O Museu Mineiro recebe, entre os dias 20 e 22 de junho, o Festival Timeline – Internacional de Vídeo Arte de Belo Horizonte, que tem como objetivo promover as produções videográficas de artistas que abordem a relação entre as novas tecnologias e a arte contemporânea, com foco também no manuseio dos equipamentos de vídeo.
Para essa edição, que acontece sempre às 19 horas, o festival trará pra o Brasil uma retrospectiva do cineasta armênio Artavazd Pelesyan, de vídeos participantes do Festival Fonlad em Portugal, do brasileiro Felipe Barros, além de obras audiovisuais direcionadas à produção latino-americana recente, com curadoria do realizador Carlos Magno Rodrigues.
Sávio Leite, um dos organizadores do Festival, explica a concepção do evento. “A segunda edição do Timeline expande a expressão vídeo arte ou qualquer outro rótulo que seja usado para dar nome a esse outro tipo de cinema que continua sendo produzido no mundo de fora avassaladora.”
O Festival Timeline – Internacional de Vídeo Arte de Belo Horizonte tem entrada gratuita, com classificação indicativa de 16 anos.
PROGRAMAÇÃO:
20 DE JUNHO
INSURGENTES LATINO-AMERICANOS I
Valediction (Прощание / Despedida) - Pablo Paniagua Argentina - 06’- Bolívia 2015 - / Leitura - Jeannie Helleny - 1’40” - Brasil 2014 /Procura-se - Jeannie Helleny - 41’ - Brasil 2014 / Labestia 2015 - Kiro Russo - 12’35” - Bolívia 2015 / - Paola Perdida- 3’ - Brasil/Alemanha 2016 / 2 de Noviembre - Colectivo Sinmotivo (Pablo Paniagua, Manuel Seoane) – 4’ 46” - Bolívia 2015 / Wild Horse - Clarice Steinmüller – 16” - Brasil 2013 / Vitamina de Santo/ Saint Vitamin- Clarice Steinmüller – 4’ - Brasil 2013/2016 / Saída / EXIT - Clarice Steinmüller – 3’ 18” - Brasil 2012 / Nueva Vida - Kiro Russo – 15’ 15” - Bolívia/ Argentina 2015 / Sangre - Cris Ventura – 3’ 30” - 2009 / Trajeto com beterrabas - Ana Reis - 8’ 25” - Brasil 2009
FONLAD_Portugal
S/ Título", Teresa Gomes, 2013, 2’52” / "The Guise", Inês Bonhurst, 2012, 5’00”
"S/ título", Eduardo Ferreira, 2013, 3’10” / "S/ título", Inês Lopes, 2013, 2’29” / "Melke", Ana Varela, 2013, 2’46” / "Continuum", Ana Barroso / Nuno Manuel Pereira, 2011, 3’ / "Time", José Carlos Nascimento, 2012, 3’32” / "Transparente", Iria Arriaga, 2009, 3’ / "O Outro", Rita Ruivo,2015, 1’13” / AI! MÁ COMPANHIA #1 ou ANGEL BUTIFARRA - Andrea Inocêncio e Marcel.lí Antúnez | 2010 | 4 31 | PT / Spain
21 DE JUNHO
INSURGENTES LATINO-AMERICANOS II
Plato Paceño - Pablo Paniagua – 10’ - Argentina - Bolivia 2014 / Sun Sets - Simone Pazzini – 3’ - México 2012/2016 / Cuaderno sobre mar - Simone Pazzini – 4’45” -México 2012 / Adiós Byebye - Simone Pazzini – 1’ 11” -México 2009 / Max Jutam - Carlos Piñeiro – 11’13” - Bolívia 2010 / Fragmento de coisas que Dançam (1) - Zi Reis e Sara Silva Ribeiro – 27” - Brasil 2010 /Acalanto - Zi Reis – 23’21” - Brasil 2010
Fragmento de coisas que Dançam (3) - Zi Reis e Sara Silva Ribeiro – 27” - Brasil 2010 / Estudo Feitio - Alonso Pafyeze e Lorena Ortiz – 10’40” - Brasil 2011 / Roçadeira ( Sessão2#mutirão) - Ana Reis, Cassia Nunes – 1’26” - Brasil 2015 /
Auto-Retrato - Ana Reis – 1’27” - Brasil 2010 / Roçadeira (encontros performáticos em lugares) - Ana Reis, Cassia Nunes – 45” - Brasil 2015 / Juku - Kiro Russo – 17’50” - Bolívia 2011
