
Foram seis cidades percorridas ao longo de junho a novembro do ano passado e cerca de 180 participantes em todas as residências artísticas promovidas. O resultado de todo esse trabalho foi apresentado nesta quarta (23), no Cine Humberto Mauro, com o lançamento do livro “Territórios de Invenção: por uma formação musical expandida”, publicação organizada pela pesquisadora Lúcia Campos, e a exibição do documentário “Territórios de Invenção”, produzido pelo cineasta Pedro Aspahan, que traz os encontros e os processos coletivos de composição realizados durante as residências.
O projeto “Territórios de Invenção – Residências Musicais” foi viabilizado por meio do Programa Música Minas, da Secretaria de Estado de Cultura, e desenvolvido pela Fundação de Educação Artística com o objetivo de levar residências musicais gratuitas para os municípios de Diamantina (território Alto Jequitinhonha), Pouso Alegre (território Sul), Montes Claros (território Norte), Uberlândia (território Triângulo Norte), Ouro Preto (território Metropolitano) e Belo Horizonte (território Metropolitano).
Durante o lançamento, o Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, pontuou a relevância do projeto para o intercâmbio musical e a ampliação do contato com diversas culturas musicais. “A boa inovação é aquela que traz invenção. Uma residência é uma resistência”.
Representando a Secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, a Assessora de Gabinete Neuza Macedo ressaltou a importância de envolver os conservatórios de música do estado e a capilaridade do projeto. “Os espaços situados em cidades polo de Minas gerais também receberam algumas das residências musicais, reforçando a amplitude do projeto”.
Também participaram do lançamento os artistas que ministraram as residências: Odette Ernest Dias, Marcelo Chiaretti, Kristoff Silva, Grupo Serelepe, Rafael Macedo, Sérgio Rodrigo, Grupo Oficcina Multimédia e Roberto Victorio.
O projeto
As residências, que aconteceram de junho a novembro de 2016, foram divididas em dois momentos: o período de inscrição, com ampla divulgação entre o público das cidades que receberiam as atividades; e a realização das residências, que ocorreu em conservatórios estaduais de música ou em universidades federais locais.
Durante as residências, os artistas produziram relatos em texto, fotos e vídeos, documentando as experiências com os participantes. Esse material foi divulgado no site do projeto (www.residenciasmusicais.com.br), na seção “Cadernos de Campo”. Muito dos momentos vividos nas residências foram registrados pelos vídeos de Pedro Aspahan. Todo esse material foi retrabalhado posteriormente e resultou no livro e no documentário.