguntas

 


13h30min

Sessão temática

O SEI!MG e Gestão de documentos eletrônicos.

Fabrício de Barros Salum - Superintendente Central de Governança Eletrônica da SEPLAG

 


14h10min às 17h

Mesa redonda

 

CPADs e a gestão de documentos: relatos de experiências.

CPADs convidadas

 

Rodada de perguntas

Tendo em vista a fundamental importância das CPADs na Gestão de Documentos do Executivo mineiro, bem como a proposta do Fórum de ser um espaço de abertura e interlocução entre as CPADs e o Arquivo Público Mineiro, será disponibilizado um formulário de inscrição para os interessados, que será encerrado no dia 01/11 ou até atingir a capacidade máxima do auditório.

 

Vale ressaltar, que aqueles órgãos que não possuem CPAD constituída é valida a participação dos servidores interessados no tema.

 

Faça sua inscrição clicando aqui. 

 




 

Exposição será aberta no próximo dia 6 de julho e ocupará todas as galerias do Palácio das Artes; com obras de 18 artistas, mostra é dividida em três eixos temáticos

A Fundação Clóvis Salgado recebe, a partir do dia 6 de julho de 2022 (quarta-feira), a exposição itinerante da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto. A mostra ocupa todas as galerias do Palácio das Artes – Grande Galeria Alberto de Veiga Guignard, Galeria Genesco Murta, Galeria Arlinda Correa Lima, PQNA Galeria Pedro Moraleida e Espaço Mari’Stella Tristão – até o dia 25 de setembro de 2022 (domingo). A exposição foi viabilizada através de parceria da a Fundação Clóvis Salgado, por meio da APPA – Arte e Cultura, e a Fundação Bienal de São Paulo.

Para 2022, as mostras foram pensadas a partir de enunciados, que são eixos temáticos ou objetos que reúnem obras e artistas, estimulando o público a refletir sobre os assuntos apresentados. O recorte da mostra no Palácio das Artes é organizado a partir de três enunciados: O sino de Ouro Preto; Os retratos de Frederick Douglass; e A ronda da morte de Hélio Oiticica. As exposições contam com trabalhos dos seguintes artistas: Ana Adamovic, Andrea Fraser, Anna-Bella Papp, Arjan Martins, Clara Ianni, Daiara Tukano, Daniel de Paula, Eleonore Koch, Jaider Esbell, Lothar Baumgarten, Lydia Ourahmane, Neo Muyanga, Nina Beier, Noa Eshkol, Paulo Kapela, Regina Silveira, Sebastián Calfuqueo e Tony Cokes.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

Sobre o enunciado “O sino de Ouro Preto”
A Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, mais conhecida como Capela do Padre Faria, é uma pequena igreja localizada em Ouro Preto (Minas Gerais), cujo campanário carrega um sino de bronze, fundido na Alemanha em 1750. Conta-se que, em 21 de abril de 1792, esse sino foi o único da colônia a ecoar, em aberta desobediência à ordem oficial que proibia homenagens ao inimigo da coroa, um toque de lamento pela execução de Tiradentes, único participante da Inconfidência Mineira que não teve revogada sua sentença de morte. Com a independência do Brasil e a proclamação da República, o mártir mineiro foi declarado herói nacional, e o sino que o homenageou passou a ser considerado um símbolo da luta pela soberania do país, a tal ponto que em 1960, noutro 21 de abril, foi levado a Brasília, içado ao lado de uma réplica da cruz usada na primeira missa realizada no Brasil e tocado para a inauguração da nova capital.

Na 34ª Bienal, o enunciado levanta perguntas como: o que quer dizer, hoje, voltar a olhar para esse sino tão fortemente marcado pela história do período colonial, sentir o tempo que continua se sedimentando sobre ele? Que ecos do Brasil e do mundo chegam, hoje, até a antiga Vila Rica e reverberam no bronze desse sino?

Sobre o enunciado “Os retratos de Frederick Douglass”
Frederick Augustus Washington Bailey nasceu em Talbot County, Maryland (EUA), em fevereiro de 1817 (ou de 1818, segundo algumas fontes), filho de uma mãe negra escravizada e de um pai, provavelmente branco, que nunca o reconheceu. Em 1838, após algumas tentativas frustradas, conseguiu fugir para Nova York, onde a prática da escravidão havia sido abolida em 1827, mas a sensação de insegurança causada pela espreita constante de “sequestradores legalizados” de fugitivos fez com que logo se mudasse para New Bedford (Massachusetts), onde adotou o sobrenome Douglass.

Homem público, jornalista, escritor, orador e um dos principais líderes do movimento abolicionista nos EUA, é considerado o estadunidense mais fotografado do século 19. Em 1841, Douglass encomendou seu primeiro retrato fotográfico. Ele tinha plena consciência de que sua imagem de homem negro livre poderia ter grande amplitude na luta contra a escravidão e percebeu, de modo pioneiro, que a circulação massiva que o meio fotográfico permitia seria importante no suporte à luta antirracista e contra as práticas segregacionistas do pós-abolição. Como resultado de sua busca por difundir uma imagem positiva e não estereotipada de pessoas negras, seus retratos entraram no fluxo de circulação dos jornais, assim como em espaços privados de todo o país, e até hoje circulam pelo mundo como símbolo de justiça e resistência.

Sobre o enunciado “A ronda da morte de Hélio Oiticica”
Hélio Oiticica viveu em Nova York durante os anos documentados como os mais violentos do regime militar, aqueles que sucederam o Ato Institucional Nº 5 (AI-5) de dezembro de 1968. De volta ao Brasil em 1978, percebeu que já não poderia encontrar muitos dos amigos que havia feito em meados da década de 1960 no samba e nas favelas do Rio, atribuindo essas ausências ao aniquilamento sistemático de uma parcela da população por parte do Estado. No ano seguinte, abalado pela brutal execução de mais um de seus amigos, escreveu uma carta em que descrevia um “parangolé-área” chamado A ronda da morte. No formato de uma tenda de circo negra, teria luzes estroboscópicas e música tocando em seu interior, um ambiente convidativo para que as pessoas pudessem entrar e dançar. Enquanto a festividade se desenrolasse no seu interior, o perímetro da tenda seria cercado por homens a cavalo, que dariam voltas em torno dessa área emulando uma ronda.

A obra, que nunca foi realizada, seria apresentada pela primeira vez na programação da 34ª Bienal que teria acontecido em 2020 mas foi impossibilitada devido à pandemia. No entanto, A ronda da morte, representada por documentos de arquivo, foi incorporada como um enunciado, dialogando com obras que já haviam sido exibidas em Bienais passadas – pois o presente mobiliza a oportunidade de revisitar o seu sentido original, ou mesmo de reelaborá-lo – bem como ao lado de trabalhos que tematizam situações de violência de Estado e tensionam o limite entre passado e presente e a ideia de repetição na história.

Sobre o Programa de mostras itinerantes da Bienal de São Paulo
O Programa de mostras itinerantes da Bienal de São Paulo é uma iniciativa que chega em 2022 à sua sexta edição. A itinerância da 33ª Bienal, em 2019, percorreu oito cidades, sendo uma no exterior, e recebeu um público de mais de 170 mil visitantes. 

“O programa aposta na arte e no seu impacto positivo no campo da educação e da cidadania. Parcerias com as instituições em cada local permitem a difusão do trabalho para além do circuito artístico da cidade de São Paulo, chegando a outros olhares e novas sensibilidades. Além das exposições, a iniciativa inclui ações educativas e de difusão, estando alinhada à missão da Fundação de integrar cultura e educação à vida cotidiana”, afirma José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal.

Pela iniciativa, além de São Luís (MA), Campinas (SP), São José do Rio Preto (SP), Campos do Jordão (SP) e Belo Horizonte (BH), outras cidades brasileiras e do exterior estão previstas para receber recortes da 34ª Bienal este ano: Brasília (DF), Belém (PA), Fortaleza (CE) e Santiago (Chile).

A Itinerância da 34ª Bienal de São Paulo é realizada pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e pela Fundação Clóvis Salgado, e é correalizada pela APPA – Arte e Cultura. Tem como apresentadora o Instituto Cultural Vale, e como patrocinadores ArcellorMittal, AngloGold Ashanti, Instituto Unimed-BH e Usiminas, além do patrocínio da Vivo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

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Imagem: Natt Fejfar

 

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Quem esteve presente nos estandes de Minas Gerais, durante os dias 3 e 6 de novembro, na Festuris, fez questão de registrar a beleza dos espaços montados no estante projetado pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo Leônidas Oliveira e a da arquiteta Luisa Lima/Secult-MG. Além de levar o carinho pelo nosso estado, oferecemos aos visitantes cenários de nossa mineiridade, como imagem de fundo as pinturas de Mestre Ataíde na Igreja São Francisco de Assis, de Ouro Preto, ou as montanhas da Serra do Intendente.


A 34ª Festuris já é considerada a maior e melhor de todas. Foi registrado um crescimento de 120% em relação a 2021, com mais de 2.700 marcas em exposição, 12.500 inscritos e mais de 40 destinos internacionais apresentados.


Foram dias intensos de conversas, de trocas e, sobretudo, de oportunidades de novos negócios que podem se converter em mais emprego e renda. Durante o evento, foram realizados 500 atendimentos no nosso estande voltado especialmente para a promoção do Destino Minas Gerais.
Para a Secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Milena Pedrosa, a presença no evento, que é uma das maiores vitrines do setor, contribui tanto para ampliar a projeção de Minas Gerais nacionalmente quanto para destacar o papel da atividade turística na economia. “A Festuris é uma feira consolidada e um das mais importantes da América Latina, reunindo diversos agentes do trade turístico, o que é essencial para que novos projetos possam surgir, destacando ainda mais o protagonismo do turismo como força motriz dentro da nossa economia", pontua a Secretária.


Culinária mineira 


Os sabores e aromas do café, dos queijos, da cachaça, dos licores, e dos doces de diferentes produtores também marcaram a nossa participação, que colocou em evidência toda a diversidade da culinária mineira.

Houve quem aproveitou para saber detalhes do cultivo dos grãos e pegar dicas de preparo de cafés especiais com os especialistas Rogerio Maffort, de Tiradentes e Rebeca Bernardes, de Santa Rita do Sapucaí. Além disso, tivemos no espaço “Cozinha Show” aulas preciosas do legítimo pão de queijo mineiro com as quitandeiras de Paracatu, Vânia e Gláucia, que usaram na receita os premiados queijos da Rota do Queijo Terroir Vertentes, que faz parte do programa de experiências do Brasil Rural do Mtur

Numa realização do Instituto Cultural Filarmônica, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, jovens músicos estão tendo a oportunidade de se profissionalizarem com uma grande orquestra

No dia 5 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, os alunos da Academia Filarmônica fazem o primeiro recital de 2022, gratuito e com a presença de público na Sala Minas Gerais. No repertório, obras de Haydn, Beethoven, Dvorák, Villa-Lobos, Roberto Victório e Etienne Crausaz, esta última com a participação do Principal Trompetista da Filarmônica e um dos mentores da Academia, Marlon Humphreys-Lima. Participam do recital os músicos e musicistas da Academia: Laila Rodrigues (oboé), Marcos Fernandes (flauta), Luís Umbelino (clarinete), Juliana Santos (fagote), Weverton Santos (trompa), Josafá Ferreira (viola), Déverson Correia (violoncelo), Henrique Rocha (violino), Thiago Barros (violino), André Inácio (viola), Andre Freire (violoncelo), Filipe Costa (contrabaixo), Ana Luíza Cicarini (harpa), Marcos Alves (vibrafone), José Vitor Assis (trompete), Wesley Procópio (trombone) e Daniel Miranda (tuba). Em 2021, os instrumentistas, com idades entre 15 e 30 anos, tiveram a chance de ingressar na primeira turma da Academia, que tem como mentores os músicos da própria Filarmônica de Minas Gerais.

O Concerto é gratuito e com presença de público na Sala Minas Gerais. A distribuição de ingressos começa a ser feita na sexta-feira, dia 1º de julho, a partir do meio-dia, pela internet, no site da Filarmônica (www.filarmonica.art.br), limitada a 4 ingressos por pessoa.

Este projeto é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica.

A Academia Filarmônica integra o Programa Vale Música, em parceria com o Instituto Cultural Vale, com o objetivo de dar formação qualificada a jovens músicos, para que estejam preparados para ingressar em grandes orquestras.

Nossa programação educacional é apoiada pelo programa Amigos da Filarmônica.

A Academia Filarmônica
Lançada em 2021, a Academia Filarmônica integra a plataforma educacional do Instituto Cultural Filarmônica e possibilita o aprimoramento técnico-musical de músicos de elevado potencial artístico, residentes em Minas Gerais, por meio do ensino de excelência, com vistas à prática sinfônica. Assim, a Filarmônica de Minas Gerais criou, no estado, um curso de referência para a formação de músicos qualificados, que terão mais oportunidades de ingresso no mercado de trabalho das orquestras profissionais do país. Com a Academia, a Orquestra acolhe jovens talentos, habilitados e que estão pensando seriamente na carreira, viabilizando os meios necessários para que possam desenvolver sua aptidão.

Recital Academia Filarmônica

5 de julho – 20h30
Sala Minas Gerais
Concerto gratuito

 

 

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Imagem: Vinícius Correia 

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Ação realizada até domingo (6/11) em tradicional evento do setor na América Latina promove atrações do estado

Potencializar o Destino Minas Gerais e promover a comida mineira são os eixos principais da participação do governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), na 34ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado. Entre os dias 3 e 6/11, o público do evento, que é considerado o maior do setor na América Latina, vai poder visitar dois estandes desenhados para divulgar os atrativos turísticos mineiros.

A participação da Secult no Festuris visa fortalecer a atividade turística em Minas, que se mantém como a que mais cresce no país, acima da média nacional. Por meio dos encontros e reuniões em Gramado também será feito o convite para que os participantes e realizadores conheçam as atrações mineiras, como ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. 

“Nosso estado é o que mais cresceu no turismo no Brasil.  Nosso povo hospitaleiro, nossas riquezas naturais, nosso patrimônio, nossa comida, tudo oferece experiência e cultura. O turismo é uma forma de propiciar experiências, fomentar a economia criativa, além de impulsionar investimentos locais. Como resultado, gera emprego, renda e estimula setores importantes da economia”, pontua o secretário.

Um dos estandes da feira tem cerca de 100 metros quadrados e destaca, justamente, a diversidade de opções para o viajante que gosta de liberdade. Do turismo de aventura ao circuito das águas, além do fascínio das cidades barrocas, como Ouro Preto e Diamantina, são muitas as opções que revelam os motivos de Minas Gerais ser um dos estados mais procurado pelos turistas brasileiros.

Dinâmica

Durante a feira, equipe da Secult vai receber os visitantes, muitos deles agentes e operadores de turismo, oferecendo atendimento voltado à divulgação de informações sobre os atrativos locais e também sobre oportunidades de negócios. Uma lista com mais de cem pacotes organizados por 71 empresas habilitadas no programa de fortalecimento do turismo receptivo no estado, o Minas Recebe, vai estar disponível aos participantes da feira por meio de um catálogo digital de produtos turísticos.

Uma mesa com queijos, doces e cafés será montada ali para que o público possa apreciar um pouco dos sabores da cozinha mineira. “Nessa mesa, também vamos oferecer quatro apresentações por dia de cafés especiais dos produtores de duas cidades diferentes de Minas Gerais. Uma é Santa Rita do Sapucaí e a outra é Tiradentes. Os produtores convidados vão explicar o que é um café especial, porque ele é considerado assim, e vão ensinar as pessoas o melhor modo de apreciar esse tipo de café”, detalha o superintendente de Marketing Turístico, Antônio Francisco Monteiro Mourão.

O espaço conta, ainda, com dois ambientes descontraídos para quem quiser curtir, fotografar e compartilhar registros nas redes sociais. O primeiro traz como imagem de fundo o teto da Igreja São Francisco de Assis, pintado por Mestre Ataíde, em Ouro Preto. O segundo ressalta a natureza e a paisagem da Serra do Intendente.

Também projeções especiais que reproduzem no chão os tapetes devocionais feitos com serragem em Ouro Preto, os trilhos das estradas de ferro e os caminhos de pedras, entre outras referências icônicas da cidade mineira fazem parte da cenografia do espaço.

Culinária   

Já o segundo estande é em formato de ilha gourmet, com seis balcões de atendimento para exposição e degustação de alimentos típicos de Minas Gerais. A ideia é apresentar a riqueza da comida mineira, com produtos emblemáticos de várias regiões do estado, no intuito de expressar a hospitalidade e a originalidade do povo mineiro na arte de bem receber também por meio da cozinha.

Entre as atrações haverá Queijo Minas Artesanal, café e doces, entre outras riquezas da culinária e da cultura de Minas Gerais.

As quitandeiras de Paracatu, Vânia e Glaucia, estão confirmadas e vão demonstrar o preparo do autêntico pão de queijo mineiro. Os convidados, em seguida, vão degustar a receita com dois sabores tradicionais: o doce de leite e a linguiça caipira. Além disso, o barista e mestre de torra Rogério Maffort, de Tiradentes, vai preparar um café especial.

A expectativa dos organizadores da 34ª Festuris é superar os números registrados em 2021, quando o evento reuniu mais 1,7 mil marcas, além de profissionais, representantes e investidores de cerca de 20 países, atraindo mais de 8 mil participantes.

Turnê internacional da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e rodadas de negócios prometem projetar o destino Minas na Europa

Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), anunciou, nesta quarta-feira (29/6), um conjunto de ações para fomentar o turismo no estado e fortalecer globalmente o destino Minas Gerais. Como parte do programa Minas para Minas, Minas para o Mundo 2022 – 2023, será publicado edital para disponibilização de R$ 5 milhões a projetos de apoio à comercialização, promoção, estruturação e ordenamento turístico o que irá fortalecer a internacionalização promoção do turismo em Minas Gerais. Além disso, para apresentar parte da cultura mineira, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fará turnê em Portugal em comemoração ao Bicentenário da Independência.

“O edital permite que o trade possa embalar o produto e vender Minas Gerais como um destino forte e competitivo. Vamos levar a Filarmônica para tocar os hinos oficiais do Brasil (Nacional, Bandeira e Independência) e canções que fazem parte da música sinfônica brasileira e de Minas Gerais. Será um momento simbólico e muito especial para os mineiros, além de evidenciar a força do nosso turismo cultural”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Lêonidas Oliveira. “O Minas para Minas começou ainda na pandemia, mas é um projeto que vamos sempre manter. E, agora, vamos destinar esses recursos para promover Minas nas redes sociais, na imprensa, em uma série de ações que fortalecem o estado como destino”, complementa.

A Orquestra realizará quatro apresentações, sendo três nas principais salas de concerto das cidades do Porto (Casa da Música, 6/9), Lisboa, no bairro histórico de Belém (Centro Cultural de Belém, 8/9) e Coimbra (Convento São Francisco, 9/9). Em 7/9, a apresentação será ao ar livre, no Jardim da Torre de Belém, dentro da programação do festival “Lisboa na Rua”, organizado pela Prefeitura de Lisboa.

Além dos concertos, a programação inclui um roadshow de apresentação do destino Minas Gerais para operadores e agentes de viagem internacionais emissivos para o Brasil. Várias rodadas de negócios com o trade turístico e formadores de opinião apresentando possibilidades de turismo no nosso estado. Experiências com a comida mineira; exposição e degustação de produtos típicos. Degustação de produtos mineiros como cachaça, queijo, quintadas, além de exposição de produtos, como camisetas e outros itens com a marca de mineiridade. O objetivo é apresentar valores de Minas Gerais para incentivar viagens e promover o conhecimento de nossas riquezas.

Os trabalhos de internacionalização do turismo mineiro também preveem cumprir um calendário de feiras internacionais em outros países efetivando Minas Gerais como um destino a ser visitado pelos turistas de todo mundo.

O Programa Minas para o Mundo foi iniciado, em novembro de 2021, com a participação em uma feira de negócios, encontro com investidores, troca de experiências e assinatura de protocolos de cooperação importantes.

Edital
Voltado exclusivamente ao repasse a municípios, o edital Minas para Minas: Minas para o Mundo – anunciado em 23/6 pelo governador e publicado no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (29/6) - amplia o projeto iniciado no ano passado. O objetivo é fazer investimentos de marketing para divulgar e promover o potencial turístico de Minas, o aumento do número de visitantes ao estado e gerar, assim, mais empregos, renda e desenvolvimento socioeconômico.  A iniciativa representa, ainda, fortalecimento das parcerias do governo estadual com o setor privado na estruturação e promoção conjunta da marca Minas como destino.

As inscrições estarão abertas de 4 a 29/7. A previsão é de investimento em 42 projetos, divididos em quatro territórios: Gerais + Minas, 16 projetos compreendidos por todo o estado mineiro; Via liberdade, 13 projetos ao longo do corredor cultural e turístico dos municípios mineiros que conectam o noroeste mineiro ao sudeste; o Mar de Minas, com seis projetos na região composta por municípios banhados pelos Lagos de Furnas e Peixoto, além da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com sete projetos.

Ao todo está previsto o repasse de recursos para 16 projetos de apoio à comercialização (variando de R$ 100 a 150 mil para cada), 15 projetos de promoção (de R$ 100 mil para cada) e 11 projetos de apoio à estruturação e ordenamento turístico (de R$ 100 a 150 mil para cada), sendo esta última categoria novidade em relação ao edital de 2021.

Os proponentes deverão ser organizações sociais com sede em Minas Gerais que trabalham com turismo e que tenham uma oferta turística minimamente estruturada para receberem ações de apoio à comercialização, promoção e de apoio à estruturação e ordenamento turístico. Todos os projetos devem se vincular a destinos turísticos mineiros, valorizando a mineiridade presente em todo o estado, o turismo cultural, turismo de natureza, turismo de aventura, a cozinha mineira, turismo rural, turismo de negócios e eventos e o cicloturismo.

Dentre as ações de apoio à comercialização, a expectativa é que sejam criadas viagens de reconhecimento, famtours (forma de promoção com o objetivo de familiarizar o fornecedor do produto turístico), encontros de negócios, treinamentos e elaboração de roteiros turísticos em conjunto para operadores e agentes de viagens, e criação, produção e divulgação de catálogo online, seguindo a tendência de compra do turista e a participação em feiras e eventos comerciais nacionais.

Nas ações de promoção está prevista contemplar projetos que tenham como objeto a criação e divulgação de materiais promocionais digitais de promoção turística, tráfego pago, ações com influenciadores digitais e demais veículos de comunicação, publicidade ou propaganda do destino, produções audiovisuais de valorização de destinos turísticos, merchandising, produção e aquisição de fotos e vídeos de alta qualidade de promoção do destino, desenvolvimento de aplicativos, website e implantação de melhorias, tradução de materiais promocionais, participação em feiras e eventos.

