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O Minas Tênis Clube completa 80 anos e para comemorar essa data tão importante para a capital e para o Clube, o Centro Cultural da Instituição organiza a exposição Horizonte Moderno que faz um recorte temporal entre 1920 e 1940 na história cultural da capital. Com curadoria de Fabíola Moulin e Marconi Drummond, a exposição, que fica em cartaz de 10 de novembro de 2015 a 14 de fevereiro de 2016, é uma homenagem. O acervo é proveniente de importantes instituições da Secretaria de Estado de Cultura, como a Superintendência de Museus e Artes Visuais – Museu Mineiro e Museu Casa Guignard, Superintendência de Bibliotecas – Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa; e Arquivo Público Mineiro;
Fabíola Moulin e Marconi Drummond decidiram apresentar a modernização de BH, a partir dos anos 1920, quando foi realizada, na capital, a primeira exposição individual de arte moderna, da pintora e desenhista Zina Aita (1900 – 1967). A partir daí, os curadores iniciam uma verdadeira viagem no tempo, na qual se evidenciam as primeiras manifestações do Modernismo na literatura. Já na década de 1930, se inicia o processo de modernização da cidade, vivenciado no contexto das artes plásticas, da arquitetura e do urbanismo. Os anos 1940, por sua vez, são marcados pela comemoração do cinquentenário de Belo Horizonte.
A exposição Horizonte Moderno apresentará para o público o panorama cultural e artístico de Belo Horizonte desde a década de 1920 até o fim dos anos de 1940, quando o Minas foi erguido.O advento do Clube se dá simultaneamente à revolucionária Exposição de Arte Moderna do Bar Brasil (que funcionava no atual Cine Brasil), em 1936; e à Exposição de Arte Moderna do Edifício Mariana, na Avenida Afonso Pena (atual reduto das noivas), em 1944. Foi nesse período que Alberto da Veiga Guignard chegou à capital, a convite do então prefeito Juscelino Kubitscheck, e foram inaugurados o Museu Histórico Abílio Barreto e o Conjunto Arquitetônico da Pampulha.
Neste período da história, a cidade foi tomada por obras do arquiteto italiano Rafaello Berti, que desenhou prédios que são verdadeiras odes ao estilo art déco. Foi neste período também que chegou em Belo Horizonte o artista Alberto da Veiga Guignard e a construção da primeira escola de arte, a edificação do Museu Histórico Abílio Barreto e o desenho e construção do Complexo Arquitetônico da Pampulha.
Belo Horizonte estava vivendo um momento de ebulição cultural em que as atividades artísticas e culturais estavam colocando a capital no rol das cidades com presença marcante e intensa da cultura nacional. Expostos na Galeria, para ilustrar este momento tão profícuo estará, por exemplo, a primeira edição do livro Macunaíma de Mário de Andrade com ilustrações de Pedro Nava; a tela “O Olho” popularmente conhecida como “O Galo” de Cândido Portinari que fez parte da exposição de Arte Moderna de 1944 que aconteceu em Belo Horizonte no Edifício Mariana (atual reduto das noivas da capital); fotografias da Pampulha de Marcel Gautherot e Thomas Farkas; obras dos escultores modernistas como José Pedrosa e Jeanne Milde; e plantas originais de edificações rua da Bahia.
O acervo da exposição é também procedente de outras instituições da Cidade, como a Fundação Municipal de Cultura – Museu Histórico Abílio Barreto, o Museu de Arte da Pampulha e o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte; e a UEMG/Escola Guignard.