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Entregue às mãos de um artesão, a pedra-sabão em pouco tempo se transforma em belas panelas. Em novembro de 2015, o modo de fazer o artefato no distrito de Cachoeira do Brumado recebeu o título de patrimônio imaterial pelo município de Mariana, beneficiando cerca de 150 famílias da região, que têm neste ofício uma das principais atividades econômicas. Agora, o próximo passo será a busca por proteção junto ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico - IEPHA/MG.
Ter um bem protegido pelo instituto ajuda na valorização da cultura e da comunidade envolvida. Qualquer pessoa, entidade ou município pode requerer a proteção de bem cultural ao IEPHA, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura. Para isso, basta verificar aqui a documentação exigida. Após a solicitação, o pedido será analisado, levando em consideração a importância desse bem não só para o solicitante, mas para a cultura do Estado como um todo.
Ao receber a demanda, o instituto faz uma pesquisa, verificando há quanto tempo o bem existe, se os detentores do saber estão de acordo com essa proteção, entre outras informações de acordo com as especificidades de cada tipo de manifestação. Por fim, após a apresentação ao Conselho Estadual do Patrimônio Cultural e a deliberação do mesmo, será feito um inventário com estudo de campo, fotografias, documentos, documentários e entrevistas.
“A proteção do bem é importante para a valorização pessoal do detentor do saber e também do próprio produto em si. Além disso, há uma ciência da sociedade sobre o bem cultural, todo mundo reconhece. Também há um plano de salvaguarda, ou seja, verificar quais medidas devem ser feitas para que aquele bem permaneça ao longo do tempo, o que é importante para a preservação do produto”, explica Luis Gustavo Molinari Mundim, Gerente de Patrimônio Imaterial do IEPHA/MG.
INVENTÁRIO DO RIO SÃO FRANCISCO
Um grande exemplo das vantagens em se realizar um registro de uma manifestação cultural é o caso do Inventário do Rio São Francisco. Durante três anos, em busca de identificação de bens culturais às beiras do Rio São Francisco, a equipe do IEPHA percorreu 17 munícipios que compõem a margem do rio. Foi realizado um levantamento de modo de vida, crenças, técnicas de se fazer redes, pesca artesanal, comidas, festas, afazeres, organizações coletivas, lutas pela terra, pelo rio. Todo esse conteúdo está reunido em um inventário cultural do IEPHA/MG, com fotos, entrevistas e textos, acesse aqui.
SERVIÇO
Para mais informações entre em contato pelo telefone (31) 3235-2882 e pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.