Ambiente digital desenvolvido pela pasta tem garantido mais sustentabilidade e dinamismo na coleta e organização de informações sobre o setor no Estado
As políticas públicas elaboradas pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para o segmento turístico em Minas Gerais foram destaque de um encontro virtual realizado pela Rede Brasileira de Observatórios do Turismo (RBOT). No primeiro episódio da série “Dialogando com RBOT”, nesta quinta-feira (25/2), com o tema “Inventariação Turística”, a superintendente de Políticas do Turismo da Secult, Flávia Ribeiro, apresentou aos participantes a Plataforma Integrada de Turismo (PIT), ambiente virtual otimizado para a gestão e o planejamento das atividades turísticas dos municípios mineiros.
O evento também contou com a presença de outros especialistas e profissionais do setor, que abordaram suas experiências em gestão, como a secretária de Turismo e Cultura de Santa Luzia (MG), Joanna Coelho; o interlocutor estadual do programa de Regionalização do turismo e superintendente interino de Política do Turismo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), Diego Orsini; e o gestor do Circuito dos Diamantes, Éthany da Cunha. A mediação foi de Júlia Boroni, do Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), que integra a Secult.
Gestão
Experiência bem sucedida em gestão e sustentabilidade, a Plataforma Integrada de Turismo (PIT) foi desenvolvida pela Secult, por meio da Superintendência de Políticas do Turismo (SPT), com objetivo de permitir o gerenciamento eletrônico das informações turísticas dos municípios mineiros por meio da adaptação da metodologia do Inventário da Oferta Turística. Esses dados condensados permitiram a elaboração do portal Minas Gerais, que reúne informações sobre os diversos municípios do estado.
Para Flávia Ribeiro, a implantação da plataforma possibilitou maior dinamismo no processamento dos dados, como também da disponibilização e tratamento para fins de planejamento e promoção turística das informações fornecidas por municípios e Instâncias de Governança (IGRs). “Antes da plataforma, os inventários eram entregues em papel. Esse grande volume de documentos tornava o trabalho intangível. Com a plataforma, nós conseguimos condensar um número enorme de informações de forma mais objetiva, garantindo uma informação mais sistêmica e acessível”, disse Flávia.
A superintendente também destacou outras alternativas para a inventariação turística por meio da PIT. “Acrescentamos um formulário sobre Gastronomia na plataforma que permite ao gestor inserir informações sobre a gastronomia local e/ou regional. Com a consolidação do Plano de Desenvolvimento da Cozinha Mineira, essa ferramenta vai facilitar muito o nosso trabalho no levantamento de informações relevantes sobre a gastronomia em Minas”.
Informações relevantes ao visitante também foram dinamizadas por meio da plataforma. Com a pandemia de Covid-19, os próprios gestores turísticos puderam alterar ou acrescentar informações sobre protocolos de segurança. Por meio de um formulário do turismo consciente, o município fornece ao público notificações sobre funcionamento de empreendimentos turísticos segundo as determinações do Programa Minas Consciente.
Inspiração para além de Minas Gerais
Os bons resultados alcançados com a implantação da PIT em Minas Gerais despertaram o interesse de outras unidades da Federação. O estado do Mato Grosso, na Região Centro-Oeste do país, por exemplo, é o primeiro a utilizar a plataforma para a inventariação turística, a partir da expertise da Secult-MG. Informações sobre empreendimentos, atrações e destinos foram compiladas no portal Descubra Mato Grosso.
E as mudanças que a implantação da plataforma trouxe é um dos pontos mais positivos, como destaca Diego Orsini, da Sedec-MT. Para ele, apesar de o estado ainda estar no processo inicial da gestão da plataforma, o ambiente virtual permitiu um entendimento maior sobre a importância da inventariação turística.
O turismo é um setor complexo, necessita de um conhecimento mais profundo. A Plataforma desenvolvida por Minas Gerais e compartilhada conosco nos ajudou a ter uma visão muito ampla de nosso território. Passamos a olhar para essa cadeia com um viés ainda mais complexo e, assim, estamos entendendo o que podemos ofertar para o visitante. Conseguir organizar, sistematizar e disponibizar todas essas informações é o início de um trabalho muito importante para a cadeia turística em Mato Grosso”, pontuou o gestor.
O objetivo do projeto Dialogado com RBOT é promover o diálogo entre especialistas e profissionais de turismo para tratar de assuntos relevantes para o setor no Brasil. Estão programados outros quatro episódios, que serão transmitidos no canal do Youtube da Rede Brasileira de Observatórios de Turismo, sempre na última quinta-feira de cada mês. Os próximos temas são: Novas diretrizes do Programa da Regionalização do Turismo Brasileiro, Tecnologia e Turismo, Cenário e Tendências - Turismo de proximidade no Brasil e Mulheres no Turismo no Brasil.
A íntegra da apresentação está disponível AQUI.