Protocolo de reabertura foi articulado pela Secult e pelo IEF junto ao comitê de enfrentamento da Covid-19 no governo estadual
Atrativos culturais e naturais ganharão protocolos específicos para reabertura na onda amarela do Minas Consciente, plano criado pelo Governo do Estado para garantir a retomada segura e gradual da economia nos municípios. Museus, galerias, bibliotecas, parques e unidades de conservação deverão seguir a lógica modular, como a que foi implementada para academias de ginástica.
A decisão foi tomada nessa terça-feira (8/9) pelo Grupo Executivo do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes Covid-19), que avaliou as demandas dos setores e a possibilidade de adaptação sanitária dos equipamentos culturais e naturais do Estado. As medidas começam a valer no próximo sábado (12/9), após publicação no Diário Oficial.
O governador Romeu Zema ressaltou que a decisão de antecipar a reabertura para a onda amarela foi tomada após especialistas da Saúde avaliarem que os setores possuem capacidade de se adaptar aos protocolos sanitários e garantir a segurança dos visitantes.
“Já estamos observando um cenário mais controlado da pandemia em Minas Gerais e, com isso, será possível liberarmos algumas atividades. Agora, as macrorregiões que estiverem na onda amarela poderão retomar parcialmente as atividades culturais, desde que estejam dentro dos protocolos de segurança. Assim, museus, parques estaduais e outros patrimônios do Estado poderão ser visitados novamente”, afirmou.
O secretário adjunto da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), Bernardo Silviano Brandão, explica que a pasta, em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), apresentou ao Coes Covid-19 uma proposta de inclusão dos atrativos culturais e naturais na onda amarela do plano. De acordo com ele, a elaboração se deu a partir de protocolos previamente propostos por entidades e profissionais dos setores envolvidos e em alinhamento com as diretrizes do Minas Consciente.
“Nessa onda, os equipamentos culturais e naturais deverão adotar o protocolo geral do plano e realizar a abertura com 50% de sua capacidade. Os setores da cultura e do turismo têm um grande impacto na economia mineira e este movimento demonstra a preocupação do governo estadual com esses setores. Minas abriga mais de 60% do patrimônio cultural do país, o que representa desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda para o povo mineiro. A retomada segura das atividades culturais e turísticas demonstra a eficiência do governo do estado no enfrentamento da pandemia e coloca Minas Gerais como um destino seguro para os turistas de todo o Brasil e do mundo”, ressaltou Brandão.
Confira os protocolos para atrativos culturais:
Confira os protocolos para atrativos naturais:
Ondas
Zema também destacou que o Comitê Executivo Covid-19 decidiu, em reunião nesta quarta-feira (9/9), pelo avanço da macrorregião de Saúde Triângulo do Sul para a onda verde, após avaliar que a localidade possui índices controlados da doença e uma quantidade suficiente de leitos disponíveis. Por outro lado, a macrorregião Triângulo do Norte apresentou aumento no número de casos e, por isso, vai regredir para a onda vermelha..
“Fico muito satisfeito que mais uma macrorregião, que inclui as cidades de Iturama, Frutal e Uberaba, possa ir para a onda verde. Isso reflete uma posição de segurança na localidade em relação à pandemia. Mas ainda temos regiões na onda vermelha, o que nos causa preocupação. Por isso, precisamos levar adiante todas as medidas de prevenção; elas continuam sendo extremamente importantes. O uso de máscara, o distanciamento e a higienização são fundamentais”, ressaltou.
Todas as mudanças definidas pelo Comitê passam a valer no próximo sábado (12/9), após publicação no Diário Oficial.
Municípios
Até esta quarta-feira (9/9), 73% dos municípios mineiros (622) aderiram ao plano Minas Consciente, impactando quase 14 milhões de pessoas.
Entre as 732 cidades com menos de 30 mil habitantes, 435 apresentaram menos de 50 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Assim, elas estão autorizadas a avançar automaticamente para a onda amarela do plano, independentemente da situação das macro ou microrregiões nas quais estão inseridas.
Onda Vermelha
As macrorregiões de Saúde Triângulo do Norte, Noroeste e Nordeste estão na onda vermelha do plano. Portanto, nesses locais está autorizada a abertura dos seguintes serviços:
Supermercados, padarias, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência;
- Bares (somente para delivery ou retirada no balcão);
- Açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros;
- Serviços de ambulantes de alimentação;
- Farmácias, drogarias, lojas de cosméticos, lavanderias, pet shop;
- Bancos, casas lotéricas, cooperativas de crédito;
- Vigilância e segurança privada;
- Serviços de reparo e manutenção;
- Lojas de informática e aparelhos de comunicação;
- Hotéis, motéis, campings, alojamentos e pensões;
- Construção civil e obras de infraestrutura;
- Comércio de veículos, peças e acessórios automotores.
Onda Amarela
As macrorregiões de Saúde Centro, Vale do Aço, Jequitinhonha, Leste, Oeste, Sul, Centro-Sul, Sudeste e Leste do Sul apresentaram índices favoráveis para a abertura de serviços não essenciais, contemplados pela onda amarela.
Nesta fase, são permitidos:
- Bares (consumo no local)
;- Autoescolas e cursos de pilotagem;
- Salões de beleza e atividades de estética;
- Comércio de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo;
- Papelarias, lojas de livros, discos e revistas;
- Lojas de roupas, bijuterias, joias, calçados, e artigos de viagem;
- Comércio de itens de cama, mesa e banho;
- Lojas de móveis e lustres;
- Imobiliárias;
- Lojas de departamento e duty free;
- Lojas de brinquedos;
- Academias (com restrições)
- Agências de viagem
- Clubes
- Bibliotecas, museus, galerias, arquivos (com restrições)
- Parques estaduais, unidades de conservação, zoológicos e jardins (com restrições)
Onda verde
As macrorregiões Norte e Triângulo do Sul apresentaram quadros controlados da doença após passarem 28 dias na onda amarela* e, por isso, avançaram para a onda verde, que permite a abertura de serviços não essenciais com alto risco de contágio.
São eles:
- Atividades artísticas, como produção teatral, musical e de dança e circo
- Cinemas- Feiras, congressos, exposições, filmagens de festas, casas de festas, bufê
- Parques de diversão, discotecas, boliches, sinuca
- Bares com entretenimento (shows e espetáculos)
- Serviços de colocação de piercings e tatuagens
*Para avançar para a onda verde, as cidades precisam estar há 28 dias consecutivos na onda amarela, sem sofrer retrocessos durante esse período.
Microrregiões
Além das macrorregiões, os dados das 67 microrregiões mineiras são considerados pelo Comitê Executivo Covid-19, permitindo que elas sejam divididas por ondas, conforme as realidades específicas. Caso as ondas indicadas para as macro e microrregiões sejam diferentes, caberá a cada prefeito optar por qual das duas recomendações seguir.
Confira aqui a planilha com os municípios incluídos nas microrregiões.