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Filarmônica apresenta concerto de Ravel com Marcelo Lehninger e Eduardo Monteiro

 

A Filarmônica de Minas Gerais inicia o mês de setembro com as séries “Presto” e “Veloce”, nos dias 1º e 2 de setembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, e traz a Belo Horizonte o regente Marcelo Lehninger e o pianista Eduardo Monteiro, que interpretará o Concerto para piano em Sol maior, de Ravel. No programa, haverá, ainda, Alvorada na floresta tropical, de Villa-Lobos; Dois Prelúdios: La puerta del vino e Les collines  d’Anacapri, de Debussy com orquestração de Matthews e Sinfonia nº 8 em Sol maior, op.88, de Dvorák. Ingressos a R$17 (meia) e R$98 (inteira).

Crédito: Júlio Acevedo

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Antes das apresentações, das 19h30 às 20h, o público pode participar dos Concertos Comentados, palestras sobre aspectos do repertório. O palestrante das duas noites será o regente convidado, Marcelo Lehninger, que discutirá as paisagens musicais criadas a partir de lugares reais ou imaginários. É outono em Vysoka, na Boêmia, e Antonín Dvorák escreve sua Oitava Sinfonia, em diálogo com o povo e com suas festas. Villa-Lobos mergulha na floresta tropical e em seu alvorecer; Debussy faz o retrato sonoro das colinas de um cartão-postal italiano; Ravel recorre às reminiscências do jazz. A entrada é gratuita, aberta às primeiras 65 pessoas que chegarem e apresentarem o ingresso para o concerto da noite.

Crédito: Stu Rosner

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Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú Personnalité por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Já as palestras dos Concertos Comentados são apresentadas pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais.

O repertório

Heitor Villa-Lobos (Brasil, Rio de Janeiro, 1887 – 1959) e a obra Alvorada na floresta tropical (1953)

Capítulo seminal na história da música brasileira, Villa-Lobos criou obra com multiplicidade de vozes e tecido contrapontístico denso, similar ao som das florestas tropicais. Afora elementos da natureza, captou influências folclóricas e populares. Em 1945, terminadas as nove Bachianas Brasileiras, dedicou-se ao gênero sinfônico e concertante, sob encomenda de músicos, regentes e grupos de todo o mundo. Na década de 1950, a pedido da orquestra norte-americana de Louisville, compôs Erosão e Alvorada na floresta tropical, estreadas pelo maestro fundador da orquestra, Robert Whitney. Villa-Lobos mostrou-se atraído por temas ameríndios: Erosão (1950), por exemplo, baseia-se em lenda sobre a origem do rio Amazonas. Já Alvorada na floresta tropical refere-se a lendas indígenasda Amazônia. A cena dos primeiros feixes de sol na mata, a afugentar as criaturas noturnas e a escuridão, inspira o compositor a escrever Tédio da Alvorada (1917), abertura transformada no bailado Uirapuru. Dentre os apreciadores do amanhecer na floresta, estão Carlos Gomes, autor de Alvorada (1889), interlúdio orquestral da ópera Lo Schiavo, e Vinicius de Moraes e Tom Jobim, compositores da Sinfonia da Alvorada (1958), encomendada por JK.

Claude Debussy (França, 1862 – 1918) e as obras La puerta del vino (1912/1913, orquestrada por Colin Matthews em 2003) e Les collines d´Anacapri (1909/1910, orquestrada por Colin Matthews em 2006)

Embora público e crítica liguem Debussy ao Impressionismo, o compositor rejeitavatal associação. O compositor se aproxima, na verdade, do movimento simbolista, tanto em termos estéticos quanto sociais. De 1909 a 1913, o compositor compõe, para piano, dois cadernos de doze Prelúdios. Os títulos referem-se a inspirações diversas – lenda, personagem literário, verso, local ou imagem – e aparecem, ao final de cada peça, precedidos por reticências. Mais poéticos que picturais, os Prelúdios não são anedóticos, descritivos ou programáticos. Sugerem, outrossim, múltiplos sentimentos e sensações desencadeados pelo objeto de seu título. Embora se acredite que o prelúdio As colinas de Anacapri se inspire nas escarpas de Anacapri, em Nápoles, o pianista e musicólogo Roy Howat liga-o ao tradicional vinho da região. Sobre La puerta del vino, porém, a inspiração está em um cartão-postal, supostamente enviado por Manuel de Falla. Enquanto este prelúdio caracteriza-se por “bruscas oposições entre violência extrema e apaixonada doçura”, As colinas de Anacapri evocam, com leveza e sensualidade, certo exotismo de caráter popular. Os Prelúdios de Debussy já foram integralmente orquestrados, ao menos quatro vezes, por Peter Breiner, Luc Brewaeys, Hans Henkemans e Colin Matthews.