Já nas ações de apoio à estruturação e ordenamento turístico, categoria que trouxe novas possibilidades neste edital, serão contempladas ações que tenham como objeto elaboração de roteiros, rotas e produtos turísticos autoguiados, capacitação e/ou qualificação de setores do turismo regional, elaboração de plano de marketing turístico, elaboração de marcas e identidade visual do destino, elaboração ou implementação de plano de gestão da segurança para atividades relativas a turismo de natureza, aventura ou turismo náutico, aquisição de equipamentos, como tablets, câmeras fotográficas e drones, ou ainda ferramentas, softwares que subsidiem a operacionalização de ações de marketing, como editores de fotos e criação de peças gráficas.

Turnê da Filarmônica
Todas as apresentações da Orquestra Filarmônica serão dirigidas pelo maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular. Nos espaços culturais, o repertório dos concertos contará com obras do compositor português Braga Santos (Abertura Sinfônica nº 3, op. 21), de Villa-Lobos (Choros nº 6 e Bachianas Brasileiras nº 3, sendo esta última com solo do pianista brasileiro Jean-Louis Steuerman) e de Carlos Gomes (O Escravo: Abertura e Alvorada). O mesmo repertório será apresentado em Belo Horizonte, na Sala Minas Gerais, nos dias 1 e 2/9.

O repertório do concerto ao ar livre levará para o festival “Lisboa na Rua” os ritmos da cultura brasileira, destacando a variedade de estilos e as influências das nossas raízes na música orquestral feita no país. Serão obras de Alberto Nepomuceno, Eleazar de Carvalho, Francisco Mignone, Gilberto Mendes, Guerra-Peixe, Lorenzo Fernandez e Carlos Gomes.

Também nas comemorações dos 200 anos da Independência, a Filarmônica lançará um CD com obras escritas pelo imperador Dom Pedro I e gravadas em parceria com o Itamaraty e o selo internacional Naxos, como parte da série "A música do Brasil".

O diretor presidente do Instituto Cultural Filarmônica, Diomar Silveira, destaca que a turnê em Portugal apresentará o que há de melhor na música sinfônica produzida em Minas. "A Filarmônica de Minas Gerais leva a Portugal um belo programa de concertos, proporcionando a apreciação da qualidade artística da orquestra e a grandeza da produção musical brasileira no campo da música sinfônica. Assim fazendo, apresentará em solo europeu uma das expressões do rico patrimônio cultural de Minas Gerais e a imagem de um Brasil comprometido com a Cultura, tecida pela história destes dois povos", diz.

O maestro Fabio Mechetti ressalta o orgulho da orquestra em fazer sua primeira turnê europeia, incluída nas celebrações dos 200 anos da Independência do Brasil. “Levaremos ao nosso país irmão um repertório luso-brasileiro, com obras significativas do melhor da música sinfônica dos dois países e a participação de Jean-Louis Steuerman, um dos nomes mais importantes dentre os pianistas brasileiros. Os concertos, que serão realizados na semana da Independência, em três cidades portuguesas, não só levarão o nome do Brasil e de Minas Gerais à Europa, mas consolidarão o trabalho que a Filarmônica vem fazendo há quase quinze anos, como algo que representa o melhor da cultura brasileira".

A Turnê da Filarmônica de Minas Gerais a Portugal é apresentada pelo Governo de Minas Gerais e Cemig, com o apoio cultural do Banco Master, sendo uma realização do Instituto Cultural Filarmônica, da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo e do Governo de Minas Gerais.

 

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Belezas naturais, históricas e culturais se destacam como os principais atrativos das cidades mais procuradas no Estado. 

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Foto: Xará

 

Minas Gerais é o segundo lugar mais procurado por turistas no Brasil. Essa informação foi divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério do Turismo. Segundo o relatório, 11,4% das viagens nacionais foram realizadas para Minas, entre os anos de 2020 e 2021.

Historicamente as cidades mineiras que despertam o maior interesse dos turistas são: Ouro Preto, Capitólio, Belo Horizonte, Tiradentes, Diamantina, São Thomé das Letras, Poços de Caldas, Mariana, Camanducaia e Brumadinho.

Confira abaixo os principais atrativos de cada uma:

Ouro Preto

A aproximadamente 100 quilômetros de Belo Horizonte, a cidade é referência quando se fala em cidades históricas. Os seus principais atrativos são os casarões, museus e igrejas.

Capitólio

Com diversas cachoeiras e o famoso Lago de Furnas à disposição, a cidade que fica a aproximadamente 280 quilômetros da capital é uma ótima opção para quem gosta de turismo náutico e de aventura.

Belo Horizonte

A capital mineira conta com diversos atrativos, como o Mercado Central, eleito pela revista TAM nas Nuvens o terceiro melhor do mundo; o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, considerado patrimônio cultural da humanidade; além de diversos bares, parques, praças e centros culturais.

Tiradentes

Se destaca como uma das principais cidades turísticas do Estado e está a aproximadamente 190 quilômetros de BH. A cidade conta com belezas naturais, diversos eventos culturais e opções gastronômicas e históricas.

Diamantina

Considerada a cidade da música, a cidade do ex-presidente da república Juscelino Kubitschek está a quase 300 quilômetros da capital e conta com vários atrativos históricos e naturais.

São Thomé das Letras

A aproximadamente 310 quilômetros de BH, a cidade reúne muitas grutas, cachoeiras, casas e ruas de pedra, além do seu principal destaque, o pôr do sol na Casa da Pirâmide.

Poços de Caldas

Com um imponente hotel no meio da cidade, ela conta com atrativos naturais e culturais. Estando a aproximadamente 300 quilômetros de Belo Horizonte. Os seus pontos turísticos foram utilizados como cenários para a novela 'Além da Ilusão', da TV Globo, neste ano.

Mariana

A cidade está bem próxima a Ouro Preto e tem espalhados pela sua paisagem diversos casarões históricos e igrejas que ajudam a contar a história do Estado. Ela está a quase 120 quilômetros de Belo Horizonte. 

Camanducaia

O destino é mais conhecido pelo nome de seu distrito, Monte Verde, que atrai diversos turistas devido a sua baixa temperatura. Sua distância da capital é de aproximadamente 390 quilômetros.

Brumadinho

Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, a cidade abriga o Instituto Inhotim, um dos maiores museus a céu aberto do mundo. 

O Centro Cultural Unimed-BH Minas convoca cantores intérpretes da música brasileira para participar do Sarau Minas Tênis Clube, edital de ocupação do Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Serão selecionados quatro novos talentos da música brasileira, premiando cada um com um show no Teatro, em outubro. As inscrições gratuitas poderão ser feitas, somente on-line, até 26/7, no site do Minas Tênis Clube, e o resultado será divulgado em 12 de agosto. Confira o edital. O Sarau Minas Tênis Clube tem apoio promocional da Alvorada FM.

Cada intérprete selecionado para se apresentar na 6ª edição Sarau Minas Tênis Clube escolherá para o repertório do seu show a obra de um artista brasileiro, com total liberdade para fazer novos arranjos. É importante que o candidato não repita as propostas de shows que já foram realizadas nos Saraus anteriores (confira aqui). No repertório das músicas da apresentação, poderão ser incluídas até três canções autorais. Os selecionados terão à disposição o rider técnico do Teatro, assessoria de comunicação, produção de material de divulgação, gravação bruta em multipista do áudio do show e ajuda de custo no valor de R$ 2.620 (líquido). Os shows serão apresentados pela jornalista e atriz Christiane Antuña.

Participante da última edição do Sarau Minas Tênis Clube, em 2021, a cantora Flaviane Orlando fez show com a obra de Elza Soares. “O tributo a Elza Soares era algo que já tinha executado e que gostaria de ter o registro e maior visibilidade, e sabia que conseguiria com o Sarau, consegui o que esperava e muito mais”, revela a artista que é natural de Sete Lagoas e veio para a capital mineira para estudar canto popular na UFMG. “O Sarau me abriu portas na cena, conhecimento de trabalho, consegui mostrar aos espectadores quem é a Flaviane cantora! E isso foi maravilhoso”, conta a cantora.

Quanto a produção do edital de ocupação, Flaviane Orlando observa que o Sarau é uma experiência relevante para o artista. “A produção do Sarau é impecável, está realmente ali para que o artista consiga expressar com totalidade seu trabalho, tive a alegria de participar de uma edição ao lado de grandes amigos da música de Belo Horizonte, foi no mínimo enriquecedora”, afirma.

Um dos objetivos do Sarau Minas Tênis Clube é mostrar ao público a obra de grandes nomes da música brasileira na voz de novos artistas da música mineira. Flaviane confirma essa característica. “Além da sua arte ser valorizada da forma certa, ter um material gravado em alta qualidade, poder mostrar seu trabalho a futuros ouvintes, você não precisa se preocupar de já estar inserido na cena de BH, basta você ter um trabalho de qualidade e relevância que você terá grandes chances de pisar no palco do Sarau Minas Tênis Clube”, diz a artista.

EDITAL DO SARAU MTC 2022
TERMO DE AUTORIZAÇÂO SARAU 2022
FICHA DE INSCRIÇÃO

 

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Cidades, circuitos e espaços culturais começam a se preparar para o encerramento do ano da Mineiridade com atividades para o natal

O Ano da Mineiridade está chegando ao fim e, para celebrar os bons resultados nos segmentos da Cultura e Turismo, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) dá início, em novembro, aos eventos de Natal que vão fechar esse ano de avanços e conquistas.

As ruas de Ouro Preto serão tomadas por decorações, luzes e atrações que vão encantar visitantes e moradores já no dia 12 de novembro. O Natal Luz de Ouro Preto promete iniciar as comemorações de fim do Ano da Mineiridade com programação para a família inteira, celebrando a vida pelas ruas e cantos da cidade declarada patrimônio mundial pela Unesco

“Nosso estado cresce acima da média nacional pelo 15º mês consecutivo no segmento de turismo, segundo o IBGE. Ouro Preto é uma das grandes riquezas de Minas, com potencial turístico internacional. O Natal Luz de Ouro Preto é uma iniciativa que irá promover ainda mais a atividade turística na cidade nesta época, celebrando o final do Ano da Mineiridade. Momento de celebrarmos quem somos, nossas cidades, nossas conquistas”, define o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Uma grande árvore de natal com altura superior a seis andares será montada em frente ao Museu da Inconfidência, ícone da Praça Tiradentes, no Centro Histórico de Ouro Preto. O Museu da Inconfidência foi inaugurado em 1944 para preservar, pesquisar e divulgar objetos e documentos relacionados à Inconfidência Mineira, atualmente é um dos mais visitados do país.

O Natal Luz em Ouro Preto tem o apoio da Secult-MG, é uma realização da prefeitura de Ouro Preto e do Grupo Oliveira Costa, com patrocínio da Cedro Mineração, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal via Ministério do Turismo e Secretaria Especial de Cultura, e produção da Holofote.

Festividades

Tradição não falta mesmo em Minas. E a de montar presépios no natal será reforçada pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), que integra a programação do Natal Luz de Ouro Preto com a realização histórica da 50ª Edição do Concurso Nacional de Presépios. Entre 07/12 a 06/01 os presépios inscritos e selecionados no concurso serão expostos na Galeria de Arte Nello Nuno. Durante a mostra, o público votará no presépio mais bonito e o júri técnico também avaliará os trabalhos. Os vencedores receberão premiação em dinheiro.

A abertura da exposição será no dia 7 de dezembro (quarta-feira), com a presença do Grupo de Pastorinhas do Padre Faria e Orquestra do Rosário.

A Faop realiza também uma exposição de presépios vencedores em edições passadas em Belo Horizonte, no Centro de Arte Popular (CAP). Em Guaxupé a Faop tem apoiado a realização de um concurso regional, aos moldes do que é realizado em Ouro Preto há 50 anos. O apoio tem sido dado na elaboração do edital, na curadoria dos inscritos e, na montagem da exposição.

Campeo Juri Tcnico 2017 Autora Marialda Coury Patos de Minas Creditos Asscom Faop

Presépio vencedor em 2017 - Autora Marialda Coury de Patos de Minas.

Os museus, biblioteca e equipamentos culturais que integram a Secult-MG também se preparam para o encerramento do ano da Mineiridade. O Museu Casa Guignard em Ouro Preto realiza a tradicional Oficina de Cartões Natalinos, direcionada ao público em geral. Em Cordisburgo, o Museu Casa Guimarães Rosa encerra as celebrações do natal com a tradicional visita da Folia de Reis ao Museu para realizar a cerimônia de "Desmonte do Presépio", ocasião em que os membros da Folia - representando os três Reis Magos - prestam suas homenagens ao Menino Jesus.

Na Biblioteca Pública Estadual a exposição BAX - Poesia da Fé estará em cartaz a partir de 19 de novembro. Bax, mais conhecido como pintor, transitou também pela literatura, pela imprensa, pelo teatro e pelos meios acadêmicos. A exposição conta com telas, desenhos, raras edições e documentos da trajetória de Bax ainda pouco contemplada pelos apreciadores das artes e pelo público em geral.

A iluminação da Praça da Liberdade, um dos locais mais emblemáticos da capital mineira, é outro evento ansiosamente aguardado na época do natal. Este ano, a expectativa é que seja a maior e mais abrangente iluminação dos últimos tempos. Afinal, motivos para celebrar não faltam em Minas.

2022 – Ano da Mineiridade

A Mineiridade foi o tema de 2022, instituído pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG). Inúmeras iniciativas que celebram a diversidade da produção artística no estado, aproximando municípios e promovendo uma maior transversalidade entre os setores da cultura e do turismo e de todos os profissionais envolvidos nesses segmentos, foram desenvolvidas tendo como norte a Mineiridade.

O secretário Leônidas Oliveira destaca a importância da iniciativa para despertar o sentimento de orgulho do povo mineiro. “Trabalhamos o ano de 2022 para tornar o destino Minas Gerais um dos mais escolhidos pelos turistas. E, para isso, nada melhor do que exaltar as características únicas pelas quais o povo mineiro é reconhecido. O jeito mineiro de ser e de receber. E os resultados alcançados têm mostrado que estamos no caminho certo”, finaliza o secretário.

Minas Gerais apresenta crescimento acima da média nacional, registrado para o setor de Turismo, pelo 15º mês consecutivo, segundo dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fotografias:

Papai Noel - Ane Souz

Presépio - Asscom/Faop

No dia 28 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, músicos e musicistas da Orquestra apresentam o terceiro concerto da série “Filarmônica em Câmara”, em 2022. Os músicos Rafael Alberto, Hilvic González, Daniel Lemos, Sérgio Aluotto e Werner Silveira, na percussão, abrem o concerto da noite com duas obras: O canto da serpente, de Eckhard Kopetzki, e Marimba Spiritual, de Minoru Miki. Em seguida, Públio Silva, no oboé; Gideôni Loamir, no violino; Nathan Medina, na viola, e Emília Neves, no violoncelo, interpretam a peça Quarteto para oboé e cordas em Fá maior, K. 370, de Mozart.  O Octeto para cordas em Dó maior, op. 7, de George Enescu, encerra a apresentação com Luis Andrés Moncada, Laura Von Atzingen, Wesley Prates e Wagner Oliveira nos violinos, com Mikhail Bugaev e Valentina Shmyreva, nas violas, e com Camilla Ribeiro e Lucas Barros nos violoncelos.  Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). 

De acordo com as orientações da Prefeitura de Belo Horizonte para a prevenção da covid-19 em ambientes fechados (Portaria nº 375/2022, publicada no dia 14 de junho de 2022), o uso de máscara é obrigatório na Sala Minas Gerais. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Usiminas, com apoio cultural da Minasmáquinas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

PROGRAMA:

Filarmônica em Câmara
28 de junho – 20h30
Sala Minas Gerais 

ECKHARD KOPETZKI      O canto da serpente

Rafael Alberto, percussão

Hilvic González, percussão

Sérgio Aluotto, percussão

Werner Silveira, percussão

MINORU MIKI             Marimba Spiritual

Rafael Alberto, marimba

Daniel Lemos, percussão

Sérgio Aluotto, percussão

Werner Silveira, percussão

MOZART                Quarteto para oboé e cordas em Fá maior, K. 370

Públio Silva, oboé

Gideôni Loamir, violino

Nathan Medina, viola

Emília Neves, violoncelo

 

GEORGE ENESCU                  Octeto para cordas em Dó maior, op. 7

Luis Andrés Moncada, violino

Laura Von Atzingen, violino

Wesley Prates, violino

Wagner Oliveira, violino

Mikhail Bugaev, viola

Valentina Shmyreva, viola

Camilla Ribeiro, violoncelo

Lucas Barros, violoncelo

 

Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h 

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana 
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado 
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo

 

 

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Imagem: Vinícius Correia

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41 bares de BH e região metropolitana criaram pratos com ingredientes marcantes da Cozinha Mineira

Realizado pela Abrasel, com apoio regional da Cemig Sim e Rede 98FM, começa nesta quinta (27/10), o Festival Bar em Bar em 830 bares de 18 Estados e Distrito Federal. Em Minas Gerais, o evento conta com o tema Mineiridade em 41 estabelecimentos espalhados por Belo Horizonte e região metropolitana até o dia 13 de novembro.

Para celebrar o início do festival, foi realizado nessa segunda (24/10) o evento oficial de abertura no Boivindo, que é um dos participantes, no bairro Horto, na capital. Autoridades marcaram presença, como o presidente da Abrasel em Minas Gerais, Matheus Daniel; a secretária adjunta de Estado de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa; o diretor de Políticas de Turismo e Inovação da Belotur, Marcos Boffa; e o representante da Cemig Sim, Roberto Bastianetto.

Durante sua participação no evento, a secretária adjunta parabenizou à Abrasel pela realização do festival e comemorou os números positivos registrados pelo turismo em Minas Gerais. “Analisando os dados do nosso programa Reviva Turismo, construído em conjunto com o Conselho Estadual de Turismo, vemos que dos 100 mil empregos gerados até julho deste ano, quase 23% correspondem a bares e restaurantes.”

Pedrosa ainda lembrou do trabalho realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo para o modo de fazer o queijo artesanal de Minas Gerais ser registrado como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. “Recentemente entregamos ao IPHAN o documento que oficializa a solicitação do registro. Será mais uma vitória para nosso Estado, que é o Planeta Queijo.”

Já o presidente da Abrasel ressaltou a importância do evento em Belo Horizonte. “Eventos gastronômicos, como o Bar em Bar, integram uma cadeia de valor complexa: desde os pequenos produtores, os prestadores de serviços, o varejo e até mesmo a indústria de alimentos e bebidas. Todos possibilitam a valorização da cultura local, os sabores, o modo de fazer e receber, configuram-se em um diferencial competitivo para a cidade, os empresários e os profissionais da gastronomia envolvidos”

Mineiridade

Todas as casas participantes criaram pratos especiais com a temática ‘mineiridade’. É possível saborear diversas opções marcantes da cozinha mineira, como bolinhos de tropeiros recheados e polpetine de carne de sol do Norte de Minas, costelinha desossada com creme de ora pro nobis, entre outros.

Todos os participantes estão disponíveis aqui. (https://barembar.com.br/)

Foto: Léo Bicalho

 

Repertório conta com obras de célebres compositores latino-americanos e estadunidenses do século XX

Quando se fala em música erudita, geralmente a primeira referência que se tem são as composições de artistas europeus. Mas o continente americano também produziu muitas obras inesquecíveis dentro da tradição clássica. É justamente na tentativa de mostrar como a música americana é rica e de altíssima qualidade que a Fundação Clóvis Salgado apresenta, por meio da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o concerto Música das Américas, em mais uma edição das séries Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto. A regência é de Sílvio Viegas, maestro titular da OSMG, com participação da soprano Janaína Lemos.

O programa inclui obras dos compositores brasileiros, Lorenzo Fernandes e Camargo Guarnieri; mexicanos, Arturo Marquez e Silvestre Revueltas; e dos norte-americanos George Gershwin e Leonard Bernstein. As obras mostram as raízes de cada um dos países representados, além de suas inspirações e influências, mostrando um pouco do melhor que cada país produziu.

Trechos do repertório serão interpretados no dia 28 de junho (terça-feira), ao meio-dia, com entrada gratuita. Já no dia seguinte, 29 de junho (quarta-feira), o repertório completo será apresentado em uma Noite de Gala, às 20h30, com ingressos a R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada).

Para o concerto “Sinfônica ao Meio-Dia” os convites poderão ser retirados no site da Eventim ou na bilheteria do Palácio das Artes, e será permitido, no máximo, um par de ingressos por CPF. Nas duas ocasiões, os concertos ocorrem no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com classificação indicativa Livre.

Um pouco de cada canto
O maestro Sílvio Viegas considera difícil destacar uma composição dentre todas as que serão interpretadas: “Todas são obras-primas, cada qual com seu colorido e energia. Mas para que fale de cada país, comento o Batuque de Lorenzo Fernandes, inspirando na dança dos escravos brasileiros, Sensemaya de Revueltas, que foi inspirada em uma história mitológica africana e faz parte da cultura cubana – e que narra um ritual para a morte de uma serpente –, e Glitter and Be Gay, de Leonard Bernstein, por ser uma das árias mais lindas, teatrais e desafiadoras do repertório lírico do século XX”.

Ainda segundo Viegas, a intenção do concerto é exatamente mostrar quão diversificada, empolgante e vibrante é a música sinfônica das Américas. Embora o repertório conte com obras muito diferentes entre si, como o já citado poema sinfônico Sensemaya, forte e vigoroso, e a também mencionada ária Glitter and be Gay, mais cômica, o maestro ressalta que a unidade na apresentação se dá pela própria qualidade das obras e pela importância de divulgá-la sempre e cada vez mais.

Performances desafiadoras
Dentre as arias, para a soprano Janaína Lemos, não há dúvidas sobre qual é a mais desafiadora: “Com certeza é Glitter and be Gay, porque é uma ária muito singular. Cunegonde (personagem da ópera Candide, de Leonard Bernstein) vive sentimentos muito contraditórios. Ela se dá conta e sofre com o papel subjugado que assume na sociedade, mas ao mesmo tempo hesita em abandonar essa “jaula” e perder a vida luxuosa que leva. É uma personagem muito complexa e a música exige um malabarismo vocal muito grande, e muita resistência. Mas é uma aria que eu amo e me divirto muito em cantar”.

Sílvio Viegas diz que a escolha das árias foi em função justamente da qualidade da voz que dará vida às passagens escolhidas: “Temos uma jovem e brilhante soprano coloratura, e como é bom saber que temos cada vez mais pessoas que já nessa altura da vida investem no canto lírico. Busco sempre dar oportunidades a jovens músicos, e quando encontramos uma solista com a qualidade que a Janaína Lemos tem, temos de aproveitar, escolhendo o que há de melhor para a voz dela”, explica.

Outras obras bem mais conhecidas, mas não menos complexas, são as que fazem parte do musical West Side Story. A peça teatral já deu origem a dois filmes aclamados, e um deles foi lançado no último ano, concorrendo a vários prêmios no Oscar. Para Viegas, a Abertura do musical foi escolhida por se tratar de uma obra vibrante, colorida e desafiadora para os instrumentistas. Mas o maestro ressalta: “É claro que fazer um trecho dessa obra que é tão linda e que teve uma brilhante refilmagem assinada por Steven Spielberg, faz com que o repertório se torne ainda mais atrativo para o público”.

