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Filarmônica de Minas Gerais recebe maestro Tobias Volkmann

 

A genialidade de Mozart despertou ira e admiração entre seus contemporâneos. Dramatizado no filme Amadeus, de Milos Forman, tal paradoxo se evidencia na figura de Antonio Salieri, cuja obra Sinfonia em Ré maior, “Il giorno onomastico” será apresentada, pela Filarmônica de Minas Gerais, na programação da série “Fora de Série”, no dia 23 de julho, às 18h, na Sala Minas Gerais. Contemporâneo e admirador da música de Mozart, Cimarosa compôs uma das mais belas peças para oboé do período Clássico, o Concerto para oboé em dó menor, a ser interpretado pelo oboísta principal da Orquestra, Alexandre Barros. Sob regência do maestro convidado Tobias Volkmann, o público apreciará, ainda, duas obras de Mozart: O rapto do serralho, K. 384: Abertura e Sinfonia nº 39 em Mi bemol maior, K. 543. Os ingressos estão esgotados.

Crédito: Rafael Motta

Alexandre Barros foto Rafael Motta

O repertório

Wolfgang Amadeus Mozart (Áustria, Salzburgo, 1756 – Viena, 1791) e as obras O rapto do serralho, K. 384: Abertura (1782) e Sinfonia nº 39 em Mi bemol maior, K. 543 (1788)

Em 1781, Mozart deixa Salzburgo. Aos 25 anos, o compositor e pianista autônomo depende da renda de concertos, da venda de partituras, de aulas particulares e, sobretudo, do público. A composição de O rapto do serralho coincide com o casamento entre o compositor e Constanze Weber e com a mudança para Viena. O artista opta por um Singspiel, gênero dramático-musical germânico, de grande apelo popular, com diálogos falados e cantos. A obra, cuja trama se passa na Turquia, foi o maior sucesso operístico de Mozart. A Abertura se inicia sobre um Presto muito vivo. O caráter feérico deve-se ao uso dos instrumentos de sopro e ao arsenal típico das turqueries da época. O poético Andante central, em tom menor, expressa o amor entre Belmonte e Constanze (a personagem principal ganhou o nome da esposa de Mozart), mas não cessa o clima de alegria que logo se reinstala, com ritmo contagiante até o final.

Seis anos após a estreia de O rapto do serralho, Mozart vive o início da miséria que marcaria o fim de sua vida. Um dia antes de terminar a Sinfonia nº 39, o compositor escreve ao amigo e credor Johann Puchberg solicitando mais um empréstimo. Em apenas seis semanas, o artista conclui outras duas sinfonias (números 40 e 41), bastante diferentes entre si. As três obras-primas foram criadas sem encomenda imediata e parece que o próprio Mozart não chegou a ouvi-las. Com audácia inaudita, as últimas sinfonias exibem o gênio do artista e revelam o alcance de seu legado ao gênero. Nas peças, destacam-se a percepção do equilíbrio estrutural, o fascinante jogo de texturas orquestrais, a prodigiosa riqueza harmônica e o rigoroso cultivo do estilo fugato dos antigos mestres.

Antonio Salieri (Itália, 1750 – Áustria 1825) e a obra Sinfonia em Ré maior, “Il giorno onomastico” (1775)

Desde o filme Amadeus, Salieri tornou-se, para o senso comum, o grande vilão da música erudita. A personagem do cinema, porém, não corresponde à figura histórica a que remete. O artista foi muito importante como compositor e como mestre: que o diga sua ascendência direta sobre as formações de Beethoven e Liszt. Entre Mozart e Salieri, quaisquer rivalidades não ultrapassaram os limites da cordialidade. O estilo de Salieri é um pouco diferente do “traço” de seus compatriotas, que, à época, moravam em Viena: sua linguagem o aproxima muito mais da tradição germânica (como a de Gluck), do que da italiana.