 

Maurice Ravel (França, 1875 – 1937) e a obra Concerto para piano e orquestra em Sol maior (1929/1931)

A escrita pianística de Ravel descende de Liszt e enumera obras-primas, como Jeux d’eau (1901), a Sonatina e as Valses nobles et sentimentales. Na suíte Le tombeau de Couperin (1917), homenageia seis amigos mortos na Primeira Guerra e reverencia a tradição musical francesa do século XVIII. Com a obra, interrompe a produção para piano solo. O instrumento, então, aparecerá em formações de câmara, com voz ou junto à orquestra. Seus dois concertos para piano – O Concerto em Sol maior e o Concerto para a mão esquerda – são compostos simultaneamente, mas com diversidade de forma e conteúdo, o que os faz complementares. Por outro lado, além de elementos bascos e espanhóis, característicos do artista, ambos refletem a influência do jazz, como fruto da viagem do compositor aos Estados Unidos, em 1928. No Concerto em Sol maior, Ravel referencia Mozart e Saint-Saëns. O brilhantismo da orquestra raveliana – principalmente, dos sopros – se equipara ao virtuosismo do instrumento solista. O primeiro movimento, Allegramente, tem caráter dançante. Para o Adagio assai, em torno do qual se articula o concerto, a inspiração é o andamento lento do Quinteto com clarinete de Mozart. O terceiro movimento, Presto, alterna três temas, separados por quatro acordes martelados. No todo, o Presto final transmite a alegria de festas campestres no país basco.


 

Antonín Dvorák (Boêmia, atual República Tcheca, 1841 – 1904) e a obra Sinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88 (1889)

Na década de 1880, a música do tcheco Antonín Dvorák tornou-se conhecida na Europa, e, em especial, na Inglaterra, onde era convidado a reger suas obras. Em 1889, o maestro Vasily Safonov, diretor do Conservatório de Moscou, convida-o a fazer o mesmo na Rússia, terra de Tchaikovsky, de quem o colorido e a originalidade impressionam Dvorák, que, para a ocasião, escreve – mas desiste de apresentar – a Sinfonia em Sol maior. A estreia de sucesso remonta a 1890, em Praga, sob regência do autor. Dvorák decide, então, apresentá-la na Inglaterra, país ao qual era grato. A Sinfonia nº 8 em Sol maior já foi chamada de nº 7 e nº 4. No século XX, recebeu a atual numeração. O artista compôs nove sinfonias, mas, ao perder o manuscrito da primeira, tudo se modificou. Quando a hoje considerada Sinfonia nº 8 foi editada – em 1890, na Inglaterra –, apenas as de números 5, 6 e 7 haviam sido publicadas; a de nº6 era a primeira, e, por isso, passou a ser conhecida como tal. Assim também se deu com as demais. Após a morte de Dvorák, descobriram-se as quatro primeiras sinfonias, que ganharam numeração por data de composição. Em quatro movimentos, a Sinfonia nº 8 inspira-se na tradição popular boêmia, na esteira do nacionalismo da segunda metade do século XIX, de que Dvorák é representante.

Os artistas

Marcelo Lehninger, regente convidado

Mestre em Música pelo Conductors Institute at Bard College, de Nova York, Marcelo Lehninger cursou regência com Harold Farberman e composição, com Laurence Wallach. Estudou com Kurt Masur, Leonard Slatkin e Roberto Tibiriçá. É filho da pianista Sônia Goulart e do violinista Erich Lehninger. Diretor musical e regente titular da Orquestra Sinfônica de Grand Rapids, nos EUA, destaca-se internacionalmente. Foi diretor musical e regente titular da Orquestra Sinfônica do Novo Oeste, regente associado da Sinfônica de Boston e conselheiro musical da Orquestra Jovem das Américas. Lehninger foi regente assistente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais em 2010. Dirigiu a Sinfônica de Boston no Symphony Hall de Boston, no Festival de Tanglewood e no Carnegie Hall. Recebeu o “Helen Thompson Awards”, prêmio oferecido pela Liga das Orquestras Americanas. Premiado no I Concurso Nacional para Jovens Regentes Eleazar de Carvalho, foi maestro convidado das mais importantes orquestras brasileiras e da Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo, na Argentina.