Muita emoção e teatralidade
Fechando as performances com participação da solista, o programa conta também com a ária Summertime, da ópera Porgy and Bess, de George Gershwin. A história já foi montada na íntegra pela Fundação Clóvis Salgado em 2017, e é considerada a obra-prima da produção operística norte-americana. Janaína Lemos conta que ela guarda uma relação especial tanto com a música quanto com Gershwin. “Summertime é uma ária que eu fiquei muito feliz de saber que estaria no programa. Eu acho a música dele muito interessante pela variedade de influências, como a da música francesa e do jazz. Além disso, politicamente ele assumiu uma postura importantíssima na luta anti-racista. É sem dúvida um artista de primeira grandeza”.

O maestro Silvio Viegas promete uma noite vibrante, com muita emoção e algumas surpresas: “O público ficará encantado com o repertório apresentado. Será um grande desafio para todos nós, pois trata-se de um repertório de grande virtuosismo, e teremos a participação de uma extraordinária solista, que se apresenta pela primeira vez com a Sinfônica, além de outras surpresas que somente quem comparecer descobrirá”, garante.

Programa:

Sensemaya – Silvestre Revueltas
Batuque – Lorenzo Fernandes
Abertura Festiva – Camargo Guarnieri
Abertura Candide – Leonard Bernstein
Glitter and be Gay, da ópera Candide – Leonard Bernstein
Abertura West Side Story – Leonard Bernstein
Danzon N° 2 – Arturo Marquez
Summertime da ópera Porgy and Bess – George Gershwin
I Feel Pretty, do musical West Side Story – Leonard Bernstein

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-Dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas.

Sílvio Viegas
Regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, é professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes, em Belo Horizonte, de 2003 a 2005; maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de 2008 a 2015 e diretor artístico interino do mesmo teatro de 2011 a 2012. Desde o início de sua carreira tem se destacado pela atuação no meio operístico, regendo títulos como O Navio Fantasma, L’Italiana in Algeri, O Barbeiro de Sevilha, Don Pasquale, Così fan Tutte, Le Nozze di Figaro, A Flauta Mágica, Carmen, Cavalleria Rusticana, Romeu e Julieta, Lucia di Lammermoor, Il Trovatore, Nabucco, Otello, Falstaff, Salome, La Bohème, La Traviata e Tosca. Como convidado, esteve à frente da Orquestra da Arena de Verona, Sinfônica de Roma, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Sinfônica Brasileira (OSB), Teatro Argentino de La Plata (Argentina), Filarmônica de Montevidéu e Sinfônica do Sodre (Uruguai), Amazonas Filarmônica, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Paraná, Sinfônica do Theatro São Pedro-SP, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, entre outras.

Janaína Lemos
Iniciou-se na música aos cinco anos com o violino, tendo sua mãe e avó, Marisa e Ed Lemos, como mentoras. É bacharela em Canto e Arte Lírica pela USP, sob orientação de Yuka de Almeida Prado. Integrou a Academia de Ópera do Theatro São Pedro. Junto à Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, solou a Missa em Dó Menor de W. A. Mozart e interpretou Amore na ópera Orfeu ed Euridice, de C. W. Gluck. Diante da USP-Filarmônica, estreou a obra que lhe foi dedicada por Rubens Russomano Ricciardi, Agora que Sinto Amor, e junto à Oficina Experimental apresentou obras como Ode for the Birthday of Queen Anne e Dixit Dominus, de Georg Friedrich Händel, Magnificat, de Manoel Dias de Oliveira e Stabat Mater, de Pergolesi. Interpretou, no Theatro São Pedro, Fé-an-nich-ton na ópera Ba-ta-clan de Offenbach. Participou de masterclasses com Lucia Duchoňova (Eslováquia), Bo Lundby-Jaeger (Dinamarca), Gabriela Herrera (México), Dominique Gless (França), Ruth Ziesak (Alemanha), Elizabeth Scholl (Alemanha) e Maestro André dos Santos. Teve como professores Davide Rocca, Carlos Gonzaga e Paulo Mandarino.

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam as séries Sinfônica ao Meio-Dia/Sinfônica em Concerto – Música das Américas, que têm patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, AngloGold Ashanti, Instituto Unimed-BH e Usiminas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio do Instituto Usiminas e correalização da APPA – Arte e Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

 

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Imagem: Paulo Lacerda

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A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) lamenta o falecimento de David Cohen, fundador da Belvitur Viagens, a maior agência de viagens de Minas Gerais, nessa sexta-feira (21/10), aos 88 anos. 

Um dos veteranos ainda ativos no turismo, Cohen estava no mercado há quase 60 anos e, recentemente, foi notícia ao comprar uma das três maiores operadoras de turismo do país, a Flytour. Ele também atuava nas áreas de coworking, tecnologia, estacionamentos e consolidadora.

Neste momento difícil, a Secult presta solidariedade à família e amigos do empresário que deixa seu legado como um dos nomes mais importantes da indústria do turismo de Minas Gerais e do Brasil.

Iniciativa, que revisita a obra do nome mais importante da música modernista no Brasil, acontece nos dias 1º e 2 de julho, às 19h, na Sala Juvenal Dia. Evento é gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria do Palácio das Artes 30 minutos antes das apresentações

Com aproximadamente duas mil peças escritas, Heitor Villa-Lobos é considerado o compositor mais prolífico e importante do Brasil. Para evidenciar o legado, revisitar a obra e a importância do músico carioca na contemporaneidade, em especial na música mineira, a Fundação Clóvis Salgado realiza nos dias 1º e 2 de julho, às 19h, o evento INSTRUMENTAL VILLA-LOBOS. A programação é presencial e acontece na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes. O evento é gratuito, com retirada de ingresso na bilheteria do espaço 30 minutos antes das apresentações.         

O INSTRUMENTAL VILLA-LOBOS conta com a participação de músicos mineiros que interpretam ao vivo obras do compositor modernista. Fernando Araújo, Renata Xavier, Celso Faria, Patrícia Valadão e a família Barros são alguns dos nomes que participam do evento. “Tivemos a felicidade de fazer convites não só pela técnica e qualidade musical dos artistas. Convidamos músicos que gostam de tocar, que têm prazer em participar desse tipo de inciativa”, pontua Carminha Guerra, curadora do evento e proprietária do selo Karmim.

Os concertos levam ao público interpretações de “O canto do Cisne Negro”, “Bachianas Brasileiras“, os “Prelúdios I, II, III, IV, e V”, além de outros clássicos do compositor carioca. “Trouxemos para as apresentações o violoncelo, que foi primeiro instrumento que Villa-Lobos estudou. Teremos no programa um quarteto musical, com um arranjo primoroso elaborado por Eliseu Barros para a composição “A lenda do caboclo”. Também haverá a execução do “Quinteto Instrumental I, II e III”, uma peça pouco explorada que leva harpa no formato. Contamos ainda com os músicos Renata Xavier, na flauta, e William Neres, no violoncelo, para a execução de “Assobio a jato”, revela Carminha.

A programação ainda traz o flautista Mauro Rodrigues e o contrabaixista Enéias Xavier, que interpretam peças de compositores que influenciaram Villa-Lobos, como Bach. A dupla também realiza releituras de obras de Pixinguinha, Garoto e Tom Jobim, que trazem em suas composições a influência significativa do compositor carioca.

Com traços marcantes da cultura brasileira, Villa-Lobos trouxe novas concepção estéticas para tradicionais peças musicais. Carminha Guerra, acredita que a música pode ser dividida em antes e depois do artista. “Ele foi um expoente do modernismo e se tornou uma referência mundial. Villa-Lobos traz o Brasil para a música, interpreta nossa brasilidade com quartetos, quintetos e obras para o violão”, explica Carminha.

Na vanguarda da experimentação, Villa-Lobos incorporou o violão em suas composições numa época em que o instrumento era tido como algo menor dentro da música, inclusive associado à marginalidade. “Ele leva o violão, como raiz do povo brasileiro, para as grandes orquestras. A obra musical composta em cordas é uma referência no mundo inteiro, principalmente os prelúdios”, aponta Guerra.

Músicos convidados

MAURO RODRIGUES
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 11 de novembro de 1956. Iniciou seus estudos de música na FEA (Fundação de Educação Artística). Graduado em flauta pela Universidade Federal de Minas Gerais, estudou ainda com os professores Antônio Carlos Carrasqueira (SP), Bettine Clemen (USA) e Odete Ernest Dias (BSB). É Mestre em Musicologia pelo Conservatório Brasileiro de Música. Atua como instrumentista e arranjador em concertos e gravações com artistas como Toninho Horta, Hermeto Paschoal, Paulinho Pedra Azul, Tavinho Moura, Paulo Moura, Nelson Aires, Juarez Moreira, Iuri Popoff, Beto Guedes, Lô Borges, Markú Ribas, Roberto Corrêa, Babaya, Adélia Prado, dentre outros. Atualmente, é professor assistente na EMUFMG.

PATRICIA VALADÃO
Natural de Ipatinga - MG, professora da UEMG - Universidade Estadual de Minas Gerais. Pianista e cravista, bacharel e também mestre em piano pela UFMG. Aluna do professor Miguel Rosseline. Como pianista, solista, apresentou-se em importantes salas de concerto, em alguns estados brasileiros e fora do país. Patrícia ocupa o posto de pianista oficial dos concursos Internacionais de Canto Bidu Sayão e Luisa Todi, em Setubal, Portugal, desde 2001. Tem-se destacado, ao longo de uma década, como co-repetidora de cantores e instrumentistas de naipes diversificados. Participa regularmente em produções de ópera e concertos sinfônicos.

FAMÍLIA BARROS
Nascidos em família de músicos, os irmãos Elias, Eliseu, Alexandre, William, Gláucia Barros iniciaram seus estudos musicais, ainda crianças, com o próprio pai. São todos músicos premiados em diversos concursos de solistas; possuem grande experiência como concertistas, em orquestras, e, ainda, como professores. Atualmente, se juntou ao grupo musical familiar o violocelista Lucas Barros, de apenas 14 anos, e que é filho de Gláucia. Lucas, apesar da tenra idade, foi vencedor do concurso Jovem Solista, promovido pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, por dois anos consecutivos: 2010 e 2011. Já solou, ainda, com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob a regência do maestro Fábio Costa, em 2009.

RENATA XAVIER
Iniciou seus estudos de música aos sete anos de idade, no Conservatório Estadual de Música de Pouso Alegre, sua cidade natal. Em 1999, ingressou no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista-UNESP, concluindo seu bacharelado em 2002, sob a orientação de Jean Noel Saghaard. Também foi aluna de Rogério Wolf. Atuou como solista junto à Orquestra Jovem de Guarulhos, Orquestra de Câmara da UNESP, Orquestra Ouro Preto e Filarmônica de Minas Gerais.

CELSO FARIA
Nascido em Passos (MG) no ano de 1979, Celso Faria iniciou seus estudos musicais, de maneira autodidata, aos dez anos de idade. Em 1994, ingressou no “Curso de Formação Musical” da Escola de Música da UFMG, estudando na classe do professor José Lucena Vaz. Na UFMG obteve o título de bacharel em violão, sob a orientação do professor Fernando Araújo. É especialista em Música Brasileira – Práticas Interpretativas pela Universidade do Estado de Minas Gerais e Mestre em Performance Musical pela UFMG. Também estudou violão com Beto Davezac, na Fundação de Educação Artística (Belo Horizonte) e música de câmara com Norton Morozowicz, na UERJ CLÁSSICA, parceria UERJ/ Universidade de Música de Karlsruhe - Alemanha (Rio de Janeiro).

É o idealizador, produtor e apresentador do ciclo de entrevistas “O Charme do Violão Mineiro”, que ocorre toda semana no seu canal do YouTube, enfocando a cadeia produtiva ligada ao violão em Minas Gerais. Como produtor cultural, Celso Faria tem realizado diversos espetáculos no estado de Minas Gerais. Sua produção fonográfica/audiovisual incluem os álbuns Romancero Gitano, com o Coro Madrigale (selo independente, Belo Horizonte, 2006); 100 anos de ArthurBosmans (selo “Minas de Som”, Belo Horizonte, 2011); Recital Mineiro - obras de Carlos Alberto Pinto Fonseca e Arthur Bosmans (selo independente, Belo Horizonte, 2019),que teve turnê de lançamento em 23 cidades de Minas, e Manuscritos de Buenos Aires - Obras de Francisco Mignone, com o soprano Mônica Pedrosa e o violonista Fernando Araújo (selo “SESC-SP”, São Paulo, 2021); e o DVD que acompanha o livro Caminhos, encruzilhadas e mistérios, de Turíbio Santos (selo “Artviva”, Rio de Janeiro, 2014).

WILLIAM NERES

Graduação em música pela Universidade Federal de São João Del-Rei (2014) e aperfeiçoamento pela École Normale de Musique de Paris/ Alfred Cortot (2015). Atuou nas Orquestras: Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica de Pouso Alegre, Jazz Sinfônica de São José do Rio Pardo e Sinfônica de Poços de Caldas. Suas participações em master classes incluem aulas com Helga Hinold, Dmitry Kouzov, Roland Pidoux, Victor Uzur, Matias de Oliveira, Jeffrey Lastrapes, Hugo Pilger, Márcio Carneiro, Fábio Presgrave, Robert Suetholz e outros. Foi premiado nos concursos: Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio (Pró Música/UFJF), Prêmio Eleazar de Carvalho (Festival Campos do Jordão), Série Jovem Músico BDMG (BH), Programa Segunda Musical (BH) e Concurso Música XXI (UFSJ).

CLÉMENCE BOINOT

Nascida em Cergy-Pontoise, na França, a musicista estudou na Haute École de Musique de Genebra sob orietnação de Florence Sitruk, concluindo o bacharelado em 2013. Possui mestrado em Soloist Performance. É Harpista Principal da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2017. Membro-fundadora do grupo Ensemble Caravelle, premiado na categoria Music and Stage Art  pelas Universidades de Alta Especialização do Oeste da Suíça. Clémence participou de apresentações em espaços como a Sala Santa Cecilia em Roma, Opera di Firenze, Philharmonie de Paris, Sala Minas Gerais, Theatro Municipal do Rio, Victoria Hall de Genebra e Abadia de Romainmôtier.

ENÉIAS XAVIER

Nascido em Belo Horizonte, o baixista, pianista, compositor e arranjador Enéias Xavier venceu o III Prêmio BDMG-Instrumental e, na mesma edição, foi eleito pelo público com a Melhor Apresentação da Noite. O multi-instrumentista gravou com nomes importantes da música nacional e internacional, como Flávio Venturini, Nelson Ângelo, Maria Schneider, Nenê, Chico Amaral, Vinícius Dorin, Paulinho Trompete, Márcio Montarroyos, Hélio Delmiro, Robertinho Silva, Lincoln Cheib, Idriss Boudrioua, Alexandre Carvalho, Wilson Lopes, Beto Lopes, Harvey Wainapel, Eileina Willians, Mark Lambert, Vana Gierig, Rogério Boccato, Proveta, Teco Cardoso, Túlio Mourão, Sandro Haick, Paulo Russo, Celso Adolfo, Juarez Moreira e Fredera. O músico é um dos mestres da Bituca – Universidade de Música Popular em Barbacena-MG. Cujo padrinho é Milton Nascimento. Enéias Xavier tem no currículo os albuns “JAMBA” e “O peregrino”.

O Modernismo em Minas Gerais
O Modernismo como trajetória histórica e cultural é fonte rica e inesgotável: deve ser vivenciado, revisitado, apreciado e preservado. Com essa premissa, o programa O Modernismo em Minas Gerais reconstitui a trajetória do movimento artístico considerado o mais marcante do século XX no Brasil.

O projeto percorre o núcleo modernista formado em Minas Gerais, principalmente Belo Horizonte, a partir da década de 1920 e evidencia a participação dos mineiros no movimento e suas contribuições em nível nacional. O programa pretende fazer com que o público entre em contato com as contribuições dos artistas nas mais diversas expressões e linguagens culturais, bem como as consequências do movimento nos mais variados domínios da arte.

O programa O Modernismo em Minas Gerais é uma parceria entre o Governo de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, a Fundação Clóvis Salgado, A APPA Arte e Cultura e o Ministério Público de Minas Gerais. O projeto é financiado com recursos do Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais (FUNEMP) e executado por meio do Contrato de Gestão com a APPA Arte e Cultura.

 

 

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Imagem: Gui Machala

 

Ouro Preto Foto Leo Bicalho

Edital integra o 4º Eixo Estratégico do Programa Reviva Turismo: Marketing, que tem como objetivo principal o aumento do número de visitantes ao estado

 A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) divulgou o resultado preliminar do edital Minas para Minas: Minas para o Mundo – Organizações da Sociedade Civil (OSC) na última terça-feira (18/10). A iniciativa visa fomentar o destino Minas Gerais no cenário nacional e internacional do turismo e integra o Programa Reviva Turismo, lançado em 2021.

O edital foi elaborado com enfoque em estratégias conectadas a parceiros-chave, as OSCs, para o fortalecimento da competitividade turística de Minas Gerais, por meio de ações de apoio à comercialização, promoção, estruturação e ordenamento de destinos turísticos mineiros. O objetivo é selecionar propostas que busquem divulgar, promover e diversificar o portfólio de produtos que apresentam o potencial turístico de Minas Gerais. Foram disponibilizados R$5.000.000,00 (cinco milhões de reais) para o certame.

A seleção foi realizada de forma criteriosa, por uma comissão de 21 pessoas, sendo 16 analistas que avaliaram as propostas levando em consideração os seguintes critérios publicados no edital: Conceito e conteúdo da proposta, Regionalização, Objeto do projeto, Viabilidade de execução da proposta, Capacidade técnica relativa à ação proposta.

Foram classificados inicialmente 35 projetos que devem apresentar documentação necessária até o dia 01/11, As OSCs com projetos desclassificados ou eliminadosda concorrência têm prazo para interposição dos recursos até o dia 24/10. A Secult-MG fará a análise dos recursos e divulgará o resultado final ainda no dia 11 de novembro.

De acordo com o Superintendente de Marketing Turístico, Antônio Francisco Monteiro Mourão, essa primeira etapa da classificação demonstrou que há necessidade de as OSCs terem maior atenção com as exigências do edital. “De maneira geral, as ideias eram boas e compatíveis com as categorias propostas em edital. No entanto, algumas foram inscritas em categorias inadequadas e outras precisam ser escritas com mais clareza e detalhamento. Identificamos uma necessidade de capacitação para elaboração de projetos para editais e inserimos essa demanda em nosso cronograma de 2023”, explica Mourão.

A previsão para o repasse deste recurso é em fevereiro de 2023, quando os projetos deverão ter a execução iniciada. O prazo máximo para término da execução é o mês de janeiro de 2024.

O Resultado preliminar do Edital Minas para Minas: Minas para o Mundo está publicado na área de Editais e Documentos ˃ Outros Editais e Documentos, no site da Secult. Confira aqui, neste link.

Fotografia: Leonardo Bicalho

 

 

Iniciativa, que revisita a obra do nome mais importante da música modernista no Brasil, acontece nos dias 1º e 2 de julho, às 19h, na Sala Juvenal Dia. Evento é gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria do Palácio das Artes 30 minutos antes das apresentações

Com aproximadamente duas mil peças escritas, Heitor Villa-Lobos é considerado o compositor mais prolífico e importante do Brasil. Para evidenciar o legado, revisitar a obra e a importância do músico carioca na contemporaneidade, em especial na música mineira, a Fundação Clóvis Salgado realiza nos dias 1º e 2 de julho, às 19h, o evento INSTRUMENTAL VILLA-LOBOS. A programação é presencial e acontece na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes. O evento é gratuito, com retirada de ingresso na bilheteria do espaço 30 minutos antes das apresentações.         

O INSTRUMENTAL VILLA-LOBOS conta com a participação de músicos mineiros que interpretam ao vivo obras do compositor modernista. Fernando Araújo, Renata Xavier, Celso Faria, Patrícia Valadão e a família Barros são alguns dos nomes que participam do evento. “Tivemos a felicidade de fazer convites não só pela técnica e qualidade musical dos artistas. Convidamos músicos que gostam de tocar, que têm prazer em participar desse tipo de inciativa”, pontua Carminha Guerra, curadora do evento e proprietária do selo Karmim.

Os concertos levam ao público interpretações de “O canto do Cisne Negro”, “Bachianas Brasileiras“, os “Prelúdios I, II, III, IV, e V”, além de outros clássicos do compositor carioca. “Trouxemos para as apresentações o violoncelo, que foi primeiro instrumento que Villa-Lobos estudou. Teremos no programa um quarteto musical, com um arranjo primoroso elaborado por Eliseu Barros para a composição “A lenda do caboclo”. Também haverá a execução do “Quinteto Instrumental I, II e III”, uma peça pouco explorada que leva harpa no formato. Contamos ainda com os músicos Renata Xavier, na flauta, e William Neres, no violoncelo, para a execução de “Assobio a jato”, revela Carminha.

A programação ainda traz o flautista Mauro Rodrigues e o contrabaixista Enéias Xavier, que interpretam peças de compositores que influenciaram Villa-Lobos, como Bach. A dupla também realiza releituras de obras de Pixinguinha, Garoto e Tom Jobim, que trazem em suas composições a influência significativa do compositor carioca.

Com traços marcantes da cultura brasileira, Villa-Lobos trouxe novas concepção estéticas para tradicionais peças musicais. Carminha Guerra, acredita que a música pode ser dividida em antes e depois do artista. “Ele foi um expoente do modernismo e se tornou uma referência mundial. Villa-Lobos traz o Brasil para a música, interpreta nossa brasilidade com quartetos, quintetos e obras para o violão”, explica Carminha.

Na vanguarda da experimentação, Villa-Lobos incorporou o violão em suas composições numa época em que o instrumento era tido como algo menor dentro da música, inclusive associado à marginalidade. “Ele leva o violão, como raiz do povo brasileiro, para as grandes orquestras. A obra musical composta em cordas é uma referência no mundo inteiro, principalmente os prelúdios”, aponta Guerra.

Músicos convidados

MAURO RODRIGUES
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 11 de novembro de 1956. Iniciou seus estudos de música na FEA (Fundação de Educação Artística). Graduado em flauta pela Universidade Federal de Minas Gerais, estudou ainda com os professores Antônio Carlos Carrasqueira (SP), Bettine Clemen (USA) e Odete Ernest Dias (BSB). É Mestre em Musicologia pelo Conservatório Brasileiro de Música. Atua como instrumentista e arranjador em concertos e gravações com artistas como Toninho Horta, Hermeto Paschoal, Paulinho Pedra Azul, Tavinho Moura, Paulo Moura, Nelson Aires, Juarez Moreira, Iuri Popoff, Beto Guedes, Lô Borges, Markú Ribas, Roberto Corrêa, Babaya, Adélia Prado, dentre outros. Atualmente, é professor assistente na EMUFMG.

