De acordo com o diretor de Pesquisa, Informação Turística e Estatística da Setur - MG, Rafael de Oliveira, “o estudo demonstra que os destinos turísticos mineiros estão se tornando cada vez mais competitivos ao compararmos com os demais destinos nacionais. A pesquisa nos auxilia a compreender os pontos fontes e identificar possíveis melhorias a serem feitas em cada destino para aumentar a qualidade de produtos e serviços turísticos ofertados e consequentemente o nível de satisfação dos visitantes, gerando benefícios para toda a cadeia produtiva do turismo”.
O estudo avaliou a evolução dos destinos em 13 aspectos que compõem a atividade turística: infraestrutura geral, qualidade de acesso, serviços e equipamentos turísticos, atrativos, marketing e a promoção do turismo, políticas públicas, cooperação regional, monitoramento, economia local, capacidade empresarial, aspectos sociais, ambientais e culturais. A metodologia considerou prerrogativas do Índice de Competitividade do Fórum Econômico Mundial, que avalia diversas dimensões do setor em escala global.
O Índice de Competividade é desenvolvido pelo Ministério do Turismo, Sebrae Nacional e Fundação Getúlio Vargas.
Destaques:
Belo Horizonte subiu do 5º para o 3º lugar na dimensão “serviços e equipamentos turísticos”, que é composta pelas seguintes variáveis: sinalização turística; centro de atendimento ao turista; espaços para eventos; capacidade dos meios de hospedagem; capacidade do turismo receptivo; estrutura de qualificação para o turismo; e capacidade dos restaurantes, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. A pontuação obtida foi de 86,6 pontos, bem acima da média das capitais que foi de 72,3 pontos. Na dimensão “monitoramento”, onde é analisado o setor específico de estudos e pesquisas, a capital mineira saltou da 3ª para a 2ª posição (80,3 pontos), ficando atrás apenas de São Paulo, o que representou uma diferença de 80% quando comparada com a média das capitais (44,6). Em relação aos “aspectos ambientais”, em 2014 Belo Horizonte não aparecia entre os 10 destinos com as melhores notas. Já neste ano ocupou a 9ª posição com uma pontuação de 80,4, superando a média das demais capitais (74,9).
O município de Ouro Preto que em 2014 não estava na listagem dos 10 destinos com maiores notas na dimensão “atrativos turísticos”, ocupou a 10ª posição neste ano com 74,4 pontos, ou seja, 18,8% maior que a média das não capitais (62,6). Essa dimensão é composta pela análise dos atrativos naturais e culturais, bem como eventos programados, realizações técnicas, científicas ou artísticas e diversidade de atrativos e equipamentos de lazer. Em relação ao “monitoramento”, o município que antes ocupava a 5ª posição agora está na 4ª, com 78,6 pontos, ficando atrás de São Paulo, Belo Horizonte e Foz do Iguaçu. Em relação à média das não capitais, a pontuação obtida foi 30,4.
A cidade de Diamantina observou um grande aumento no quesito “infraestrutura geral”, subindo de 80,7 pontos em 2014 para 82,9, o que fez com que o destino saltasse do 13º lugar para o 8º nesse item, superando também a média das não capitais (61,8). O mesmo aconteceu na dimensão “marketing e promoção do destino”, que analisa aspectos das variáveis de marketing, participação em feiras/eventos, promoção do destino e estratégias de promoção digital. Antes, o destino ocupava a 13ª posição com 60,7 pontos, e, atualmente ocupa a 10ª posição com 62,7 pontos – superando a média das não capitais em 39,3%.
Tiradentes se destacou no quesito “cooperação regional” ocupando a 2ª posição no ranking dos 10 melhores destinos e ficando atrás apenas de Bento Gonçalves. O município mineiro que em 2014 estava em 4º lugar com 77,6 pontos, neste ano alcançou 82,7 pontos – superando a média das Não capitais (51,7) em 60,0%.