Nos EUA, Lehninger apresentou-se, dentre outras, com as sinfônicas de Chicago, Pittsburgh, Detroit, Houston e Fairfax, além das filarmônicas de Rochester e do Novo México. No Canadá, dirigiu as sinfônicas de Toronto, Winnipeg e Kitchener-Waterloo, além das filarmônicas de Calgary e Hamilton. Na Europa, regeu as filarmônicas da Rádio Francesa e da Eslovênia, a Sinfônica Alemã, a Sinfônica de Lucerna e a Orquestra de Câmara de Lausanne. Regeu, ainda, a Sinfônica Simón Bolívar, e, com a Orquestra Nacional da França, gravou a obra de Christopher Culpo. Suas próximas apresentações incluem concertos com as sinfônicas de Sydney e Melbourne; Kyushu; Havaí, Colorado, Tucson, Toledo, Vancouver e Portland; Nova Escócia; assim como as filarmônicas da Eslovênia, de Minas Gerais e do Novo México e as sinfônicas Brasileira e de Winnipeg. Agraciado com a I Felix Mendelssohn-Bartholdy Scholarship, foi assistente de Kurt Masur nas orquestras Nacional da França, Gewandhaus de Leipzig e Filarmônica de Nova York.

Eduardo Monteiro, pianista

Expoente do cenário pianístico internacional, o carioca Eduardo Monteiro concluiu bacharelado e mestrado na UFRJ. Na França, fez doutorado em Musicologia, pela Universidade de Paris IV (Sorbonne); na Itália, estudou na Fondazione Internazionale per il Pianoforte; nos EUA, obteve o Artist Diploma no New England Conservatory of Music de Boston. Vice-diretor da Escola de Comunicações e Artes da USP, recebeu, em 1989, o primeiro lugar no “Concurso Internacional de Piano de Colônia”, na Alemanha, além do prêmio de melhor intérprete de Beethoven. Foi laureado, ainda, nos concursos de Dublin, em 1991, e Santander, em 1992. Apresentou-se, dentre outros, em palcos como Wigmore Hall de Londres, Grande Sala do Conservatório Tchaikovsky de Moscou, Philharmonie de Colônia, Gasteig de Munique, Sala Verdi de Milão, Liceo de Barcelona, National Concert Hall de Dublin, Opera House da Universidade de Houston e Jordan Hall de Boston.

Foi solista das principais orquestras do Brasil e do exterior, o que inclui as filarmônicas de São Petersburgo, de Moscou, de Munique, de Bremen, a Orquestra de Câmara de Viena, a Sinfônica de Novosibirsky, a Orquestra da Rádio e Televisão Espanhola e a Sinfônica Nacional da Irlanda. Dentre os maestros com os quais se apresentou, destacam-se Yuri Temirkanov, Mariss Jansons, Dimitri Kitayenko, Philippe Entremont, Arnold Katz, Sergiu Comisiona, Emil Tabakov, Kirk Trevor, Asher Fisch, Isaac Karabtchevsky, John Neschling, Roberto Minczuk, Fabio Mechetti, Roberto Tibiriçá e Eleazar de Carvalho. Seu abrangente repertório indica refinado critério de escolha, com especial interesse pela música brasileira. Em sua discografia, destaca-se o CD Piano Music of Brazil, gravado pelo selo inglês Meridian Records e lançado em recital no Wigmore Hall de Londres, em 2007.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Criada em 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais tornou-se um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Sob a direção artística e regência titular de Fabio Mechetti, a Orquestra é atualmente formada por 92 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas Central, do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, desde sua criação e até julho de 2016, a Orquestra realizou 600 concertos, com a execução de 915 obras sinfônicas e de câmara, de 77 compositores brasileiros e 150 estrangeiros, para mais de 774 mil pessoas, sendo que 40% do público pôde assistir às apresentações gratuitamente. O impacto desse projeto artístico durante os anos também pode ser medido pela geração de 60 mil oportunidades de trabalho direto e indireto.

O corpo artístico Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é oriundo de política pública formulada pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Com a finalidade de criar a nova orquestra para o Estado, o Governo optou pela execução dessa política por meio de parceria com o Instituto Cultural Filarmônica, uma entidade privada sem fins lucrativos qualificada com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Tal escolha objetivou um modelo de gestão flexível e dinâmico, baseado no acompanhamento e avaliação de resultados. Um Termo de Parceria foi celebrado como instrumento que rege essa relação entre o Estado e a Oscip, contendo a definição das atividades e metas, bem como o orçamento necessário à sua execução.