Compositor dramático por excelência, deixou pródiga obra: dezenas de óperas, inúmeros trabalhos sacros, alguma música de câmara e várias peças sinfônicas, o que inclui seis concertos e duas sinfonias completas: La Veneziana e Il giorno onomastico. Embora o nome da última seja pomposo, seu significado é bem simples: Salieri a compôs para comemorar o próprio aniversário. Estruturada em quatro movimentos, à maneira da sinfonia clássica, apresenta citações de outras de suas peças – as aberturas de La Scuola de’ Gelosi e de La Partenza Inaspettata. Ao ouvinte habituado a Haydn e Mozart, será grata a descoberta de um Classicismo sólido e elegante, mas ainda não centrado em si mesmo, com ares do rico e pulsante ambiente musical da Primeira Escola de Viena.

Domenico Cimarosa (Itália, 1749 – 1801) e a obra Concerto para oboé em dó menor (1942)

À maneira de Salieri, também a obra de Domenico Cimarosa revela-se bastante pródiga: trata-se de cerca de 70 óperas, várias peças sacras e 32 sonatas para teclado, em um movimento, à maneira de Domenico Scarlatti. Cimarosa construiu uma carreira sólida e, em 1791, é nomeado Mestre de Capela de Leopoldo II, em Viena, na Áustria, em sucessão a Salieri. Seu estilo, contudo, é inegavelmente italiano. Sua linguagem dramática assinala, com Pergolesi, Galuppi, e, sobretudo, com Mozart, o apogeu de uma tradição musical que veria em Rossini o primeiro herdeiro.

Importante ressaltar, porém, que o concerto para oboé é uma obra moderna: em 1949, Arthur Benjamin transcreveu, para oboé e orquestra de cordas, quatro sonatas para teclado, compostas entre 1787 e 1791, transformando tal colagem em obra única. As sonatas de Cimarosa transcritas são – em ordem numérica, e não como aparecem no concerto – as de número 23, 24, 29 e 31. É bom lembrar que tal sistema de colagens, apropriações e transcrições não era estranho ao espírito e à prática dos séculos XVII e XVIII. A despeito da intervenção moderna, a obra mostra o caráter vocal e dramático desse contemporâneo de Mozart, com quem partilha da mesma tradição.

Os artistas

O maestro convidado Tobias Volkmann

Tobias Volkmann é o atual maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e principal regente convidado da Orquestra Sinfônica Nacional UFF. Destaque da nova geração de regentes brasileiros, Volkmann participou de masterclasses ministradas por Kurt Masur, Jorma Panula, Ronald Zollman e Isaac Karabtchevsky. Com o maestro Fabio Mechetti, foi participante da edição 2012 do Laboratório de Regência, quando regeu a Orquestra no concerto de encerramento. Estudou canto e regência na UFRJ e fez mestrado em Regência Orquestral pela Universidade Carnegie Mellon de Pittsburgh, nos EUA, com Ronald Zollman. Ao conquistar os principais prêmios no Concurso Internacional de Regência Jorma Panula 2012, na Finlândia, e o Prêmio de Público no Festival Musical Olympus de São Petersburgo 2013, sua carreira internacional decolou. Regeu grandes orquestras europeias e sul-americanas, como as sinfônicas do Chile, do Porto Casa da Música, Estatal do Museu Hermitage e Estatal de São Petersburgo e a Petrobras Sinfônica. Em 2015, estreou na Alemanha à frente da Sinfônica de Brandemburgo, na sala do Gewandhaus, em Leipzig. Estreará, como convidado, junto à Sinfônica Provincial de Santa Fé, na Argentina, e à Filarmônica de Minas Gerais.

O regente apresentou-se em concertos junto às sinfônicas de Vaasa e Jyväskylä, na Finlândia, à Orquestra Lyatoshinsky de Kiev, à Sinfônica de Porto Alegre, à Sinfônica Municipal de Campinas e à Sinfônica da UFRJ. É convidado frequente nas temporadas da Orquestra Sinfônica Nacional-UFF e da Sinfônica da Universidade de Cuyo, na Argentina. Entre 2012 e 2014, atuou como maestro assistente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde esteve à frente dos balés La Bayadère e Coppelia e do acompanhamento para os filmes mudos Nosferatu, de Murnau, e O Garoto, de Chaplin. Foi, ainda, maestro preparador em produções de ópera, como Billy Budd, Salomé, A Valquíria, Aída, Rigoletto, Carmem e Madame Butterfly. Entre 2009 e 2011, foi regente assistente da Orquestra Filarmônica Carnegie Mellon, nos Estados Unidos.

