![](/images/stories/migracao/cultura/2016/Noticias_da_SEC/Berna_Reale%20-%20cantando%20na%20chuva.jpg)
As obras vencedoras do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas vão circular pelo Brasil. Após uma temporada bem sucedida em São Paulo e uma edição especial em Brasília, as obras chegam a Belo Horizonte. É o início da etapa itinerante da exposição, que também vai passar por Recife, Curitiba e Belém. A cerimônia de abertura será no dia 14 de janeiro, às 19 horas, no Palácio das Artes, na capital mineira. A mostra fica aberta ao público a partir do dia 15.
Os visitantes poderão ver as obras dos cinco vencedores do Prêmio: Berna Reale (PA), Gê Orthof (DF), Grupo EmpreZa (GO), Nicolás Robbio (SP) e Virgínia de Medeiros (BA). Quem passar pelo local, ainda vai se surpreender com o projeto paralelo “Arte Indústria”, que nesta edição homenageia a artista Amelia Toledo. Amelia mistura em seu trabalho materiais naturais a produtos e procedimentos industriais, em obras que remetem a elementos da natureza e também estarão expostas no Palácio das Artes.
O curador do Prêmio, Marcus Lontra, ressalta que as exposições visam aproximar, de maneira democrática, a arte, a cultura e o conhecimento. “O Prêmio Marcantonio Vilaça é a iniciativa de maior ressonância e intensidade para o setor das artes plásticas no Brasil. Seu objetivo é reforçar a importância das práticas de pesquisa e experimentação por meio da arte na formação das novas gerações. A circulação das mostras por outras cidades brasileiras determina a dimensão do projeto em seu caráter abrangente e nacional”, afirma.
O Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
MARCANTONIO VILAÇA – A personalidade que dá nome ao prêmio, nasceu em Recife, em 30 de agosto de 1962. Formado em Direito, nos anos 1970, ele adquiriu a sua primeira obra de arte, uma xilogravura do mestre pernambucano Gilvan Samico.
Em 1990, esteve à frente da galeria Pasargada Arte Contemporânea, em Recife, fundada com a irmã Taciana Cecília Vilaça Bezerra, que exibia, fora do eixo Rio-São Paulo, os bem-sucedidos nomes da geração 80 das artes plásticas brasileiras.
Em 1992, inaugurou em São Paulo a galeria Camargo Vilaça, com a sócia Karla Meneghel, que acabou se tornando a mais importante referência para a arte brasileira nos anos 1990. Com ela, Marcantonio promoveu a projeção internacional da arte contemporânea brasileira. Segundo o crítico e curador Paulo Herkenhoff, Marcantonio era "a voz mais autorizada do mercado de arte da América Latina”. Marcantonio Vilaça morreu precocemente no dia 1º de janeiro de 2000, aos 37 anos de idade, em Recife.