Espaços da capital e do interior oferecem atividades gratuitas com a temática durante todo o mês
A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o Dia Internacional da Mulher como data comemorativa, em 8 de março, a partir da década 1970. A data marca a mobilização das mulheres ao redor do mundo, ao longo do século 20, para conseguir a igualdade de direitos em relação aos homens, simbolizando também um momento de reflexão sobre temáticas correlatas.
Durante o mês das mulheres, equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) apresentam programação variada em torno do tema. Serão oferecidos saraus, palestras, oficinas, reuniões, encontros, entre outras atividades. As ações são todas gratuitas.
Confira abaixo algumas atividades programadas e continue acompanhando a Secult para os próximos eventos:
> Museu do Crédito Real
22º Slam Poético da Ágora “Só para mulheres”
Data, hora e local: 7/3 | 14h às 18h. | Av. Getúlio Vargas 455, Centro –Juiz de Fora
O Slam Poético da Ágora tem como um de seus idealizadores o historiador Éric Meireles de Andrade, que enfatiza o evento como sendo o mais antigo slam da cidade de Juiz de Fora. A proposta da 22ª edição é realizar uma intervenção no Museu em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Os textos de slam poetry, como o movimento é chamado em inglês, são lidos ou recitados pelos próprios autores, ou seja, na performance o poeta apresenta um trabalho original. No Brasil, o movimento de poesia slam surgiu como um grito da periferia, semelhante ao que aconteceu nos Estados Unidos há quase quarenta anos. A partir de 2015, o movimento aumentou o espaço para o público feminino, se configurando como um instrumento de empoderamento das mulheres e da força literária que trazem consigo. Serão disponibilizadas 50 vagas para o evento.
Roda de Conversa Mulheres no Samba
Data, hora e local: 23/3 | 18h30 às 21h30. | Av. Getúlio Vargas 455, Centro –Juiz de Fora
A Roda de Conversa Mulheres no Samba faz parte das atividades coordenadas por Régis Oliveira (Régis da Villa), que trabalha para a preservação, memória e a valorização das minorias no município de Juiz de Fora. Suas ações contribuem na capacitação de jovens, adultos e idosos oriundos ou não de programas e projetos sociais. Serão disponibilizadas 40 vagas para o evento.
Sarau de Contação de Histórias Leia JF
Data, hora e local: 16/3 | 18h30 às 21h30. | Av. Getúlio Vargas 455, Centro –Juiz de Fora
Escritora, poeta, professora e contadora de estórias, Vanda Ferreira é integrante do grupo Caravanas de Histórias e da LEIA JF (Liga de escritores, ilustradores e autores de Juiz de Fora). Juntos, irão promover um sarau de contação de histórias no Museu do Crédito Real, em Juiz de Fora.
Vanda Ferreira é graduada em Normal Superior pela UNIPACJF e em Psicodrama Socioeducativo pela SOBRAPJF. Especialista em Literatura e Cultura Afro-Brasileira pela UFJF. É contadora - e encantadora - de estórias, levando ao público apresentações de contos, mitos e lendas populares através de sua personagem Odara Dandara. Autora dos livros "O julgamento do João Jiló", “Sentimentos” e “A Revogação do Julgamento de João Jiló”, participou também das Antologias "Universos Divergentes" e “Halloween – um conto de terror”. Serão disponibilizadas 50 vagas para o evento.
> Centro de Arte Popular
Palestra As Joias das Negras: empoderamento feminino em Sabará no Século XVIII, com o Professor Luiz Ozanan
Data, hora e local: 12/3 | 19h às 21h. | Rua Gonçalves Dias, 1608, Lourdes, Belo Horizonte
A palestra abordará a confecção de joias populares no século XVIII e o papel da mulher nesse processo. Serão disponibilizadas 20 vagas. As inscrições deverão ser feitas pelo telefone (31) 3222-3231.
Palestra Artefatos de gênero na arte do barro: masculinidades e femininidades, com Sônia Missagia de Matos
Data, hora e local: 26/3 | 19h às 21h. | Rua Gonçalves Dias, 1608, Lourdes, Belo Horizonte
A autora apresentará seu estudo sobre gênero na produção artística de peças de cerâmica em algumas comunidades de artesãos e artesãs do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, onde tradicionalmente apenas as mulheres chamadas "paneleiras" praticavam esse ofício, que era transmitido de mãe para filha. Naquela região, assim que a arte do barro se tornou uma fonte alternativa de renda, vários homens decidiram entrar para o ofício. A entrada de homens na arte do barro provocou reconfigurações nas relações de gênero. Um ponto muito importante a ser observado é que, apesar de tradicionalmente transmitida por mulheres e pela ação feminina, a arte do barro tem incorporado valores de masculinidade: ao se aproximarem de um ofício tradicionalmente feminino, os homens passaram a retirar dele recursos simbólicos de representação de masculinidade. Serão disponibilizadas 50 vagas.
>Fundação Clóvis Salgado
Mostra “Clássicas”
Data, hora e local: até 12/3 | Horário de acordo com a programação| Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro, Belo Horizonte
O Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, exibe a mostra “Clássicas” até o dia 12 de março. A proposta é apresentar um recorte de filmes dirigidos por mulheres de diversas épocas e vários países. A curadoria se pautou em uma seleção de obras reconhecidas como clássicas da história do cinema mundial, abrangendo, também, trabalhos mais recentes que têm ganhado atenção da crítica. A programação contempla diretoras como Chantal Akerman, Ida Lupino, Marguerite Duras, Jane Campion, Sofia Coppola, Ava DuVernay, entre outras. A mostra também vai contar com exibições especiais de curtas-metragens produzidos por diretoras de Belo Horizonte, em diálogo com a exposição “Narrativas Femininas - Sou aquilo que não foi ainda”, do programa ARTEMINAS. Os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência, na bilheteria do cinema.
Foto: Museu do Crédito Real / Divulgação