Alexandre Barros

Alexandre iniciou os estudos musicais com o pai, Joaquim Inácio Barros, a quem acompanhava desde criança, na flauta doce, em rodas de choro. Estudou flauta transversal e, aos 17 anos, passou ao oboé, sob orientação dos professores Afrânio Lacerda, Gustavo Napoli, Carlos Ernest Dias e Arcádio Minczuk. Frequentou masterclasses com oboístas internacionais, como Ingo Goritzki, Alex Klein, François Leleux e Maurizio Colasanti. Em 1993, com o Quinteto de Sopros da UFMG, ganhou o primeiro prêmio no V Concurso de Música de Câmara da instituição. Em 1996, com o Trio Jovem de Palhetas, obteve menção honrosa no Concurso Jovens Solistas da Faculdade Santa Marcelina de São Paulo. No mesmo ano, ganhou o Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), apresentando-se com a orquestra sob regência do maestro Diogo Pacheco. Em 1998 conquistou o prêmio Eleazar de Carvalho, no Festival de Inverno de Campos do Jordão.

Como solista, atuou com a Sinfônica de Minas Gerais, a Orquestra de Câmara Sesiminas e a Filarmônica Nova. Foi solista com a Filarmônica de Minas Gerais em 2008, 2010, 2013 e 2015. De 1996 a 1997, integrou o naipe de oboés da Osesp, com a qual realizou turnê pela Europa. A convite de Roberto Minczuk, atuou como primeiro oboé e foi solista da Sinfônica de Ribeirão Preto. Em Minas, integrou o naipe de oboés da Orquestra Sinfônica e é Primeiro Oboé da Filarmônica de Minas Gerais desde a fundação da Orquestra. Também é professor do Curso de Formação e Aperfeiçoamento em Artes (Cefar). Alexandre tem uma intensa atividade na música de câmara. Em 2011, ao lado do pianista Miguel Rosselini, gravou disco com importantes obras para oboé. Também com Rosselini, esteve em salas de concerto no Brasil, no Festival Rio Folle Journée, na Semana de Música de Ouro Branco e no Projeto Quarta Erudita da Fundação Clóvis Salgado.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Criada em 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais tornou-se um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Sob a direção artística e regência titular de Fabio Mechetti, a Orquestra é atualmente formada por 92 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas Central, do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, em seus primeiros oito anos de vida a Orquestra realizou 554 concertos, com a execução de 915 obras de 77 compositores brasileiros e 150 estrangeiros, para mais de 709 mil pessoas, sendo que 40% do público pôde assistir às apresentações gratuitamente. O impacto desse projeto artístico durante os anos também pode ser medido pela geração de 59 mil oportunidades de trabalho direto e indireto.

O corpo artístico Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é oriundo de política pública formulada pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Com a finalidade de criar uma nova orquestra para o Estado, o Governo optou pela execução dessa política por meio de parceria com o Instituto Cultural Filarmônica, uma entidade privada sem fins lucrativos qualificada com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Tal escolha objetivou um modelo de gestão flexível e dinâmico, baseado no acompanhamento e avaliação de resultados. Um Termo de Parceria foi celebrado como instrumento que rege essa relação entre o Estado e a Oscip, contendo a definição das atividades e metas, bem como o orçamento necessário à sua execução. A programação artística tem sido integralmente paga por recursos de bilheteria e os captados junto a empresas, por meio das leis de incentivo Estadual e Federal.

