O Secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Marcelo Matte, apresentou os novos presidentes da Rádio Inconfidência, Ronan Scoralick e Rede Minas, Kiko Ferreira, na manhã desta terça-feira, 19 de março.
Os dois são profissionais experientes na área e já assumem os cargos com uma missão: construir uma grade de programação consistente, com qualidade, com audiência e captar as verbas publicitárias para que essas emissoras se tornem sustentáveis. Segundo Marcelo Matte, a intenção é que a EMC, Empresa Mineira de Comunicação, que funde as duas emissoras, se consolide definitivamente. “A ideia é implementar uma lei editada pelo governo passado para fundir as duas empresas em uma só, tanto a Rádio quanto a TV serão a Empresa Mineira de Comunicação. Tornando a TV apta a captar verbas publicitárias, como a Rádio já faz, e ser autossustentável no tempo. Isso não é da noite para o dia. Em 4 ou 5 anos, quem sabe, as duas empresas juntas poderão captar verbas publicitárias, e não depender mais do tesouro estadual, que está numa situação difícil, como todos nós sabemos”, explicou Marcelo.
O secretário apontou que existem muitos temas que não são atraentes para as TVs comerciais e que devem ser explorados pela TV Estatal, já que estas são prestadoras de serviço público. Como exemplo, ele citou a defesa dos direitos humanos, a defesa da mulher, sustentabilidade ambiental, campanhas educativas, entre outros. Ele afirmou, ainda, que o público deve ser o foco dessas duas empresas: “O controle da TV Estatal, seja ela comercial ou não, é o telespectador. Não é o Estado, não é o partido. Tanto que o jornalismo das duas empresas terá absoluta independência editorial, isenção e equilíbrio para poder prestar um bom serviço para o telespectador e o ouvinte da rádio. Esse é o meu compromisso pessoal. Qualidade de programação e qualidade e isenção de jornalismo”.
Segundo Ronan Scoralick, que trabalhou 36 anos na Rede Globo e é especialista em grade de programação, a união de forças entre as duas emissoras é fundamental. “A gente vai fazer um trabalho conjunto, unir forças da rádio com a TV, para levar ao ouvinte e ao telespectador o melhor possível, que é de interesse dele, o que realmente afeta a vida do cidadão”.
Kiko Ferreira ressaltou o desafio da captação de recursos por parte das emissoras. “A nossa legislação tem uma série de restrições, mas eu acho que é possível. Como disse o Secretário, não é uma coisa para amanhã, é uma construção que vai depender de alguns fatores como a economia e a nossa capacidade de criar produtos atraentes. ”
Para reforçar a importância da Rádio Inconfidência como patrimônio vai ocorrer uma reunião especial na próxima segunda-feira, 25/03, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, às 19h, no Palácio Francisco Bicalho, aberta ao público.