PATRICIA VALADÃO
Natural de Ipatinga - MG, professora da UEMG - Universidade Estadual de Minas Gerais. Pianista e cravista, bacharel e também mestre em piano pela UFMG. Aluna do professor Miguel Rosseline. Como pianista, solista, apresentou-se em importantes salas de concerto, em alguns estados brasileiros e fora do país. Patrícia ocupa o posto de pianista oficial dos concursos Internacionais de Canto Bidu Sayão e Luisa Todi, em Setubal, Portugal, desde 2001. Tem-se destacado, ao longo de uma década, como co-repetidora de cantores e instrumentistas de naipes diversificados. Participa regularmente em produções de ópera e concertos sinfônicos.

FAMÍLIA BARROS
Nascidos em família de músicos, os irmãos Elias, Eliseu, Alexandre, William, Gláucia Barros iniciaram seus estudos musicais, ainda crianças, com o próprio pai. São todos músicos premiados em diversos concursos de solistas; possuem grande experiência como concertistas, em orquestras, e, ainda, como professores. Atualmente, se juntou ao grupo musical familiar o violocelista Lucas Barros, de apenas 14 anos, e que é filho de Gláucia. Lucas, apesar da tenra idade, foi vencedor do concurso Jovem Solista, promovido pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, por dois anos consecutivos: 2010 e 2011. Já solou, ainda, com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob a regência do maestro Fábio Costa, em 2009.

RENATA XAVIER
Iniciou seus estudos de música aos sete anos de idade, no Conservatório Estadual de Música de Pouso Alegre, sua cidade natal. Em 1999, ingressou no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista-UNESP, concluindo seu bacharelado em 2002, sob a orientação de Jean Noel Saghaard. Também foi aluna de Rogério Wolf. Atuou como solista junto à Orquestra Jovem de Guarulhos, Orquestra de Câmara da UNESP, Orquestra Ouro Preto e Filarmônica de Minas Gerais.

CELSO FARIA
Nascido em Passos (MG) no ano de 1979, Celso Faria iniciou seus estudos musicais, de maneira autodidata, aos dez anos de idade. Em 1994, ingressou no “Curso de Formação Musical” da Escola de Música da UFMG, estudando na classe do professor José Lucena Vaz. Na UFMG obteve o título de bacharel em violão, sob a orientação do professor Fernando Araújo. É especialista em Música Brasileira – Práticas Interpretativas pela Universidade do Estado de Minas Gerais e Mestre em Performance Musical pela UFMG. Também estudou violão com Beto Davezac, na Fundação de Educação Artística (Belo Horizonte) e música de câmara com Norton Morozowicz, na UERJ CLÁSSICA, parceria UERJ/ Universidade de Música de Karlsruhe - Alemanha (Rio de Janeiro).

É o idealizador, produtor e apresentador do ciclo de entrevistas “O Charme do Violão Mineiro”, que ocorre toda semana no seu canal do YouTube, enfocando a cadeia produtiva ligada ao violão em Minas Gerais. Como produtor cultural, Celso Faria tem realizado diversos espetáculos no estado de Minas Gerais. Sua produção fonográfica/audiovisual incluem os álbuns Romancero Gitano, com o Coro Madrigale (selo independente, Belo Horizonte, 2006); 100 anos de ArthurBosmans (selo “Minas de Som”, Belo Horizonte, 2011); Recital Mineiro - obras de Carlos Alberto Pinto Fonseca e Arthur Bosmans (selo independente, Belo Horizonte, 2019),que teve turnê de lançamento em 23 cidades de Minas, e Manuscritos de Buenos Aires - Obras de Francisco Mignone, com o soprano Mônica Pedrosa e o violonista Fernando Araújo (selo “SESC-SP”, São Paulo, 2021); e o DVD que acompanha o livro Caminhos, encruzilhadas e mistérios, de Turíbio Santos (selo “Artviva”, Rio de Janeiro, 2014).

WILLIAM NERES

Graduação em música pela Universidade Federal de São João Del-Rei (2014) e aperfeiçoamento pela École Normale de Musique de Paris/ Alfred Cortot (2015). Atuou nas Orquestras: Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica de Pouso Alegre, Jazz Sinfônica de São José do Rio Pardo e Sinfônica de Poços de Caldas. Suas participações em master classes incluem aulas com Helga Hinold, Dmitry Kouzov, Roland Pidoux, Victor Uzur, Matias de Oliveira, Jeffrey Lastrapes, Hugo Pilger, Márcio Carneiro, Fábio Presgrave, Robert Suetholz e outros. Foi premiado nos concursos: Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosísio (Pró Música/UFJF), Prêmio Eleazar de Carvalho (Festival Campos do Jordão), Série Jovem Músico BDMG (BH), Programa Segunda Musical (BH) e Concurso Música XXI (UFSJ).

CLÉMENCE BOINOT

Nascida em Cergy-Pontoise, na França, a musicista estudou na Haute École de Musique de Genebra sob orietnação de Florence Sitruk, concluindo o bacharelado em 2013. Possui mestrado em Soloist Performance. É Harpista Principal da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2017. Membro-fundadora do grupo Ensemble Caravelle, premiado na categoria Music and Stage Art  pelas Universidades de Alta Especialização do Oeste da Suíça. Clémence participou de apresentações em espaços como a Sala Santa Cecilia em Roma, Opera di Firenze, Philharmonie de Paris, Sala Minas Gerais, Theatro Municipal do Rio, Victoria Hall de Genebra e Abadia de Romainmôtier.

ENÉIAS XAVIER

Nascido em Belo Horizonte, o baixista, pianista, compositor e arranjador Enéias Xavier venceu o III Prêmio BDMG-Instrumental e, na mesma edição, foi eleito pelo público com a Melhor Apresentação da Noite. O multi-instrumentista gravou com nomes importantes da música nacional e internacional, como Flávio Venturini, Nelson Ângelo, Maria Schneider, Nenê, Chico Amaral, Vinícius Dorin, Paulinho Trompete, Márcio Montarroyos, Hélio Delmiro, Robertinho Silva, Lincoln Cheib, Idriss Boudrioua, Alexandre Carvalho, Wilson Lopes, Beto Lopes, Harvey Wainapel, Eileina Willians, Mark Lambert, Vana Gierig, Rogério Boccato, Proveta, Teco Cardoso, Túlio Mourão, Sandro Haick, Paulo Russo, Celso Adolfo, Juarez Moreira e Fredera. O músico é um dos mestres da Bituca – Universidade de Música Popular em Barbacena-MG. Cujo padrinho é Milton Nascimento. Enéias Xavier tem no currículo os albuns “JAMBA” e “O peregrino”.

O Modernismo em Minas Gerais
O Modernismo como trajetória histórica e cultural é fonte rica e inesgotável: deve ser vivenciado, revisitado, apreciado e preservado. Com essa premissa, o programa O Modernismo em Minas Gerais reconstitui a trajetória do movimento artístico considerado o mais marcante do século XX no Brasil.

O projeto percorre o núcleo modernista formado em Minas Gerais, principalmente Belo Horizonte, a partir da década de 1920 e evidencia a participação dos mineiros no movimento e suas contribuições em nível nacional. O programa pretende fazer com que o público entre em contato com as contribuições dos artistas nas mais diversas expressões e linguagens culturais, bem como as consequências do movimento nos mais variados domínios da arte.

O programa O Modernismo em Minas Gerais é uma parceria entre o Governo de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, a Fundação Clóvis Salgado, A APPA Arte e Cultura e o Ministério Público de Minas Gerais. O projeto é financiado com recursos do Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais (FUNEMP) e executado por meio do Contrato de Gestão com a APPA Arte e Cultura.

 

 

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Imagem: Gui Machala

 

Cidades mineiras registram ocupacao

Até o dia 12/10, cerca de 20 mil pessoas circularam por Ouro Preto 

 

Cinco cidades mineiras figuram no topo da lista dos destinos mais procurados em Minas Gerais na semana do feriado do dia 12 de outubro. A maior parte está situada nas regiões Sul e Sudoeste do estado. São elas: Poços de Caldas, Capitólio, Caxambu e Extrema. A exceção é Ouro Preto que integra a região central, a 98 km de Belo Horizonte. 

Em comum, todas compartilham um aumento considerável de visitantes, como é o caso de Poços de Caldas, onde houve 100% de ocupação nos grupos hoteleiros maiores. Famosa pelas reservas hidrominerais e pela tradição dos cristais de Murano, Poços também vem se consolidando como importante parada para quem aprecia esportes de aventura.

Tal circulação de pessoas em solo mineiro, de acordo com o subsecretário de Estado de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior, reforça o resultado de uma pesquisa recente divulgada pelo IBGE, a qual revela o crescimento do turismo em Minas em 45,3%. Esse percentual está acima da média nacional que foi de 25,9%. “Isso demonstra como o setor está reagindo neste contexto pós-pandemia e revela como têm sido assertivas as ações promovidas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, como o programa Reviva Turismo”, pontua Júnior.

Essa expansão das atividades turísticas se traduz na geração de novos empregos, cerca de 100 mil até o momento. Tudo isso fomenta e mobiliza diversos ramos da economia criativa de Minas, cuja vocação para a liberdade estimula o público a vivenciar uma ampla gama de experiências que saem da rotina, revigorando o corpo e o espírito.   

Em Capitólio são as piscinas naturais, cachoeiras e cânions que convidam os visitantes a pôr o pé na estrada. De acordo com o coletivo “Capitólio em Movimento”, em parceria com a empresa Booking, a procura por reservas em hotéis e pousadas da região triplicou, alcançando a marca de crescimento médio semanal de ocupação em 11%.  

Em Caxambu e Extrema a taxa média de ocupação variou, respectivamente, entre 50% e 65%. A primeira atrai visitantes, especialmente, pela diversidade de fontes medicinais e faz parte do Circuito das Águas, o qual abarca ainda outros municípios como Cambuquira, São Lourenço e Três Corações. No Parque das Águas, principal atração de Caxambu, existem 12 fontes e um balneário que foi fundado em 1907. O serviço mais disputado do espaço é a piscina de hidroterapia que oferece um banho relaxante com duchas e hidromassagem.  

Em Extrema, a procura maior por passeios tem sido motivada pelo turismo de natureza, com a possibilidade de prática de diferentes esportes ao ar livre, como trekking, mountain bike, rapel, além de trilhas que conduzem a belas cachoeiras. Atualmente, existem cinco principais rotas turísticas na cidade: das águas, das pedras, das rosas, do sol e dos ventos.

 

Via Liberdade 

Outros turistas também aproveitaram a folga para conhecer melhor o patrimônio cultural e histórico de localidades que integram a rota Via Liberdade.

Em Ouro Preto, o fluxo de pessoas chegou a quase 20 mil entre os dias 7 e 12, o que representou uma taxa de ocupação média de 95% dos hotéis e pousadas da cidade.  

Fotografia: Walt Oliveira

Anúncio do projeto de implantação dos espaços aconteceu durante o encerramento do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos

Novos equipamentos culturais vão ser integrados ao Circuito Liberdade em breve. O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), o IEPHA/MG, a Cemig e em parceria com a APPA - Arte e Cultura, anunciou nesta quarta-feira (22/6), o lançamento do projeto da Pinacoteca Cemig Minas Gerais e do Centro do Patrimônio Cultural Cemig. Os dois espaços funcionarão no Prédio Verde da Praça da Liberdade e vão abrigar parte do acervo artístico de obras de arte do estado e demais conteúdos voltados à salvaguarda do patrimônio material e imaterial de Minas Gerais. 

O anúncio do projeto foi realizado durante o encerramento do 3º Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos, realizado pela Secult entre 20 e 22 de junho, em diferentes espaços do Circuito Liberdade. A solenidade realizada no Prédio Verde do Conjunto Arquitetônico Cultural Cemig contou com a presença do vice-governador Paulo Brant, do secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, da secretária adjunta de estado de cultura e turismo, Milena Pedrosa, da presidente do Iepha, Marília Palhares e do presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, e do presidente da APPA, Xavier Vieira.

Para o secretário de Estado de Cultuar e Turismo, Leônidas Oliveira, o lançamento do projeto da Pinacoteca Cemig Minas Gerais e do Centro do Patrimônio Cultural Cemig representa um ganho para todos os mineiros. A oportunidade de ter dois espaços dedicados à memória e à arte de Minas em um dos complexos culturais mais importantes do país simboliza toda a transversalidade entre a cultura e o turismo no estado. 

É um sonho acalentado por décadas que começa a se tornar realidade. Ainda estamos em processo de inventariação, mas são mais de mil obras que vão compor o acervo da pinacoteca do estado. Temos um conjunto de obras que contam a história não somente da arte mineira, mas de todo o país. Com essa Pinacoteca, Minas se iguala aos grandes centros urbanos. Salvaguardar nossas manifestações será importante para essa contínua transversalidade entre a cultura e o turismo, que é uma marca registrada de nosso estado, disse. 

O vice-governador Paulo Brant destacou que a consolidação do projeto representará um novo momento para a cultura em Minas Gerais. “A gente deve saudar com muita alegria a vinda da Pinacoteca e do Centro do Patrimônio. A cultura consegue harmonizar a diversidade através da beleza, e a fruição da cultura demanda estudo. A Pinacoteca é uma grande oportunidade de celebrar a história de Minas e incentivar o público a desfrutar dessa maravilha. Que essa Pinacoteca seja de fato um marco na história das artes plásticas em Minas”, pontuou.

Segundo o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, investir nesses projetos é motivo de orgulho para a empresa, que completa 70 anos. “A gente quer ser indutor de cultura e indutor de desenvolvimento como a Cemig sempre foi. Nossa função como empresa é patrocinar a emoção. Esse projeto é super importante porque a Cemig, que é a maior patrocinadora cultural de Minas, não estava até agora no Circuito Liberdade. Trazer um acervo imenso que é pouco conhecido, para um dos circuitos mais visitados no estado, será uma tarefa que vamos realizar com muito orgulho”, destacou. 

Durante o evento, a artista plástica Yara Tupinambá recebeu homenagens e fez a doação de dois quadros.  A Pinacoteca Cemig e o Centro do Patrimônio Cultural Cemig serão equipamentos culturais articuladores dos conteúdos de cultura e patrimônio do Circuito Liberdade, em diálogo permanente com os municípios de todo o Estado de Minas Gerais. Juntos, a Pinacoteca e o Centro do Patrimônio Cultural vão promover, preservar, contribuir para a salvaguarda e proteção do patrimônio material e imaterial do Estado, bem como dos acervos de valor cultural, por meio da sistematização de informações, educação patrimonial, ações educativo-culturais e a promoção da visitação pública presencial e virtual.

Instalado no Prédio Verde da Praça da Liberdade, antiga sede da Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas, a  Pinacoteca Cemig e o Centro de Patrimônio Cultural Cemig abrigarão em seus nove mil metros quadrados distribuídos em quatro pavimentos, a sede administrativa do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e parte de seu acervo; lojas com espaço para degustação das iguarias mineiras; receptivo do Circuito Liberdade e até um restaurante voltado exclusivamente para a cozinha mineira. Espaço para exposições e pequenas apresentações artísticas estão na lista dos muitos atrativos da Pinacoteca e Centro do Patrimônio Cultural da Praça da Liberdade.

O Centro do Patrimônio Cultural Cemig, além de referência estadual como articulador da cultura e história de Minas Gerais, trabalhará com ações e projetos de forma permanentes, além de divulgar a valorização do patrimônio imaterial de Minas Gerais, com espaços dedicados à cozinha mineira, ao artesanato, congado, capoeira, folclore, a cultura de matriz africana, entre tantas outras manifestações artísticas e culturais existentes no Estado.

A história da Pinacoteca de Minas Gerais
Constituída por obras recolhidas a partir de 1928, quando foi criada pelo então Presidente do Estado, Antônio Carlos de Andrada, a Pinacoteca Oficial de Minas Gerais surgiu como uma seção complementar ao Arquivo Público Mineiro.  A aquisição do quadro “Solar Tradicional”, de Aníbal Mattos, marcou solenemente o início da coleção. Posteriormente, mais dez telas de Aníbal Mattos, duas obras de Honório Esteves e uma de Alberto Delpino foram incorporadas. 

No início da década de 1970, por iniciativa de Dona Coracy Uchoa Pinheiro, esposa do governador Israel Pinheiro, a Pinacoteca do Estado ganhou novo impulso. Inicialmente, foi aberta uma exposição ao público em 1971, em uma das salas do Palácio da Liberdade. A coleção exposta foi organizada sob a coordenação do escritor Murilo Rubião e do artista e crítico de arte Márcio Sampaio, que recolheram obras do acervo do Arquivo Público Mineiro e o do próprio Palácio da Liberdade, além de reunirem trabalhos de artistas contemporâneos que atuavam na época. Esses artistas eram convidados a fazerem a doação de uma obra representativa de sua carreira e, muitos deles, generosamente, doaram significativos exemplares para essa finalidade. 

O objetivo principal da iniciativa era ampliar a coleção com vistas à implantação futura de um museu estadual. E isso de fato ocorreu com a instalação, na década seguinte, do Museu Mineiro, dedicado à cultura mineira. Parte significativa dessas obras estão em reserva técnica ou em exibição na exposição de longa duração Minas das Artes, Histórias Gerais, inaugurada em 2018. 

Em maio de 2022, o acervo da Pinacoteca recebeu mais 24 obras que estavam sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Agora,  passam a integrar o acervo da Pinacoteca obras de Lotus Lobo, Carlos Bracher, Inimá de Paula, Sara Ávila, Nello Nuno entre outros grandes nomes das artes visuais  A exemplo de outras instituições artísticas nacionais, que também criaram sedes definitivas para suas coleções pictóricas, a realização desta ação, demandada tanto por parte do público quanto pela classe artística, tem em vista o cumprimento de uma proposição importante do Governo e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo: a salvaguarda e a difusão da cultura artística mineira.

 

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Segundo IBGE, o Estado é o segundo maior destino para viagens e obteve o maior crescimento no volume das atividades turísticas com aumento de 38,7% no comparativo com julho de 2021.

Existe um sentimento: a liberdade mora em Minas. Aos amantes de experiências únicas, o Estado oferece inúmeras atrações que vão desde momentos de descanso,  as experiências do turismo cultural pela arquitetura de suas cidades, ou ainda as aventuras em  montanhas e trilhas e os encantos dos sabores da cozinha mineira.

Quando o assunto é viagens, Minas Gerais está no topo do ranking dos estados. Apesquisa do IBGE, em parceria com o Ministério do Turismo, divulgada neste mês, só reforça a inspiração que Minas oferece. Minas é o 2º estado mais procurado para viagens em 2021 e o 5º estado com maior gasto total em rotas nacionais.

Ainda nessa pesquisa, os resultados do Módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Contínua – apontam que, em 2021, as viagens realizadas para Minas Gerais representaram 11,4% das viagens nacionais, ficando atrás apenas de São Paulo (21%). Minas Gerais mantém sua posição e participação na distribuição desde 2020, onde ocupou também o segundo lugar.

Na rota dos turistas, destacam-se as cidades de Monte Verde, Lavras Novas e Serra do Cipó. Nesse cenário, em comparação a 2021, o fluxo de visitas de janeiro a julho cresceu cerca de 70%.

DESTAQUE CONSECUTIVO

Também de acordo com o IBGE, em julho e agosto de 2022, Minas foi o segundo estado que registrou o maior crescimento no Índice de Atividades turísticas, com 45,3%. Nesse mesmo caminho, o setor de turismo cresceu 45,2% no primeiro semestre, registrando alta acima da média nacional, que foi de 25,9%.

Para o secretario Leônidas Oliveira a  alta na procura é fruto de uma gestão estadual eficiente, comprometida com o avanço do turismo, que impacta e movimenta diretamente toda a cadeia produtiva. “  A liberdade mora em Minas, com seu povo hospitaleiro e a sua riqueza cultural. O turismo é uma forma de propiciar experiências e incentiva os pequenos negócios e a economia criativa, além de impulsionar investimentos locais. Como resultado, gera emprego, renda e estimula setores importantes da economia.”, detalha o secretário.

POR DENTRO DOS NÚMEROS

A prova do grande impacto na cadeia produtiva pode ser observado por meio da taxa de empregos formais criados a partir do turismo. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em comparação a julho de 2021, o crescimento foi de 11,4%, com destaque para os setores de alimentação e transporte.

A partir do lançamento do Programa Reviva da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, iniciado em maio de 2021, com o intuito de retomar o potencial econômico das atividades criativas durante a pandemia COVID-19, Minas Gerais criou, até o mês de agosto de 2022, segundo dados do CAGED, aproximadamente 100 mil novos empregos no setor de Turismo e economia criativa.

Ministrada pelo subsecretário de Cultura, atividade integra a programação do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos

As diferentes formas de financiamento cultural em Minas Gerais foram tema de mais uma atividade na programação do 3º Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos. Na terça-feira (21/6), o subsecretário de Cultura, Igor Arci, ministrou a palestra “Captação de recursos para a execução de projetos culturais “, no Auditório da CDL, em Belo Horizonte.

Durante o encontro com o público, o subsecretário fez um panorama das várias formas de se captar recursos em Minas Gerais para o financiamento das propostas dos produtores. Para o gestor, os profissionais devem, antes de tudo, conhecer mais da empresa que está financiando os projetos e como um pedido de patrocínio junto àquela organização será coerente com as propostas apresentadas.

“Vocês têm que olhar o histórico de financiamento cultural das empresas. Pleitear um patrocínio para um projeto de dança, sendo que a empresa nunca patrocinou nenhuma atividade ligada a essa linguagem, pode ser complicado. Então, estudem as empresas, conheçam o histórico em patrocínio, façam um mapa do mercado. Assim, o trabalho de vocês será mais preciso”, disse.

O subsecretário também destacou o Plano Descentra Cultura, lançado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) em agosto de 2021. A proposta altera a Lei Nº 22.944/2018, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva e atualiza os valores de contrapartida em projetos financiados na Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Leic) e no Fundo Estadual de Cultura (FEC).

“O projeto está tramitando na Comissão de Cultura da ALMG e será fundamental para descentralizarmos o financiamento cultural em Minas. Tanto a redução da alíquota de ICMS quanto a contrapartida são atrativos para que as empresas financiem mais projetos culturais, principalmente em cidades do interior. Esse projeto vai criar uma capilaridade no financiamento cultural e celebrar a nossa diversidade”, finalizou.

 

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Documento complementar à legislação vigente com linguagem simples e prática.

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (SECULT), por meio da Superintendência de Fomento Cultural, Economia Criativa e Gastronomia, têm buscado simplificar seus processos e estreitar laços com os empreendedores e beneficiários por meio de uma comunicação eficiente.

Diante disso, após o retorno positivo com a publicação do Guia de Readequações do FEC que pode ser acessado AQUI, elaborou mais um Guia de Readequação para auxiliar Empreendedores do Incentivo Fiscal à Cultura (IFC) na elaboração e envio das readequações necessárias em projetos aprovados no IFC.

