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Em Estado da Natureza o fotógrafo Pedro Motta denuncia ação do homem sobre a paisagem

 

Mineiro de Belo Horizonte, o fotógrafo Pedro Motta estreia sua primeira exposição individual na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais com o projeto Estado da Natureza. Nesse trabalho, Motta continua sua intensa pesquisa com manipulação digital e mescla cenários naturais a elementos inusitados como personagens de filmes, desenhos em grafite, barcos inutilizados e erosão provocada pela água da chuva. Com curadoria do colombiano José Roca, a exposição reúne cerca de 70 fotografias divididas em sete séries, com destaque para Falência#2, criada especialmente para essa exposição.

flora negra 0009 - Pedro Motta

A tênue linha que divide o trabalho de Pedro Motta entre o real e o manipulável, orienta os projetos do fotógrafo. As imagens selecionadas para essa nova exposição revelam cenários comuns aos mineiros, como o Rio das Mortes, na região do Campo das Vertentes; e outros mais distantes, como as florestas colombianas. As séries possuem um diálogo explícito entre si e evidenciam uma relação contínua, que se desdobra em atritos, convergências e relações existentes entre o homem e a natureza. As sequências de fotos trazem cenários ambientalmente vivos e em constante degradação.

Para a estreia individual na CâmeraSete, o fotógrafo brinda o público com a série inédita Falência#2. O trabalho reúne 13 imagens de diversos tipos de erosões resultantes da atuação de fatores externos, como a água das chuvas e os ventos. Pedro Motta também destaca que as formas estabelecem uma relação entre um tempo incalculável em que a natureza foi se moldando e remoldando. As fotografias trazem, também, um filete de terra na base da fotografia para formar um novo elemento visual.  “Com essa obra, eu busco uma nova linguagem do meu trabalho, ao unir a fotografia e mais um elemento, que é, no caso, a terra inserida nos quadros. Eu crio uma espécie de assemblage, flertando diretamente com o bi e tri dimensional”, explica.

Motta conta que seu envolvimento com a natureza começou há cerca de cinco anos, quando deixou a capital mineira com destino à histórica São João del-Rei. “Não é a paisagem histórica de São João del-Rei que me atrai. Eu enxergo muito mais os vestígios históricos através da exploração do Rio das Mortes e do ambiente ao redor. É isso o que me estimula: contar a história da ação do homem modificando uma paisagem natural por meio da fotografia”, aponta.

De acordo com o curador da exposição, José Roca, o trabalho do artista converge constantemente entre a apresentação e a representação da paisagem, transformando o próprio fotógrafo em testemunha, observador e modificador do cenário que escolhe para registrar. “Quando conheci o trabalho de Pedro, me chamou logo a atenção o olhar que ele tem para o lado simples das paisagens. A partir daí as manipulações criam tensões imagéticas à medida que ele volta a sua lente e o seu talento para o desconhecido, para o imaginável e o inimaginável”, destaca José Roja.

Imersão na natureza – As inspirações de Pedro Motta vêm dos lugares mais inesperados. As séries que compõem Estado da Natureza, por exemplo, foram sendo pensadas durante uma residência artística que ele participou em Honda, cidade a 170km de Bogotá, capital da Colômbia. Durante essa residência, Pedro e outros fotógrafos convidados do instituto Flora Ars+ Natura, dirigido por José Roca, realizaram um trabalho de imersão em uma paisagem distinta, onde cada um procurou encontrar uma linha de pesquisa que direcionasse os trabalhos, a partir de uma visão mais centrada na natureza. 

Flora Ne-gra surgiu a partir dessa imersão artística. Com 16 fotografias e cinco objetos, o trabalho é uma instalação em que o fotógrafo desenvolve uma narrativa com imagens fotográficas e desenhos a grafite em que o ator Klaus Kinski é representando por dois personagens icônicos em filmes de Werner Herzog: Fitzcarraldo (1982) e Aguirre a Cólera dos Deuses (1972). Digitalmente manipuladas, as personagens mergulham na paisagem de Honda para “tentar compreender um território completamente desconhecido”, detalha o fotógrafo.

Também fruto dessa residência, o fotógrafo criou a instalação A vida privada de las plantas. A obra cria ordem a partir do caos formado por plantas e livros que se misturam em um elemento único. A proposta de Pedro Motta com essa criação é ampliar suas possibilidades artísticas, partindo de uma nova linguagem: a escultura. “Nessa obra é como se plantas e livros fossem uma biblioteca ou um dicionário ou algo tipo. É um trabalho que tem um tom meio caótico, como se as ideias brotassem dos livros e se tornassem plantas”, resume.

