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Segunda edição do ARTEMINAS resgata a memória a partir dos trabalhos de Roberto Vieira, Jorge dos Anjos, Marco Túlio Resende e Cláudia Renault


A expressiva produção artística das décadas de 1980 e 1990 é o grande destaque das galerias do Palácio das Artes durante a segunda edição do projeto ArteMinas, que acontecerá de julho a outubro próximo. Trata-se de uma iniciativa da Fundação Clóvis Salgado que se consolida como um programa voltado às artes visuais mineiras e seus artistas.

Para este ano, os selecionados foram Roberto Vieira (Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard), Marco Túlio Resende (Galeria Genesco Murta), Jorge dos Anjos (Galeria Arlinda Corrêa Lima) e Cláudia Renault (Galeria Mari’Stella Tristão) que terão exposições individuais, com linguagens e propostas diferenciadas, evidenciando tanto a arte aprendida no cotidiano quanto suas vivências acadêmicas.

Pintura, escultura, desenho, instalações e novas formas de trabalhar objetos pontuam a identidade dessa geração de criadores que tiveram expressiva produção nesse período. Essas criações constituíram um importante momento da arte mineira em que a produção dos artistas buscava uma linguagem própria, a partir de obras com múltiplos suportes.

O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Augusto Nunes-Filho, explica que nesta edição, desloca-se a temática da produção atual para o resgate da memória. “É este o mote que desdobra o anterior, continuação inventada, no saber de agora, ao se debruçar sobre ‘o que sei, tinha sido o que foi’. A linha do tempo é evocada, restos são retomados’”, revela.

Para Augusto, Cláudia Renault apresenta fragmentos de um percurso. Acrescenta-lhes uma instalação inédita no exercício de uma curadoria íntima, que perfaz a memória da sua trajetória artística. E Jorge dos Anjos, remete-se à memória ancestral da forma para subverter as relações ângulo/curva/rígido/flexível e forjar a ferro e fogo e pólvora impensáveis estruturas em inesperados materiais. Já Marco Túlio Resende organiza um eixo, que recupera signos pessoais da memória, no engendramento de vigorosa gramática. Por fim, Roberto Vieira elege a terra como matéria prima e primeira. Partindo da sua representação ele se desloca, gradativamente, para a própria coisa, colocando-se em nocaute ou êxtase ao atingir seu objetivo. “O arco da vida - tensionado pelo trabalho elaborado por cada artista - acaba por atingir o real como alvo derradeiro da obra de arte”, resume Nunes-Filho.

  • ROBERTO VIEIRA... EM PROCESSAMENTO

Inaugurando uma exposição individual na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard após 30 anos, Roberto Vieira resgata a origem de seu trabalho com Roberto Vieira... Em Processamento tendo a terra como matéria prima das diversas instalações. Objetos do cotidiano, como garrafas pet, mesas, cadeiras e fios de telefone ganham novos significados a partir da introdução de terra em sua estrutura. A ideia do artista é instigar a curiosidade e a interatividade no público.

Assim como a própria terra, o trabalho de Roberto Vieira passa, constantemente, por processos de modificação e transformação. Foi durante os anos 1980 que o artista mudou de ares e, no lugar de pintar a terra, decidiu trabalhar diretamente com ela. “A natureza foi se tornando parte do que faço. Desse encontro surge o barranco como espaço de trabalho no qual vou adicionando objetos do cotidiano, que geram identificação nas pessoas”, explica o artista. Uma réplica da obra vai ocupar toda a parede lateral da Grande Galeria, com vista para a Avenida Afonso Pena.

Roberto Vieira também trabalha com caixas de madeira, isoladas em vidro, contendo objetos revestidos de terra. Fragmentos de manequins estarão dispostos ao longo da galeria, além de cerca de 150 pares de sapatos, também com terra. Segundo o artista, essas instalações fazem com que os visitantes se sintam parte de toda a obra. "Quero que as pessoas visitem a exposição e refletam sobre o trabalho. Olhar para a terra, para o manequim, entender que tudo é cíclico, que tudo sai ou volta para a terra”, reflete Roberto Vieira.  