O texto, que está disponível na íntegra AQUI, reúne informações pertinentes à readequação aos moldes e às normas vigentes. O objetivo é fornecer aos Empreendedores uma ferramenta com linguagem simples e prática, facilitando, assim, as etapas de pagamento e execução dos projetos.

Outras informações sobre readequação de projetos podem ser obtidas pelos telefones: (31) 3915-2671, (31) 3915-2669, (31) 3915-2647, (31) 3915-2660, (31) 3915-2688 e (31) 3915-2718. Dúvidas também podem ser sanadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Durante o evento foi lançado o edital Mineiridade, que prevê um repasse total de R$ 5 milhões para pessoas físicas

A abertura do 3º Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuito Turísticos foi realizada na noite de ontem (20/06), na Sala Minas Gerais, uma oportunidade para reunir gestores de diversas cidades de Minas Gerais em um momento em que nosso Estado registrou alta de 132,7% de movimentação econômica no mês de abril e consta como o segundo colocado entre as 12 unidades de federação, conforme pesquisa do IBGE. Para estimular ainda mais a produção cultural em Minas Gerais assinado, durante o evento, o edital Mineiridade. O evento é promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e terá muitas atividades hoje e amanhã em diferentes espaços culturais de Belo Horizonte. O objetivo do evento é ampliar o acesso às políticas públicas em Minas. 

O Edital “Mineiridade” é voltado para pessoas físicas, no valor de R$5 milhões e vai contemplar até 200 propostas, visando à promoção, valorização e/ou fortalecimento da identidade, da imagem, da história, da tradição e/ou das expressões das diversas manifestações culturais da cultura popular, tradicional, urbana, afro-mineira, indígena e/ou plural, a projetos inscritos nas áreas de artes cênicas, audiovisual, artes visuais, música, literatura, preservação e valorização do patrimônio imaterial e áreas culturais integradas. 

Um dos destaques da noite foi a Palestra Magna: “Inovação e Sustentabilidade para patrimônios”, com o professor Lorenzo Cantoni. A programação diversificada e gratuita reúne ações que propõem maior transversalidade entre cultura e turismo, bem como uma maior aproximação entre Estado e municípios. A exemplo das outras duas edições, realizadas em dezembro de 2021 e março de 2022, o Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos propõe uma série de atividades baseadas nas diretrizes da Secult para as políticas públicas turísticas e culturais. 

“Que desse encontro possam sair outras ótimas ideias para o crescimento do Turismo que é fundamental para a economia mineira”, destacou o governador Romeu Zema em vídeo de abertura enviado para o evento.  

Hoje (21/6), a partir das 9h, o Auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) é palco de uma série de reflexões sobre a gestão nos setores da Cultura e do Turismo. Na programação, os participantes poderão conferir as palestras “Cultura como fator de desenvolvimento - Os mecanismos de Fomento e incentivo à Cultura”, com a superintendente de Fomento Cultural, Economia Criativa e Gastronomia da Secult, Janaína Silva; e “Sistema Municipal de Cultura”, com o diretor de Economia Criativa, José Oliveira Júnior. 

O auditório da CDL recebe, ainda, as palestras “Como medir o sucesso de sua estratégia de marketing digital”, com Tássia Corina; e Captação de Recursos para execução de projetos culturais, que será conduzida pelo subsecretário de Cultura, Igor Arci. Além dessa programação, o Espaço Lounge da CDL receberá representantes dos Conselhos Estaduais de Cultura e Turismo para atendimento a gestores, produtores e demais profissionais dos dois setores em Minas Gerais. 

“Estamos em um revivamento da nossa cultura, que passou por momentos difíceis durante a pandemia, por isso, quero agradecer a presença de todos que estão aqui e, tenho certeza, serão três dias muito produtivos de onde sairão bons projetos para nossos municípios”, confirmou o presidente da rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Sergio de Paula Silva

O secretário Leônidas Oliveira também destacou a participação dos envolvidos nesse encontro. “Tivemos mais de 2.600 inscritos. Isso mostra o compromisso de vocês com o crescimento dos municípios, mas sobretudo com o crescimento pessoal de quem quer aprender e fazer melhor. Muito obrigado pela presença de todos”, comemorou o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

O secretário também aproveitou para destacar alguns números positivos da cultura e turismo no Estado. “Desejar que seja uma semana de cultura da paz, de aprendizado e de muita felicidade porque vocês fizeram com que Minas Gerais tenha hoje o maior número de municípios no mapa do turismo brasileiro. Isso mostra a qualidade com que a gestão do turismo tem sido feito por vocês dos municípios. Dados do IBGE, mostram que nós estamos crescendo em toda a região Sul, Centro-Oeste e Sudeste,incluindo Rio de Janeiro e São Paulo,  Minas cresce na frente com desenvolvimento e geração e renda no turismo. Nós só perdemos para o Ceará”, destacou. 

Hoje também outros espaços que compõem o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, receberão programação do Encontro de Gestores. No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), a partir das 9h, será apresentado ao público o Edital Minas para Minas: Minas para o Mundo, iniciativa para potencializar o Destino Minas Gerais no cenário internacional do turismo. Os participantes também poderão conferir a palestra “Monitoramento de dados para estruturação do turismo local”, com Milena Soares (Fecomércio) e Adilson (Observatório de Extrema) e “A importância da roteirização turística para seu destino”, com Nathália Heringer (SEBRAE) e IGR Circuito das Grutas.

E, ainda no CCBB-BH, a Cozinha Mineira será tema de diversos encontros entre gestores e convidados. A partir das 15h40, será ministrada a palestra “Cozinha Mineira: cultura e turismo na mesa e na prateleira. A programação contará, também, com outras ideias a respeito do jeito mineiro de cozinhar, como Roteiros da Cozinha Mineira, Cozinha Mineira Contemporânea e Patrimonialização da Cozinha Mineira e Selo Cozinha Mineira. As atividades serão conduzidas por profissionais convidados da Secult, da Frente da Gastronomia Mineira e do Instituto Periférico. 

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais também recebe a programação do Encontro de Gestores. No espaço administrado pela Secult, serão realizadas ações pensadas para a proteção patrimonial de instituições culturais, ações de capacitação para elaboração de projetos, além de lançamento do programa Minas Plural e apresentação de ações de acessibilidade em espaços voltados à arte e à cultura. 

O último dia do Encontro de Gestores, quarta-feira (22/6), vai abordar diferentes iniciativas ligadas à gestão cultural e turística no estado. Uma das primeiras atividades é a palestra “Redes sociais: como tirar fotos profissionais usando seu celular”, com Wander Faria, que acontece na CDL, a partir das 9h. No CCBB-BH, será realizada a Reunião da Rede de Gestores Municipais de Cultura e Turismo. 

E a Biblioteca Estadual será palco do “Encontro com os Sistemas - Bibliotecas, Museus e Arquivos”, com participação do Diretor do Arquivo Público Mineiro, Bruno Balista, do diretor da Biblioteca, Lucas Amorim, e da coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Pollyanna Machado. A mediação é da superintendente de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais da Secult, Luciane Andrade. 

O último dia do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos será marcado, também, pela apresentação do Centro de Patrimônio Cultural Cemig e Pinacoteca Cemig Minas Gerais. Os espaços serão lançados a partir das 14h30, na Casa do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, que integra o Circuito Liberdade. Ambas as instituições vão ampliar o acesso à cultura e fomentar o turismo na cidade. 

Programação Complementar 
Diferentes ações fazem parte da programação complementar do Encontro de Gestores. As atividades, que serão realizadas na quarta-feira (22/6), contemplam visitas guiadas aos equipamentos do Circuito Liberdade, visitas técnicas ao acervo do Arquivo Público Mineiro e do setor de Obras Raras da Biblioteca Estadual, além de um roteiro cultural pelas exposições do CCBB e do P7 Criativo. 

A programação completa do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos pode ser acessada AQUI.

 

 

 

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Presepio Faop 2022 10 07

A Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP abriu inscrições para o edital do 50ª Concurso Nacional de Presépios. Artistas de qualquer parte do país podem se inscrever enviando a sua obra pronta. Os presépios que estiverem de acordo com as regras previstas no edital serão expostos na Galeria de Arte Nello Nuno entre 07/12 a 06/01. Durante a mostra, o público poderá votar no presépio mais bonito e o júri técnico também avaliará os trabalhos. A inscrição é gratuita e o prazo termina no dia 30/11. O edital está disponível no site www.faop.mg.gov.br.

Os autores das obras irão concorrer a prêmios em dinheiro. A premiação será feita em duas categorias: júri técnico e votação popular. O primeiro lugar do júri técnico receberá R$ 2 mil e o segundo, R$ 1.8 mil. Quem vencer na votação popular receberá R$ 2 mil. Os resultados serão divulgados no dia 07/01/2023. 

A Inscrição

Para a inscrição, é indispensável a leitura completa do Edital, disponível no site da Fundação de Arte de Ouro Preto. Podem se inscrever pessoas de todas as idades e de qualquer lugar do Brasil, de forma coletiva ou individual. Os participantes podem abusar da criatividade para criar presépios utilizando as mais diversas técnicas e materiais, mas existem algumas exceções. Não são aceitas obras:

  • com materiais perecíveis ou adulteráveis;
  • que impliquem em qualquer alteração do espaço destinado à apresentação dos mesmos;
  • que já tenham participado do concurso, e que tenham a mesma técnica com resultado estético semelhante às anteriores.

A entrega das obras pode ser feita pessoalmente ou via correios, ambos para o endereço da Galeria de Arte Nello Nuno (Rua Getúlio Vargas, 185, Bairro Rosário, Ouro Preto, Minas Gerais). Junto com os presépios, devem ser entregues a ficha de inscrição, anexada ao edital, e cópias de documentos para identificação (conforme consta no edital). Quem optar por entregar a obra presencialmente, deverá fazer dentro do horário de funcionamento da sede da FAOP, de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h, até o dia 02/12. 

Tradição 

A tradição da montagem de presépios remonta o início do século XIII, pelas mãos de São Francisco de Assis. O objetivo era mostrar o acontecimento, o Nascimento de Jesus Cristo, para os camponeses da época. Acredita-se, então, que o primeiro presépio foi feito a partir de pequenos bonecos de barro. De lá, até os dias de hoje, a tradição se espalhou pelo mundo junto ao catolicismo, e cada região e comunidade criou suas próprias tradições. Artistas e artesãos, usam da criatividade e os recursos disponíveis para suas próprias criações.

Serviço - Edital N° 02/2022

Datas: 03/10 até 30/11/2022

Site: www.faop.mg.gov.br 

Link para o edital: http://www.faop.mg.gov.br/images/uploads/cb6700fab4edbab92d48a90e0967b4c1.pdf 

Mais informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O maior edifício do Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade, o Prédio Verde, será sede da Pinacoteca Cemig Minas Gerais e do Centro do Patrimônio Cultural Cemig 

No próximo dia 22 de junho - quarta-feira, às 16h30, o governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo; o IEPHA/MG; a Cemig e a APPA - Arte e Cultura, que faz a gestão das obras de restauração do espaço, farão o lançamento oficial do Projeto Pinacoteca Cemig Minas Gerais e Centro do Patrimônio Cultural Cemig. Serão apresentados detalhes desses novos equipamentos culturais, o cronograma das obras e dos projetos, sua conclusão e a abertura para visitação dos novos espaços do Circuito Liberdade. 

A Pinacoteca Cemig e o Centro do Patrimônio Cultural Cemig serão equipamentos culturais articuladores dos conteúdos de cultura e patrimônio do Circuito Liberdade, em diálogo permanente com os municípios de todo o Estado de Minas Gerais. Juntos, a Pinacoteca e o Centro do Patrimônio Cultural vão promover, preservar, contribuir para a salvaguarda e proteção do patrimônio material e imaterial do Estado, bem como dos acervos de valor cultural, por meio da sistematização de informações, educação patrimonial, ações educativo-culturais e a promoção da visitação pública presencial e virtual.

Instalado no Prédio Verde da Praça da Liberdade, antiga sede da Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas, a  Pinacoteca Cemig e o Centro de Patrimônio Cultural Cemig abrigarão em seus nove mil metros quadrados distribuídos em quatro pavimentos, a sede administrativa do IEPHA-MG - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e parte de seu acervo; lojas com espaço para degustação das iguarias mineiras; receptivo do Circuito Liberdade e até um restaurante voltado exclusivamente para a cozinha mineira. Espaço para exposições e pequenas apresentações artísticas estão na lista dos muitos atrativos da Pinacoteca e Centro do Patrimônio Cultural da Praça da Liberdade. 

O IEPHA ocupará o andar térreo com seu arquivo e biblioteca, para atendimento ao público e o quarto andar será destinado para suas atividades administrativas e institucionais. A ideia é que parte de seu acervo fique exposto para visitação. 

O Centro do Patrimônio Cultural Cemig, além de referência estadual como articulador da cultura e história de Minas Gerais, trabalhará com ações e projetos de forma permanentes, além de divulgar a valorização do patrimônio imaterial de Minas Gerais, com espaços dedicados à cozinha mineira, ao artesanato, congado, capoeira, folclore, a cultura de matriz africana, entre tantas outras manifestações artísticas e culturais existentes no Estado. 

Devido à sua distância dos grandes centros do Brasil Colônia e pela riqueza de suas reservas minerais, que atraíram diferentes povos para o seu território, Minas Gerais desenvolveu características próprias e manifestações autóctones, que fundiram tradições culturais das pessoas que viviam e que aportaram aqui para a exploração do ouro.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, destaca “que esse é o maior edifício do entorno da Praça da Liberdade. O Governo de Minas continua investindo na Cultura, através de parceiros. O Circuito Liberdade ganhará um espaço diverso, dedicado às artes visuais e ao Patrimônio Histórico. O prédio está localizado na capital, mas ele representará todo o Estado, como um atrativo turístico, mas também de acolhimento da nossa gente que vem a BH, um lugar de identidade, onde Minas Gerais estará essencialmente presente em síntese. No primeiro andar, serão construídos espaços de convivência, onde a cozinha mineira, o artesanato e diversas manifestações culturais, de todos os cantos do Estado, estarão presentes, gerando renda a quem vive de cultura e turismo em Minas”.

O diretor de Comunicação Empresarial e Sustentabilidade da Cemig, Cláudio Bianchini, salienta a importância  do novo equipamento cultural. “É um espaço único, valorizando traços fundamentais da cultura mineira e reforçando sua diversidade. É um orgulho para a Cemig, que é a maior incentivadora da cultura em Minas, tornar isso possível. Um presente da companhia, na comemoração de seus 70 anos, para Minas e o Brasil”. 

Para o presidente da APPA - Arte e Cultura, Xavier Vieira, “esse vai ser um espaço dedicado às artes visuais e ao nosso patrimônio material e imaterial. É uma junção grandiosa, de duas áreas que carecem de locais que as valorizem e promovam. O local terá potencial para ser um importante atrativo turístico nacional e até internacional, sendo indutor inclusive para que o visitante conheça outras regiões de Minas Gerais. Além disso, o espaço vai funcionar em prol da autoestima do mineiro, já que o Estado tem uma história riquíssima nas artes visuais e no seu patrimônio histórico e artístico. A Pinacoteca Cemig e o Centro de Patrimônio vão o tempo todo convidar as pessoas a entrarem no prédio, haverão espaços de convivência, de formação, de fomento. Todas as regiões de Minas estarão representadas. Queremos que esse prédio esteja sempre cheio de vida e gere renda para o nosso turismo e nossa cultura”.

O Centro do Patrimônio Cultural de Minas Gerais
Entre as suas muitas e múltiplas ocupações, o Centro do Patrimônio abrigará, inspirado no formato dos grandes museus internacionais, boutique dos museus e dos equipamentos culturais do Circuito Liberdade, trazendo produtos especiais de nossa cultura mineira. Isso tudo tendo espaço de convivência e de desenvolvimento promocional e mercadológico da mineiridade, unindo a cultura, o turismo e a economia criativa. 

Lojas apresentarão iguarias mineiras, como queijos de diferentes regiões e tipos produzidos no Estado, com degustação, consumo e venda. O espaço contará com lojas no mesmo formato para doces, cachaças, cafés, cervejas artesanais, águas minerais, além de outros produtos que traduzem bem a cultura mineira. Haverá também loja dedicada ao artesanato regional mineiro, uma loja com curadoria de design mineiro, mobiliário, objetos e uma loja com curadoria de marcas mineiras, roupas e acessórios de design. 

O projeto prevê também um restaurante dedicado especificamente à cozinha mineira, com chefs convidados por temporadas.

A história da Pinacoteca de Minas Gerais
Constituída por obras recolhidas a partir de 1928, quando foi criada pelo então Presidente do Estado, Antônio Carlos de Andrada, a Pinacoteca Oficial de Minas Gerais surgiu como uma seção complementar ao Arquivo Público Mineiro.  A aquisição do quadro “Solar Tradicional”, de Aníbal Mattos, marcou solenemente o início da coleção. Posteriormente, mais dez telas de Aníbal Mattos, duas obras de Honório Esteves e uma de Alberto Delpino foram incorporadas. 

No início da década de 1970, por iniciativa de Dona Coracy Uchoa Pinheiro, esposa do governador Israel Pinheiro, a Pinacoteca do Estado ganhou novo impulso. Inicialmente, foi aberta uma exposição ao público em 1971, em uma das salas do Palácio da Liberdade. A coleção exposta foi organizada sob a coordenação do escritor Murilo Rubião e do artista e crítico de arte Márcio Sampaio, que recolheram obras do acervo do Arquivo Público Mineiro e o do próprio Palácio da Liberdade, além de reunirem trabalhos de artistas contemporâneos que atuavam na época. Esses artistas eram convidados a fazerem a doação de uma obra representativa de sua carreira e, muitos deles, generosamente, doaram significativos exemplares para essa finalidade. 

O objetivo principal da iniciativa era ampliar a coleção com vistas à implantação futura de um museu estadual. E isso de fato ocorreu com a instalação, na década seguinte, do Museu Mineiro, dedicado à cultura mineira. Parte significativa dessas obras estão em reserva técnica ou em exibição na exposição de longa duração Minas das Artes, Histórias Gerais, inaugurada em 2018. 

Em maio de 2022, o acervo da Pinacoteca recebeu mais 24 obras que estavam sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Agora,  passam a integrar o acervo da Pinacoteca obras de Lotus Lobo, Carlos Bracher, Inimá de Paula, Sara Ávila, Nello Nuno entre outros grandes nomes das artes visuais  A exemplo de outras instituições artísticas nacionais, que também criaram sedes definitivas para suas coleções pictóricas, a realização desta ação, demandada tanto por parte do público quanto pela classe artística, tem em vista o cumprimento de uma proposição importante do Governo e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo: a salvaguarda e a difusão da cultura artística mineira.

O edifício sede da Pinacoteca
O edifício sede da Pinacoteca fica em uma das extremidades da Praça da Liberdade. De arquitetura eclética, o edifício faz parte do projeto original da Nova Capital do Estado de Minas Gerais, o edifício foi uma das primeiras construções da nova capital, inaugurada em 1897. Ele é um equipamento cultural do Circuito Liberdade, que é composto por equipamentos entre museus, centros culturais e de formação, que mapeiam diferentes aspectos do universo cultural e artístico.

A edificação projetada pelo arquiteto pernambucano José de Magalhães, que integrava a comissão construtora de Belo Horizonte, o mesmo arquiteto que projetou o Palácio da Liberdade, tem estilo eclético com influência do neoclássico. Entre o segundo e terceiro andares existe uma porta e um vitral que dão para uma varanda que se debruça sobre o pátio interno. Nas paredes do grande hall, estão pinturas parietais do artista plástico Frederico Antônio Steckel, o mesmo que decorou internamente o Palácio da Liberdade.

O restante do prédio histórico é composto por amplas salas, com enormes pés direito. Na fachada posterior, possui uma entrada secundária, de menor suntuosidade que a principal e que fica um nível abaixo desta.

O edifício, por suas características históricas, é um bem do povo mineiro, e integra o conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Liberdade, cujo tombamento, pelo Iepha, compreende a Praça da Liberdade, seus jardins, alamedas, lagos, hermas, fontes e monumentos, bem como os prédios das Secretarias de Estado da Fazenda, Obras Públicas, Educação, Segurança Pública, e Interior e Justiça, pelo seu aspecto externo, incluindo as fachadas de frente, laterais e posteriores, e seu interior com decorações, escadarias monumentais, pinturas de tetos, painéis, vitrais e os prédios dos Palácios da Liberdade e dos Despachos.

O “prédio verde”, como é popularmente conhecido, possui um hall que é acessado por uma escada de granito. Do hall, sai uma escadaria de ferro fundido pela, obra da companhia belga Societé Des Acieries de Bruges. É um trabalho artístico que foi montado em um sistema inovador para a época, o joly, que permite a sustentação do próprio peso a partir de um eixo central.

Sobre o tombamento do edifício
O prédio da antiga Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas fez parte do centro cívico da administração estatal e da fundação da nova capital e integra o conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade, coração do corredor cultural e turístico denominado Circuito Liberdade. Foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, Iepha-MG, em 1977, como parte do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade e pelo município de Belo Horizonte em 1994. O tombamento foi aprovado pelo Decreto 1.851, de 02/06/1977 (art. 1o, XI).

 

 

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Imagem: Poly Acerby

EMCplay 4 divulgao EMC

Aplicativo público gratuito, que oferece produções audiovisuais online, retorna com séries que destacam Minas Gerais

A plataforma de streaming EMCPlay volta a ser disponibilizada. Depois de dois meses suspensa devido ao período eleitoral, o serviço gratuito de vídeos sob demanda da Empresa Mineira de Comunicação retorna com novidades. São séries especiais da Rede Minas que chegam ao público, pela primeira vez, online, às terças-feiras do mês de outubro.



Vão ser lançadas, na internet, as temporadas dos programas +Geraes e Minas da Gente, que passeiam por Minas Gerais e mostram lugares, eventos, festividades e pessoas que fazem do estado um dos mais atrativos do país. Outra novidade é a última temporada do programa Cinematógrafo, que coloca em debate o cinema mineiro. Além dessas atrações, a EMCPlay já oferece filmes, shows e atrações para crianças e o conteúdo das emissoras públicas Rede Minas e rádio Inconfidência.



SOBRE A EMCPLAY
A EMCplay foi criada em junho de 2022 pela Empresa Mineira de Comunicação (EMC), que gerencia a Rede Minas e a rádio Inconfidência, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). O serviço é uma janela de exibição para a produção audiovisual feita no estado e conteúdos das emissoras públicas mineiras.



A EMCplay pode ser acessada pelo site emcplay.com ou pelo aplicativo disponibilizado no Google Play e Apple Store.