Programação

A partir de 2015, quando a Orquestra passou a se apresentar na Sala Minas Gerais, sua programação foi intensificada. De 24, saltou para 57 concertos por assinatura, sempre com convidados da cena sinfônica mundial. Em 2016, estreiam com a Orquestra os regentes convidados Justin Brown e Dorian Wilson, além dos solistas Luis Ascot, Gabriela Montero, Clélia Iruzun, AnttiSiirala, Lara St. John e Ji Young Lim. O público também terá a oportunidade de rever grandes músicos, como os regentes Rodolfo Fischer, Carl St. Clair, Marcelo Lehninger, Carlos Miguel Prieto e Cláudio Cruz, e os solistas Celina Szrvinsk, Miguel Rosselini, Barry Douglas, Angela Cheng, Arnaldo Cohen, Conrad Tao, Natasha Paremski, Cristina Ortiz, LuízFilíp, Vadim Gluzman, Asier Polo, Leonard Elschenbroich, Fábio Zanon, Denise de Freitas e Fernando Portari.

A Filarmônica também desenvolve projetos dedicados à democratização do acesso à música clássica de qualidade. São turnês em cidades do interior do estado, concertos para formação de público, apresentações de grupos de câmara, bem como iniciativas de estímulo à profissionalização do setor no Brasil – o Festival Tinta Fresca, dedicado a compositores, e o Laboratório de Regência, destinado ao aprimoramento de jovens regentes. Já foram realizadas 85 apresentações em cidades mineiras e 30 concertos em praças públicas e parques da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mobilizando um público de 285 mil pessoas. Mais de 70 mil estudantes e trabalhadores tiveram a oportunidade de aprender um pouco sobre obras sinfônicas, contexto histórico musical e os instrumentos de uma orquestra, participando de concertos didáticos.

O nome e o compromisso de Minas Gerais com a arte e a qualidade foram levados a 15 festivais nacionais, a 32 apresentações em turnês pelas cinco regiões brasileiras, bem como a cinco apresentações internacionais, em cidades da Argentina e do Uruguai.

A Filarmônica tem aberto outras frentes de trabalho, como a gravação da trilha sonora do espetáculo comemorativo dos 40 anos do Grupo Corpo, Dança Sinfônica (2015), criada pelo músico Marco Antônio Guimarães (Uakti). Com o Giramundo Teatro de Bonecos, realizou o conto musical Pedro e o Lobo (2014), de Sergei Prokofiev. Comercialmente, a Orquestra já lançou um álbum com a Sinfonia nº 9, “A Grande” de Schubert (distribuído pela Sonhos e Sons) e outros três discos com obras de Villa-Lobos para o selo internacional Naxos.

Prêmios

Reconhecida e elogiada pelo público e pela crítica especializada, em 2016 a Filarmônica e o maestro Mechetti receberam o Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento de Minas Gerais. A Orquestra, em conjunto com a Sala Minas Gerais, recebeu o Grande Prêmio Concerto 2015. Ainda em 2015, o maestro Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico. Em 2012, a Filarmônica foi reconhecida com o Prêmio Carlos Gomes de melhor orquestra do Brasil e, em 2010, com o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de melhor grupo musical erudito. No ano de 2009, Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Carlos Gomes de melhor regente brasileiro por seu trabalho à frente da Filarmônica.

O Instituto Cultural Filarmônica recebeu dois prêmios dentro do segmento de gestão de excelência. Em 2013, concedido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Qualidade Minas (IQM), e em 2010, conferido pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP). Na área de Comunicação, foi reconhecido com o prêmio Minas de Comunicação (2012), na 10ª Bienal Brasileira de Design Gráfico (2013) e na 14ª Bienal Interamericana de Design, ocorrida em Madri, Espanha (2014).

SERVIÇO

Série Presto

1º de setembro – 20h30

Sala Minas Gerais

Série Veloce

2 de setembro – 20h30

Sala Minas Gerais

Marcelo Lehninger, regente convidado
Eduardo Monteiro, piano

VILLA- LOBOS                Alvorada na floresta tropical

DEBUSSY/Mattews      Dois Prelúdios: La puerta del vino e LesCollines d’Anacapri

RAVEL                              Concerto para piano em Sol maior

DVORÁK                          Sinfonia nº 8º em Sol maior, op. 88

Ingressos: R$ 34,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 44,00 (Mezanino), R$ 56,00 (Balcão Lateral), R$78,00 (Plateia Central) e R$98,00 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 - Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

 
 
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