Caixas. Roberto Vieira

  • JORGE DOS ANJOS – RÍGIDO E FLEXÍVEL: QUANDO A FORMA BUSCA SEU PRÓPRIO LUGAR

O contraste entre a maleabilidade e a dureza de materiais são a gênese da exposição inédita Rígido e Flexível: quando a forma busca seu próprio lugar, de Jorge dos Anjos. Impulsionado pelas formas geométricas e a estrutura molecular do metal, a elasticidade da borracha e a mutabilidade do feltro, Jorge apresenta uma série de esculturas. Algumas obras exploram a geometria e a solidez do aço. Outras foram pensadas a partir da junção entre o ferro quente e o feltro, para trabalhar a capacidade de modificação do tecido e criar novas formas e estruturas no material.

Experiências com diferentes materiais têm movido o trabalho do artista. Nessa exposição, Jorge explora todas as possibilidades estruturais dos elementos, aplicando o conceito do neoconcretismo brasileiro. “A ideia é separar o que é estrutura, composição e identidade em cada peça que vai ser exposta. Construí obras mutáveis, que podem se transformar em outros trabalhos e se adaptar nos diferentes locais. Daí vem o conceito de estrutura e composição. A identidade, no caso, aplica-se à minha própria assinatura como artista”, define Jorge.

Outros experimentos também estão presentes em uma série de desenhos feitos com pólvora e plástico. A combustão da pólvora potencializa a maleabilidade do plástico, que ganha novos contornos e formas. E a borracha, um material que Jorge tem buscado trabalhar há 20 anos, se transforma, se entrelaça e se molda, criando peças interligadas e flexíveis. 

 Jorge dos Anjos

  • MARCO TÚLIO RESENDE - AXIS

Dono de rica bagagem conceitual e ampla trajetória acadêmica, Marco Tulio Resende é artista plástico e professor da Escola Guignard. Com a exposição AXIS, que significa “eixo” em latim, o artista busca resumir seu pensamento e linha de trabalho. “A exposição representa o eixo do meu trabalho. Tem a ver com memória e diário, remontando minha história e meu processo de criação”, esclarece Marco Túlio.

AXIS conta com uma instalação de 45 cabeças de cerâmica, livros de imagens para manipulação do público, telas que fazem parte de sua sala no Museu Vale localizado em Vila Velha, no Espírito Santo, e obras inéditas para a exposição na Galeria Genesco Murta. São várias as linguagens utilizadas por Marco Túlio, fato que reflete bem seu modelo de produção: pinturas, esculturas em cerâmica e uma instalação - todas obras provenientes de desenhos, princípio de trabalho do artista.

Reunindo fotos, roupas, fantoches, brinquedos e mais uma infinidade de elementos, a exposição é o resultado da somatória de interesses de Marco Túlio ao longo de décadas. “Resgato e registro todo tipo de coisa, utilizando técnicas, objetos e anotações que levam o público ao meu universo poético”, explica.

Marco Tulio

  • CLÁUDIA RENAULT – A MAIS

Aluna de Amílcar de Castro e professora de diferentes gerações das Artes Visuais na Escola Guignard, Cláudia Renault traz para a Galeria Mari’Stella Tristão fragmentos e registros de memória de sua trajetória artística com a exposição A mais, uma analogia aos excessos da vida. Serão expostas obras marcantes em sua carreira, além de trabalhos recentes e uma instalação criada exclusivamente para essa exposição. A artista explica que as obras selecionadas exploram as possibilidades espaciais da galeria, criando nichos que se dividem de acordo com o material e a linguagem utilizados - ora vidro, ora madeira; ora pintura, ora objetos.

A proposta de Claudia é recuperar o tempo perdido por meio dos objetos recolhidos, atribuindo-lhes novos usos e significados. “À medida em que recolho e levo para a galeria boa parte do meu ateliê, falo de memória, de dar sentido àquilo que já não cabe nem mesmo no lixo”, reflete a artista. Ela diz ainda que sua intenção não é fazer algo esteticamente bonito, mas sim refletir suas impressões acerca do tempo e sociedade em que vivemos. “Como toda arte, a minha também tem cunho político. O país está muito sujo e feio, e a minha exposição fala desse momento, é bastante contemporânea”, completa.

Buscando explorar aquilo que está acima do imaginário do público e provocar uma reflexão crítica, Claudia Renault, que teve a chance de conviver com grandes referências mineiras como Amílcar de Castro, Sara Ávila e Lotus Lobo, considera muito importante poder mostrar seu trabalho de forma atual. “Ter sido convidada para o ArteMinas foi um presente de enorme felicidade. Depois de quatro anos estudando no exterior, posso voltar e estar ao lado de amigos e artistas que admiro muito, mostrando o que penso, faço e busco transmitir”, conta.

