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Em comemoração ao Dia Nacional da Espanha, em 12 de outubro, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta uma dobradinha de concertos que homenageiam o país, interpretando obras de Villa-Lobos, Maurice Ravel, Manuel de Falla e George Bizet que ressaltam a cultura espanhola.
O concerto será regido por Alexis Soriano, proeminente maestro espanhol, considerado um dos mais renomados de sua geração. Dirigiu as mais reconhecidas orquestras sinfônicas da espanhola, bem como as orquestras de San Petersburg, Ucrânia, Lituânia, Eslováquia, Praga, Berlim, Finlândia, Polônia, Japão, Moscou e Andorra, entre outras.Estes concertos integram a parceria entre a Fundação Clóvis Salgado, o Instituto Cervantes de Belo Horizonte e a Embaixada da Espanha no Brasil.
O repertório reúne compositores espanhóis e franceses que reverenciam a Espanha em suas obras, além de um clássico de Villa-Lobos para reforçar o encontro entre as culturas brasileira e hispânica.
As apresentações evidenciam ainda a influência da Espanha em sua vizinha França – dois dos quatro compositores do concerto são franceses que se encantaram com a beleza andaluza e decidiram retratá-la em suas obras. “A proximidade destes países não é só geográfica e histórica. Nossos músicos e nossa literatura têm influenciado e inspirado os compositores franceses notavelmente, assim como a França tem sido a escola fundamental para a formação de nossos compositores mais importantes, tendo Paris como catalizador”, revela o regente.
Para a abertura do concerto, o maestro Alexis Soriano escolheu uma composição brasileira, Uirapuru, de Villa-Lobos, considerada uma das obras primas do autor. O poema sinfônico retrata a transformação do pássaro Uirapuru, considerado Deus do Amor, na mitologia indígena, em um belo índio disputado pelas mulheres da aldeia. A sinfonia explora as desventuras deste ser na lenda indígena.
Em seguida, é executada Rapsódia Espanhola, de Maurice Ravel, a primeira grande peça orquestral do compositor, que possui uma brilhante e exigente participação de todas as seções da orquestra para se chegar a um exuberante final. Na sequência, Suíte Carmen nº 1, da ópera Carmen, de Georges Bizet, que nunca colocou os pés na França, mas isso não impediu que ele se encantasse pelo belo país, que recebeu tantas influencias exóticas, e o retratasse em algumas composições. El Amor Brujo, do espanhol Manuel de Falla encerra o concerto. Em nove movimentos, a obra recria o mundo Cigano e se destaca por utilizar o Flamenco e outros ritmos da música popular espanhola, incluindo ainda influência da música impressionista.
Sinfônica ao Meio-Dia – Com o slogan Um cardápio musical para você, o projeto tem o objetivo de contemplar as pessoas que trabalham ou estudam no hipercentro de BH, e até mesmo os transeuntes que passam pela região, oferecendo um programa gratuito ou a preços populares, que inclui grandes nomes da música nacional e internacional.
Sinfônica em Concerto – A série Sinfônica em Concerto leva a OSMG ao Grande Teatro do Palácio das Artes interpretando grandes nomes da música em concerto a preços populares. A apresentação acontece pelo menos uma vez ao mês. Professores da rede regular de ensino e também de cursos livres de arte, teem ingressos gratuitos disponibilizados pelo projeto Bravo, Professor!.
Masterclasse – o maestro Alexis Soriano ministrará Masterclasse de Regência Orquestral na Escola de Música da UFMG, no período de 28 de setembro a 2 de outubro, de 14h às 17h. No programa, Sinfonia nº 94, de J. Haydn; Sinfonia nº 1 de L. van Beethoven; e Carmen: Suites 1 e 2, de George Bizet. Mais informações, (31)7352-1036.
PROGRAMA:
UIRAPURU - Heitor Villa-lobos
RAPSÓDIA ESPANHOLA - Maurice Ravel
Prélude à la nuit
Malagueña
Habanera
Feria
Intervalo
SUÍTE CARMEN Nº 1 - Georges Bizet
Prélude
Aragonaise
Intermezzo
Seguedille
Le dragons d’alcala
Les toréadors
EL AMOR BRUJO - Manuel de Falla
Introducción y escena
Canción del amor dolido
El circulo magico
A media noche: los sortilegios
Escena
Canción del fuego fatuo
Pantomima
Danza del juego del amor
Final
CURRÍCULOS
ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das mais ativas orquestras do país. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais pela lei 20.628. Em permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Executa repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Seus regentes titulares foram: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.
ALEXIS SORIANO -Um dos regentes espanhóis mais respeitados de sua geração, foi aluno de Ilya Musin no Conservatório de São Petersburgo, diretor da Orquestra do Hermitage em São Petersburgo 1998-2008. Fez sua estreia como maestro convidado do Teatro Mariinky en 2007, e foi maestro titular da Orquestra Sinfônica do Estado de INSO Lviv (Ucrânia) no periodo 2010-2012. Tem regido a maioria das orquestras sinfônicas da Espanha e, internacionalmente, destaca-se na Sinfônica de Taipei, Filarmonica Eslovaca, Sinfônica de Praga, The Komische Oper Berlin, Tapiola Sinfonietta e Symphony of Oulu (Finlândia), Buenos Aires Filarmônica, English Chamber Orchestra (Londres), Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional Claudio Santoro de Brasília, The Kaunas Symphony (Lituânia), Dnepropetrovsk Orquestra Sinfônica (Ucrânia), Orquestra do Grande Teatro em Poznan (Polônia), Regionale del Lazio, Sinfônica de Grosseto (Itália), San Kristoforo Vilnius (Lituânia), Moscow Virtuosi, National Andorra. Também já se apresentou em teatros e festivais de classe mundial, como o Teatro Real de Madrid, Liceu em Barcelona, Palau de Valencia, Mariinsky em São Petersburgo, Colon em Buenos Aires, Torroella de Montgri, entre outras. É diretor artístico da empresa Opera Incognita de São Petersburgo. Em 1998, criou o Festival "Noites de Espanha", do qual é diretor artístico, um evento que apresenta anualmente um programa variado de música espanhola. Desde novembro de 2012 é o diretor artístico do “The New York Opera Society”. Foi nomeado entre artistas, cientistas e empresários como um dos 100 espanhóis que se destacam por suas realizações e carreira e têm o apoio da marca España.