Programação

A partir de 2015, quando a Orquestra passou a se apresentar na Sala Minas Gerais, sua programação foi intensificada. De 24, saltou para 57 concertos por assinatura, sempre com convidados da cena sinfônica mundial. Em 2016, estreiam com a Orquestra os regentes convidados Justin Brown e Dorian Wilson, além dos solistas Luis Ascot, Gabriela Montero, Javier Perianes, Clélia Iruzun, Antti Siirala, Lara St. John e Ji Young Lim. O público também terá a oportunidade de rever grandes músicos, como os regentes Rodolfo Fischer, Carl St. Clair, Marcelo Lehninger, Carlos Miguel Prieto e Cláudio Cruz, e os solistas Celina Szrvinsk, Miguel Rosselini, Barry Douglas, Angela Cheng, Arnaldo Cohen, Conrad Tao, Natasha Paremski, Cristina Ortiz, Luíz Filíp, Vadim Gluzman, Asier Polo, Leonard Elschenbroich, Fábio Zanon, Denise de Freitas e Fernando Portari.

A Filarmônica estende seu campo de atuação a projetos dedicados à democratização do acesso à música clássica de qualidade. São turnês em cidades do interior do estado, concertos para formação de público, apresentações de grupos de câmara, bem como iniciativas de estímulo à profissionalização do setor no Brasil – o Festival Tinta Fresca, dedicado a compositores, e o Laboratório de Regência, destinado ao aprimoramento de jovens regentes. Já foram realizadas 84 apresentações em cidades mineiras e 30 concertos em praças públicas e parques da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mobilizando um público de 283 mil pessoas. Mais de 70 mil estudantes e trabalhadores tiveram a oportunidade de aprender um pouco sobre obras sinfônicas, contexto histórico musical e os instrumentos de uma orquestra, participando de concertos didáticos.

O nome e o compromisso de Minas Gerais com a arte e a qualidade foram levados a 15 festivais nacionais, a 32 apresentações em turnês pelas cinco regiões brasileiras, bem como a cinco apresentações internacionais, em cidades da Argentina e do Uruguai.

A Filarmônica tem aberto outras frentes de trabalho, como a gravação da trilha sonora do espetáculo comemorativo dos 40 anos do Grupo Corpo, Dança Sinfônica (2015), criada pelo músico Marco Antônio Guimarães (Uakti). Com o Giramundo Teatro de Bonecos, realizou o conto musical Pedro e o Lobo (2014), de Sergei Prokofiev. Comercialmente, a Orquestra já lançou um álbum com a Sinfonia nº 9, “A Grande” de Schubert (distribuído pela Sonhos e Sons) e outros três discos com obras de Villa-Lobos para o selo internacional Naxos.

Prêmios

Reconhecida e elogiada pelo público e pela crítica especializada, em 2016 a Filarmônica e o maestro Mechetti receberam o Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento de Minas Gerais. A Orquestra, em conjunto com a Sala Minas Gerais, recebeu o Grande Prêmio Concerto 2015. Ainda em 2015, o maestro Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico. Em 2012, a Filarmônica foi reconhecida com o Prêmio Carlos Gomes de melhor orquestra do Brasil e, em 2010, com o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de melhor grupo musical erudito. No ano de 2009, Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Carlos Gomes de melhor regente brasileiro por seu trabalho à frente da Filarmônica.

O Instituto Cultural Filarmônica recebeu dois prêmios dentro do segmento de gestão de excelência. Em 2013, concedido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Qualidade Minas (IQM), e em 2010, conferido pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP). Na área de Comunicação, foi reconhecido com o prêmio Minas de Comunicação (2012), na 10ª Bienal Brasileira de Design Gráfico (2013) e na 14ª Bienal Interamericana de Design, ocorrida em Madri, Espanha (2014).

SERVIÇO

 

Fora de Série

23 de julho – 18h

Sala Minas Gerais

Tobias Volkmann, regente convidado

Alexandre Barros, oboé

MOZART                      O rapto do serralho, K. 384: Abertura
SALIERI                         Sinfonia em Ré maior, “Il giorno onomastico”
CIMAROSA                 Concerto para oboé em dó menor

MOZART                      Sinfonia nº 39 em Mi bemol maior, K. 543

             

Ingressos: R$ 34,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 44,00 (Mezanino), R$ 56,00 (Balcão Lateral), R$78,00 (Plateia Central) e R$98,00 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron

 
 
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