A obra estará disponível a partir do dia 30 de julho, às 19h, no Instagram e no Facebook da FCS.
Foto: Divulgação FCS
Quais são os desafios de dançar em espaços não convencionais, explorando os limites do corpo? Como interpretar a relação do homem com a natureza, utilizando-se de outras linguagens artísticas? E o que é vital para a nossa existência enquanto artista? A partir desses questionamentos, a Cia de Dança Palácio das Artes criou “Um Chamado de Corpo”, mais um vídeo que integra o projeto Palácio em sua Companhia, da Fundação Clóvis Salgado. O lançamento da obra será no dia 30/07 (quinta-feira), às 19h, no Instagram e no Facebook da FCS.
Pensando na consciência do que é ser um corpo coletivo, o vídeo constrói uma dramaturgia iniciada por imagens de fragmentos de corpos humanos e de elementos da natureza até chegar a cenas com corpos inteiros, simbolizando um organismo complexo. “Um Chamado de Corpo” fala muito sobre o coletivo que nós somos, enquanto Cia de Dança, e também sobre nós em relação ao mundo, seres coletivos, compostos por pedaços de várias células, órgãos e elementos que formam o nosso corpo”, revela Maíra Campos, bailarina da Cia de Dança Palácio das Artes.
Além da Maíra, os bailarinos Christiano Castro, Anahí Poty, Cláudia Lobo, Ivan Sodré e Sônia Pedroso, junto com Cristiano Reis, diretor da Cia de Dança Palácio das Artes, compõem o núcleo de dramaturgia da Companhia responsável pela concepção de um chamado de corpo. Dan Maia assina a trilha sonora, que traz sons produzidos por corpos humanos, animais, pela natureza humana (essa mistura entre a montanha e a cidade), além de elementos como a água e o vento.
Diálogos entre expressões artísticas
Após o sucesso da Trilogia do Afeto, com os vídeos Abraço, A Saudade e Presente, um chamado de corpo é mais um fruto dos novos processos artísticos estabelecidos neste cenário de distanciamento social, que potencializam o encontro da dança com o vídeo.
“No ‘Abraço’, primeiro vídeo da trilogia, a Cia de Dança ainda estava entendendo o processo e tentando se redescobrir em outro espaço. Por isso foram produzidos materiais direcionados a um tema específico. Já no ‘Presente’, terceiro vídeo da série, foi interessante ver o crescimento e a segurança dos bailarinos. Aconteceu uma explosão de conteúdos, pois os artistas estavam mais íntimos em dançar com a câmera, de entender os movimentos da câmera, os cortes no corpo e o cenário. E foi a partir desse volume grande de material do último vídeo da trilogia que resolvemos produzir ‘um chamado de corpo’ com o conteúdo que não aproveitamos na edição do ‘Presente’, mas que tinha muita potência“, observa Maíra.
Para o bailarino Ivan Sodré, o processo de criação do vídeo se aproxima fortemente do processo performático: “É um trabalho desafiador, pois, ao gravar, precisamos preocupar com o lugar da performance. Não é só pegarmos a câmera e filmar. Precisamos saber em qual ambiente da casa vou gravar, qual é o ângulo que a câmera vai capturar, qual é o figurino que vou usar e em qual horário do dia vou gravar, uma vez que essa questão influencia na construção da imagem do corpo. Então, se eu quero transmitir uma ideia, me comunicar pela dança, é necessário pensar na integração”, reflete Ivan Sodré.
#Palácio EmSuaCompanhia
A diversidade cultural do Palácio das Artes encanta o público mineiro há décadas. Agora, no período de isolamento social, o propósito é levar cultura a cada um, no aconchego de casa! Desde o dia 3 de abril, a Fundação Clóvis Salgado realiza o projeto PALÁCIO EM SUA COMPANHIA, que disponibiliza ao público, diariamente, a arte dos Corpos Artísticos (Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e Cia. de Dança Palácio das Artes), dos alunos e professores do Cefart e atividades de Cinema e Artes Visuais, por meio do Facebook, Instagram, YouTube e Vimeo.
Cia de Dança Palácio das Artes
Corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a companhia é reconhecida como uma das mais importantes companhias do Brasil e é uma das referências na história da dança em Minas Gerais. Foi o primeiro grupo a ser institucionalizado, durante o governo de Israel Pinheiro, em 1971, com a incorporação dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite – que profissionalizou e projetou a Companhia nacionalmente. O Grupo desenvolve hoje um repertório próprio de dança contemporânea e se integra aos outros corpos artísticos da Fundação – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais – em produções operísticas e espetáculos cênico-musicais realizados pela Instituição ou em parceria com artistas brasileiros. A Companhia tem a pesquisa, a investigação, a diversidade de intérpretes, a cocriação dos bailarinos e a transdisciplinaridade como pilares de sua produção artística. Seus espetáculos estimulam o pensamento crítico e reflexivo em torno das questões contemporâneas, caracterizando-se pelo diálogo entre a tradição e a inovação.
A Fundação Clóvis Salgado é uma entidade vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.