Crédito: Asscom/SUBSL
Um ambiente democrático e de descobertas. Um lugar único, capaz de reunir e valorizar a informação, cultura e sabedoria. Um espaço de contato com as infinitas gerações de formadores de opinião, criando no leitor motivação e senso crítico. No dia 09 de abril, comemoramos o Dia da Biblioteca. A data escolhida se deve ao fato de um decreto, de 09 de abril do ano de 1980, que instituiu também a Semana Nacional do Livro (23 a 29 de outubro) e o Dia do Bibliotecário (12 de março).
Referência no estado, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, localizada em Belo Horizonte, integrante do Circuito Liberdade, além de cumprir a função de reunir importantes acervos, reproduz os mais diversos tipos da cultura brasileira em seus espaços: teatro, dança, exposição, moda e cinema são alguns deles.
“A Biblioteca Pública procura dinamizar e diversificar o espaço. Temos atividades de inclusão, cursos, espaços para leitura e todas as manifestações culturais são bem-vindas. Através de suportes e plataformas diferentes, nossa intenção é atingir as mais diversas faixas etárias e gêneros. A nossa Biblioteca é um lugar público, democrático, diversificado e inclusivo”, explica Eliani Gladyr, gestora cultural e responsável pelo acervo especial da Biblioteca Pública.
Conheça algumas curiosidades sobre a Biblioteca Pública de BH.
1 – Serpentário dá lugar a Biblioteca:
Antes do terreno localizado na Praça da Liberdade dar forma à Biblioteca, até 1941, ele abrigou o serpentário - Instituto Ezequiel Dias. Devido às suas atividades curiosas, tornou-se atração turística para os moradores de BH, sendo necessário até mesmo o estabelecimento de horários para a visitação pública.
2 - Projeto inicial de Oscar Niemeyer para a construção não foi concluído:
Juscelino Kubitschek solicitou um projeto ao amigo Oscar Niemeyer. O arquiteto projetou um edifício de 6 andares, com diversos espaços culturais, localizado na Praça da Liberdade, ao lado do Palácio do Governo. A construção desse belo prédio foi longa e cheia de percalços. Por falta de recursos financeiros, o projeto sofreu várias alterações. Três dos seis andares previstos foram cortados.
3 - Parte da obra de construção foi feita por detentos:
A construção do projeto modificado contou com a mão-de-obra de detentos da Casa de Correção, hoje Penitenciária de Neves.
4 – Houve troca de nome da Biblioteca durante cinco anos:
A Biblioteca, até então parte da Secretaria do Trabalho e Ação Social, passa, em 1974, para a Coordenadoria de Cultura. Logo em seguida, em 1975, é transferida para a Secretaria da Educação. Com o novo decreto em maio de 1978, a instituição perde seu nome e sua identidade e transforma-se em Centro de Educação Permanente.
A perda do nome “Biblioteca Pública” e a sua substituição por um título inadequado foi considerada uma afronta aos bibliotecários. Em 1983 a Biblioteca retoma sua identidade e volta a receber o nome de Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa.
5- Uma coleção com douração em folhas de ouro:
No acervo de obras raras e especiais, o leitor poderá ter acesso a coleção Rita Adelaide, com cerca de 1.305 volumes. Alguns exemplares possuem douração em folha de ouro. Além disso, há também uma bíblia alemã de 1841 encadernada em couro e detalhes em metal, elementos bem inusitados para servir de suporte a um livro.
6 - Hemeroteca Histórica possui exemplares do menor jornal do mundo:
No acervo de Hemeroteca Histórica, que reúne acervos de jornais e revistas históricas, você encontra exemplares do menor jornal do mundo registrado no Guinness World Records. O periódico “Vossa Senhoria” possui dimensões de 9 cm x 6 cm.
7 - História por trás das estátuas de bronze em frente à Biblioteca:
As estátuas em bronze atualmente encontradas na portaria da biblioteca são do artista plástico Leo Santana e homenageiam os “Quatro cavaleiros do Apocalipse”: Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino e Fernando Sabino. Trata-se de um quarteto de renome das letras. Inicialmente instalada na Praça Carlos Drummond de Andrade, as obras intituladas como Encontro Marcado foram inauguradas em 11 de outubro de 2005 para registrar o falecimento do poeta Fernando Sabino.