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A Áustria foi berço de alguns dos mais importantes compositores do universo sinfônico, e dois deles ganham destaque nos concertos da Filarmônica de Minas Gerais, nos dias 8 e 9 de outubro às 20h30, na Sala Minas Gerais. Para interpretara célebre Sinfonia concertante em Mi bemol maior, K. 297b, de Mozart,quatro músicos da Orquestra, Alexandre Barros, Marcus Julius Lander, Catherine Carignane Alma Maria Liebrechtestarãosob regência do maestro convidado Christoph König, um dos regentes mais requisitados no cenário musical atual. Também no programa, a Sinfonia n° 6 em Lá maior, de Bruckner.
Este concerto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura.
O maestro Christoph König
A performance de Christoph König é marcada por uma abordagem energética e séria em parcerias musicais e pelo compromisso com programações inteligentes e estimulantes. Recentemente, ocupou o cargo de maestro principal na Orquestra Sinfônica do Porto Casa da Música (2009-2014) e é o atual diretor artístico e maestro principal da Solistes Européens, Luxembourg. Com a Sinfônica do Porto Casa da Música percorreu Brasil e Europa. Com a Solistes Européens, Luxembourg apresentou-se na Filarmônica de Colônia e no Festival de Música de Schleswig-Holstein. Sua reputação como regente de ópera cresceu após aceitar um convite de última hora e dirigir com enorme sucesso a produção de Jonathan Miller O Rapto do Serralho para a Ópera de Zurique em 2003. Gravou Schoenberg, Prokofiev, Saariaho e Sibelius com a Orquestra Sinfônica do Porto Casa da Música; Melcer com a BBC Scottish Symphony Orchestra (Hyperion); Beethoven com a Malmö Symphony Orchestra (DB Productions); Prokofiev e Mozart com a Solistes Européens, Luxemburgo (SEL Classics). König nasceu em Dresden, onde cantou no célebre Dresdner Kreuzchor. Estudou regência, piano e canto na Dresdner Musikhochschule.
Alexandre Barros
Nascido em uma família de músicos, Alexandre iniciou seus estudos musicais com o pai, Joaquim Inácio Barros. Ainda criança, acompanhava seu pai e irmãos em rodas de choro tocando flauta doce. Estudou flauta transversal e, aos dezessete anos, passou para o oboé. Alexandre sempre mostrou facilidade e intimidade com o instrumento, destacando-se rapidamente no cenário da música erudita no Brasil. Em 1993, como membro do Quinteto de Sopros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), recebeu o primeiro prêmio no V Concurso de Música de Câmara dessa instituição. Em 1996, integrando o Trio Jovem de Palhetas, obteve menção honrosa no Concurso Jovens Solistas da Faculdade Santa Marcelina de São Paulo. No mesmo ano foi premiado no Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e apresentou-se à frente da orquestra sob regência de Diogo Pacheco. Dois anos mais tarde conquistou o prêmio Eleazar de Carvalho no Festival de Inverno de Campos do Jordão. De 1996 a 1997 integrou o naipe de oboés da Osesp e com a orquestra realizou turnê por diversas cidades da Europa. Atualmente, é Primeiro Oboé da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Paralelamente, é professor do Curso de Formação e Aperfeiçoamento em Artes (Cefar).
O clarinetista Marcus Julius Lander
Bacharel em Clarinete pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), na classe do professor Sérgio Burgani, Marcus Julius iniciou seus estudos em 1996 com Edmilson Nery na Escola Municipal de Música de São Paulo. O clarinetista atuou como spalla na Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e como chefe de naipe das orquestras Jovem de Guarulhos, do Instituto Baccarelli e da Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Foi bolsista de importantes festivais brasileiros, como o Internacional de Campos do Jordão e o Música nas Montanhas, em Poços de Caldas. Vencedor do Prêmio Isolisti (Brasil), na categoria Música Instrumental Erudita, retornou ao Brasil em 2009 e fixou residência em Belo Horizonte, onde integra a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Na Filarmônica, inicialmente atuou na função de Principal Assistente e em outubro de 2012 passou a Clarinete Principal. No âmbito internacional, Marcus participou de concursos e audições nos Estados Unidos e França. Em viagens à China, foi artista residente no 8º Festival Internacional de Clarinete e Saxofone de Nan Ning em 2010, no Festival Internacional de Clarinetes de Pequim em 2014 – cujo Concerto de Gala se deu no anfiteatro da Cidade Proibida – e, no último mês de abril, foi professor palestrante nos conservatórios de Shenyang e Tai-Yuan. Marcus Julius Lander é artista Gao Royal e D’addario Woodwinds.
