Com regência do maestro Fabio Mechetti e solo do Principal Contrabaixista da Orquestra, Neto Bellotto, que interpretará o Concerto para contrabaixo nº 1 de Bottesini, apresentações também destacam Schubert e Beethoven
A abertura da nova temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais será nos dias 4 e 5 de março, às 20h30, na Sala Minas Gerais, em concerto regido pelo maestro Fabio Mechetti e que terá como solista o Principal Contrabaixista da Orquestra, Neto Bellotto. O programa terá a célebre e revigorante Quinta Sinfonia de Beethoven; Rosamunda: Abertura, D. 644, de Schubert e o desafiador Concerto para contrabaixo nº 1 de Bottesini, nos 200 anos do compositor italiano, que será interpretado por Bellotto. As apresentações terão presença de público, sendo que a venda de ingressos estará disponível somente para a apresentação de sexta-feira (5/3), a partir das 15h do dia 4, no site www.filarmonica.art.br ou na bilheteria da Sala Minas Gerais.
O concerto do dia 4 (quinta-feira) terá transmissão ao vivo aberta a todo o público pelo canal da Filarmônica no YouTube.
Segundo o maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, “damos início à nossa décima quarta temporada apostando numa programação que reflete nossa perspectiva de otimismo ao longo deste ano. Pensada para ser desenvolvida paralelamente ao retorno gradativo à normalidade, a Temporada 2021 mostrará a força transformadora da boa música sinfônica através de um repertório estimulante, cativante e com solistas de grande relevância, desde nossos próprios talentosos músicos a nomes internacionais consagrados. Como exemplo, o concerto que abre a temporada, em 4 de março, contará com a presença de nosso Principal Contrabaixista, Neto Bellotto, executando o desafiador Concerto nº 1 de Bottesini (comemorando seus 200 anos de nascimento), e será encerrado com a intensa energia positiva que caracteriza a Quinta Sinfonia de Beethoven. Nossa programação revisitará mais uma vez as sinfonias de Beethoven, assim como celebrará importantes datas, como os 125 anos da morte de Carlos Gomes, os 100 de morte de Saint-Saëns e os 50 anos de morte de Stravinsky. Esperamos contar com a participação de todos, torcendo para que, ao longo do ano, possamos nos reaproximar cada vez mais de nosso público.”
Um rigoroso protocolo de segurança orienta a realização dos concertos para garantir a saúde do público, dos musicistas e da equipe técnica, como a limitação da presença de, no máximo, 393 pessoas por apresentação, o que corresponde a cerca de 26% da capacidade total da Sala (1.493 lugares). Além disso, o público terá sua temperatura medida antes do acesso à Sala Minas Gerais e será obrigatório o uso de máscara por todo o período de permanência no espaço.
Durante as apresentações, haverá um intervalo de 20 minutos, quando serão realizados os Concertos Comentados, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. A curadoria do projeto é de Werner Silveira, percussionista da Filarmônica, e o convidado dos concertos de 4 e 5/3 é Valdir Claudino, contrabaixista e professor da Escola da Música da Universidade do Estado de Minas Gerais. Claudino foi instrumentista da Filarmônica.
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Cemig e Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Repertório
Franz Schubert (Viena, Áustria, 1797 – Viena, Áustria, 1828) e a obra Rosamunda: Abertura, D. 644 (1820)
Quase dois séculos se passaram após a morte de Schubert, e inúmeras questões sobre seu repertório permanecem sem resposta. Peça fundamental do repertório sinfônico ocidental, a Abertura Rosamunda se confunde com outra obra de mesmo nome assinada por Schubert. A partitura em questão foi composta entre abril e agosto de 1820, em Viena, para a peça A harpa encantada, brevemente encenada em agosto, gerando críticas negativas e elogios mistos para Schubert. Uma outra Rosamunda, desta vez a D. 797, serviu como abertura para a ópera Alfonso e Estrella.
Giovanni Bottesini (Crema, Itália, 1821 – Parma, Itália, 1889) e a obra Concerto para contrabaixo nº 1 em fá sustenido menor (1892)
Por mais notável que tenha sido sua contribuição como diretor do Conservatório de Parma (onde ficou até sua morte), é no contrabaixo que encontramos a célebre contribuição de Giovanni Bottesini. Admirado por seus contemporâneos, Bottesini encontrou em seu Primeiro Concerto a medida perfeita entre o virtuosismo e suas constantes visitas ao fosso de orquestra no papel de regente. Ainda que seja mais do que um hábil exercício de instrumento, o Concerto para contrabaixo nº 1 em fá sustenido menor é também uma obra de superlativos: é, certamente, a última e mais madura, longa e difícil composição para contrabaixo do compositor italiano. Depois de ter sido tocada em Lausanne e Baden-Baden pelo próprio Bottesini em 1878, a peça desapareceu das programações das salas de concertos por mais de cem anos, devido aos altos requisitos técnicos que ela demanda.
Ludwig van Beethoven (Bonn, Alemanha, 1770 – Viena, Áustria, 1827) e a obra Sinfonia nº 5 em dó menor, op. 67 (1807/1808)
Embora os muitos esboços da Quinta Sinfonia datem já do início de 1804, Beethoven trabalhou assiduamente na obra apenas em 1807 e terminou a composição no início de 1808. Foi executada, pela primeira vez, no dia 22 de dezembro de 1808, no Theater an der Wien, por um grupo de músicos recrutados para a ocasião, sob a regência do próprio Beethoven. Nesse célebre concerto em que foram estreadas várias obras importantes e longas, Beethoven ainda sentou-se ao piano para uma série de improvisações.
PROGRAMA
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Série Allegro
4 de março – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
5 de março – 20h30
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Neto Bellotto, contrabaixo