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Crédito: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press
Ronaldo Brandão, ator, diretor, crítico de cinema, professor e intelectual, morreu aos 76 anos, vítima de complicações cardíacas e AVC. O velório será realizado nesta quinta-feira, das 9h às 16h, no Cemitério Parque da Colina, onde o corpo será cremado.
A Secretaria de Estado de Cultura lamenta a perda de um dos grandes pensadores e agentes da cultura do mineira, conforme as palavras do secretário Angelo Oswaldo. "Ronaldo Brandão viveu como o grande intérprete da personalidade multifacetada que ele criou para si próprio. Foi autor e ator em todos os momentos da sua vida, tendo sido um dos mais profundos conhecedores do cinema e do teatro".
De Ponte Nova, o intelectual veio morar em Belo Horizonte aos 12 anos. Filho de farmacêutico e professora, fez jornalismo, trabalhando em vários veículos. Em 1963, ainda na faculdade, se tornou crítico de cinema da sucursal do carioca da Última Hora. Depois, assinou coluna no Estado de Minas.
Diretor do 1º Festival de Cinema Brasileiro de Belo Horizonte, nos anos 1960, foi também um dos editores de Claquete, jornal de cinema, e um dos atuantes membros do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC). Também colaborou com seu talento e capacidade de observação na Folha de Minas, Diário de Minas, O Sol, Estado de Minas, Jornal da Tarde, Veja e TV Itacolomi.
Ronaldo foi retratado no cinema em mais de uma dezena de filmes como ator, encarnando as mais variadas figuras, ou como ele próprio, em documentário de Patrícia Moran. Sua última performance está no documentário Ronaldo, por favor, dirigido por Vera Fajardo (mulher de José Mayer). "Um filme afetivo", segundo Luiz Otávio Brandão, irmão do artista.