Nome do espaço, dias e horários de funcionamento, formas de acesso e detalhes sobre as atrações. Todas essas informações passam a integrar a nova sinalização do Circuito Cultural Praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O projeto idealizado pelo Instituto Cultural Sérgio Magnani – co-gestor do Circuito Cultural Praça da Liberdade em parceria com o Governo de MG – e desenvolvido pela Greco Design já começa a ser instalado nos museus.
“A instalação da nova sinalização do Circuito Cultural Praça da Liberdade vem consolidar o trabalho que já está sendo desenvolvido de facilitar o acesso e a informação à população, além de tornar perceptível que o Circuito é um projeto integrado de cultura. Era um projeto bastante aguardado, mas precisávamos atender às exigências do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG), uma vez que os próprios prédios são verdadeiras obras de arte a céu aberto”, destaca a gerente executiva do complexo, Cristiana Kumaira.
Sobre os desafios da criação, o diretor de criação da Greco, Gustavo Greco, detalha: “Foram vários os desafios do projeto. O primeiro deles foi o de criar um sistema de sinalização compatível com a diversidade de estilos arquitetônicos que caracterizam os prédios, com suas diferentes escalas e finalidades. Além disso, era condição do projeto desenvolver um sistema que fosse flexível no que se refere à rotatividade das informações para o público e que não exigisse grandes esforços e recursos para tal. E o mais importante: que resultasse numa sinalização que fizesse com que todos os edifícios fossem percebidos como parte de um Circuito e que este, em sua totalidade, se tornasse visível para a população. Afinal, só existe aquilo que é sabido”.
A proposta atendeu às necessidades estabelecidas pelo IEPHA/MG, pelo Conselho Municipal do Patrimônio e pela Secretaria Municipal de Regulação Urbana. “O Circuito Cultural Praça da Liberdade é um projeto singular, que exige uma avaliação mais cuidadosa por parte do IEPHA/MG, não se tratando de uma comunicação simples, mas que envolve um complexo que procura sua identidade espacial e sua identidade funcional (a cultura). Como complexo, o Circuito admite diversidade de instalações e de vocações abrigadas em edificações vizinhas, mas com fortes traços de individualidade e história. A missão de uni-las em um conjunto requer, antes de tudo, que se busque uma comunicação eficaz, que permita sua identificação e associe cada unidade a um conjunto maior”, detalha o diretor de Conservação e Restauração do IEPHA/MG, Renato César José de Souza.
Renato completa: “Nesse contexto, o projeto de sinalização externa dos espaços nos pareceu coeso e lógico, a partir de engenhos simples que não descaracterizam nem as edificações nem seu conjunto e que propiciam ao visitante entender que se encontra diante de um complexo cultural de vulto, com variadas opções para sua fruição. A sinalização proposta torna o Circuito Cultural Praça da Liberdade mais legível. Além disso, o projeto define características funcionais importantes, como a facilidade de identificação e de leitura, proporcionando à sinalização um destaque no ambiente que não o agride, mas complementa (sinalizações feitas com mesmo material, de uma mesma maneira, com alturas, consistência e coerência compatíveis com as edificações)”.
O número de placas de sinalização deve variar conforme a característica de cada museu e espaço, com tamanhos variando de 2 a 6 metros de altura. O projeto é uma realização do Instituto Cultural Sérgio Magnani, que é co-gestor do Circuito Cultural Praça da Liberdade em parceria com o Governo de Minas.
SOBRE O CIRCUITO CULTURAL PRAÇA DA LIBERDADE
Um dos mais importantes complexos culturais do país, o Circuito Cultural Praça da Liberdade é o resultado da parceria do Governo de Minas com a iniciativa privada. O objetivo é explorar a diversidade cultural em uma região da cidade com enorme valor histórico, arquitetônico e simbólico. São nove espaços culturais já em funcionamento, além de outros seis em fase de instalação. Somente em 2012, mais de 700 mil pessoas visitaram o complexo. Só o programa educativo atendeu mais de 75 mil alunos da rede pública de ensino, além de associações e entidades filantrópicas. O Circuito é co-gerido pelo Instituto Sérgio Magnani, por meio de parceria com o Governo do Estado.
Espaços em funcionamento: Arquivo Público Mineiro, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Centro Cultural Banco do Brasil, Centro de Arte Popular Cemig, Espaço do Conhecimento UFMG, Memorial Minas Gerais Vale, Museu das Minas e do Metal, Museu Mineiro e Palácio da Liberdade.
Espaços em fase de instalação: Casa Fiat de Cultura, Centro de Ensaios Abertos, Centro de Referência da Economia Criativa – Sebrae Minas, Escola de Moda e Design da UEMG, Inhotim Escola e Museu do Automóvel, além de um centro de referência da música.