Experiências que vão além de provar as comidas típicas mineiras são tema das próximas lives da série #SecultAoVivo; tendência é vista como impulso para as atividades turísticas e a economia do Estado.
Experiência gastronômica em Capitólio/MG. Foto: Acervo Secult
É quase impossível comemorar o Dia de Minas Gerais, celebrado neste 16 de julho, sem falar dela: a gastronomia mineira. Inclusive, de acordo com recorrentes pesquisas de opinião do Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), desde 2016, mais de 30% dos entrevistados afirmam que se lembram do estado por seu maior ícone culinário – o pão de queijo.
A gastronomia mineira encanta paladares do mundo inteiro com os clássicos tutu de feijão, torresmo, costelinha com ora-pro-nobis, frango ao molho pardo, fígado com jiló, além de produtos sofisticados como queijos, cafés e azeites premiados internacionalmente.
Para além de provar estas delícias, estão cada vez mais valorizadas as experiências autênticas que envolvem conhecer os modos de fazer tradicionais e até mesmo ajudar no preparo de pratos e quitutes. O turismo gastronômico se fortalece nestas práticas, propondo experiências de imersão nas culinárias locais, conduzindo o visitante pela degustação e passando também pelo processo de produção de algum produto típico do destino, como queijos, doces e cachaças, por exemplo.
Retomada
Tão adorados são os sabores de Minas Gerais, carregados de história, riquezas, cultura e identidade, que o turismo gastronômico tem sido visto pela Secretaria de Estado e Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) como uma das maiores alavancas para retomada das atividades turísticas – e da economia do Estado – no cenário pós-pandemia.
A subsecretária de Turismo da Secult, Marina Simião, lembra que Minas Gerais sempre foi reconhecido pela gastronomia e que, há alguns anos, ela tem se tornado a principal imagem do estado. Portanto, segundo Marina, quando se fala em trabalhar o que é típico de Minas Gerais e valorizar os diferenciais, não há como não passar pelo turismo gastronômico, que já é uma tendência mundial no sentido de ampliar as experiências do turista.
“A possibilidade de ter um contato mais próximo com a comunidade local de um destino e participar de suas vivências, culturas e modos de vida é o que os turistas têm buscado no mundo todo. O turismo gastronômico permite isso por meio da viagem por territórios através dos sabores e da participação de modos de produção e atividades que mostram a história por trás de pratos e produtos típicos. Em Minas Gerais, o turismo gastronômico é, também, uma ferramenta de desenvolvimento econômico, já que por meio dele há consumo, compra, venda e divulgação dos produtos mineiros, o que pode aumentar o interesse das pessoas em conhecer o estado e reforçar a imagem positiva de Minas Gerais vinculada aos seus produtos, como queijo, azeite, cachaça e café”, argumenta a subsecretária.
#SecultAoVivo aborda turismo gastronômico
Para discutir melhor o tema das experiências gastronômicas no turismo e falar sobre conceitos, boas práticas e como isso pode ser explorado da melhor maneira em Minas Gerais, a partir de narrativas de outros estados e países, a Secult promove, dentro da série #SecultAoVivo, a live “Turismo Gastronômico”. O evento acontece na próxima terça-feira (21/7), com transmissão pelo canal da Secult no Youtube. Com mediação de Marina Simião, o bate-papo virtual vai contar com a participação da fundadora e anfitriã do Taste of Lisboa Food Tours, Filipa Valente; da diretora da Creative Tourism Network®, Caroline Couret, e da consultora de turismo e mídia social, Elena Paschinger.
Produtos mineiros e denominação de origem
Para cada receita da culinária mineira, são necessários ingredientes típicos que podem vir de várias regiões do estado. Mas quando se fala em queijo mineiro, qual o primeiro nome vem à mente? E quando o assunto é café ou cachaça? Se as respostas foram Canastra ou Serro, Mantiqueira e Salinas, já se tem meio caminho andado para entender como o reconhecimento de territórios e produtos gastronômicos pode contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento da identidade de Minas Gerais. Temas como este e outros serão abordados na live “Indicação Geográfica”, que a Secult promove no dia 23/7.
Ainda no tema da gastronomina mineira, mas desta vez relacionada à indicação geográfica, denominação de origem e patrimônio imaterial de seus produtos, a live da série #SecultAoVivo contará com a mediação do chef e autor do projeto Territórios Gastronômicos, Eduardo Avelar. Avelar irá conduzir o debate entre a presidente do Iepha, Michele Arroyo; o superintendente de Abastecimento e Cooperativismo da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Gilson Assis Sales; e o presidente da Associação de Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), João Carlos Leite.
A proposta deste bate-papo virtual é apresentar as diferentes formas como os produtos de Minas Gerais podem ser reconhecidos e como as diferentes propostas existentes neste segmento podem contribuir para valorização, promoção e divulgação da gastronomia mineira enquanto diferencial do potencial do estado. A transmissão será pelo canal da Secult no Youtube.