Material, que busca contribuir no enfrentamento da crise, tem como ponto de partida cenários antes, durante e pós-pandemia.
A pandemia da Covid-19 tem causado grandes impactos no setor turístico de Minas Gerais. Desde março, diversas atividades foram paralisadas ou canceladas como medida preventiva para evitar a disseminação do coronavírus no estado. A partir dessa perspectiva, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) elaborou documentos que vão subsidiar a cadeia turística durante o enfrentamento dessa grave crise.
Para a subsecretária de Turismo da Secult, Marina Simião, essa é mais uma iniciativa que visa ampliar o diálogo da pasta com o setor. “Compilar esses dados é fundamental para que nós possamos entender o que está acontecendo e, a partir de então, tomar as medidas necessárias, que vão ter reflexos durante e após a pandemia. É um momento de entender, ouvir, conversar e pensar o que se fazer da melhor forma”, pontua.
Antes e agora
Um desses documentos, intitulado “Panoramas e Tendências para o Turismo em Minas Gerais”, apresenta a atual situação do setor e quais os panoramas e os próximos passos. Elaborado de forma conjunta entre o Núcleo de Pesquisa e Estatística e o Núcleo de Inteligência de Mercado da pasta, o documento tem como objetivo entender como o Turismo estava se comportando antes da pandemia. O compilado reúne os principais indicativos do setor, analisando os impactos imediatos no mercado diante da Covid-19, bem como quais são as principais tendências no mercado.
Por conta das rápidas mudanças no atual contexto turístico, o panorama poderá ser atualizado frequentemente. O material, disponibilizado no site do Observatório do Turismo de Minas Gerais, tem caráter informativo, fornecendo, também, insights para os Empreendedores Turísticos do estado. Ele será apresentado em duas versões, uma com os principais dados levantados pelos núcleos, em versão mais resumida, e a outra, em formato completo.
Já o “Documento Orientador para o Setor do Turismo de MG – Covid-19” servirá como fonte segura de informações relacionadas ao setor, orientando a tomada de decisões e iniciativas a serem promovidas no período pós-isolamento. A intenção é que esse material, que será atualizado periodicamente, unifique, também, ações dos âmbitos federal e estadual, assim como outros materiais que têm sido produzidos por entidades parceiras para informar e orientar os setores público e privado do turismo de Minas Gerais.
Depois da pandemia
Já pensando no cenário do período pós-pandemia no estado, o Núcleo de Pesquisa e Estatística também compilou nesse documento de suporte a segmentação que ocorrerá em cada Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do Turismo. O texto analisa as ondas de recuperação das CNAEs, tendo como base o programa “Minas Consciente – retomando a economia do jeito certo”, iniciativa do Governo de Minas Gerais apresentada em 28 de abril. A proposta é facilitar a leitura do documento, auxiliando o planejamento da retomada de maneira mais assertiva.
O Núcleo de Pesquisa e Estatística da Secult informa que os documentos estão abertos a contribuições e são atualizados constantemente. Assim, será possível obter uma série histórica destes materiais sobre a Covid-19, de maneira a ter conhecimento dos impactos e do caminho para a retomada da atividade e do setor.
Outras iniciativas
Além desses estudos, a Secult tem promovido uma série de ações para auxiliar a recuperação do Turismo em Minas. Entre as propostas já apresentadas pela pasta, estão a adesão à campanha nacional “Não Cancele, Remarque”, com produção de materiais específicos para Minas Gerais; o monitoramento da evolução de impactos da pandemia do Coronavírus no setor, com boletim informativo elaborado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), pesquisas e sondagens com empreendedores turísticos, também realizadas pelo OTMG; além do diálogo conjunto com outras áreas do governo estadual para a divulgação de ações que apoiam o setor, como por exemplo as linhas de crédito facilitadas pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para micro e pequenos empresários.