A Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e a Fundação Clóvis Salgado manifestam seu pesar pelo falecimento do escritor Bartolomeu Campos de Queirós. Amigo e militante das artes e da educação, Bartolomeu Campos de Queirós teve atuação marcante na promoção da literatura e da cultura em Minas Gerais. Foi presidente da Fundação Clóvis Salgado e membro do Conselho Estadual de Cultura. Teve ainda destacado trabalho como educador, contribuindo para importantes projetos da Secretaria de Estado de Educação e do Ministério da Educação, como o Projeto ProLer.
Mineiro do município de Papagaio, Bartolomeu Campos de Queirós fez de suas viagens pelo Brasil e pelo mundo a principal matéria-prima de suas obras. Em 1974, publicou o primeiro livro, “O peixe e o pássaro”, em que já mostrava uma escrita refinada, na qual as palavras são usadas cuidadosamente para retratar a complexidade do mundo e dos sentimentos.
Publicou mais de 40 livros no Brasil e no exterior, entre eles, obras como Ah! Mar; Correspondência; Mais com mais dá menos; Minerações; O Piolho; Por parte de pai; Raul e Vermelho Amargo. Ganhou diversos prêmios, como o Prêmio Cidade de Belo Horizonte; o Prêmio Jabuti; Selo de Ouro, da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil; o Premio Rosa Blanca, concedido pelo governo cubano; o Quatrième Octagonal, do governo da França; o Prêmio Nestlé de Literatura; o Prêmio Academia Brasileira de Letras, entre outros.
A secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, esteve no local do velório, na Academia Mineira de Letras, onde prestou solidariedade aos familiares de Bartolomeu Campos de Queirós. O escritor morreu na madrugada desta segunda-feira, aos 67 anos, depois de dar entrada horas antes no CTI do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, sentindo fortes dores abdominais. Segundo informações do hospital, ele sofria de insuficiência renal.