Espetáculo premiado ficará disponível de 17 a 24 de julho no YouTube
A Fundação Clóvis Salgado (FCS) vai exibir, dando sequência ao projeto #PalácioEmSuaCompanhia, pelo módulo Memória, mais uma produção com um de seus Corpos Artísticos realizada no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Trata-se de um dos espetáculos mais premiados da Cia de Dança Palácio das Artes – Entre o Céu e as Serras, que estreou no ano 2000 e foi remontado em 2014. O vídeo ficará disponível no canal do YouTube da FCS, das 18h desta sexta-feira (17/7) até às 18h do dia 24/7.A Fundação Clóvis Salgado (FCS) vai exibir, dando sequência ao projeto #PalácioEmSuaCompanhia, pelo módulo Memória, mais uma produção com um de seus Corpos Artísticos realizada no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Trata-se de um dos espetáculos mais premiados da Cia de Dança Palácio das Artes – Entre o Céu e as Serras, que estreou no ano 2000 e foi remontado em 2014. O vídeo ficará disponível no canal do YouTube da FCS, das 18h desta sexta-feira (17/7) até às 18h do dia 24/7.
Visto por mais de 30 mil pessoas, Entre o Céu e as Serras reúne diversas referências culturais do período barroco e da formação da identidade do povo mineiro, emolduradas por diversas tecnologias e linguagens contemporâneas, em diálogo permanente entre a tradição e a inovação.
Para Cristiano Reis, diretor da Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA), o módulo Memória cumpre um importante papel público de democratizar o acesso à arte e, ao mesmo tempo, resgata historicamente um momento importante da CDPA. “A disponibilização digital do espetáculo é uma forma de dar oportunidade às pessoas que, por motivo de ordem econômica ou cultural, não conseguiram assistir ao espetáculo no teatro. E, ao promover esse acesso cultural, a Cia de Dança Palácio das Artes também resgata a sua própria história”, comemora Cristiano.
Em 2014, a diretora do espetáculo, Cristina Machado, definiu a remontagem como algo singular. “É uma reimersão no início de um processo que começou em 2000. As questões conceituais que surgiram em torno da identidade e da experiência de mineiridade evoluíram ao longo destes anos. A estrutura, o conceito e a estética do espetáculo se mantêm, mas a dramaturgia é atualizada, como se fosse a leitura de um texto escrito por todos nós, que participamos da criação em 2000”, ressaltou Cristina.
Cristiano Reis, que na época da remontagem atuava como bailarino, conta que Entre o Céu e as Serras foi um marco na produção artística da Cia de Dança de Palácio das Artes: “O espetáculo foi realizado de forma colaborativa, em um processo no qual o bailarino deixou de ser apenas um intérprete para ser também pesquisador e coautor da obra. Durante o processo de criação, os bailarinos foram para as cidades históricas mineiras realizar uma pesquisa de campo dirigida pela professora Graziela Rodrigues. O intuito foi mergulhar na dimensão simbólica de Minas Gerais, explorando os elementos do barraco, como sons e cores, e as manifestações do sincretismo religioso, como o Congado e a Folia de Reis. O grupo também participou de debates e palestras com profissionais de outras áreas de conhecimento, que somaram muito ao projeto”, revela.
A trilha sonora do espetáculo, assinada por Cláudia Cimbleris, combina sons orquestrais e música eletrônica. O figurino de Marco Paulo Rolla, vencedor de dois prêmios de melhor figurino em 2000, reflete as montanhas mineiras e o seu peso. Para isso, foram escolhidos trajes cor de ferrugem em uma modelagem que mistura cortes antigos com o estilo contemporâneo. Os bailarinos têm os cabelos modelados como se emergissem da lama e os corpos pintados com terra vermelha de Rio Acima.
Já o cenário, de Wanda Sgarbi, se apropria de elementos icônicos que remontam à cultura local. É o caso, por exemplo, do forro de bambu trançado presente nos tetos de habitações do interior de Minas, além de grãos típicos, como painzo e canjiquinha, utilizados no espetáculo de forma inusitada. A montagem conta, ainda, com a iluminação de Ney Matogrosso.
Esse evento tem a correalização da Appa Arte e Cultura.
A Fundação Clóvis Salgado é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).
#PALÁCIOEMSUACOMPANHIA
A diversidade cultural do Palácio das Artes encanta o público mineiro há décadas. Agora, no período de isolamento social, o propósito é levar cultura a cada um, no aconchego de casa! Desde o dia 3 de abril, a Fundação Clóvis Salgado realiza o projeto PALÁCIO EM SUA COMPANHIA, que leva ao público diariamente a arte dos Corpos Artísticos (Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e Cia. de Dança Palácio das Artes), dos alunos e professores do Cefart e demais atividades culturais, por meio do Facebook, Instagram, YouTube e Vimeo.
Foto: Paulo Lacerda /FCS