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Três exemplos da diversidade da música francesa serão apresentados nos concertos dos dias 25 e 26 de junho, pelas séries Presto e Veloce, às 20h30, na Sala Minas Gerais, localizada no Centro de Cultura Presidente Itamar Franco, da Secretaria de Estado de Cultura. Sob a batuta do maestro convidado Yoav Talmi, Liza Ferschtman, uma das mais relevantes violinistas da atualidade, faz sua estreia com a Filarmônica de Minas Gerais interpretando o Concerto para violino nº 3 em si menor, op. 61, de Saint-Saëns. Também no repertório, a Abertura O Rei Lear, op. 4, de Berlioz, e a Sinfonia em ré menor, de César Franck.Os ingressos vão de R$ 30 (inteira) a R$ 90 (inteira).
Os concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, através das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura.
O maestro convidado Yoav Talmi
Pela segunda vez conduzindo a Filarmônica de Minas Gerais, a primeira foi em 2010, o israelense Yoav Talmi é maestro principal convidado da Orquestra de Câmara de Israel e maestro emérito da Quebec Symphony, no Canadá. Conhecido e celebrado em ambos os lados do oceano Atlântico, Talmi também atua como chefe do departamento de regência na Buchmann-Mehta School of Music da Universidade de Tel Aviv. Foi maestro principal da Hamburg Symphony, maestro principal convidado da Filarmônica de Munique, diretor musical da San Diego Symphony, da Orquestra de Câmara de Israel e da Filarmônica de Arnhem (Holanda), bem como membro fundador e primeiro diretor musical da New Israeli Opera. Artista experiente, Yoav Talmi gravou com os selos Chandos, Decca, EMI, Naxos, Teldec, CBC Records, Atma e Analekta.
A violinista Liza Ferschtman
A violinista holandesa Liza Ferschtman, conhecida por performances entusiásticas, programas interessantes e qualidades comunicativas no palco, recebeu, em 2006, o maior prêmio atribuído a um músico na Holanda, o Dutch Music Prize. Nos últimos anos, apresentou-se com as mais notáveis orquestras holandesas, incluindo a Real Concertgebouw e a Rotterdam Philhamonic. Frequente colaboradora na música de câmara, Liza também atua, desde 2007, como diretora artística do Delft Chamber Music Festival, um dos maiores festivais na Europa. Foi nesse período que o festival tornou-se amplamente conhecido por sua programação ousada, com performances dinâmicas de artistas de todo o mundo.
Compositores e repertório
Hector Berlioz (França, 1803 – 1869) e a Abertura O Rei Lear, op. 4 (1831).
Em setembro de 1827, Hector Berlioz assiste à montagem de Hamlet no teatro Odéon. Embora não dominasse a língua inglesa à época, viu-se envolvido pelo esquema dramático de Shakespeare. O artista compõe, então, três peças menores, inspiradas em Hamlet: uma fantasia sobre A Tempestade, a sinfonia dramática Romeu e Julieta e as aberturas orquestrais Beatriz e Benedito e O Rei Lear. Em 1831, ano de composição da obra, Berlioz já era um respeitado compositor em Paris. Por acreditar que a música instrumental tivesse maior capacidade expressiva e maior poder de articulação do que a música vocal ou o texto, opta por suprimir a noção de discurso que caracteriza o poema sinfônico e retrabalha os eventos e as personagens de O Rei Lear. Dramática e enérgica, a Abertura repercute o sinfonismo de Beethoven, que, como declara Berlioz, “abriu diante de mim um novo mundo da música, como Shakespeare me revelara um novo universo poético”.
Camille Saint-Saëns (França, 1835 – Argélia, 1921) e o Concerto para violino nº 3 em si menor, op. 61 (1880)
Último dos três concertos para violino de Saint-Saëns, o Concerto op. 61 é exemplo claro da vinculação visceral do compositor à linguagem romântica. Concluída em 1880, a peça foi dedicada ao grande virtuoso Pablo de Sarasate. Outras obras de Saint-Saëns destinadas a Sarasate revelam o foco bem direcionado na exibição virtuosística do intérprete, bem como o conhecimento e o domínio do compositor na linguagem e no estilo violinísticos. Já o Concerto nº 3 é bem mais focado na inventividade melódica que em efeitos virtuosísticos e, trazendo inclusive reminiscências de outras obras do próprio compositor, desvela outro lado da mentalidade musical romântica, não menos apaixonada, mas cujos arroubos se dirigem mais a uma espécie de contemplação da intimidade individual do compositor que a bravuras do intérprete virtuoso.Mais que obra representativa da literatura violinística, esse concerto é a expressão autêntica de um espírito que encontrou na linguagem romântica perfeitamente consolidada seu caminho de expressão.
César Franck (Bélgica, 1822 – França, 1890)e a Sinfonia em ré menor (1888)
Como organista de igreja, César Franck levava uma vida metódica. Profundamente religioso, exercia seu trabalho como missão. Aos 50 anos, foi nomeado professor de órgão pelo Conservatório de Paris, onde suas aulas acabaram por se transformar em verdadeiras classes de composição para uma geração de alunos que o adoravam. Era o começo do reconhecimento público tardio, que só se consolidou após sua morte. Por longo tempo condenado à obscuridade, Franck tornou-se meditativo, meticuloso e exigente compositor. Em seus últimos anos, dedicava-se a cada gênero por vez, de modo a, nele, lapidar apenas uma e definitiva obra-prima. Assim surgiram várias obras decisivas, como a Sinfonia em ré menor, que marca um ponto culminante na renovação da música orquestral francesa do final do século XIX. A peça foi elaborada segundo princípios cíclicos – a semelhança entre os elementos básicos (motivos intervalares e rítmicos) dos temas de todos os movimentos cria sintonia entre as seções e dá maior unidade à composição.
SERVIÇO
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Séries Presto 4 e Veloce 4
25 e 26 de junho – 20h30
Sala Minas Gerais
Yoav Talmi, regente convidado
Liza Ferschtman, piano
BERLIOZ Abertura O Rei Lear, op. 4
SAINT-SAËNS Concerto para violino nº 3 em si menor, op. 61
FRANCK Sinfonia em ré menor
Ingressos: de R$ 30,00 a R$90,00
Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, mediante comprovação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Funcionamento da bilheteria:
Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto
De segunda-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.
Aos sábados, das 12h às 18h.
Em sábados de concerto, das 12h às 21h.
Em domingos de concerto, das 9h às 13h.