Já a série Sumidouro é composta por 12 imagens e pode ser entendida como uma metáfora ao espaço em que foi concebida, o Rio das Mortes, em São João del-Rei. Importante rio da região do Campo das Vertentes, o local é famoso pelas histórias de garimpo e batalhas territoriais. Nesse cenário, o fotógrafo inseriu buracos criados digitalmente para provocar o visitante. “Com essa série é possível criar uma certa dicotomia entre o rio e as transformações que o homem causa nele e, ao mesmo tempo, eu tento causar esse estranhamento: buracos e crateras dentro do rio, algo estranho e bastante questionável”, diz.

Composta por 11 imagens, a série Naufrágio Calado recebe digitalmente imagens de barcos abandonados em uma região específica da Bretanha, conhecida como cemitério de navios, em paisagens tomadas por erosões de grandes dimensões, resultando em um estranhamento entre os elementos visuais.

Em Colheita Negra, o fotógrafo discute o cotidiano político do ambiente rural a partir de cinco imagens em que um espantalho se confunde com o corpo de uma pessoa sendo transpassado pelo tronco de uma árvore. A ideia, explica Motta, é discutir o protagonismo da natureza em um cenário constantemente modificado pelo homem.

Já a série Paisagem Transposta é composta por cinco fotografias de paisagens naturais provenientes de locais modificados pela ação do homem. A conexão estabelecida pelo fotógrafo, seja pela paisagem ou pela alteração do ambiente, se dá por meio de pequenos galhos que conectam uma imagem à outra.

Em Frutos Estranhos a imagem manipulada digitalmente revela o lado mais afetivo do trabalho de Motta. Nessa construção, o fotógrafo relembra uma viagem que fez com a família à região da Gruta da Lapinha, quando conheceu a doceira D. Lora. Ela tinha por hábito decorar pequenas árvores do serrado com ovos. “É uma imagem cheia de simbolismo. É uma tentativa de resgatar meu passado e despertar o imaginário coletivo”, complementa o artista.

Pedro Motta – Vive e trabalha em São João Del Rei, Minas Gerais. Formou-se em Desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG em 2002. Entre suas principais exposições individuais destacam-se: Sobre a Natureza, Galeria Silvia Cintra + BOX 4, Rio de Janeiro, 2016. Les cimes des arbres peut-être sont des racines buvant les cieux, Bendana-Pinel Art Contemparain 2014, Paris. Natureza das Coisas BES Photo, 2013, Museu Coleção Berardo, Lisboa; Campo Fértil, 2012, Galeria Luisa Strina, São Paulo; Reacción Natural, 2011, Centro de Exposiciones SUBTE, Montevideo, Uruguai e 27º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte, Bolsa Pampulha, 2004, Museu da Pampulha.

Entre suas principais exposições coletivas destacam-se: TRIO Bienal, CCBB Rio de Janeiro, RJ, 2015; Panoramas do Sul, 18º Festival Internacional de Arte Contemporânea Sesc_VideoBrasil. São Paulo 2013; I Bienal de Fotografia MASP, São Paulo, 2013; Paisagem Suspensa, 2012, Paço das Artes, São Paulo; What Now?, 2012, Bendana-Pinel Art Contemparain, Paris; Panorama da Arte Brasileira, 2011, MAM, São Paulo; Under Construction Art and Architecture in Coleção Teixeira de Freitas, 2011, Espacio de las Artes, Tenerife;  Peso y Levedad, 2011, Photoespaña, Instituto Cervantes, Madrid; Paisagem Submersa, Fotoseptiembre, 2011, Museu Ex-Teresa Arte Actual, Cidade do México; Geometria Impura, 2010, Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro; 50 anos de Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador; 2ª Bucharest Biennale, 2006, Bucharest, Romênia; 5ª Bienal Internacional de Fotografia e Artes Visuais de Liège, 2006, Bélgica e Fotografia Contemporânea Brasileira, 2006, Neue Berliner Kunstverein, Berlim, Alemanha. É autor dos livros I.R.A, Rede Nacional Funarte 9º edição (2013), Temprano – Conexão Artes Visuais Funarte (2010) e Paisagem Submersa – Cosac Naify (2008).

ESTADO DA NATUREZA – PEDRO MOTTA

Período expositivo: 18 de novembro de 2016 a 15 de janeiro de 2017

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Endereço: Av. Afonso Pena, 737 – Centro

Entrada gratuita

Classificação livre

Informações para o público: (31) 3236-7400

 
 
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