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I Inverno das Artes tem continuidade na Fundação Clóvis Salgado com uma dobradinha especial do cinema e mais uma oficina de Artes Visuais. As atividades começam na sexta-feira, com o Terror no Parque, oportunidade única para cerca de 500 pessoas verem ou reverem, no parque municipal, o início das sagas de Jason e Freddy Krugger. No dia seguinte, uma pausa no terror para resgatar a obra de um dos cineastas contemporâneos mais representativos. Além disso, as oficinas de Artes Visuais Poética da Cidade e Sarauzinho do Palácio, prometem fazer as crianças refletirem sobre a ocupação das cidade e de seus espaços público. Para completar, na segunda-feira, Cida Moreira apresenta o show A Dama Indigna, na Sala Juvenal Dias.
Terror no Parque - Após um hiato de três anos sem projeções noturnas no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, clássicos do terror tomam conta do mais tradicional parque da cidade. A programação começa às 21h com a exibição de A Hora do Pesadelo, obra que narra a saga de Freddy Krueger. Às 23h, as coisas prometem ficar mais assustadoras ainda com a exibição de Sexta-Feira 13, primeiro filme sobre o serial killer Jason. “Acreditamos que a exibição desses filmes no parque, escuro e vazio, deve conter os ingredientes necessários para adicionar mais suspense às tramas. Isso deve render uns arrepios extras no público”, comenta Philipe Ratton, Gerente do Cine Humberto Mauro e um dos curadores da mostra.
O evento é uma atividade paralela à mostra Anatomia do Medo: Terror Anos 80, e os dois filmes em exibição representam a síntese do gênero slasher movies, grande sucesso de público na década de 1980.
Para viver essa experiência assustadora, será necessário retirar o ingresso na quinta-feira, 16 de julho. Serão disponibilizados 500 ingressos gratuitos, a partir das 10h. Cada pessoa terá direito a um convite para assistir às duas sessões. Os ingressos serão acompanhados de uma pulseira que garantirá a entrada e saída do público durante as exibições.
Especial Jorge Bodanzky – Uma pausa no terror para comemorar o cinema brasileiro. O cineasta Jorge Bodanzky vem à capital para o lançamento do filme No Meio do Rio Entre as Árvores, além de um bate-papo com o público sobre os 40 anos da obra mais icônica de sua carreira, Iracema – Uma Transa Amazônica.
Bodanzky se destacou como cineasta pela linguagem intimamente ligada ao real, em que as fronteiras entre a ficção e o documentário normalmente se confundem. Em seu trabalho, a Amazônia emerge como um tema recorrente, evidenciando a importância da preservação da expressão cultural e ritualística dos povos da floresta.
O documentário Terceiro Milênio será exibido às 15h. A obra é um registro da viagem feita pelo senador Evandro Carreira em 1980 pelo estado do Amazonas. A narrativa apresenta a dualidade de uma região marcada pela forte influência da floresta Amazônica, os conflitos políticos e a poluição industrial.
Já No Meio do Rio Entre as Árvores, que será exibido às 17h, o diretor traz a trajetória de moradores das comunidades locais que participaram de oficinas de vídeo e fotografia. Com o conhecimento, os próprios alunos começam a registrar as suas vidas cotidianas, destacando tanto a beleza natural da região quanto as consequências negativas da exploração econômica dos recursos disponíveis
O último filme, Iracema – Uma Transa Amazônica, em exibição às 19h, narra a história de um caminhoneiro que visita a região norte do país e conhece Iracema, uma índia prostituída. Juntos, percorrem a região amazônica, cenário da expansão da rodovia Transamazônica e conhecem mais detalhes obscuros da rodovia que, com a construção, deveria levar progresso ao norte do país.
Conversando sobre a cidade - No dia 18, a gerência de Artes Visuais promove as oficinas Poética da Cidade e Sarauzinho do Palácio, que vão receber crianças e adolescentes com idades entre 9 e 14 anos. Dividida em três momentos, as oficinas vão problematizar a relação das crianças com os espaços públicos urbanos. Na primeira parte, os jovens vão ser convidados a refletir sobre Como você ocupa a cidade? Quais os espaços públicos que gosta de frequentar? Quais não gosta? O que poderia ser melhor?. No segundo momento, essas trocas de ideias irão se tornar poesias, textos, frases e outras manifestações artísticas que serão apresentadas na etapa final, o Sarauzinho do Palácio.
Música na segunda-feira – As atividades culturais continuam. A cantora Cida Moreira é a próxima atração musical da Sala Juvenal Dias. Em 20 de julho, ela se apresenta com o show A Dama Indigna, às 20h30. A apresentação reúne um apanhado peculiar de canções emblemáticas como Hotel das estrelas (Jards Macalé e Duda), Palavras (Gonzaguinha), Soul Love (David Bowie), Maior que o meu amor (Renato Barros), Lullaby (Tom Waits), Mãe (Caetano Veloso), Uma canção desnaturada (Chico Buarque), The man i love (Ira Gershwin e George Gershwin), Sou assim (Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri), entre outras. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Palácio das Artes no valor de R$50 (inteira) e R$25 (meia entrada).
Sobre o inverno das Artes – O I Inverno das Artes é um evento promovido pela Fundação Clóvis Salgado que pretende movimentar o inverno na capital. Para isso, a FCS combinou shows, debates, oficinas de artes visuais e mostras especiais de cinema. A proposta é fomentar a cultura no mês de julho, em Belo Horizonte, e transformar o Inverno das Artes em uma referência para a cidade. As atividades desta edição ocorrem até 27 de julho.