Serviço:
- 05/10 – reabertura online da EMCplay
- 11/10 – lançamento de temporada +Geraes na EMCplay
- 18/10 – lançamento de temporada Minas da Gente na EMCplay
- 25/10 – lançamento de temporada Cinematógrafo na EMCplay


Vídeos na emcplay.com ou pelo aplicativo disponibilizado no Google Play e Apple Store.

 COMO SINTONIZAR:

redeminas.tv/comosintonizar
A Rede Minas está no ar no canal 9 (VHF); Net 20 e Net HD 520; Vivo 9; e através do satélite Brasilsat C2 para a América Latina.

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Grande movimentação de veículos e volume intenso de pesquisas na internet foram registrados entre 15 e 19 de junho; Estado também ocupa posição de destaque em índice do IBGE

O feriado de Corpus Christi, celebrado em 16 de junho, representou um aumento significativo das atividades turísticas em Minas Gerais. Segundo dados das plataformas Google Trends e Google Analytics, o estado ampliou o leque de destinos mais procurados de 13 para 18. A pesquisa foi baseada nos insights do portal Segue Viagem e considerou, como data de corte, o período de 12 a 19 de junho.

Na semana anterior (5/6 a 11/6), as buscas estavam concentradas nos municípios de Monte Verde e Poços de Caldas, no Sul de Minas. Dessa vez, houve maior capilaridade nas pesquisas, registrando grande volume em diferentes regiões do estado. Ouro Preto, Congonhas, Tiradentes, Lavras Novas, Jacutinga, Uberlândia e Belo Horizonte foram alguns dos destinos mais procurados pelos internautas.

O monitoramento das plataformas, realizado pela equipe técnica da Superintendência de Marketing Turístico (SMT), da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), indica que as buscas por Jacutinga, por exemplo, tiveram um aumento de 300%. Mariana teve um crescimento de 500% e Belo Horizonte, 400%. As pesquisas relacionadas apontam que os turistas têm buscado por roteiros culturais e dicas de lazer nas cidades mineiras.

O portal Minas Gerais, site promocional da Secult dedicado à divulgação do Destino Minas Gerais também apresentou altos índices de acesso no período que antecedeu o Corpus Christi. A sessão “Eventos” do site teve 56.256 visitas, ultrapassando a visualização da página inicial, que é, comumente mais visualizada pelos internautas. Em relação ao tipo de atração mais buscada, destacam-se shows e opções de entretenimento nos municípios.

Entre as cidades mais acessadas no portal Minas Gerais, Jacutinga ocupa o primeiro lugar, com 280 acessos. Em segundo, aparece Serro (242), seguida de Belo Horizonte (228), Delfinópolis (156) e Montezuma (121). Já em relação aos atrativos, a Gruta do Maquiné, em Cordisburgo, lidera a lista, com 327 visualizações. A Fazenda Santa Clara (67), em Santa Rita de Jacutinga, e a Estância Mineral do Barreiro (55), em Araxá, completam o ranking de atrações mais visitadas.

O balanço do feriado prolongado também indica alto volume no fluxo de tráfego na BR-381 (Fernão Dias), rodovia que liga a capital mineira à cidade de São Paulo (SP). De acordo com relatório divulgado pela Arteris Fernão Dias, concessionária que administra 562 quilômetros da estrada, 910.212 mil veículos passaram pela região, entre a quarta-feira (15/6) e o domingo (19/6).

Crescimento nacional
Para além de feriados e datas comemorativas, Minas Gerais tem apresentado um constante crescimento na procura de destinos no país. Segundo Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve alta de 132,7% na movimentação econômica no setor de turismo no mês de abril. O índice é o segundo maior entre as 12 unidades da federação em que o indicador é aplicado.

Minas está à frente do Espírito Santo (123,3%), do Distrito Federal (108,0%), da Bahia (105,7%) e do Rio Grande do Sul (104,5%). O estado do Ceará, na Região Nordeste do País, ocupa o primeiro lugar da pesquisa, com 135,8% de atividade turística apurada em abril.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, os dados consolidados representam um esforço contínuo da pasta para a retomada do setor turístico. As ações, projetos e programas implantados têm gerado bons resultados, colocando Minas à frente de alguns dos principais destinos do país. "O índice mostra Minas Gerais crescendo mais do que Estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país, à frente de Estados que antes lideravam, como Rio de Janeiro e São Paulo", destaca.

 

 

 

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Imagem: Pedro Vilela

Museu Mineiro Belo Horizonte

Em 2022, o Brasil comemora os duzentos anos de sua independência em relação a Portugal.

Embora muitos pensem que a independência do Brasil se resuma ao “brado retumbante” de D. Pedro I às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, tal episódio é apenas um capítulo de um longo processo emancipatório que teve, dentre outras consequências, a capacidade de reforçar um sentimento de unidade para além das diferenças existentes entre os atores e atrizes que participaram daquele movimento.

O bicentenário da independência do Brasil é uma oportunidade para se relembrar a história do país, através de imagens e vestígios, muitos deles preservados em museus, que permitem conhecer e construir novos olhares. Tomando como referência esta efeméride, o Instituto Brasileiro de Museus/ IBRAM propõe para a 16ª edição da Primavera de Museus o tema “Independências e Museus: Outros 200, Outras Histórias”.

O tema sugere que as instituições museológicas de todo o país repensem o relevante papel de mulheres, africanos e afrodescentes, povos originários, sertanejos, ribeirinhos e outros grupos sociais no processo de independência do país. O tema é, ainda, uma oportunidade para se renovar os olhares sobre este fato histórico, sob a ótica da diversidade cultural, da liberdade de pensamento, da inclusão, da pluralidade de experiências e de interpretações.

Inspirados pelo tema proposto pelo IBRAM para a 16ª Primavera de Museus, os museus estaduais e o Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais promovem uma série de ações que serão realizadas no período de 19 a 25 de setembro de 2022 com vistas a dar oportunidades de escuta a novos personagens, garantindo que tantas outras histórias possam ser contadas, para além daquelas que tradicionalmente são conhecidas.

Programação

CENTRO DE ARTE POPULAR

Bordando Memórias: um encontro

Data de realização: 24 de setembro de 2022

Horário:  14h30 às 16h30

Vagas: 20

Local de realização: Centro de Arte Popular

Inscrições pelo telefone: (31) 9 9874-9567

Ementa:

Conduzida pelo educativo do Centro de Arte Popular, a ação pretende promover um encontro para bordar. O propósito dessa atividade é criar narrativas e gerar a troca de experiências por meio do bordado. Cada participante deverá trazer seu kit de bordado (agulhas e linhas).

Atividade Gratuita

MUSEU CASA ALPHONSUS DE GUIMARAENS

Minicurso “Vozes e Letras –  Do ‘Quarto de Despejo’ à Sala (de Aula): Práticas Pedagógicas com os Diários de Carolina Maria de Jesus”

Data de realização: 20 a 23 de setembro de 2022

Horário: 19h às 21h

Local de realização: Casa de Cultura – Academia Marianense de Letras

As inscrições serão realizadas a partir de um link do projeto Vozes e Letras.

Haverá emissão de certificados.

Ementa:

Carolina Maria de Jesus (1914-1977) é uma escritora, negra, com apenas dois anos de escolaridade, moradora da favela do Canindé, em São Paulo, mãe solo de três filhos, catadora de papel. Em meio a uma existência marcada pela exclusão social e pela miséria, Carolina de Jesus dedica-se à escrita literária, com destaque para os seus diários, nos quais narra e reflete sobre a realidade que vivencia e testemunha cotidianamente. Sua obra “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”, publicada em 1960, coloca questões cruciais para uma educação que se compromete com valores democráticos.

O minicurso “Do ‘Quarto de Despejo’ à Sala (de Aula): Práticas Pedagógicas com os Diários de Carolina Maria de Jesus” objetiva discutir coletivamente sobre o ensino de literatura como formação de leitores literários, bem como sobre aspectos fundamentais da obra de Carolina de Jesus. Trata-se de oportunizar discussões que tenham sempre como horizonte o processo de ensino-aprendizagem em sala de aula, a partir da sugestão de práticas pedagógicas significativas, com os diários de Carolina de Jesus. O minicurso será ministrado pelo Dr. Paulo Ricardo Moura da Silva.

Paulo Ricardo Moura da Silva é professor efetivo de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – IFMG, desde 2017, atuando no Ensino Médio Integrado ao Técnico e no Ensino Superior. Tem graduação em Licenciatura em Letras, com habilitação em Português e Espanhol e suas Literaturas, mestrado e doutorado em Letras, na área de Teoria Literária/ Unesp. Atualmente, é pós-doutorando no Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos da Linguagem, e graduando do curso de Bacharelado em Filosofia, pela UFOP. Seus interesses acadêmicos estão relacionados à Teoria da Literatura, Teoria do Realismo, Teoria do Romance, Literatura e Sociedade, Literatura e Memória, Narrativa Brasileira, Narrativa de Introspecção e Letramento Literário.

O evento será realizado em parceria com o Programa de Pós graduação em letras – ICHS – UFOP e Casa de Cultura Academia Marianense de Letras.

Atividade gratuita.

■ MUSEU CASA GUIGNARD

Oficina “A consolação dos objetos: Imaginação e emoção nas experiências museais: Aproximações entre o Museu Casa Guignard (Ouro Preto) e o Museu da Inocência, em Istambul”

Data de realização: 20 a 22 de setembro de 2022

Horário: de 14h às 17h

Local de realização: Museu Casa Guignard

Vagas: 25

Inscrições pelo link: https://forms.gle/ScyETWKR39dHnfHy7

Haverá Emissão de Certificado

Ementa:

Através de uma abordagem dialógica, com discussões e visitas à exposição de longa duração do Museu Casa Guignard, a oficina objetiva desvelar e discutir aproximações possíveis entre o acervo do Museu Casa Guignard, com destaque para a coleção dos Cartões Para Amalita, e o Museu da Inocência, organizado pelo romancista Orhan Pamuk, em Istambul, na Turquia. A apreensão dos objetos do cotidiano, as relações entre tempo, memória, imaginação e emoção serão abordadas como metáforas fundamentais para construir os sentidos de identificação entre os sujeitos e as coleções nas experiências museológicas.

Atividade Gratuita

 

Lançamento do filme “Yara – Uma Aventura Afetivo-Museológica” e Bate-Papo com Bruno Porpora e Yara Mattos

Data de realização: 21 de setembro de 2022

Horário: 19h

Vagas: 25

Local de realização: Museu Casa Guignard

Inscrições pelo link: https://forms.gle/ScyETWKR39dHnfHy7

Haverá Emissão de Certificado

Ementa:

O documentário “Yara - Uma Aventura Afetivo-Museológica” percorre os cinquenta anos de trajetória profissional da museóloga Yara Mattos. Yara atuou em diversos museus do país, como o Museu Nacional de Belas Artes e o Museu da Inconfidência, além de ter integrado o corpo docente do curso de Bacharelado de Museologia da UFOP até 2022. Este registro, composto por depoimentos de profissionais, ex-alunos e amigos, homenageia e expressa os caminhos de afeto trilhados em sua ativa e multifacetada carreira. Dirigido pelo museólogo Bruno Porpora, a exibição do filme será seguida de um bate-papo com o mesmo e a museóloga Yara Mattos.

Yara Mattos é graduada em Museologia pelo Curso de Museus/MHN/UFRJ. Doutora em Ciências Pedagógicas/Instituto Central de Ciências Pedagógicas/La Habana/Cuba. Professora aposentada do Departamento de Museologia/UFOP. Membro do Conselho Internacional de Museus – ICOM/CECA. Membro da diretoria da Associação Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunitários – ABREMC. Coordena os trabalhos do Ecomuseu da Serra de Ouro Preto, junto às comunidades que habitam os bairros circunvizinhos ao Parque Arqueológico Morro da Queimada.

Bruno Porpora é bacharel em Museologia/ UFOP. Mestrando na linha de Teoria e Método da Gestão Patrimonial e dos Processos Museológicos: Salvaguarda e Comunicação no Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia (PPG-Mus)/ USP. Desenvolve estudos sobre as relações entre Museologia e Cinema, Museologia e Globalização, Expografia, Comunicação Museológica e Teoria Museológica. Diretor do documentário “Yara – Uma aventura afetivo-museológica”.

Atividade Gratuita

MUSEU CASA GUIMARÃES ROSA

Roda de Conversa com os membros da Guarda União do Rosário de Maria

Mediação: Fábio Barbosa e Ronaldo Alves 

Data de realização: 21 de setembro de 2022

Local de realização: Museu Casa Guimarães Rosa

Horário: 19h

Ementa:

O Museu Casa Guimarães Rosa promove um encontro com os membros da Guarda União do Rosário de Maria de Cordisburgo. O encontro traz como proposta ouvir relatos dos componentes da Congada a fim de identificar a importância e participação desta manifestação cultural na construção e emancipação da história local. A Guarda do Rosário de Maria de Cordisburgo/ MG foi criada no ano de 1905 e há 115 anos é a responsável pela realização da Festa do Rosário e do Divino Espírito Santo na cidade.

Fábio Barbosa é graduado em Serviço Social. É ator, contador de histórias, membro da primeira geração do Grupo de Contadores de Estórias Miguilim. Trabalha no Museu Casa Guimarães Rosa, na coordenação local das gerações atuais do Grupo Miguilim. Foi coordenador do Grupo de Contadores de Estórias da cidade de Morro da Garça entre os anos de 2018 e 2020. Produtor e diretor cultural do Grupo Caminhos do Sertão. Membro do Grupo teatral " O Banquete".

Atividade Gratuita

MUSEU DO CRÉDITO REAL

Africanidade na Independência do Brasil

Data de realização: 20 de setembro de 2022

Local de realização: Auditório do Museu do Crédito Real (3º andar)

Horário: 19h

Ementa:

Apresentação do grupo musical Afro-Batuque Brasileiro de Nelson Silva, registrado como patrimônio imaterial da cidade de Juiz de Fora/ MG. No evento haverá, ainda, contação de histórias pela professora Vanda Ferreira.

Criado em 1964 pelo compositor Nelson Silva, o Batuque Afro-Brasileiro reúne ritmo, dança, composição, arte, cultura e resistência, mantendo repertório próprio, com mais de 80 composições com batuques, sambas, arranjos e maculelês, sempre presentes nas suas exibições. O grupo busca resgatar a história e valorizar a cultura negra em Juiz de Fora em apresentações em terreiros de umbanda, escolas, praças e igrejas. Levando muita música entoada pelo coral, o grupo está sempre ativo na cena cultural da cidade.

Vanda Ferreira é professora da rede municipal de ensino, formada em psicodrama socioeducativo, especializada em psicopedagogia institucional e em literatura e cultura afro-brasileira.

Atividade Gratuita

MUSEU DOS MILITARES MINEIROS

Podcast “O Multiculturalismo no Ambiente Militar”

Data de realização: 21 de setembro de 2022

Local de realização: Museu dos Militares Mineiros

Horário: 15h

Ementa:

Registro de conversa entre militares (Policial Militar e Bombeiro Militar) mediada por um sociólogo sobre o multiculturalismo no ambiente militar, subsidiando um novo conceito museal nas comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil.

MUSEU MINEIRO

“CHÁ DA DONA JOVEM NO MUSEU MINEIRO: SILENCIAMENTOS, TEIMOSIAS E RESISTÊNCIAS, DO ARRAIAL À CAPITAL”

Data de realização: 22 de setembro de 2022

Local de realização: Museu Mineiro

Horário: das 14h às 18h

Vagas: 50

Ementa:

O Chá da Dona Jovem, tradicional encontro realizado na Vila Estrela, onde está localizado o Muquifu (Museu de Quilombos e Favelas Urbanos), irá adoçar neste mês de setembro o Museu Mineiro, por ocasião da 16ª Primavera de Museus.

Nesta edição especial, o Chá da Dona Jovem será composto por duas rodas de conversa. A primeira, com início às 14h, terá como tema “Largo do Rosário: Arqueologia por Outras Histórias”. A mesa será formada pelo Padre Mauro Luiz da Silva, o arquiteto Thiago Alfenas Fialho, o arqueólogo Fernando Costa e contará com a medição de Álisson Valentim de Freitas, coordenador do Museu Mineiro.

Em seguida, às 15:15h, será realizado o Chá da Dona Jovem e o "Cortejo das outras histórias", que contará com as participações do Capitão Antônio Cassimiro das Dôres Gasparino, da Rainha Isabel Casimira Gasparino e de Maria Rodrigues, do Grupo de Mulheres da Vila Estrela.

A segunda mesa, com início às 16:45h, terá como tema “Má Notícia Para Quem? A Primeira Dama do Arraial”. Esta mesa será formada por Álisson Valentim de Freitas, Nila Rodrigues Barbosa, historiadora e mestre em estudos étnicos e africanos, a Rainha Isabel Casimira e contará com a mediação do Padre Mauro Luiz da Silva.

Antônio Cassimiro das Dôres Gasparino é capitão da Guarda de Moçambique e Congo Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário. Neto da fundadora desta Guarda aprendeu as performances rituais, cantos e instrumentos até vir a se tornar o Capitão deste reino. Tem atuado em projetos culturais relativos ao patrimônio imaterial e ministrado oficinas de formação em sua tradição.

Fernando Costa é Mestre e Doutor em Arqueologia pela USP. Graduado em História pela UFMG. Atua como pesquisador associado do Projeto Amazônia Central da USP.

Maria Rodrigues é diarista, moradora da Vila Estrela e coordenadora da Igreja das Santas Pretas. Atualmente é a encarregada de fazer o Chá da Dona Jovem para aqueles que participam das celebrações e para as atividades do Muquifu.

Nila Rodrigues Barbosa é Mestre em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA. Especialista em Organização de Arquivos pela UFJF e em Estudos Africanos e Afro-brasileiros pela PUC Minas. Graduada em História pela UFMG. Fundou a empresa Patrimônio e Etnicidade Ltda., em que atua como palestrante e pesquisadora, além de ministrar cursos e oficinas em patrimônio cultural e políticas públicas.

Padre Mauro Luiz da Silva é Mestre e Doutor em Ciências Sociais pela PUC Minas. Pós-graduado em Psicopedagogia, Teólogo e Filósofo pela PUC Minas. Curador do Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu) e pároco da paróquia Jesus Missionário no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. Coordenador do Projeto de Pesquisa e Centro de Documentação NegriCidade em que busca resgatar os Afro-patrimônios de Belo Horizonte.

Isabel Casimira é Rainha do Congo das Guardas de Moçambique, Congo Treze de Maio de Nossa Senhora do Rosário e Rainha do Congo do Estado Maior de Minas Gerais. Filha da Rainha Isabel Casimira das Dores Gasparino, herdou sua coroa. De uma linhagem de Rainhas do Congado, Isabel nasceu princesa como sua mãe Isabel e sua avó Maria. Com sua família, toma conta da Guarda de Moçambique Treze de Maio, situada em sua casa, no bairro onde nasceu. Junto de seus irmãos perpetua as festividades rituais iniciadas em 1944. É codiretora do filme” A Rainha Nzinga Chegou”.

Thiago Alfenas Fialho é graduado, Mestre e Doutorando em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG. Atualmente atua como arquiteto na Prefeitura Municipal de Pará de Minas.

Atividade Gratuita

SISTEMA ESTADUAL DE MUSEUS

Seminário “Que outras independências queremos para os próximos ANOS? ”

Data de realização: 21 a 23 de setembro de 2022

Local de realização: Sympla (Evento Virtual)

1º DIA – 21 de setembro de 2022 – Quarta-feira – 14h

Abertura do Seminário e da 16ª Primavera dos Museus com a participação da Diretora de Museus Pollyanna Lacerda

Link para inscrições:

https://www.sympla.com.br/2109---seminario-do-semmg-que-outras-independencias-queremos-para-os-proximos-anos__1712981

 

Mesa 1 - Questões socialmente vivas nas coleções dos museus

Convidado: Jezulino Lúcio Braga Mendes (UFMG)

Jezulino Lúcio Braga Mendes é Doutor no campo do Patrimônio Cultural e Artes na UFMG e na Universidade Autônoma de Barcelona/ Espanha. É vice-diretor da Escola de Ciência da Informação da UFMG e Coordenador Geral da Rede de Docentes e Cientistas do Campo da Museologia. Atua como docente no Curso de Museologia da UFMG e no Mestrado Profissional em Educação e Docência da Faculdade de Educação da UFMG.

Mesa 2 - Qual o lugar da cultura LGBTQIA+ nos museus?

Convidado: Luiz Morando (Cofundador do Museu Bajubá)

Luiz Morando é licenciado em Letras pela UFMG. Mestre em Literatura Brasileira e Doutor em Literatura Comparada pela UFMG. Entre 1992 e 2014, desempenhou trabalho voluntário no Grupo de Apoio e Prevenção à AIDS de Minas Gerais (GAPA-MG) A partir de 1989, começou a reunir um acervo de natureza diversificada relacionado à cultura LGBTQIA+ brasileira. Desde 2002, vem desenvolvendo pesquisa sistemática, autônoma e independente de resgate da memória das identidades LGBTQIA+ de Belo Horizonte. É autor dos livros “Paraíso das Maravilhas: Uma História do Crime do Parque” (2008, Fino Traço), “Enverga, mas não quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte” (2020, O Sexo da Palavra) e de diversos artigos sobre seu tema de pesquisa publicados em periódicos acadêmicos e livros. É cofundador do Museu Bajubá, um museu virtual de preservação da memória dos territórios de resistência e sociabilidade LGBTI+.

 

2º DIA – 22 de setembro de 2022 – Quinta-feira – 14h

Mesa - A função do museu: representação sociocultural das relações afroindígenas e ancestralidade local no Museu Histórico de Peçanha-MG

Link para inscrições: https://www.sympla.com.br/2209---seminario-do-semmg-que-outras-independencias-queremos-para-os-proximos-anos__1712961

Convidado 1: Filipe Maciel (Diretor do Museu Histórico de Peçanha-MG)

Filipe Maciel é Mestre em Estudos Rurais (UFVJM), Agrônomo (UNIFENAS) e Artista Plástico. Possui experiência em estudos de identidade e cultura de povos tradicionais com ênfase quilombola numa perspectiva antropológica. Atualmente é Subsecretário Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio Cultural de Peçanha/ MG

Convidada 2: Lúcia Ferreira Brandão (Coordenadora de Expansão da FAOP)

Lúcia Ferreira Brandão é Mestra em Estudos Avançados em Patrimônio Cultural: História, Arte e Território (UJA-Espanha), Especialista em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural (IFMG) e Museóloga (UFOP). Possui experiência em museologia com ênfase em conservação, restauro, história e arte e atualmente é professora de arte e restauro (FAOP).

3º DIA – 23 de setembro de 2022 – Sexta-feira – 10h

Mesa - Liberdade em Debate: Manifesto sobre a perservação da memória da desocupação dos assentamentos negros na região metropolitana de Belo Horizonte durante a construção da Nova Capital.

