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Tiradentes inaugura Via Sacra do pintor Mário Mendonça

Uma Via Sacra pintada especialmente pelo artista plástico Mario Mendonça será inaugurada às 11h do dia 3 de dezembro, sábado, no interior da Capela do Bom Jesus da Pobreza. Situado no Largo das Forras, na cidade de Tiradentes, o pequeno templo passa a contar com a série de quadros que narra a Paixão de Jesus Cristo. Mario Mendonça é autor Vias Sacras vistas em diversas igrejas. Colecionador, criou um museu de arte em sua casa, no Largo das Mercês, em Tiradentes, e decidiu oferecer esse presente à cidade que tanto admira. O secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, escreveu a apresentação da Via Sacra. Ler em seguida.

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais

O vos omnes qui transitis pelo Largo das Forras, parai e vede a Via Sacra de Mario Mendonça. Artista plástico entregue em plenitude à iconografia cristã, ele compôs os passos da Paixão para as paredes da pequena capela do Senhor Bom Jesus da Pobreza, no coração de Tiradentes, a antiga São José del Rei, pátria do herói maior. O pintor havia depositado ali uma Via Crucis, mas resolveu fazer uma nova versão, sete anos depois, com o mais vivo empenho e comovida atenção. Apaixonou-se pela Paixão e fez de cada imagem o vero ícone dessa entrega. Ele já realizou dez Vias Sacras expostas em igrejas, e cada qual nasceu de renovado entusiasmo, palavra que, etimologicamente, significa “ter Deus na alma”.    

A temática sempre atraiu a imaginação dos artistas. Desde a Idade Média, multiplica-se a reprodução da caminhada de Cristo rumo à montanha do Calvário em itinerários logo tomados por romarias. É o que se vê em vários pontos da Itália, onde nasceu a idéia do sacro monte, com as estações abrigadas em edículas. Na cidade de Braga, Norte de Portugal, magnífico escadório devido ao artista Carlos Amarante ziguezagueia os passos na encosta monumental. De lá veio a inspiração para a acrópole de Congonhas do Campo, patrimônio da humanidade. “Degraus da arte do meu país onde ninguém mais subiu”, escreveu o poeta Oswald de Andrade, no alto do morro do Maranhão, local em que o eremita Feliciano Mendes consagrou o seu voto ao Bom Jesus de Matosinhos. A Jerusalém do Aleijadinho é a obra máxima do escultor mineiro. O historiador da arte Germain Bazin incluiu Antônio Francisco Lisboa entre os gênios do mundo.  

Na pintura, há uma galeria incontável de obras espetaculares, que iluminam especialmente o período medieval, com interpretações virtuosísticas e pungentes do drama do Redentor. O tema foi também tratado por alguns dos mais importantes pintores do modernismo brasileiro. Portinari fez a Via Sacra da Igrejinha da Pampulha, que guarda significativa presença do artista e é agora patrimônio mundial. Di Cavalcanti criou a série que se apresenta na Catedral de Brasília. Guignard pintou sua Via Crucis para uma capela do Rio de Janeiro, hoje em coleções privadas. Nas cercanias de Tiradentes, logo encontraremos a Via Sacra do pintor e restaurador Edson Mota, em Barbacena, onde viveu e morreu Emeric Marcier, que se deixou fascinar pela iconografia cristã. Uma Via Sacra que pintou com emocionado vigor acha-se na coleção Ângela Gutierrez.

Mario Mendonça dá sequência à tradição e celebra o Cristo na pintura. Sua produção inscreve-se em ponto privilegiado da arte sacra brasileira. Pinta também o Quixote e auto-retratos, como se ambos, ele e o cavaleiro da Mancha, se encontrassem num jogo de espelhos. Mas volta ao Cristo com a emoção de quem se transfigura. O leitmotiv conduz o pincel e enreda o clima trágico da história do homem inocente que é preso, julgado e condenado à morte de cruz para cumprir um desígnio divino traçado desde o surgimento do mundo. O pintor é partícipe da cena, que se estende dentro de sua alma para lançar-se sobre o suporte da pintura por meio do gesto criador, também exercício espiritual em que se sublima o artista. Attendite et videte. Pare e veja o espectador si es dolor sic ut dolor meus, parece dizer ele, mostrando sua tela como uma verônica. A dor mística do pintor ilumina o processo criativo, como a dor do transe de Teresa de Ávila e Juan de la Cruz consubstanciou-se no júbilo da poesia.              

Os passos da paixão foram elaborados com absoluta adesão do artista ao fazer. “Eu me senti magnetizado”, revelou. Cumpriu-se uma fase durante a qual nada lhe alterou a concentração, exatamente pelo arrebatamento que o dominou a partir da decisão de recriar a Via Crucis do Bom Jesus da Pobreza, em telas com 80 centímetros de altura e 60 de largura.

As imagens devocionais criadas por artistas e artesãos constituem-se, do ponto de vista religioso, em corpos vivos que representam uma ausência, mas há certos ícones caracterizados pela condição de akheikopoietas, ou seja, “feitos pela mão divina”, de que dão exemplo as imagens de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México e das Américas, e Nossa Senhora de Copacabana, venerada na Bolívia. Há um distanciamento transcendente entre a matéria da obra e o seu criador, já que se trata do resultado de uma intervenção superior, um milagre, segundo a crença de seus devotos. Tais imagens se particularizam por emitirem uma própria carga de sacralidade. Situado no campo da criação artística, o desempenho de Mario Mendonça parece querer tangenciar essa dimensão, porque a persegue, ao buscá-la na intensidade do sentimento que dirige o seu ato pictórico.

Tanto assim que a Via Sacra do Bom Jesus da Pobreza não se encerra na crucificação no topo do Gólgota, pois o caminho continua ad coelum, abrindo-se em luz e esperança, conforme palavras do autor, no sentido de levar os espectadores a contemplarem a ressurreição e a ascensão do Senhor. Há o descendimento da cruz e a Pietà, mas logo vêm o sepulcro vazio e a subida aos céus, que representam a vitória de Cristo sobre a morte e a redenção da humanidade. Sem a ressurreição, argumenta, “estaremos pintando um episódio de terror”. Na cena do crucificado, não aparece no alto da cruz o letreiro “INRI” (Jesus Nazareno Rei dos Judeus), ali mandado fixar pelos soldados romanos. Por sugestão de um amigo judeu, o pintor passou a escrever “Para Você”.

Mário Mendonça confere à capela do Largo das Forras um significado novo no itinerário da visita a Tiradentes, ao promover o diálogo de tempos distintos. Nas paredes laterais, tendo ao fundo o belo retábulo policromado do período colonial, o templo narra a paixão segundo o artista que escolheu a cidade para sediar o seu “museu imaginário” e essa série tão amada. No Largo das Mercês, Mendonça transformou sua casa e os jardins em museu no qual reúne obras que busca ou encontra precisamente para o arranjo de uma coleção compartilhada com o público.

A arte se confunde com a vida, e aqui o artista experimenta radicalmente essa fusão. Mergulhado nas tarefas do museu tiradentino, cujas demandas são sempre crescentes, e embalado pela consciência da imagem conquistada na Via Crucis, Mario Mendonça tem a felicidade de ver os frutos de seu talento e de sua generosidade distribuídos como alimento espiritual a todos os que têm fome de transcendência.

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