Catherine Carignan
Natural do Québec, Canadá, Catherine iniciou seus estudos de fagote aos doze anos. Entre 2006 e 2008, Catherine foi fagotista convidada da Winnipeg Symphony Orchestra, da Canadian Broadcasting Company Radio Orchestra (conhecida como National Broadcast Orchestra desde 2009) e participou do Aventa Ensemble, formação dedicada à música contemporânea. Como solista independente, encomendou a obra para fagote e piano Three Conjoined Trifles, do compositor e dramaturgo canadense Alex Eddington, estreando-a em abril de 2008 com a pianista Allie Cortens. Meses depois, foi aprovada em audição na Filarmônica de Minas Gerais, tornando-se Fagote Principal da Orquestra. No Brasil, Catherine vem desenvolvendo atividades de performance, ensino e pesquisa paralelas à sua atuação na Filarmônica. Esta é a terceira vez que Catherine se apresenta como solista da Orquestra. Em 2011, executou com o clarinetista Dominic Desautels o Duett-Concertino de Richard Strauss, sob regência do maestro Marcos Arakaki; em 2013, com o violinista Rommel Fernandes, a violoncelista Elise Pittenger e o oboísta Alexandre Barros, apresentou a Sinfonia Concertante em si bemol maior de Joseph Haydn, sob regência do maestro Fabio Mechetti.
Alma Maria Liebrecht
O envolvimento de Alma com a música começou em seu estado natal, Maryland, nos Estados Unidos. Primeiro através do violino, quando tinha seis anos de idade, e depois com a trompa, aos doze, sob orientação de Olivia Gutoff. De 2002 a 2006, estudou com Jerome Ashby no Curtis Institute of Music. De 2006 a 2008, estudou com William Purvis na Escola de Música da Universidade de Yale, completando em 2008 o mestrado em Música. Alma tem se apresentado como solista com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, New York Symphonic Arts Ensemble, Ensemble 212 e o Curtis Chamber Ensemble. Enquanto vivia em Nova York, Alma manteve uma prolífica carreira de freelancer, apresentando-se com a Orquestra de Câmara Orpheus, a Orquestra da Ópera da Cidade de Nova York, as sinfônicas de Princeton, Delaware, Richmond e Harrisburg, o Ballet de Pennsylvania, a Orquestra de Câmara da Filadélfia e o Gotham Chamber Opera. Alma também apresentou-se por seis semanas como Trompa Principal convidada junto à Sinfonietta de Hong Kong em 2011.
O repertório
Wolfgang Amadeus Mozart (Áustria, 1756 – 1791) e a Sinfonia concertante em Mi bemol maior, K. 297b (1778)
Na obra de Mozart, duas sinfonias concertantes se destacam: Mozart compôs duas obras do gênero sinfonia concertante: a Sinfonia concertante para violino e viola, K. 364, e a Sinfonia concertante para clarinete, oboé, trompa e fagote, K. 297b. A concepção original desta segunda obra, ao que parece, foi para flauta, oboé, trompa e fagote. A partitura dessa versão, no entanto, nunca foi encontrada: sabe-se dela apenas pelas cartas de Mozart. É sabido, porém, que ele preferia o clarinete (instrumento criado no próprio século XVIII) à flauta. Talvez daí a versão que se perpetuou e que é comumente executada hoje. Assim como a História nos negou a data precisa de composição dessa obra (pode-se deduzir da correspondência de Mozart que foi antes de 25 de abril de 1778, em Paris), é também impossível identificar a data exata de sua estreia, como quase tudo antes do século XIX.
Anton Bruckner (Áustria, 1824 – 1896) e a Sinfonia nº 6 em Lá maior (1881)
A Sinfonia nº 6 foi concluída no início de setembro de 1881, no deslumbrante mosteiro barroco de São Floriano. Nesse mesmo convento, situado em uma paisagem bucólica e repleto de maravilhosas obras de arte, Anton Bruckner, aos treze anos, fora admitido como aluno, na condição de órfão pobre e bom cantor para o coro. Bruckner recordaria com carinho esses anos felizes – durante toda a vida permaneceu devotado e submisso aos ensinamentos religiosos dos monges que o educaram e nunca deixou de visitar com frequência o mosteiro, onde gostava de tocar órgão e buscava serenidade espiritual para compor. Bruckner criou, com idêntico espírito sacro, missas e sinfonias. Sua maneira de compor em blocos sonoros de colorações diferenciadas se inspira, claramente, na escrita para o órgão, instrumento religioso por excelência. Escreveu música para a glória de Deus, com a dedicação de um artífice e a certeza bíblica de que o trabalho enobrece o homem. Sob esse aspecto, a arte de Bruckner lembra a de Bach, a de César Franck; e antecede a de Messiaen.
Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Hoje em sua sede própria, a Sala Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica foi criada em 2008, com o intuito de inserir Minas nos circuitos nacional e internacional da música orquestral. Formada por 94 músicos, vindos do Brasil, Europa, Ásia, Américas e Oceania, e sob a direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra rapidamente alcançou reconhecimento do público e da crítica especializada. Administrada pelo Instituto Cultural Filarmônica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a Filarmônica mantém sua estrutura artística e executa sua vigorosa programação por meio de recursos públicos e privados, auditados anualmente para validar sua gestão.
SERVIÇO
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Série Presto
8 de outubro - 20h30
Sala Minas Gerais
Série Veloce
9 de outubro - 20h30
Sala Minas Gerais