O magnífico acervo do fotógrafo mineiro Chichico Alkmim, atualmente sob cuidados do Instituto Moreira Sales, será reunido em exposição a ser montada em 2017 no Rio de Janeiro e possivelmente em Minas Gerais. Um dos curadores da exposição, o poeta Eucanaã Ferraz entrevistou o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, na manhã desta sexta-feira (22).
Durante o encontro, Angelo Oswaldo relatou a importância do trabalho de Chichico, natural de Diamantina, fotógrafo que registrou o cotidiano na cidade a partir das primeiras décadas do século XX.
O acervo conta com cerca de 5.500 negativos de vidro das fotografias feitas por Chichico Alkmin na primeira metade do século XX. O material recebeu a guarda do Instituto Moreira Salles (IMS) durante dez anos. A coleção foi cedida ao IMS pela família do fotógrafo, por intermédio do neto Fernando Alkmin, professor da Escola de Minas da UFOP. Os registros fotográficos demonstram as transformações culturais por quais passaram a sociedade de Diamantina e região, desde 1907 até meados da década de 1950.
Chichico Alkmin (1886-1978) era irmão do político José Maria Alkmin, vice-presidente da República, ministro da Fazenda e deputado federal. Seu estúdio fotográfico em Diamantina era bastante concorrido.
PESQUISA
Durante a passagem por Belo Horizonte, Eucanaã Ferraz e a equipe do IMS irão entrevistar outras testemunhas da preciosidade do trabalho de Chichico, entre eles o diretor do BDMG Cultural João Paulo Cunha.