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Homenageando os 100 anos da morte de Alexander Scriabin, o pianista Benedetto Lupo volta a se apresentar com Filarmônica de Minas Geraisinterpretando oConcerto para piano em fá sustenido menor do compositor russo. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, umadas sinfonias mais importantes do Romantismo é revisitada pela Orquestra em sua nova Sala, a Sinfonia nº 6 em si menor, op. 74, “Patética”, de Tchaikovsky. O programa se completa com Menuet antique, de Ravel. As apresentações acontecem nos dias 1º e 2 de outubro às 20h30, na Sala Minas Gerais.
Os concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e contam com o patrocínio do Mercantil do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O pianista Benedetto Lupo
O pianista italiano Benedetto Lupo recebeu o reconhecimento mundial após conquistar a medalha de bronze no Oitavo Concurso Internacional de Piano Van Cliburn em 1989. É vencedor de inúmeros outros concursos internacionais, incluindo o Terence Judd Award (1982), Alfred Cortot Competition (1980) e Jaén Competition (1982), além de premiações nas competições Robert Casadesus e Gina Bachauer. Lupo já se apresentou por toda a América do Norte, América do Sul e Europa e tocou com as principais orquestras do mundo. Esteve com a Filarmônica de Minas Gerais nos anos de 2009 e 2013. Com Peter Maag e a Orquestra RSI, Benedetto Lupo lançou um CD sob o selo ARTS com as obras completas para piano e orquestra de Robert Schumann, que incluiu a primeira gravação em CD da versão para piano do Konzertstiick op. 86. Ele também gravou pelos selos Teldec, BMG e VAI. Lupo registrou duas vezes o Concerto Soirée de Nino Rota, sendo que a segunda, pelo selo Harmonia Mundi France com a Orquestra da Cidade de Granada e Josep Pons, recebeu um Diapason d Or. Ele ensina no Conservatório Nino Rota em Monopoli, Itália, ministra masterclasses por todo o mundo e é titular de Piano na Accademia Nazionale di Santa Cecilia.
O maestro Fabio Mechetti
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho recebeu o Prêmio Carlos Gomes/2009 como Melhor Regente brasileiro. Recentemente, tornou-se o primeiro brasileiro a ser convidado a dirigir uma orquestra asiática, sendo nomeado Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia. Foi Regente Residente da Sinfônica de San Diego, Titular das sinfônicas de Syracuse, Spokane e Jacksonville, sendo agora, Regente Emérito destas últimas duas. Na Sinfônica Nacional de Washington foi regente associado de Mstislav Rostropovich. Estreou no Carnegie Hall conduzindo a Sinfônica de Nova Jersey. Nos Estados Unidos dirigiu inúmeras orquestras e é convidado frequente de importantes festivais.
Realizou diversos concertos no México, Peru e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Na Europa regeu a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia e a Orquestra da Radio e TV da Espanha. Dirigiu também a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá, e a Filarmônica de Tampere, na Finlândia. No Brasil, regeu a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre, Brasília e Paraná e as municipais de São Paulo e Rio de Janeiro. Mechetti possui mestrados em Composição e Regência pela Juilliard School de Nova York.
O repertório
Maurice Ravel (França, 1875-1937) e a obra Menuet Antique (1929)
O Minueto Antigo foi composto, como várias obras de Ravel, originalmente para piano: sua versão original data de 1895 e estreou-se três anos depois por Ricardo Viñes, pianista amigo do compositor, a quem a obra fora dedicada. A versão orquestral, do próprio Ravel, data de 1929, trinta e quatro anos depois da versão original. É difícil saber, nesta obra, a que tipo de minueto Ravel faz referência: se à dança barroca, ou se à mesma dança, incorporada pelo Classicismo à sonata e à sinfonia, e mais tarde transformada por Beethoven em Scherzo. O Menuet Antique, em sua versão orquestral, foi estreado em janeiro de 1930 pela orquestra Lamoureux, de Paris, sob a batuta do próprio Ravel.
Alexander Scriabin (Rússia, 1872-1915) e o Concerto para piano em fá sustenido menor, op. 20 (1896)
O Concerto para piano e orquestra pertence à primeira fase de Scriabin, com estética e linguagem chopinianas. É a única obra do compositor do gênero e causou ao mesmo tempo admiração em poucos e repulsa a muitos: Prokofiev, por exemplo, recusou-se a tocá-la. A obra pode evocar a alguns a linguagem de Rachmaninoff, mas é plena de originalidade. Embora ainda se atenha à linguagem e padrões de um Romantismo tardio, já revela uma raiz nitidamente russa. Scriabin compôs seu concerto para piano aos vinte e quatro anos, em poucos dias, no outono de 1896. Completou sua orquestração, porém, em maio de 1897. A obra foi estreada em outubro de 1897, em Moscou, tendo o compositor como solista, e a primeira publicação deu-se no ano seguinte.
Piotr Ilitch Tchaikovsky (Rússia, 1840-1893) e a Sinfonia nº 6 em si menor, op. 74, “Patética” (1893)
Tchaikovsky terminou a composição de sua sexta e última sinfonia em agosto de 1893 e regeu a estreia no dia 28 de outubro do mesmo ano, em São Petersburgo. Nove dias depois, morria de causas ainda não comprovadas. A história desta obra é cercada de mistérios. Se pudéssemos estar certos de que a morte de Tchaikovsky tenha sido suicídio, a sua Sexta Sinfonia teria sido a carta que ele nunca escreveu. Diante da fria recepção pelos músicos à sua última sinfonia, o compositor escreve a seu sobrinho Vladimir “Bob” Davydov, a quem é dedicada a obra: “considero esta sinfonia a melhor de todas as obras que escrevi. Em todo caso, é a mais sincera. E eu a amo como jamais amei qualquer de minhas partituras”.
Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Hoje em sua sede própria, a Sala Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica foi criada em 2008, com o intuito de inserir Minas nos circuitos nacional e internacional da música orquestral. Formada por 94 músicos, vindos do Brasil, Europa, Ásia, Américas e Oceania, e sob a direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra rapidamente alcançou reconhecimento do público e da crítica especializada. Administrada pelo Instituto Cultural Filarmônica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a Filarmônica mantém sua estrutura artística e executa sua vigorosa programação por meio de recursos públicos e privados, auditados anualmente para validar sua gestão.
SERVIÇO
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Série Allegro
1º de outubro - 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
2 de outubro - 20h30
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Benedetto Lupo, piano
RAVEL Menuet Antique
SCRIABIN Concerto para piano em fá sustenido menor, op. 20
TCHAIKOVSKY Sinfonia nº 6 em si menor, op. 74, “Patética”