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Festival Cultura da Paz fortalece a compreensão da cultura como fator de desenvolvimento social

Iniciativa vai reunir projetos aprovados na Lei Aldir Blanc em Minas Gerais, além de promover atividades de formação e reflexão

30 6 2021 miniculturadapaz

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) lançou, nesta quarta-feira (30/6), em Belo Horizonte, o Festival Cultura da Paz. O foco da iniciativa é a Cultura como fator de desenvolvimento social e mecanismo para representar e expressar a diversidade dos povos. Por meio do festival, serão divulgados os projetos de artistas, trabalhadores e trabalhadoras da cultura contemplados com a Lei Aldir Blanc no estado.

De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira o Festival Cultura da Paz representa, no campo do estímulo e da valorização da cultura e da arte, o resultado das diversas ações promovidas em Minas Gerais com o objetivo de reduzir os efeitos negativos da pandemia de Covid-19 na economia da cultura. A ideia é que os debates produzidos possam contribuir para uma reflexão sobre os processos e transformações vivenciados desde o início de 2020.

“O Festival Cultura da Paz propõe uma reflexão humanista, juntamente com a experiência de Bogotá, na Colômbia, de entendimento amplo de que somos povos múltiplos, de culturas várias, mas de uma nação única enquanto Pátria. O amor à Pátria, o amor em si, se faz por meio da paz e não da guerra, seja ela cultural, política, ideológica ou de violência nas ruas, divididas por extremos, sobretudo, pelas desigualdades sociais. Formar uma cultura da paz por meio do festival das artes oriundas das ações da Lei Aldir Blanc. A isso se une o conceito de combater a violência nas suas mais variadas formas, mas, sobretudo, na alma, a violência provocada pelo esgarçamento dos valores fundamentais do ser humano. Nesse sentido, a Cultura da Paz ganha papel estruturante enquanto Cultura que gera a paz e não a guerra de ideologias. Cultura que gera emprego e renda, que contribui para o desenvolvimento dos povos no conhecimento, na reflexão, e, principalmente, na produção de convivência pacífica entre pensamentos diferentes. Uma Cultura do respeito à existência humana ou cultura de paz”, argumenta o secretário.

Para o vice-governador, Paulo Brant, a cultura tem uma contribuição fundamental na recente conjuntura do país. “O Brasil vive um momento em que a sociedade está muito polarizada, e precisamos de paz. Uma paz que signifique a convivência de pessoas com ideias, ideologias e interesses diferentes convivendo de maneira civilizada dentro de uma cultura de paz. O festival Cultura da Paz vem em hora oportuna, pois a diversidade cultural é a semente da paz de seres humanos livres”, disse.

A presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, ressaltou o papel do Festival em um contexto de inúmeros desafios contemporâneos pelos quais passa a sociedade. “Em um momento de crise humanitária, a cultura ganha valor ainda maior. Somos provocados, todos nós do Sistema Estadual de Cultura, a repensar, cotidianamente, a função estratégica da cultura e sua importância para a coesão social. A Lei Aldir Blanc nunca irá sair da memória, pois reuniu todo o Sistema, sociedade civil, artistas e trabalhadores da cultura em um esforço conjunto de criação de uma rede de apoio ao setor, e o resultado está aí, uma ampla participação de todos os segmentos da cultura, de todas as regiões de Minas, com enorme pluralidade e diversidade”, apontou.

Valorização da produção do estado
A execução da Lei Aldir Blanc potencializou a produção cultural no estado, exaltando a riqueza artística e a diversidade cultural das diferentes produções e atividades que compõem a cadeia produtiva da cultura de Minas Gerais. Os frutos dessa empreitada se traduzem em espetáculos de artes cênicas, como dança, teatro e circo; mostras de cinema; projetos variados de valorização do patrimônio, artesanato e culturas populares; projetos de música, como álbuns e espetáculos; além do incentivo e apoio a Pontos de Cultura e à produção e pesquisa em temáticas artístico-culturais, o que movimenta a cadeia produtiva no estado e gera emprego e renda para profissionais que tiveram suas atividades afetadas durante a pandemia.

“Mais do que uma celebração, o Festival Cultura da Paz é a apresentação da diversidade da Cultura de Minas em seus 853 municípios. Por meio dessa iniciativa, vamos oferecer ao público a oportunidade de conferir espetáculos e produções que demonstram a força de nossas trabalhadoras e nossos trabalhadores de cultura. A ampla programação do festival e as ações formativas que se desdobram desse evento irão refletir a descentralização e a democratização do acesso à cultura no estado, grande avanço que a Lei Aldir Blanc nos trouxe, bem como a necessidade de ampliar ainda mais o acesso e o direito de todas e todos à Cultura”, destaca Leônidas Oliveira.

O evento de lançamento contou ainda com a participação dos presidentes das outras entidades vinculadas à Secult, Sergio Rodrigo Reis, da Empresa Mineira de Comunicação (EMC); Felipe Cardoso Vale Pires, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG); e Jefferson da Fonseca Coutinho, da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP).

Resultados culturais
Totalmente on-line e gratuito, o Festival será realizado nas redes sociais da Secult e de suas instituições vinculadas – Empresa Mineira de Comunicação (EMC); Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG); Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP); Fundação Clóvis Salgado (FCS); além de ser exibido via canal do Youtube da Secult e nas plataformas streaming CineHumbertoMauroMais, do Cine Humberto Mauro, e da Rede Minas.

Para além de uma alternativa ao público durante esse período que impacta a realização de eventos culturais, o Festival Cultura da Paz representa o resultado da grande mobilização em Minas Gerais durante a vigência da Lei Aldir Blanc. Com a viabilização dos recursos em 2020, a Secult, com o apoio de suas instituições vinculadas e de representantes da sociedade civil, elaborou 27 editais emergenciais em auxílio ao setor.

Foram destinados cerca de R$ 120 milhões para a elaboração dos editais, que contaram com sólida participação de vários municípios mineiros. A descentralização desses recursos possibilitou um alcance maior das políticas públicas para a cultura, seja com a oferta de espetáculos artísticos, atividades culturais ou ações formativas, alcançando 318 municípios em todas as regiões intermediárias de Minas Gerais.

Inscrições para o Festival
Os interessados em integrar o Festival Cultura da Paz terão seus conteúdos exibidos nas plataformas da Secult. Podem se inscrever no Festival Cultura da Paz os projetos que foram contemplados nos Editais 02 a 27 da Lei Aldir Blanc.

As inscrições poderão ser feitas entre 1º de julho e 15 de agosto, no site da Secult (www.secult.mg.gov.b) e os proponentes devem inscrever um projeto relacionado ao tema “Cultura como fator de desenvolvimento social”.

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Acesse o Formulário de Inscrição para o Festival Culltura da Paz AQUI.

O lançamento do Festival Cultura da Paz foi transmitido ao vivo pelo Youtube da Secult e está disponível AQUI.

 

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Imagens: Paulo Lacerda/FCS

 
 
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