FELIPE BARROS-BRASIL
Mérito – 3’48” – 2016 / O tempo tem uma espessura de segredo guardado – 4’17” – 2016 / Aquários – 3’31” – 2016 / Um copo de mar – 5’22” - 2016 / Monólito Carnaval – 8’49” – 2016 / Adeus a Carne – 4’53” – 2013 / Não confie a ninguém o seu segredo – 3’- 2012 / Todo silêncio me incomoda – 5’14” – 2011
O que nos dividiu agora é soma – 3‘37” – 2010 / O tempo dentro do tempo – 4’14” – 2010 / Orawa – 3’40” – 2010 / Murmúrio da Vida – 2’43” – 2009 / 98001075056 – 3’11” - 2009
22 DE JUNHO
ARTAVAZD PELESHYAN_ ARMÊNIA
The Beginning - 10’- 1967 / Inhabitants – 9’- 1970 / Seassons – 19’- 1975 / We – 27’- 1969 / End – 10’ - 1994 / Live – 6’ - 1993 / Our Century – 47’- 1983 / Earth of People – 10’- 1966
SINOPSES
FONLAD_PORTUGAL
Time - José Carlos Nascimento -3´32” – 2012 - Time é uma peça vídeo, que explora a noção empírica de tempo. Foi feita em Istambul, gravando com duas câmaras em simultâneo: uma apontando para o diretor e outra para a frente. As imagens provenientes de cada uma das câmaras são apresentadas sincronizadamente em projeções paralelas, representando assim, em termos espaciais e segundo o ponto de vista do diretor o tempo passado, presente e futuro.
Continuum - Ana Barroso / Nuno Manuel Pereira – 3’ – 2011 - Filmado no Porto de Lisboa, em 2011, o vídeo mostra a captura de diferentes tempos e espaços em movimento que se sobrepõem no mesmo plano de percepção para criar a simultaneidade do fragmento e da totalidade e, consequentemente, a ilusão de uma narrativa visual sinestésica.
S/ Título - Teresa Gomes – 2’ 52” – 2013 - Uma personagem deambula num espaço por ela desconhecido, explora, corre, brinca, experimenta. É lhe dada liberdade, no entanto esta é finita, uma vez que o espaço que lhe é proposto explorar é limitado pelas suas paredes, além de tratar-se de um “acidente da imaginação.”
Melke - Ana Varela – 2’ 46” – 2013 - Melke significa ‘a minha imagem’ em hebraico. A imagem é o corpo humano a ser percorrido em busca do mais ínfimo detalhe na textura, acompanhando todos os movimentos e o pulsar do mesmo. A viagem acompanha todas as formas e volumetrias do corpo, dos pés à cabeça.
S/ título - Inês Lopes – 2’ 29” - 2013 - Este trabalho vídeo baseia-se nas sensações através da água e mesmo nos seus próprios sons. Cada pessoa interpretará o vídeo conforme o que sentir. Procura-se fazer com que cada espectador entre em um mundo onírico e/ ou sensacional. O trabalho tem o objetivo de mostrar e ao público como podemos tirar partido das coisas mais simples que a natureza nos oferece. Como podemos, pura e simplesmente ouvir e ver o que nos é dado.
S/ título - Eduardo Ferreira – 3’ 10” – 2013 – O vídeo artista coloca-se em frente da câmara, dando assim início a uma série de vídeo-performance. Nesta série, num ato inconsciente, é explorado o “eu” através da expressão facial e vocal, materializando as várias partículas, que, durante o ato performativo, o traduzem.
Ai! Má Companhia - Andrea Inocêncio e Marcel.lí Antúnez- 4’ 31” – 2010 - Duas células, Alama & Butifarra, mostram como o canibalismo é a origem da sexualidade.