Cláudia reforça, ainda, a influência da academia para o cenário artístico belo-horizontino nas décadas de 80 e 90. “Os conhecimentos e as possibilidades se ampliam. Essa época, não apenas em Minas, foi um marco muito importante, quando os artistas queriam encontrar sua linguagem após um período de repressão e sufoco. A Faculdade era livre, a arte pulsava”, lembra. “A teoria é muito importante para ampliar suas referências, mas é um complemento à prática, às experiências. Você só sabe sobre alguma coisa, quando você vive essa coisa, e isso acontecia muito”, completa.

Cláudia Renault

  • Sobre os artistas

Roberto Vieira – Roberto Vieira nasceu em Juiz de Fora, em uma família de artistas. Desde cedo, suas referências eram a música erudita – o pai era violinista -, e as artes plásticas. Em meado dos anos 1940, passou a dedicar-se ao estudo do violino, tocando na Orquestra Filarmônica de Juiz de Fora. Dos anos 1960 em diante formou-se em arquitetura na UFMG (1968) e fundou, com outros estudantes de arte, como Lotus Lobo e Paulo Laender, a Oficina de Arte. É quando realiza uma série de experiências “minimal/concretistas”, como esculturas e desenhos concebidos a partir de unidades de operação, raiz como curva, reta, ponto, reta, curva e cor.

Jorge dos Anjos – Jorge Luiz dos Anjos nasceu em Ouro Preto. Pintor, escultor e desenhista, inicia sua formação artística ainda menino, na Fundação de Arte de Ouro Preto, onde estuda com Nino Mello, Ana Amélia e Amílcar de Castro. Suas obras têm como referência básica elementos minerais. Sofre influência do imaginário africano em suas esculturas em ferro oxidado e no óxido gravado nas telas. Desde 1993 tem feito experiências na área do Design, criando luminárias com estrutura metálica e nylon translúcido, que conservam muito de sua linguagem como escultor.

Marco Túlio Resende – Marco Túlio Resende nasceu em Belo Horizonte. É desenhista e pintor. Estudou na Escola Guignard entre 1971 e 1974 – onde convive com Amílcar de Castro, Sara Ávila e Lotus Lobo – e no Art Institute of Chicago (EUA) com bolsa da Fulbright Commission. Desde 1975 expõe seus trabalhos, regularmente, em galerias como Galeria Ana Maria Niemeyer (RJ), Galeria Marília Razuk (SP), Galeria Manoel Macedo (BH), e em espaços institucionais como Light (RJ), MAM (BH e SP), Itaú Cultural (SP). Em 1979, retorna à Escola Guignard como professor. Recebe bolsa do Goethe Institut para estudar na Alemanha em 1990; Em 1998, é convidado a participar como artista visitante da Sheffield Hallam University, Sheffield, Inglaterra.

Cláudia Renault – Claudia Tamm Renault nasceu em Belo Horizonte. É artista plástica, professora e galerista. Iniciou o curso de Artes Plásticas na Escola Guignard em 1973 e concluiu em 1978. Desde 1988 integra o corpo docente da Escola Guignard, onde realizou, em 2000, especialização em Pesquisa e Ensino no campo das Artes Plásticas, orientada por Marco Túlio Resende. Entre 2006 e 2008, desenvolveu pesquisa de mestrado junto à Escola de Belas Artes da UFMG, sob orientação de Maria do Carmo Freitas Veneroso. 

 

ROBERTO VIEIRA... EM PROCESSAMENTO, de Roberto Vieira

Local: Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard

Período: de 29 de julho a 16 de outubro

Horário: Terça a sábado, das 9h30 às 21h. Domingo, das 16h às 21h

Entrada gratuita

RÍGIDO E FLEXÍVEL: QUANDO A FORMA BUSCA SEU PRÓPRIO LUGAR, de Jorge dos Anjos

Local: Galeria Arlinda Corrêa Lima

Período: de 29 de julho a 16 de outubro

Horário: Terça a sábado, das 9h30 às 21h. Domingo, das 16h às 21h

Entrada gratuita

AXISde Marco Túlio Resende

Local: Galeria Genesco Murta

Período: de 29 de julho a 16 de outubro

Horário: Terça a sábado, das 9h30 às 21h. Domingo, das 16h às 21h

Entrada gratuita

 

A MAIS, de Cláudia Renault

Local: Galeria Mari’Stella Tristão

Período: de 29 de julho a 16 de outubro

Horário: Terça a sábado, das 9h30 às 21h. Domingo, das 16h às 21h

Entrada gratuita

 
 
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