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Durante o mês de julho, o Centro de Estudos Cinematográficos e o Instituto Humberto Mauro exibirão, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Imprensa Oficial, mostra "Um Homem e o Cinema", sobre Alberto Cavalcanti. A iniciativa acontece, pela primeira vez em Belo Horizonte, dentro do projeto Cinema Falado, de Geraldo Veloso.
"Um Homem e o Cinema", os depoimentos de Jom Tob Azulay e Geraldo Veloso, respectivamente produtor e montador do filme, um curta-metragem de Alfredo Sternheim e "O Senhor Puntila e seu Criado Matti" (1955, Alemanha Oriental, 35mm, p&b, 90min, fic) serão apresentados nas sextas-feiras de julho, às 15 horas, na sala multimídia da Imprensa Oficial (avenida Augusto de Lima, 270). O crítico e cineasta Geraldo Veloso vai conversar com o público após as sessões, encerrando as atividades com uma mesa-redonda sobre Cavalcanti.
Os depoimentos do produtor Jom Tob Azulay e do montador Geraldo Veloso exploram as várias facetas de Cavalcanti como cineasta . O curta-metragem, "Alberto Cavalcanti" (1970, RJ, 35mm, p&b, 18min, doc), foi dirigido pelo cineasta e crítico paulista Alfredo Sternheim.
Programação
Dia 03/7, 15h - "Alberto Cavalcanti", de Alfredo Sternheim, e depoimentos de Jom Tob Azulay e Geraldo Veloso
Dia 10/7, 15h - primeira parte de "Um Homem e o Cinema", de Alberto Cavalcanti
Dia 17/7, 15h - segunda parte de "Um Homem e o Cinema", de Alberto Cavalcanti
Dia 24/7, 15h - "O Senhor Puntila e seu Criado Matti", de Alberto Cavalcanti
Dia 31/7, 15h - Mesa-redonda sobre Alberto Cavalcanti
Um Homem e o Cinema
"Um Homem e o Cinema" (1976, RJ, 35mm, p&b/cor, 151min, doc) é composto de duas partes. Em retrospectiva, o filme procura fixar a contribuição de Cavalcanti para o cinema mundial, sem ordem cronológica, mas buscando uma unidade a partir de temas, técnicas e enfoques sobre personagens e situações presentes em sua vasta filmografia, constituída por mais de 120 filmes de várias nacionalidades.
Sobre Alberto Cavalcanti
De 1922 a 1975, o cineasta brasileiro Alberto Cavalcanti fez filmes em todos os continentes, como cenógrafo, roteirista, diretor e produtor, tornando-se, por isso, mais conhecido no exterior do que no Brasil. Cavalcanti começou na avant-garde francesa, foi um dos mentores da escola do documentário inglês, adaptou Dickens e Brecht, filmou na Alemanha Oriental e em Israel, e passou um tempo no Brasil para implementar a produção da nascente Companhia Cinematográfica Vera Cruz.
Geraldo Veloso foi escolhido por ele para produzir o que seria seu último filme, "O Doutor Judeu", sobre a vida do dramaturgo luso-brasileiro Antônio José da Silva, queimado na fogueira, aos 34 anos, pela inquisição portuguesa. O filme não chegou a ser realizado, frustrando profundamente Cavalcanti, que abandonou o Brasil pela última vez e morreu em Paris, no ano de 1982. Essa história está contada em detalhes no livro recém-lançado de Geraldo Veloso, "O Cinema Através de Mim".
Em 1995, Azulay retomou o tema, realizando o filme "O Judeu", também atacado pela maldição que sempre perseguiu a presença de Cavalcanti no Brasil. Durante a sua realização, morreram a atriz Dina Sfat e o ator que fazia o papel de Antônio José da Silva.