The Guise - Inês Bonhurst – 5’ – 2012 - O Guise / O disfarce“ é uma peça inspirada na alegoria da caverna de Platão, uma história que, de uma forma ou de outra, essencialmente, descreve a condição humana. Neste conto alegórico, pessoas como nós estão presas desde o nascimento numa caverna.
Transparente - Iria Arriaga – 3’ – 2009 - Transparência da pedra, transparência do corpo, o grito - sussurro do três. Transparente.
O Outro - Rita Ruivo – 1’ 13” – 2015 - O Outro é um vídeo de 36 segundos em loop. Surge da criação de duas personagens plásticas, tendo sido a condição física dos materiais o mote de definição destas personalidades e a relação dos dois elementos o tema de sua ação.
ARTAVAZD PELESHYAN_ ARMÊNIA
The Beginning - 10´- 1967 - Ensaio filosófico sobre a Revolução de Outubro de 1917 na Rússia, sua influência sobre o destino do mundo no século 20.
Inhabitants – 9´- 1970 - De frente para o inimigo do povo, estados soviéticos se unem para descobrir mais tarde que tinham sido dirigidas pelo grupo.
Seassons – 19´- 1975 - Ensaio sobre pastores da Armênia, sobre a contradição e a harmonia entre o homem e a natureza, marcado para Quatro Estações de Vivaldi.
We – 27´- 1969 - Filme Monumental explorando a identidade e o destino da nação Armênia.
End – 10 – 1994 - A luta das pessoas por meio de período de mecanização soviética. O filme começa com uma homenagem às raízes armênias de Peleshian.
Live – 6´ - 1993 - Ensaio poético sobre o início da vida, desde dores de parto e nascimento e sobre o seu significado simbólico.
Our Century – 47´- 1983 - Um homem abre seu próprio caminho para a sua alma através de uma busca intelectual, tragédias de nações e drama pessoal.
Earth of People – 10´- 1966 - Ensaio louvando a vida humana e o trabalho, a beleza eterna da expressão do pensamento humano.
FELIPE BARROS_BRASIL
Mérito - 3´48” – 2016 - Não sabemos onde estamos. Não sabemos o que somos. Nada sabemos, a não ser que há uma noite pura e vazia à nossa espera.
O tempo tem uma espessura de segredo guardado – 4´17” – 2016 - Temos necessidade de acreditar em anjos, para nos sentirmos humanos.
Aquários – 3´31” – 2016 - A eternidade passa como o vento, só o tempo é eterno.
Um copo de mar – 5´22” - 2016 - Amar o que nasce. Amar o que morre. O longo murmúrio da vida quando a noite desaba sobre as casas dos homens.
Monólito Carnaval – 8´49” – 2016 - Água do mar nos olhos, no carnaval dos espíritos.
Adeus a Carne – 4´53” – 2013 - Todo animal é feito de carne. Eu sou carne. Vocês são carne. Tudo é parte do bufê do universo.
Não confie a ninguém o seu segredo – 3´- 2012 - Viva e morra fechado como um caracol. Não confie a ninguém o seu segredo. A verdade não pode ser dita.
Todo silêncio me incomoda – 5´14” – 2011 - Todo silêncio me incomoda, pois ele sempre omite alguma coisa.
O que nos dividiu agora é soma – 3- 37” – 2010 - Entre os que vão e vêm eu também venho e vou. Nos tormentos do mundo fui multiplicado e de tanto existir já não sei mais quem sou.
O tempo dentro do tempo – 4´14” – 2010 - Que o tempo passe, vendo-me ficar. O passar é ficar sempre.
Orawa – 3´40” – 2010 - Um ensaio abstrato sobre uma camisa suada.
Murmúrio da Vida – 2´43” – 2009 - O dia mais longo do homem dura menos que um relâmpago.
98001075056 – 3´11” – 2009 - Guardados nos corpos dos nossos velhos.
SERVIÇO:
TIMELINE 2 – Festival Internacional de Vídeo Arte de Belo Horizonte
Data: 20, 21 e 22 de junho de 2016
Local: Museu Mineiro – Av. João Pinheiro 342 – Funcionários – BH/MG
Entrada franca
Assessoria de Imprensa – Angelina Gonçalves – (31) 3269-1109 | 98876-8987
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