![](/images/stories/migracao/cultura/2015/Eventos_apoiados_pela_SEC/fora-de-serie-_beethoven4.2-1920x600%20mini.jpg)
O maestro Roberto Tibiriçá é o convidado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais para reger o próximo concerto da série Fora de Série no sábado, 20 de junho, às 18h, na Sala Minas Gerais. A apresentação promovida pela Secretaria de Estado de cultura convida a pianista brasileira Cristina Ortiz, que interpreta o Concerto para piano nº 4 em Sol maior, op. 58, de Ludwig van Beethoven, compositor homenageado da série na Temporada 2015. Também no repertório, a Abertura de As Criaturas de Prometeu, op. 43, e a Sinfonia nº 4 em Si bemol maior, op. 60.
A pianista Cristina Ortiz
A musicalidade natural de Cristina Ortiz, sua arte magistral e seu compromisso com uma performance sempre refinada garantiram-lhe um lugar entre os pianistas mais respeitados do mundo. Ao longo de sua extensa carreira, ela se apresentou com as filarmônicas de Berlim e Viena, com a Sinfônica de Chicago e com as orquestras Filarmônica e Real do Concertgebouw, entre muitas outras. Ortiz colaborou também com maestros como Neeme Järvi, Mariss Jansons, Kurt Masur, André Previn e David Zinman.
Gravou cerca de trinta álbuns com uma ampla gama de repertório pelos selos EMI Classics, Decca, Collins Classics, Intrada, Naxos e BIS. Sua mais recente gravação para o selo Naxos, em parceria com o Fine Arts Quartet, é de música de câmara de Saint-Saëns. Seu álbum anterior, de música de câmara por Franck, foi nomeado Escolha do Editor da revista Gramophone. Sua gravação da música de câmara de Fauré foi descrita pela mesma revista como "simplesmente a melhor: uma versão sem rival, o ponto forte do catálogo". Pela Naxos, Ortiz lançou a gravação de peças solo para piano compostas por York Bowen. Cristina Ortiz é também professora e dá aulas por todo o mundo.
Beethoven
Ludwig van Beethoven (Alemanha, 1770 – Áustria, 1827) ganha os holofotes da Orquestra na Temporada 2015 ao protagonizar a série Fora de Série. O compositor foi exemplo de autossuperação e cumpridor daquela que acreditava ser sua missão: a de ser, pela música, testemunha da humanidade. Filho de pai alcoólatra, que por muitas vezes agia com brutalidade, teve de assumir, ainda jovem, responsabilidades após a perda da mãe e a decadência do pai. Sua música procurou refletir os anseios do homem como indivíduo e ser social político.
Nascido em Bonn, na Alemanha, estabeleceu-se, em 1792, em Viena, maior centro cultural da época, onde iria estudar brevemente com Haydn e posteriormente com Salieri. Beethoven se firma como talentoso compositor e instrumentista, com fama notória e ascensão ininterrupta. No entanto, sua surdez progressiva aparece como grande tragédia para o compositor, o que não o impediu de continuar compondo, fazendo do músico uma lenda viva, mesmo na época. Beethoven foi o grande surdo que a civilização ocidental fez entrar em sua mitologia. Paradoxalmente o último dos clássicos e o primeiro dos românticos, foi testemunha da fronteira entre duas eras e ampliou de tal maneira as formas tradicionais, que elas pareceriam eternas às gerações que o sucederam.
O maestro convidado Roberto Tibiriçá
Nascido em São Paulo, Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire, Gilberto Tinetti e Peter Feuchwanger. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho. Atuou como maestro convidado da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo por dezoito anos, foi regente assistente no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Brasileira. Também foi diretor artístico e regente titular da Orquestra Petrobras Pró Música e diretor artístico da Sinfônica Heliópolis/Instituto Baccarelli, cujo patrono é o maestro Zubin Mehta. Ocupou ainda os cargos de regente titular e diretor artístico da Sinfônica de Campinas e da Filarmônica de São Bernardo do Campo, regente titular da Sinfônica de Minas Gerais e da Ossodre, de Montevidéu, Uruguai.
Na Orquestra Petrobras Pró Música (hoje Petrobras Sinfônica) teve elogiadas iniciativas para divulgação e estímulo à música brasileira, como concertos com repertório de compositores nacionais contemporâneos e concursos para jovens solistas, jovens regentes e jovens compositores.