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A Temporada 2015 da Filarmônica de Minas Gerais tem mostrado que Beethoven está entre os compositores mais amados do público. Homenageado em 2015 pela série Fora de Série, Beethoven tem suas principais obras apresentadas em concertos lotados. Neste sábado, 21 de novembro, às 18h, não será diferente. A apresentação terá regência de Marcos Arakaki e presença do Trio Ceresio, formado pelo violinista Anthony Flint, pelo violoncelista Johann Sebastian Paetsch e pela pianista Sylviane Deferne. Neste concerto serão interpretadas A Vitória de Wellington, op. 91, Concerto para violino, violoncelo e piano em Dó maior, op. 56, "Tríplice", eSinfonia nº 8 em Fá maior, op. 93.Os ingressos já estão esgotados.
Este concerto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Banco Votorantim por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Beethoven
Ludwig van Beethoven (Alemanha, 1770 – Áustria, 1827) ganha os holofotes da Orquestra na Temporada 2015 ao protagonizar a série Fora de Série. O compositor foi exemplo de autossuperação e cumpridor daquela que acreditava ser sua missão: a de ser, pela música, testemunha da humanidade. Filho de pai alcoólatra, que por muitas vezes agia com brutalidade, teve de assumir, ainda jovem, responsabilidades após a perda da mãe e a decadência do pai. Sua música procurou refletir os anseios do homem como indivíduo e ser social político. Nascido em Bonn, na Alemanha, estabeleceu-se, em 1792, em Viena, maior centro cultural da época, onde iria estudar brevemente com Haydn e posteriormente com Salieri. Beethoven se firma como talentoso compositor e instrumentista, com fama notória e ascensão ininterrupta. No entanto, sua surdez progressiva aparece como grande tragédia de sua vida, até a total perda da audição, o que não o impediu de continuar compondo, tornando-se uma lenda viva em sua época. Não é sem razão que Victor Hugo escreveria a respeito de Beethoven que “esse surdo ouvia o infinito”.
Trio Ceresio
O Trio Ceresio é composto por três artistas de renome internacional, apaixonados por levar repertórios para trio ao público de todo o mundo. O violinista Anthony Flint e o violoncelista Johann Seastian Paetsch, ambos intérpretes experientes do gênero, conceberam a ideia de um grupo enquanto estavam em suas casas às margens do Lago Lugano – conhecido tradicionalmente como Ceresio. Logo depois, se uniram à famosa pianista suíça Sylviane Deferne, e a combinação entre o talento e a qualidade artística ímpar do Trio tem garantido um sucesso instantâneo, tanto entre promotores de eventos quanto com o público. Concertos realizados na Itália e na Suíça chamaram a atenção da crítica especializada. O Trio Ceresio foi convidado para gravar composições para trio de Arensky e Beethoven para a Rádio Svizzera italiana. Atividades recentes incluíram uma produção para a TV suíça TSI apresentando composições de Shostakovich e Dvorák e uma performance do Concerto Triplo de Beethoven no Japão. Para comemorar o bicentenário de Felix Mendelssohn, o grupo gravou três obras de trio para piano deste compositor sob o selo Doron, incluindo uma primeira gravação de seu trabalho de 1822. Um novo lançamento pela Doron inclui composições para trios de Shostakovich, Beethoven e Arensky.
O maestro Marcos Arakaki
Marcos Arakaki é Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais, com destacada relevância na formação de plateias e estreias de obras sinfônicas. Dirige regularmente as principais orquestras brasileiras, além de grupos no exterior.
Com a carreira marcada por prêmios, destacam-se o 1º Concurso Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes e o 1º Prêmio Camargo Guarnieri. Foi regente titular da Sinfônica da Paraíba e da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem, recebendo, nesta última, grande reconhecimento de crítica e público pela sua reestruturação. Com a OSB gravou a trilha do filme Nosso Lar, composta por Philip Glass.
