O Parque Estadual do Rio Doce recebeu, de 19 a 21 de novembro, o Encontro Anual de Gerentes de Unidades de Conservação de Minas Gerais. O evento debateu temas como planejamento estratégico, regularização fundiária, concessão em parques, fiscalização nas unidades de conservação, restauração e reparação de áreas degradadas.
No dia 20/11, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), em parceria com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG), realizou o painel “PARC - Concessão e o turismo nas Unidades de Conservação”.
Lançado pelo Governo de Minas em abril de 2019, o PARC é o Programa de Concessão em Parques Estaduais. A iniciativa busca contribuir para a inovação na gestão das áreas protegidas do Estado de Minas Gerais, atraindo investimentos, gerando empregos, ampliando os recursos humanos e financeiros a serem empregados na conservação ambiental e sensibilizando a sociedade quanto à real importância de manutenção das áreas verdes para a qualidade de vida das gerações atuais e futuras. O Programa é resultado de parceria entre a Secult, o IEF e as Secretarias de Meio Ambiente e de Infraestrutura e Mobilidade.
Benefícios e desafios
O painel teve a participação de Cláudio Pádua, vice-presidente do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e sócio diretor da Parquetur S.A., e Júlio Meyer, representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, com moderação de Cecília Vilhena, do IEF-MG. Os palestrantes discutiram a concessão em parques e apresentaram suas experiências aos gerentes das Unidades de Conservação presentes no evento, destacando os benefícios e desafios gerados pelas concessões para a gestão dos parques e para os serviços turísticos. O debate incluiu, ainda, temas como a relação da concessionária com a gerência dos parques, o impacto social nas comunidades e elitização do acesso do público nas unidades de conservação, além de questões mais específicas dos modelos de contratos de gestão.
Cláudio Pádua abordou o caso da concessão no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e as transformações ocorridas, como a melhoria da qualidade de infraestrutura, aumento da visitação e geração de empregos. O caso da concessão no Parque Estadual da Utinga foi tratado por Júlio Meyer, que apresentou resultados como a implementação de atividades aquáticas e de aventura, melhoria nos serviços de apoio ao visitante e a regulamentação dos eventos que ocorrem no parque.
Fotos: Patrícia Seabra e Secult/MG