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A partir desta semana, a Academia Mineira de Letras (AML) passa a integrar o Circuito Liberdade como um de seus equipamentos culturais. O acordo de cooperação com o Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Cultura e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), foi assinado na sexta-feira, 17 de junho, em solenidade na sede da instituição. Estiveram presentes no evento a nova presidente da casa, Elisabeth Fernandes Rennó de Castro, e seu antecessor, Olavo Romano, a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, a coordenadora geral do Circuito Liberdade, Marcela França, o superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário, Lucas Guimaraes, e Rogério Tavares, mais novo membro da Academia.
A localização da AML, o valor histórico da edificação, a riqueza de seu acervo e a evolução mais recentemente alcançada para a construção de uma programação cultural de qualidade aberta ao público são alguns dos atributos que conferem à instituição significativa configuração para se juntar ao Circuito Liberdade. Com a integração oficial ao projeto, a Academia terá também um assento no Comitê Gestor do Circuito Liberdade e participará das articulações para a construção de projetos culturais em rede ao lado dos outros 13 equipamentos que já compõem o complexo cultural.
Segundo Michele Arroyo, o acervo da Academia se encaixa na perspectiva de ampliação do olhar sobre o Circuito Liberdade, trazendo ganhos de conteúdo e possibilidades de construção de novos roteiros de visitação do público com foco na literatura. “Com a Academia, nos aproximamos da construção de pequenos circuitos dentro do Circuito Liberdade, além de reforçar o eixo da Rua da Bahia, que tem grande valor cultural na cidade e passou a integrar o projeto em 2015”, explicou.
A participação da entidade no projeto também foi comemorada pela coordenadora geral do Circuito Liberdade, Marcela França: “A entrada da Academia nos fez questionar o nosso caminho e repensar propostas novas para o Circuito”, disse.
Para Olavo Romano, um dos principais incentivadores da parceria, o convênio da Academia Mineira de Letras com o Iepha-MG carrega um simbolismo importante e traz ganhos para todos. “Passamos a integrar um circuito que não é apenas para visitação, mas um circuito institucional, com gestores e produtores de cultura que passarão a trabalhar juntos”.
A nova presidente da AML, Elisabeth Fernandes Rennó de Castro, também ressaltou os ganhos da integração institucional: “Estar no Circuito aumenta o prestígio da Academia e é um momento histórico para nós”. Para Rogério Tavares, mais recente membro da AML, “a parceria poderá aproximar ainda mais a Academia do povo e de toda a cidade”.
A partir da assinatura do acordo de cooperação com o Iepha-MG, a Academia Mineira de Letras dará continuidade ao planejamento de ações para a construção de uma programação aberta ao público. As atividades passarão a integrar o roteiro de visitação do Circuito Liberdade com foco na literatura. A AML fica na Rua da Bahia, 1466, Lourdes.
Academia
A Academia Mineira de Letras foi fundada na cidade de Juiz de Fora, em 1909, por um grupo de jornalistas, escritores, profissionais liberais, homens públicos e militantes ligados à literatura e à cultura. Os 12 idealizadores da entidade, capitaneados por Machado Sobrinho e integrados por intelectuais como Belmiro Braga, Dilermando Cruz, Amanajós de Araújo e outros expoentes das letras, elegeram mais 18 intelectuais espalhados por todo o estado e representativos do que de melhor existia entre a elite acadêmica de Minas Gerais para integrar o projeto. Dentre os dezoito, destacavam-se Nelson de Senna, Alphonsus de Guimaraens e Carlos Goes, além de outras influentes personalidades da época.
Em 1915, a sede da Academia foi transferida para a capital do estado, Belo Horizonte. Em 1943, a instituição ganhou sede própria, instalada no sexto andar do edifício situado à Rua dos Carijós, onde permaneceria até 1987, quando passou a ocupar o palacete Borges da Costa, atual sede da Academia e cognominado Casa de Alphonsus de Guimaraens.
O edifício passou por um processo de restauração e a AML também ganhou, em seguida, o auditório ao lado, construído a partir de um projeto do arquiteto Gustavo Penna. O contraste do clássico – palacete, verdadeiro relicário – e o moderno arrojado e funcional – auditório – deu à Academia o realce e a beleza externa que seu rico conteúdo interno abriga.
A casa passou a ser integrada por 40 membros a exemplo da Academia Brasileira e da Francesa, eleitos por um colégio eleitoral inter pares em processo aberto a todo cidadão brasileiro, com qualificações para postular o acesso ao sodalício.
Circuito Liberdade
O Circuito Liberdade foi criado em 2010 e já é reconhecido como um importante corredor de cultura do País. Abrigado em uma área histórica da capital mineira, o Circuito é composto por 14 instituições, dentre museus e centros culturais, que mapeiam diferentes aspectos do universo cultural e artístico.
Sob a gestão do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) desde janeiro de 2015, o projeto busca agora maior articulação com o espaço urbano e com os diversos grupos artísticos e populares, consolidando-se como um braço forte da política pública de Cultura do governo estadual.
Dentre os equipamentos culturais em funcionamento no Circuito, sete são geridos diretamente pelo Governo do Estado e os outros funcionam por meio de parcerias.
Equipamentos públicos sob a gestão do Estado
- Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
- Palácio da Liberdade
- Arquivo Público Mineiro
- Museu Mineiro
- Centro de Arte Popular Cemig
- Cefart Liberdade
- BDMG Cultural
Equipamentos em funcionamento em função de parcerias
- Espaço do Conhecimento UFMG
- MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
- Memorial Minas Gerais Vale
- Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
- Horizonte Sebrae – Casa da Economia Criativa
- Casa Fiat de Cultura