É bacharel em Música pela Unesp e mestre em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts. Participou do Aspen Music Festival and School e de masterclasses com os maestros Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville Marriner.
Arakaki é professor visitante de Regência Orquestral na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e regente titular da Sinfônica da mesma instituição.
O repertório
A Vitória de Wellington, op. 91 (1813)
Beethoven compôs a Abertura A Vitória de Wellington a pedido de Johann Nepomuk Mälzel (1772-1838, inventor do metrônomo e amigo de Beethoven), para celebrar a vitória das tropas chefiadas pelo Duque de Wellington sobre as tropas napoleônicas, em 21 de junho de 1813, na cidade de Vitoria, Espanha. A composição se deu no verão de 1813, originalmente para o Panharmonikon, então a mais recente invenção de Mälzel, que consistia em uma máquina enorme e uma espécie de teclado, capaz de reproduzir, mecanicamente, os sons de quarenta e dois instrumentos. Graças ao sentimento patriótico que tomou conta da Áustria na época, a estreia, em Viena, no dia 8 de dezembro de 1813, foi um sucesso estrondoso e teve não apenas Beethoven na regência, como Schuppanzigh nos primeiros violinos, Salieri, Sphor e Hummel na percussão.
Concerto para violino, violoncelo e piano em Dó maior, op. 56, "Tríplice" (1804)
O Concerto Tríplice foi composto entre 1803 e 1804. Dedicado ao príncipe Lobkowitz, teve sua primeira publicação em julho de 1807, em Viena, pelo Bureau des Arts et d’Industrie, e sua primeira apresentação ocorreu apenas em abril de 1808, em Leipzig. Segundo uma crítica publicada no Allgemeine musikalische Zeitung, de 27 de abril, os solistas foram Sra. Müller, Sr. Matthäi e Sr. Dozzauer. A primeira apresentação em Viena se deu em maio do mesmo ano, na Augartensaal, provavelmente com os mesmos solistas. O Concerto Tríplice tem um caráter camerístico e, consequentemente, intimista, o que faz dele um concerto inusitado para a época, especialmente levando em conta o fato de ter sido composto por Beethoven no mesmo ano de duas obras grandiosas, a Sinfonia Eroica e a Sonata Waldstein. A expressividade dos temas e o fino equilíbrio entre os solistas são a chave desse belíssimo concerto.
Sinfonia nº 8 em Fá maior, op. 93 (1812)
Embora os primeiros esboços da Sinfonia nº 8 datem de 1811, foi apenas a partir de maio do ano seguinte que Beethoven pôde realmente se dedicar à obra. No final de setembro a composição já estava pronta e em outubro Beethoven confeccionava a partitura definitiva. A estreia se daria dois anos mais tarde, em 27 de fevereiro de 1814, em um concerto em Viena regido pelo próprio compositor. Sob vários aspectos, a Oitava remete às sinfonias de Haydn, especialmente àSinfonia nº 101(“O relógio”): por suas dimensões, no colorido e, principalmente, pelo tratamento temático.
Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Hoje em sua sede própria, a Sala Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica foi criada em 2008, com o intuito de inserir Minas nos circuitos nacional e internacional da música orquestral. Formada por 94 músicos, vindos do Brasil, Europa, Ásia, Américas e Oceania, e sob a direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti, a Orquestra rapidamente alcançou reconhecimento do público e da crítica especializada. Administrada pelo Instituto Cultural Filarmônica, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a Filarmônica mantém sua estrutura artística e executa sua vigorosa programação por meio de recursos públicos e privados, auditados anualmente para validar sua gestão.
SERVIÇO
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Série Fora de Série
21 de novembro – 18h
Sala Minas Gerais
Marcos Arakaki, regente
Trio Ceresio
BEETHOVEN A Vitória de Wellington, op. 91
BEETHOVEN Concerto para violino, violoncelo e piano em Dó maior, op. 56, "Tríplice"
BEETHOVEN Sinfonia nº 8 em Fá maior, op. 93
Ingressos esgotados.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br