Link para inscrições: https://www.sympla.com.br/2309---seminario-do-semmg-que-outras-independencias-queremos-para-os-proximos-anos__1712971

Convidado: Vitú de Souza (Rede de Museologia Kilombola – RMK)

Vitú de Souza é graduando em Museologia pela UFMG, membro da Articulação da Rede de Museologia Kilombola - RMK e compõe o Conselho Internacional de Museologia - ICOM, onde propõe o recorte racial nos debates e pesquisas das Ciências do Patrimônio e da Informação. É integrante do grupo permanente do ‘Inventário Participativo das Expressões AfroBrasileiras do Bairro Concórdia - Belo Horizonte’.  E possui experiências nas áreas correlatas da produção cultural, com foco em gestão, logística, elaboração de projetos culturais e organização cultural. 

SERVIÇO

 

Centro de Arte Popular

Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes - BH/MG. CEP: 30140-092

Funcionamento: Terça a Sexta – das 12h às 19h| Sábados, Domingos e Feriados – das 11h às 17h

Museu Casa Alphonsus de Guimaraens

Endereço: Rua Direita, 35 – Centro – Mariana/MG. CEP: 35420-000

Museu Casa Guignard

Rua Conde de Bobadela (Rua Direita), 110 – Ouro Preto/ MG CEP 35.400-000

Funcionamento: Terça a sexta – 12h às 18h | Sábados, Domingos e Feriados – 9h às 15h

Museu Casa Guimarães Rosa

Endereço: Rua Padre João, 744 – Cordisburgo/MG. CEP: 35.780-000

Funcionamento: Terça a Domingo – das 9:30h às 17h

Museu do Crédito Real

Endereço: Av. Getúlio Vargas, 455 – Centro – Juiz de Fora/ MG. CEP 36010-000

Funcionamento: Segundas, Quartas e Sextas, das 12h às 18h

Museu dos Militares Mineiros

Endereço: Rua Aimorés, 698 – Funcionários – BH/ MG. CEP 30.140-070

Funcionamento: Segunda a Sexta – das 11h às 17h

 

Museu Mineiro

Endereço: Av. João Pinheiro, 342 – Centro – BH/MG. CEP: 30130-180

Funcionamento: Terça a Sexta – das 12h às 19h| Sábados, Domingos e Feriados – das 11h às 17h

Casa de Cultura Academia Marianense de Letras

Endereço: Rua Frei Durão, 84 – Centro – Mariana/ MG. CEP 35420-000

 

Sistema Estadual de Museus

Endereço: Av. João Pinheiro, 342 – Centro – BH/MG. CEP: 30130-180

Funcionamento: Segunda a Sexta – das 9h às 18h

Evento começou nesta quinta (16/6) em sua 14ª edição, após dois anos interrompido por causa da pandemia

O governador Romeu Zema e o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveria, participaram da abertura do XIV Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica, que começou nesta quinta-feira (16/6) e vai até domingo (19/6), nas ruas e praças do Centro Cultural da cidade, na região Centro-Oeste de Minas Gerais.

Mais de 40 barracas oferecem comidas típicas da roça, e o festival também conta com tendas, espaços gourmet, praças de alimentação e os famosos fornos à lenha, montados a céu aberto. Outro destaque da programação é a realização de oficinas gastronômicas, a cargo de chefs e cozinheiros de Itapecerica e convidados.

As atrações incluem ainda uma feira com artesanato local, shows musicais e apresentações de folias de reis e de academias de dança do município.

Ao participar da cerimônia de abertura do festival, Romeu Zema salientou o peso da gastronomia para o potencial de Minas Gerais e de eventos desse porte para impulsionar o turismo. ”Fico muito satisfeito de fazer essa visita em um momento tão bom, festivo, com eventos sendo retomados e em que se geram empregos e, principalmente durante um evento que está valorizando aquilo que nós, mineiros, sabemos fazer de melhor, nossa gastronomia diferenciada, nosso carro-chefe de um setor em franca retomada, do turismo, e nesse caso específico, a comida de roça”, pontuou o governador.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, também enalteceu esse traço cultural do estado. “A cozinha mineira é comum para nós, mas não para o turista, é uma cozinha muito especializada, com produtos muito saborosos e típicos de cada região”, disse o secretário. Ele também trouxe uma perspectiva econômica do que a culinária representa para o desenvolvimento econômico e cultural de Minas. “A cozinha mineira é candidata a patrimônio histórico do Brasil este ano, é responsável por 30% do nosso turismo, que hoje cresce o dobro da média nacional. No ano passado, injetou R$ 4,5 bilhões no mercado de Minas Gerais, e este ano foram R$ 6,3 bilhões somente nesses primeiros seis meses”, afirmou.

Retomada

Não realizado nos anos de 2020 e 2021 em função da pandemia de covid-19, o Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica volta com cerca de 140 expositores. Realizado pela Prefeitura de Itapecerica, que pretende, assim, voltar os holofotes para a culinária dos produtores locais e demais profissionais do setor.

Itapecerica é uma das cidades contempladas com o edital BDMG Municípios 2021, na linha de crédito Cidades Sustentáveis, que já garantiu R$ 2 milhões para financiamento de projetos como o do Mercado Municipal “Mineirinho”, já aprovado e com licitação realizada.

Durante a abertura do festival, o Complexo Cultural de Itapecerica teve sua ordem de serviço assinada pelo prefeito Wirley Reis, popularmente conhecido como Têko, com recursos oriundos da parceria com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). “Parte do complexo será composta pelo Centro Gastronômico, que vai congregar todas as comidas aqui do festival,vai alavancar a cultura e o turismo de Itapecerica, fortalecer a gastronomia mineira, tendo Itapecerica como referência“, comemorou Têko.

Nos últimos dois anos, Itapecerica recebeu mais de R$ 700 mil do ICMS Patrimônio Cultural, programa de repasse de recursos para os municípios que preservam seu patrimônio e suas referências culturais por meio de políticas públicas relevantes. Em 2022, foram repassados R$ 108,8 mil.

Expectativa de expositores e público

Produtora local, Maria Aparecida Menezes montou seu forno, junto com as irmãs, para oferecer diversos tipos de delícias, como linguiça defumada caipira, pastel, biscoito de sal, pão de queijo e cafezinho, como ela não deixa de mencionar. Além disso, ela mesmo produz a manteiga e a banha utilizadas. “Nossa atração principal é a alegria, fazer ao vivo, receber bem o pessoal. Assim como tem a rainha do Carnaval, eu vou ser a rainha do festival de gastronomia”, prometeu.

Para os moradores que vão curtir o festival, o momento representa um marco. “Ficamos dois anos dentro de casa, com a cidade morta, e agora estamos com a expectativa de um movimento grande de gente de fora. Os hotéis estão lotados, muitas casas alugadas, vai ser muito bom”, contou Sílvio Souza, que esperava pelo início das festividades ao lado da esposa, Maria das Mercedes Palhares de Souza, apelidada Cesinha, com quem é casado há 43 anos. Para ela, a expectativa é pelos pratos que poderá experimentar. “Espero comer arroz no suan, porco no bafo, costelão. Comida a gente experimenta de tudo, que tudo aqui é bom demais. O povo que vem aqui uma vez não fica sem vir de novo”.

Participando pela primeira vez do festival, a Associação Circuito Turístico do Campo das Vertentes montou um estande para trazer alguns elementos dos nove municípios que compõem o consórcio (Carmo da Mata, Carmo do Cajuru, Carmópolis de Minas, Divinópolis, Itapecerica, São Francisco de Paula, Santo Antônio do Amparo, Santo Antônio do Monte e Candeias), criado em consonância com a iniciativa privada para potencializar o turismo sustentável da região. “Trouxemos um pouco da história, da gastronomia, do artesanato e da arte de cada município, cada qual com sua peculiaridade, a convite da Prefeitura de Itapecerica, é uma hábito nosso participar de festivais que promovam a cultura da região”, conta o secretário executivo da associação, João Paulo Martins.

Também estiveram na abertura do festival o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marcelo Bomfim, prefeitos de cidades próximas e deputados da região.

 

 

16 6 2022 minifestival

Imagem: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Rotas da Liberdade divulgao Rede Minas

Maior Trajeto Turístico e Cultural do Brasil é apresentado em novo programa da Rede Minas


“Rotas da Liberdade” estreia nesta quinta (08/09) e mostra os destinos da “Via Liberdade”

 

Você sabe onde estão 70% do patrimônio do Brasil? Nas cidades no entorno da BR 040. Não é só a história que segue o asfalto. Além das edificações, o roteiro é rico em belezas naturais, gastronomia, cultura e arte que tornam os municípios de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal atraentes para os visitantes. Além das edificações, o roteiro é rico em belezas naturais, gastronomia, cultura e arte que tornam os municípios de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal atraentes para os visitantes. No percurso de 1.179 quilômetros da rodovia, ainda há muito a ser descoberto. E quem revela os destinos conhecidos e outros a serem desbravados é a Rede Minas, que estreia o Rotas da Liberdade, nesta quinta-feira (08). O programa segue viagem pelo novo percurso turístico brasileiro, “Via Liberdade”, e mostra na tela da TV lugares surpreendentes.


Na primeira temporada, o destino é Minas Gerais. São 40 cidades e distritos que vão ser apresentados ao público. A data de lançamento do programa e o local foram escolhidos a dedo: Ouro Preto, primeira cidade brasileira a receber o título de patrimônio mundial, pela Unesco. “Iniciamos uma viagem pela 040 contando fatos históricos ligados ao bicentenário da Independência do Brasil e por que Minas Gerais segura esse bordão da liberdade”, diz o apresentador Samuel Guimarães, que lembra que o município mineiro foi sede de um dos principais movimentos separatistas do país: a Inconfidência Mineira. Samuel antecipa: “tem muitas curiosidades. Algumas que não estão nos registros históricos”.

Samuel Guimarães é o guia desta viagem, jornalista por formação e turista por paixão. Para abrir a temporada em Ouro Preto, ele conta com o apoio de Peterson Bruschi, um historiador que pilota um drone sobre o passado mineiro preservado nas ladeiras. É a visão de cima apresentada por quem entende do passado tão rico da velha capital de Minas Gerais. Tem mais curiosidades com o professor de história da arte, iconografia e simbologia, Alex Bohrer, autor de livros que retratam a cidade mineira, como “Ouro Preto: um novo olhar”. Além de lugares já conhecidos, o programa traz novos atrativos, como uma mina que fica no quintal de uma casa, com mais de 500 metros de extensão e que há poucos anos abriu as portas à visitação.

O Rotas da Liberdade estreia nesta quinta-feira (08/09), às 20h, pela Rede Minas, e mostra Ouro Preto. Na semana seguinte (15/09), é a vez de Catas Altas, Santa Bárbara e o distrito de Brumal.


 

O evento contou coma participação de representantes de 20 cidades que discutiram ações para tornar a rota um grande atrativo cultural e turístico

Mais de 250 pessoas representando 20 cidades se reuniram, na última semana, no auditório Paulo Freire na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), durante o I Seminário da Via Liberdade. O objetivo foi discutir propostas e ações para tornar o rota um grande atrativo de cultura e turismo no Brasil. A Via Liberdade é um projeto que abrange os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal – pelos 1.179 quilômetros da rodovia BR-040 – e engloba mais de 300 cidades em seu entorno. Neste circuito estão mais de 70% dos patrimônios culturais e turísticos do Brasil.

Em uma participação on-line o secretário de estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, lembrou que o percurso conta a história do Brasil e citou que a estrada União e Indústria – que liga Petrópolis a Juiz de Fora – foi a primeira estrada pavimentada da América Latina e grande parte de seu trajeto é hoje a BR-040.

De acordo com o secretário, no entorno da rodovia existem vários patrimônios da humanidade reconhecidos pela Unesco. “Nesta rota temos toda a diversidade cultural do Brasil, desde sua culinária, costumes, modo de vida, parques, cachoeiras, matas e tudo que nos identifica como nação”, disse o secretário. Ele anunciou ainda que foram feitos dois acordos – com a Fecomércio e Sebrae – que proporcionarão recursos da ordem de R$ 10 milhões para diversas ações que incluem a Via Liberdade. Entre elas a divulgação nacional e internacional da rota turística. “Vamos promover e mostrar a cultura e o turismo brasileiro para o Brasil e para o exterior” afirmou.

Ele acrescentou que haverá um edital de R$ 6 milhões para treinamento e formatação de produtos e lembrou que o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) dispõe de uma linha de R$ 300 milhões para financiar os municípios mineiros para infraestrutura turística, restauração e conservação do patrimônio cultural. O secretário anunciou ainda que em setembro começará o marketing para divulgar Minas Gerais no Brasil e no exterior, acompanhado de eventos como a Orquestra Filarmônica de Minas que fará apresentações em Portugal, França e Alemanha.

Representando a prefeita Margarida Salomão, o secretário de Turismo de Juiz de Fora, Marcelo do Carmo, ressaltou que o projeto é ousado e tem tudo para ser reconhecido internacionalmente como uma grande rota cultural e turística.

A subsecretária de estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Ane Souza e o superintendente de Marketing Turístico, Antônio Francisco Monteiro Mourão também estiveram presente no evento. 

Palestra Magna
O professor Leonardo Castriota, do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), fez uma análise sobre os patrimônios culturais no mundo e no Brasil. Citando destruições feitas em nome de religiões ou guerras, o professor ressaltou que hoje a causa do patrimônio não é apenas dos “experts” no assunto, mas também da opinião pública mundial que tem se manifestado sobre o tema. Citou o exemplo da Serra do Curral em Minas Gerais, ameaçada pelas mineradoras. “Uma comissão de especialistas nacionais e internacionais está trabalhando para conter a ameaça. Se não houver uma resposta governamental, será feito um alerta patrimonial global”, disse Castriota.

Segundo o coordenador do curso de Turismo da UFJF, Edwaldo Sérgio dos Anjos Júnior, é importante o apoio da UFJF neste tipo de iniciativa, ainda mais se for considerado o período desafiador em que a Universidade tem sido alvo de questionamentos, cortes orçamentários e da transição entre as atividades remotas e presenciais de cunho técnico-científico.

“Entendemos que o evento fortalece, enriquece e permite a visualização do papel da UFJF na construção e na difusão do conhecimento. Ao mesmo tempo, é relevante, pois os estudantes podem ter uma oportunidade, não só de ter contato com outros atores institucionais da dinâmica e da cadeia turística, como também podem fazer posição dos elementos teóricos conceituais ao longo do curso com as preposições realizadas no evento de hoje”, explicou o professor.

Painéis
Gastronomia e Turismo foram os temas do primeiro painel do seminário. Mediado pelo secretário de Turismo de Juiz de Fora, Marcelo do Carmo, falaram Alexandre Vaz, da UniCerva, Maria Lúcia Braga e Edson Puiati. Representado o polo das cervejas artesanais, Alexandre Vaz destacou a tradição do produto em Juiz de Fora, que hoje conta com 29 marcas. Ele acredita que o polo, que gera mais de 350 empregos diretos, já faz parte das ações turísticas, até porque onze delas já podem receber visitas para degustação e para se ver a forma de produção, assim como ocorre nas grandes vinícolas mundo afora.

O segundo painel teve como tema Sustentabilidade e Inovação. Mediado por José Tarcísio Fagundes de Paula, do Sebrae, contou com a participação de Angelo Trotta, diretor da Ticino Turismo, na Suíça, Márcio Antônio Lucinda Lima da IGR Serras de Ibitipoca e do gestor cultural César Piva.

Angelo Trotta mostrou a experiência de Lugano, no sul da Suíça, cuja região, com cerca de 350 mil habitantes, recebe mais de 8 milhões de turistas ao ano. Tudo isso por causa de uma forte aposta na modernização, da tecnologia, do marketing e da formação em hotelaria. O programa de digitalização surgiu em 2017 e conta com 600 hoteleiros e mais de cem elementos de atração, além de um programa de fidelidade que permite que o turista possa utilizar trens e ônibus de forma gratuita.

Márcio Lucinda abordou o tema Volta das Tradições e explicou que a IGR Serras de Ibitipoca fez um trabalho intenso para conseguir montar um roteiro que é inclusivo e atende as dez cidades que fazem parte da IGR. São 360 quilômetros de trilhas que podem ser exploradas por bicicletas, motos, veículos 4x4 e 4x2, além de cavalgadas. A grande distância entre os pontos de apoio desaconselha, no momento, que o circuito seja feito a pé. Ao longo do percurso existem muitos locais com culinária típica, vendas que mostram a nossa cultura, além da vegetação e relevo variados.

César Piva falou do Polo Audiovisual da Zona da Mata, sediado em Cataguases – terra do cineasta Humberto Mauro – e lembrou que o trabalho ocorre há mais de 20 anos. “A grande parte de nossas filmagens não utiliza imagem em estúdios. Preferimos usar as nossas belezas naturais e também as nossas mazelas. Usamos a região como cenário, mesmo que a temática seja de outro local. Fizemos cenas em Muriaé para uma história que se dá no Complexo do Alemão, no Rio”, explicou.

O polo já fez 24 filmes, outras 46 produções e 16 empreendimentos a serem concluídos entre 2024 e 2025. Tudo isso, disse Piva, é fruto de parceria com a iniciativa privada e com órgãos públicos. Segundo Piva, “hoje temos uma universidade pública que nos permite ter um horizonte maior. Com as parcerias, os recursos financeiros ficam na nossa região e, assim, conseguimos gerar emprego e renda para muitas pessoas”. Os filmes produzidos pelo polo estão até mesmo em plataformas como a Netflix e isso os levou a criar uma plataforma própria de streaming para abrigar toda a produção.

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e a Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, anunciam a abertura de inscrições para seus Cursos de Extensão em Artes e Tecnologias, que podem ser realizadas gratuitamente até o dia 10 de outubro de 2022 através de formulário on-line. Os cursos acontecem nos meses novembro e dezembro de 2022 e são voltados tanto aos próprios alunos dos cursos regulares do Cefart quanto para o público externo interessado.

Ao todo, são ofertadas 324 vagas em 14 diferentes cursos das Escolas de Artes Visuais, Dança, Música, Teatro e Tecnologia da Cena. As aulas têm início a partir de novembro de 2022.

Os Cursos de Extensão do Cefart são gratuitos e disponibilizam vagas para as diversas faixas etárias e áreas de atuação. A seleção é feita pelos próprios professores responsáveis pelos cursos, a partir da apresentação de documentos e informações de acordo com critérios de seleção definidos para cada curso no edital.

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam as Inscrições para os Cursos de Extensão do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart. As atividades da FCS tem a correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio máster da Cemig, AngloGold Ashanti,  ArcellorMittal e Unimed-BH / Instituto Unimed-BH. Todos os incentivos são via Lei Federal e Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.  

PROCESSO DE INSCRIÇÃO E MATRÍCULA

A inscrição para os Cursos de Extensão do Cefart é isenta de qualquer taxa. Para realizá-la, o candidato deve preencher o formulário e marcar o respectivo curso de interesse, com link disponível no site da FCS (www.fcs.mg.gov.br). Os interessados deverão observar os pré-requisitos como idade mínima, escolaridade e experiência na área. O resultado final será publicado no site da FCS dia 24 de outubro, e o período de matrícula acontece nos dias 26 e 27 de outubro de 2022.

Gestores municipais receberão aulas com 3 módulos de conteúdos e localidades podem receber Selo Cidade Amiga do Audiovisual  

Gestores de 255 cidades de todas as 12 mesorregiões de Minas Gerais iniciam na próxima segunda-feira, 20/06, uma capacitação que os qualificará para compreender e trabalhar com as políticas públicas voltadas para o setor audiovisual em âmbito estadual, nacional e internacional, bem como entender como funcionam as produções audiovisuais no mercado nacional e internacional e, de forma aprofundada, aprender sobre todos os detalhes relativos à implementação, funcionamento, manutenção e fortalecimento de uma Film Commission. O curso proporcionará aos participantes amplo conhecimento sobre os benefícios que as filmagens em locação podem trazer a seus territórios e como o poder público local pode colaborar para atrair essas produções, facilitar a realização das mesmas e colher os melhores resultados em termos de impactos econômicos, visibilidade e promoção local com o fortalecimento do turismo cinematográfico

O programa “Cidade de Cinema” teve início com o cadastro realizado por representantes das cidades interessadas em se qualificar e integrar a Minas Film Commission (MFC). A primeira fase se encerrou no dia 28 de fevereiro com intensa adesão dos municípios, superando em 33% a meta, que era de 192 municípios, em apenas dois meses de inscrição. Essa inciativa de incentivo e promoção do audiovisual é fruto de uma reestruturação da Minas Film Commission realizada pelo governo do Estado, por meio da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), para apoiar as produções audiovisuais realizadas em Minas Gerais e consolidar o estado como um importante destino de filmagem.

O diagnóstico realizado sobre o perfil dos 255 municípios cadastrados nesta primeira fase revelou que a maior parte encontra-se na Região Sul e Sudoeste de Minas, com 27% das inscrições, seguido da região da Zona da Mata, com 11,6% e região Central, com 8,8%. Sendo Minas Gerais o estado guardião de 70% do patrimônio cultural brasileiro, constatou-se o esperado: a maior parte das cidades citaram como atrativos e cenários os bens tombados, 83% dos municípios apontaram igrejas como destaques locais, além das paisagens (90%), da cultura popular (80,4%), cachoeiras (69%) e veredas (20,5%). Do total, 23% são cidades históricas ou fazem divisa com uma.

Outro destaque do balanço é a eficácia das políticas de regionalização como as IGRs - Instâncias de Governança Regional, com o propósito de descentralizar e democratizar a atividade turística, de forma participativa, com geração de emprego e renda e desenvolvimento sociocultural. Grande parte dos municípios registrados integra alguma IGR - Instância de Governança Regional, (88.3%), sendo a Associação do Circuito Turísticos Trilha dos Inconfidentes a IGR com maior participação (8,9%), seguido da Associação do Circuito Turísticos Pedras Preciosas, com 7.2%. Os 48 circuitos turísticos existentes foram citados. Outro ponto facilitador na estruturação e fortalecimento das políticas públicas locais para o audiovisual são os fundos municipais de Incentivo à Cultura e ao Turismo. Dos 255 cadastros, 219 gestores responderam que seus municípios possuem um desses fundos, o que equivale a mais de 86% dos inscritos.

Próxima etapa
Desde o início de março deste ano a Diretoria de Desenvolvimento e Promoção do Audiovisual da EMC está em contato com todos os 255 gestores municipais cadastrados para criação de uma rede de articulação da Minas Film Commission (MFC) com dados disponibilizados no site (www.minasfilmcommission.emc.mg.gov.br) e para realizar a capacitação em Audiovisual. Uma das missões do programa é preparar cada município para desenvolver práticas e estratégias que atraiam e profissionalizem o setor audiovisual local. Por isso, a prioridade é focar na formação, capacitação e atualização dos gestores municipais para que eles organizem a administração municipal de forma a facilitar a realização de produções audiovisuais em seus territórios, desenvolvam políticas públicas na área e criem suas próprias film commissions locais ou regionais, gerando assim alternativas de emprego e renda, para trabalhadores e profissionais direta ou indiretamente envolvidos na atividade audiovisual, ampliando o turismo e impactando positivamente a economia.

