Quase duzentas pessoas estiveram ontem no Centro de Arte Popular – Cemig (CAP) para prestigiar a abertura da nova exposição temporária ‘Lorenzato Amadeo – Celebração do Cotidiano’. Entre as presenças, estavam a Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, a Diretora do CAP, Nely Rosa, o curador da mostra, Antônio Carlos Figueiredo, a responsável pela expografia, Isabela Vecci, a Superintendente de Museus e Artes Visuais da SEC, Márcia Renó e outras personalidades.
A exposição está montada no segundo piso do museu e, logo na entrada da sala, como forma de cortejar o público visitante, há um dos trabalhos mais destacados de Lorenzato: uma escultura de concreto simbolizando Emma, a mulher do artista mineiro, em tamanho real. Ao lado, está a projeção de um vídeo documentário de direção de Paulo Lender sobre o artista.
Além das pinturas sobre tela e concreto de Lorenzato, sempre marcadas pela retratação colorida de cenas simplistas do cotidiano, o acervo da exposição também é composto por objetos de uso pessoal do artista bem como as ferramentas de trabalho utilizadas por Lorenzato na confecção das obras.
Vale sublinhar a figura do curador Antônio Carlos Figueiredo que, amante incondicional das artes, possui acervo pessoal riquíssimo, não só de obras de artes, mas de todo e qualquer objeto que lhe pareça peculiar. O colecionador guarda objetos que remontam a carreira de grandes nomes da cultura nacional como Amílcar de Castro, Inimá de Paula e Fernando Lucchesi. Para esta ocasião, emprestou as peças de Lorenzato, prestando grande serviço à Cultura de Minas.
Sobre Amadeo Lorenzato
Filho de imigrantes italianos que vieram trabalhar na ferrovia, ainda na época da construção da capital, Amadeo nasceu no Barreiro, dia 1º de janeiro de 1900. Aos 10 anos começa a trabalhar como pintor de paredes.
Aos 20 anos parte para Itália, retornando ao Brasil em 1948. Nos anos que esteve fora do país, Amadeo trabalhou como pintor na construção de cidades durante as duas guerras. Estudou na Real Academia de Arte de Vicenza, período em que tornou possível o contato com vários estilos de pintura.
Em 1935 casou-se com Emma com quem teve seu único filho, Lorenzo. Depois de sofrer uma queda em 1956, Lorenzato, impossibilitado de exercer sua profissão de pintor, passa a dedicar todo o seu tempo a pintura artística.
Sobre o Centro de Arte Popular – Cemig
Espaço privilegiado de divulgação e apreciação do trabalho de artistas populares de todo o Estado de Minas Gerais, o acervo do museu conduz o visitante ao mundo do imaginário de diferentes artistas. Por meio de suas obras, somos conectados às origens, histórias e crenças de um povo que traz nas mãos um sincretismo cultural próprio, brasileiro.
Em seus dois primeiros andares, o Centro de Arte Popular – Cemig abriga salas que retratam a arte popular mineira. Seu acervo é organizado por materiais, temas e cronologia, no qual o visitante pode conferir esculturas em madeira e em cerâmica, telas, teares. Mídias, som e imagem tornam as exposições ainda mais dinâmicas e interativas, e ajudam na contextualização dos temas, mostrando ao visitante uma dimensão mais ampla e profunda do histórico cultural de cada região.
Serviço
Evento: ‘Lorenzato Amadeo – Celebração do Cotidiano’
Período de exposição: de 17 de janeiro a 9 de março de 2014
Centro de Arte Popular – Cemig
Terças, quartas e sextas-feiras – 10h às 19h
Quintas-feiras – 12h às 21h
Sábados e domingos – 12h às 19h
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608 – Funcionários – BH – MG
Informações e agendamento de visitas – (31) 3222-3231
Entrada: Gratuita