“A forte adesão dos municípios ao cadastro comprova como o interior deseja se capacitar e atrair novos investimentos. Essa ação, que envolve inúmeros parceiros como a Fecitur e Associação Mineira dos Municípios, integra o Plano Descentra Cultura, que inclui outras iniciativas de descentralização e estímulo ao acesso como os editais do Fundo Estadual de Cultura, frutos da diretriz do Plano Estadual de Cultura, que tiveram número recorde de inscrições no último ano, com mais de 1500 projetos”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Após as capacitações regionais, as cidades que se comprometerem a dar continuidade às ações de incentivo ao audiovisual serão convidadas a formalizar esse compromisso para receberem o Selo Cidade Amiga do Audiovisual, uma certificação importante que sinaliza que o município reconhece a potência do setor para o desenvolvimento local e irá acolher e receber bem as produções audiovisuais. “Hoje, todo mundo tem o audiovisual na palma da mão. Isso virou um mecanismo importantíssimo de promoção dos destinos. Só que poucos locais têm sido palco dessas produções cinematográficas, audiovisuais e televisivas, porque eles não se preparam para receber, para dar as condições para que os realizadores filmem e realizem suas produções. Nossa meta é fazer com que essas cidades se preparem e se tornem atrativas para essas produções”, destaca Sérgio Rodrigo Reis, presidente da EMC.

Cadastro contínuo
Os municípios que ainda não se cadastraram para integrar a Minas Film Commission ainda têm a oportunidade de se inscrever. Basta preencher o formulário de inscrição disponível neste link. O cadastro é gratuito e segue aberto de forma contínua. Logo após a capacitação da primeira turma de gestores, com a listagem das cidades consolidada em 28 de fevereiro, novos grupos serão reunidos de 3 em 3 meses para novas capacitações.

Mais informações em www.minasfilmcommission.emc.mg.gov.br

 

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Minas Gerais, Amazonas, Bahia. Esses foram alguns dos estados visitados por Mário de Andrade em sua busca por descobrir as raízes do Brasil. As itinerâncias, realizadas de 1919 a 1929 por um dos principais expoentes do modernismo nacional, ajudaram a construir a identidade do movimento brasileiro. As jornadas ao território mineiro, em 1919 e 1924, são o mote do documentário “Uma Carta para Mário”, dirigido por Armando Mendz, que estreia nesta quarta-feira (28), às 20h, no Cine Humberto Mauro. 

 

O evento, que é gratuito e tem retirada dos ingressos 1 hora antes da sessão na bilheteria do espaço, é parte integrante do programa “O Modernismo em Minas Gerais”, que até o fim deste ano realiza inúmeras ações para celebrar o movimento considerado o mais pungente de nossas artes. A exibição faz parte da mostra Veredas Antropofágicas, que relaciona o cinema de invenção brasileiro e o modernismo. 

 

O filme de Mendz parte de uma carta escrita por Luiz Ruffato para Mário de Andrade, onde faz um relato das consequências da Semana de Arte Moderna de 1922 para a cultura de Minas Gerais e do país. O trabalho ainda conta com a participação do poeta mineiro Ricardo Aleixo, que interpreta trechos do poema “Noturno de Belo Horizonte”, escrito por Mário de Andrade a partir de sua visita à capital mineira em 1924. 

 

Para o diretor da obra “Uma Carta Para Mário" é um registro afetuoso sobre o Modernismo em Minas Gerais e seus desdobramentos. “Ao mesmo tempo em que marca uma efeméride - os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922 – o trabalho resgata e reflete sobre o legado do movimento modernista, que pensava o futuro no presente, mas sempre buscando nas nossas raízes a identidade brasileira. Que não negava nossas contradições, mas tentava abraçá-las. Um pensamento que foi, é e sempre será importante, assim como o próprio movimento, fundamental para a cultura brasileira do século XX e que, ainda hoje, ecoa na luta pela diversidade, pela liberdade de criação e no pensar o Brasil como possibilidade, não problema”, explica Armando Mendz. 

 

O documentário conta com entrevista com os professores João Antônio de Paula, Isabelle Anchieta, Vera Casanova, Rodrigo Vivas, Leonardo Castriota e Denise Bahia, bem como do filósofo Daniel Mundukuru. Eles abordam o contexto histórico ao longo das primeiras décadas do século XX e o cenário da literatura, artes plásticas e arquitetura em Minas Gerais e no Brasil ao longo deste  período. Com 85 minutos de duração, “Uma Carta para Mário” tem direção de fotografia de Alexandre Baxter e o roteiro de Pilar Fazito. A produção executiva é de Breno Nogueira e Leonardo Guerra. 

 

O MODERNISMO EM MINAS GERAIS 

 

O Modernismo como trajetória histórica e cultural é fonte rica e inesgotável: deve ser vivenciado, revisitado, apreciado e preservado. Com essa premissa, o programa O Modernismo em Minas Gerais reconstitui a trajetória do movimento artístico mais marcante do século XX no Brasil. O projeto percorre o núcleo modernista formado em Minas Gerais, principalmente Belo Horizonte, a partir da década de 1920 e evidencia a participação dos mineiros no movimento e suas contribuições em nível nacional.

 

 

O programa pretende fazer com que o público entre em contato com as contribuições dos artistas nas mais diversas expressões e linguagens culturais, bem como as consequências do movimento nos mais variados domínios da arte. Entre os destaques da programação, estão: Ciclo de Debates, Saraus Modernistas, Espetáculos Musicais, Mostra de Cinema, lançamento de longa-metragem documental, Espetáculo de Dança, Concertos Sinfônicos, Mostra Fotográfica, Espetáculo Teatral e Publicações. A programação acontece até o fim deste ano nos espaços do Palácio das Artes.

Evento gratuito será realizado de 20 a 22 de junho em Belo Horizonte; Programação reúne ações diversificadas e formativas

Para ampliar o acesso às políticas públicas em Minas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) promove mais uma edição do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos. Dessa vez, o evento será realizado de 20 a 22 de junho em diferentes espaços de Belo Horizonte. A programação diversificada e gratuita reúne ações que propõem maior transversalidade entre cultura e turismo, bem como uma maior aproximação entre estado e municípios. 

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, essa terceira edição do Encontro de Gestores celebra a diversidade de ideias, atrações turísticas e produção cultural que fazem a identidade do povo mineiro. O encontro contará com temas que vão ajudar a promover as políticas públicas dessas áreas e terá também o lançamento do Edital Minas para Minas, Minas para o Mundo. 

“A oportunidade desse encontro entre gestores da Cultura e do Turismo é singular e nos possibilita um diálogo mais sólido com os profissionais envolvidos nas cadeias produtivas das duas áreas. Os gestores reunidos em Belo Horizonte durante o evento terão a possibilidade de pensarem juntos sobre as políticas públicas mais efetivas, a diversidade de nosso Estado e mais uma série de ações que visam à geração de emprego, renda, qualificação e profissionalização”, define o secretário Leônidas Oliveira.

Dessa vez, dois 2.500 ingressos disponibilizados, cerca de 2.200 já foram retirados pelos participantes, como explica o presidente da Rede de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior. Para ele, o terceiro Encontro de Gestores evidencia a importância da aproximação entre o poder público e a sociedade civil, que podem, neste momento, propor soluções para a constante melhoria das políticas públicas em Minas Gerais.

“Esse terceiro encontro é um momento único na história da cultura e do turismo do nosso estado. Teremos essa grande oportunidade de trocar informações com outros gestores, debater as políticas públicas e oferecer uma série de capacitações aos participantes, já que ofereceremos diversas atividades formativas tanto para a cultura quanto para o turismo, que serão fundamentais para fortalecermos dessa grande rede formadas pelos gestores municipais”, pontua.

A exemplo das outras duas edições, realizadas em dezembro de 2021 e março de 2022, o Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos propõe uma série de atividades baseadas nas diretrizes da Secult para as políticas públicas turísticas e culturais. Um dos destaques é a Palestra Magna: “Inovação e Sustentabilidade para patrimônios”, com o professor Lorenzo Cantoni, na segunda-feira (20/6), às 19h, na Sala Minas Gerais, durante a abertura do evento.

No dia seguinte, terça-feira (21/6), a partir das 9h, o Auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) será palco de uma série de reflexões sobre a gestão nos setores da Cultura e do Turismo. Na programação, os participantes poderão conferir as palestras “Cultura como fator de desenvolvimento - Os mecanismos de Fomento e incentivo à Cultura”, com a superintendente de Fomento Cultural, Economia Criativa e Gastronomia da Secult, Janaína Silva; e “Sistema Municipal de Cultura”, com o diretor de Economia Criativa, José Oliveira Júnior. 

O auditório da CDL recebe, ainda, as palestras “Como medir o sucesso de sua estratégia de marketing digital”, com Tássia Corina; e Captação de Recursos para execução de projetos culturais, que será conduzida pelo subsecretário de Cultura, Igor Arci. Além dessa programação, o Espaço Lounge da CDL receberá representantes dos Conselhos Estaduais de Cultura e Turismo para atendimento a gestores, produtores e demais profissionais dos dois setores em Minas Gerais. 

Ações integradas 
Também na terça-feira (21/), outros espaços que compõem o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, receberão programação do Encontro de Gestores. No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), a partir das 9h, será apresentado ao público o Edital Minas para Minas: Minas para o Mundo, iniciativa para potencializar o Destino Minas Gerais no cenário internacional do turismo. Os participantes também poderão conferir a palestra “Monitoramento de dados para estruturação do turismo local”, com Milena Soares (Fecomércio) e Adilson de Souza Nogueira (Observatório de Extrema) e “A importância da roteirização turística para seu destino”, com Nathália Heringer (SEBRAE) e IGR Circuito das Grutas.

E, ainda no CCBB-BH, a Cozinha Mineira será tema de diversos encontros entre gestores e convidados. A partir das 15h40, será ministrada a palestra “Cozinha Mineira: cultura e turismo na mesa e na prateleira. A programação contará, também, com outras ideias a respeito do jeito mineiro de cozinhar, como Roteiros da Cozinha Mineira, Cozinha Mineira Contemporânea e Patrimonialização da Cozinha Mineira e Selo Cozinha Mineira. As atividades serão conduzidas por profissionais convidados da Secult, da Frente da Gastronomia Mineira e do Instituto Periférico. 

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais também recebe a programação do Encontro de Gestores. No espaço administrado pela Secult, serão realizadas ações pensadas para a proteção patrimonial de instituições culturais, ações de capacitação para elaboração de projetos, além de lançamento do programa Minas Plural e apresentação de ações de acessibilidade em espaços voltados à arte e à cultura. 

O último dia do Encontro de Gestores, quarta-feira (22/6), vai abordar diferentes iniciativas ligadas à gestão cultural e turística no estado. Uma das primeiras atividades é a palestra “Redes sociais: como tirar fotos profissionais usando seu celular”, com Wander Faria, que acontece na CDL, a partir das 9h. No CCBB-BH, será realizada a Reunião da Rede de Gestores Municipais de Cultura e Turismo. 

E a Biblioteca Estadual será palco do “Encontro com os Sistemas - Bibliotecas, Museus e Arquivos”, com participação do Diretor do Arquivo Público Mineiro, Bruno Balista, do diretor da Biblioteca, Lucas Amorim, e da coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Pollyanna Machado. A mediação é da superintendente de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais da Secult, Luciane Andrade. 

O último dia do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos será marcado, também, pela apresentação do Centro de Patrimônio Cultural Cemig e Pinacoteca Cemig Minas Gerais. Os espaços serão lançados a partir das 14h30, na Casa do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, que integra o Circuito Liberdade. Ambas as instituições vão ampliar o acesso à cultura e fomentar o turismo na cidade. 

Programação Complementar
Diferentes ações fazem parte da programação complementar do Encontro de Gestores. As atividades, que serão realizadas na quarta-feira (22/6), contemplam visitas guiadas aos equipamentos do Circuito Liberdade, visitas técnicas ao acervo do Arquivo Público Mineiro e do setor de Obras Raras da Biblioteca Estadual, além de um roteiro cultural pelas exposições do CCBB e do P7 Criativo. 

A programação completa do Encontro Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos pode ser acessada AQUI.

 

 

15 6 2022 miniencontro

Ao longo de 2022, o Brasil celebra o bicentenário de sua libertação da coroa portuguesa. Uma série de ações tem acontecido com o intuito de comemorar a data, e, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), o Palácio da Liberdade recebe, de 21 de setembro a 13 de novembro, a mostra “Libertas Quae Sera Tamen: Percursos Históricos & Imaginários”. 

Com curadoria da Superintendência de Bibliotecas, Museus, Arquivos e Equipamentos Culturais (SBMAE), a exposição é gratuita, e retrata, a partir de objetos históricos e trabalhos artísticos, o papel de Minas Gerais na luta pela Independência. Ao todo, 43 peças fazem da mostra como: moedas, bandeiras, documentos históricos e fardas, a exemplo da usada por Tiradentes durante a Inconfidência Mineira. Além disso, a exposição conta com obras dos artistas contemporâneos Randolpho Lamonier e Ártemis Garrido.

A chegada dessa exposição ao Palácio também marca a passagem de bastão da gestão do local. A partir da assinatura do Termo de Vinculação e Responsabilidade, prevista para a próxima semana, a construção histórica e tombada pelo IEPHA deixará de ser vinculada ao Gabinete Militar do governador de Minas e passará à Secult. 

O Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, reforça a importância dessa integração, “trata-se de um museu vivo, espaço cívico-cultural de grande importância na nossa história. Queremos colocar a cultura na centralidade.”, enfatizou.  

EIXOS EXPOGRÁFICOS

No Palácio da Liberdade, essa exibição ocupa o saguão, o hall da escada, o Salão de Honra, o Salão do Couro, as salas da lateral esquerda, o Salão de Banquetes e o Salão do Almoço, e explora três marcos temporais da Independência do Brasil: os anos de 1822, 1922 e 2022. 

O primeiro eixo expográfico remete ao processo que culminou com a proclamação da Independência e as mudanças ocorridas após a ruptura com Portugal. O segundo explora o marco do centenário da data emancipatória. Já o terceiro eixo discute os aspectos inerentes à ruptura com o império português e seus reflexos na contemporaneidade.

Logo no hall de entrada do Palácio da Liberdade, ao pé da escadaria, o público encontra os vestígios da performance “Ninho”, de David Guener, na abertura da exposição. Ao fim da escadaria, a obra “Discurso Nulo”, de Randolpho Lamonier ocupa o ambiente com mais uma visão contemporânea sobre a historicidade. Ambos os trabalhos convidam o público a refletir sobre o significado da independência nos dias atuais.

Com exceção das obras “Discurso Nulo”, de Randolpho Lamonier, e “Chamego e Saudade”, de Ártemis Garrido, as peças e documentos históricos que compõem a exposição fazem parte do acervo Museu Mineiro, Museu dos Militares Mineiros, Arquivo Público Mineiro, Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Minas Gerais, da Polícia Militar de Minas Gerais e do Museu da Memória do Judiciário Mineiro.

MOSTRA LIBERTAS4



CERIMÔNIA DE ABERTURA 

A abertura da exposição contou com a performance “Ninho”, do artista mineiro David Guener, com uma intervenção artística na Alameda Travessia até o Palácio da Liberdade. Além disso, a solenidade foi marcada por uma apresentação vinculada ao Festival Internacional de Corais, na qual grupos da região metropolitana de Belo Horizonte apresentaram o Hino Nacional; o Hino da Independência, composto por Dom Predro I e Evaristo da Veiga; a música Pátria Minas, de Marcus Viana; “O Cio da Terra”, de Milton Nascimento e Chico Buarque; “Coração Civil”, de Milton Nascimento e Fernando Brant; e a música tema do FIC, “Liberdade”, de Leonardo Cunha e Murilo Antunes.

Resultado das ações do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult MG), para a recuperação do turismo no Estado gera expectativa de movimentação no feriado de Corpus Christi.

De acordo com dados da rodoviária de Belo Horizonte, a expectativa para os dias 15/6 a 20/6, é de que aproximadamente 135 mil pessoas passem pelo terminal, entre embarques e desembarques. Esse volume representa 82% de crescimento na quantidade de passageiros verificada no mesmo feriado em 2021 (cerca de 74,6 mil pessoas). O número é superior ao registrado no feriado de Tiradentes, quando houve a expectativa de que 127 mil pessoas passassem pelo local.  "Minas possui características que são as tendências mais buscadas pelos turistas atualmente. Natureza, aventura, bem estar, ruralidade, gastronomia, história e cultura são alguns exemplos de que somos um estado com muita experiência para oferecer aos turistas", afirma a subsecretária de Estado de Turismo Ane Souza.

No Aeroporto Internacional de Confins, a projeção é de que cerca de 150 mil pessoas são esperadas de 15 a 20 de junho e 1.095 voos, entre chegadas e partidas, enquanto no ano passado a movimentação chegou a 90 mil passageiros. 

Durante este mesmo período, os números já consolidados mostram que Minas Gerais se consolida como um destino frequente nas buscas por internautas. Belo Horizonte, São João del-Rei, Tiradentes, Ouro Preto, Poços de Caldas, Monte Verde e Monte Sião dividiram a atenção das pessoas em pesquisas sobre “lugares para viajar em Minas Gerais”, de acordo com dados da agência de viagens CVC. Esses dados se reforçam com levantamento feito pela AMIHLA (Associação Mineira de Hoteis de Lazer), em que há uma previsão de ocupação de 93% dos hotéis no feriado de Corpus Christi.  Além disso, a expectativa de aumento de fluxo turístico para Tiradentes e Ouro Preto é superior a 90%, de acordo com as próprias prefeituras, após sondagem realizada pelo Observatório do Turismo MG.

O movimento nas estradas também será grande. A expectativa é que mais de um milhão de veículos passem pela Rodovia Fernão Dias durante os dias de recesso incentivando ainda mais a economia e o turismo no estado.

 

16 6 2022 miniferiado

Evento inaugural de exposição marcou a assinatura simbólica do termo de responsabilidade

O Palácio da Liberdade, que é um ícone da vida política de Belo Horizonte, ganhou mais um marco em sua história. Construído para ser a sede do governo - sendo palco de grandes acontecimentos de Minas Gerais -, o espaço será integrado à gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), consolidando-se como um importante equipamento cultural voltado à população. 
 
O Termo de Vinculação e Responsabilidade foi assinado na última terça-feira (20/9), por meio de um ato simbólico, no local, onde também aconteceu a solenidade de abertura da exposição “Libertas Quae Sera Tamen: Percursos Históricos & Imaginários”, que fica em cartaz até 13 de novembro. A assinatura da posse está prevista para a próxima semana e, assim, o Palácio da Liberdade vai deixar de ser vinculado ao Gabinete Militar do governador de Minas Gerais. 
 
Para o secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, essa iniciativa amplia a programação cultural do Estado, além de impulsionar o melhor aproveitamento desse bem histórico para ações de cultura e turismo. “O objetivo é valorizar, preservar e promover como destinos turísticos nossas riquezas culturais, históricas e naturais. Queremos colocar a cultura na centralidade”, conta o titular da pasta. 
 
A curadoria cultural ficará por conta da Fundação Clóvis Salgado, que passa a assumir também o Circuito Liberdade. Mesmo com essa cessão, o Palácio continuará recebendo embaixadores e outras autoridades, além de sediar reuniões da Secult. 


Com a nova gestão, já estão previstas uma série de novidades, entre elas a abertura ao público do cinema, que existe no local e terá programação conjunta com a Sala Humberto Mauro/Palácio das Artes; exposições; abertura dos jardins, nos finais de semana, com os Dragões da Inconfidência fazendo a guarda; e edital para ocupação dos jardins, com programação especial.
 
PALÁCIO EM NÚMEROS
 
Desde a sua reabertura, em outubro de 2021, recebeu 13.9 mil visitantes, e de janeiro de 2022 até o momento, as visitas somam 12.2 mil. Atualmente, o Palácio da Liberdade já recebe visitas agendadas aos finais de semana. A construção histórica e todo conjunto da Praça da Liberdade são tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA).

Produções audiovisuais e o melhor da Rede Minas e da Rádio Inconfidência já estão disponíveis, gratuitamente

Na noite de terça-feira  (14/6), o Cine Humberto Mauro foi palco do lançamento da plataforma de streaming da Empresa Mineira de Comunicação, a EMCplay. A plataforma também inclui cinema mineiro e conteúdos audiovisuais que valorizam a identidade, o patrimônio, a cultura, os atrativos e as singularidades de Minas Gerais, tudo de graça, na palma da mão, em qualquer lugar e a qualquer momento. A EMCplay concentra o rico material das emissoras públicas, a Rádio Inconfidência, com 85 anos de história, e a Rede Minas, com 37. O público poderá rever os conteúdos marcantes e especiais, como shows e espetáculos que só a Rede Minas registrou e também reportagens e programas carregados de memória afetiva, como Leila Entrevista, Arrumação, especiais do Agenda, Alto Falante, Brasil das Gerais e outros programas que também estarão disponíveis. 

Catálogo
Os conteúdos disponíveis na EMCplay estão divididos nas categorias:
+Minas Gerais (conteúdos informativos e cativantes sobre os atrativos do Estado, como paisagens naturais, aspectos da cozinha mineira, patrimônio material e imaterial);
Cinema em Minas (filmes, séries, documentários e animações produzidos em Minas Gerais ou que retratam o estado. Produções contempladas por editais da LAB - Lei Aldir Blanc, Fundo Estadual de Cultura e outras ferramentas de incentivo e fomento ao audiovisual);
Ao Vivo (toda a programação que vai ao ar, diariamente, nas três emissoras públicas do estado - Rede Minas e Rádio Inconfidência AM e FM - em tempo real), Música nas Gerais (programas e shows exclusivos);
+Rede Minas e +Inconfidência (o rico acervo das emissoras);
Para Crianças (programas infantis marcantes como Dango Balango e outros conteúdos audiovisuais como, longas, curtas, séries e especiais feitos para entreter e também educar).
Produções contempladas por editais da LAB - Lei Aldir Blanc, Fundo Estadual de Cultura e outras ferramentas de incentivo e fomento ao audiovisual, estarão na EMCplay. Os interessados em incluir seus filmes na plataforma poderão participar de um edital de credenciamento. Todo conteúdo será analisado pelo Grupo de Trabalho Curador da EMCplay, formado por servidores da Empresa Mineira de Comunicação (EMC) e representantes da sociedade civil.

Festivais e mostras
Para tornar a plataforma ainda mais atrativa e diferenciada, a EMCplay abre a oportunidade para que festivais e mostras de cinema de Minas Gerais possam apresentar seus conteúdos e realizarem seus eventos online ou de forma híbrida, tendência antecipada pela pandemia que ampliou bastante o público desses festivais. Haverá chamamento público para exibição online de festivais e mostras.

A EMCplay já está disponível e pode ser acessada pelo site emcplay.com ou através do aplicativo no Google Play e Apple Store.

 

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