Apresentar uma parte da história da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, preservando e difundindo a memória dessas instituições. Com essa premissa foi criado o Museu dos Militares Mineiros, espaço cultural integrante do Circuito Liberdade, sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e que comemora sete anos nesta sexta-feira (19/3). São mais de 800 itens no acervo, sendo cerca de 30% deles permanentemente em exposição para os visitantes.
Localizado na Rua Aimorés, 698, na capital mineira, o museu foi inaugurado em 2014, após demanda pela organização de acervos públicos e particulares existentes. De acordo com o analista de gestão do governo, Rodrigo Faleiro, tudo está inventariado, identificado e acondicionado de maneira adequada para preservar a memória dessas duas instituições.
“O museu cumpre uma missão pública e institucional de preservar a história dos militares. A PM e os Bombeiros detêm um acervo de qualidade que deve ser exposto para a sociedade, promovendo o diálogo entre a população e visitantes com essas instituições, principalmente sobre o papel desses profissionais no exercício da função, que é de manter a segurança e amparar a sociedade de maneira social e educativa”, ressalta.
Entre os itens do acervo estão uniformes, medalhas, armamentos, fotografias, instrumentos musicais, viaturas e equipamentos de campanhas, além de alguns documentos importantes não só para as corporações, mas para a cultura de Minas. “O acervo do museu é rico para quem deseja conhecer mais sobre a história da PMMG, que se mistura com a própria história do Brasil, pois é a mais antiga do país, tendo sido criada em 1775”, explica Rodrigo Faleiro.
O Museu dos Militares Mineiros conta, por exemplo, com um documento original de Tiradentes, que é o mártir da Polícia Militar de Minas, e um documento assinado por Dom Pedro II, representante dos Bombeiros. Outro destaque no museu são os depoimentos em vídeo de militares e também de pessoas que vieram experiências de salvamento marcantes com bombeiros e policiais, uma maneira de humanizar o trabalho dessas instituições.
Em fevereiro deste ano, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, e o comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Coronel Rodrigo Rodrigues, assinaram termo de cessão de 685 bens móveis de propriedade da Polícia Militar, para guarda e exposição no Museu dos Militares Mineiros. O documento também regulariza o inventário do espaço e reforça a importância da conservação, preservação e divulgação do acervo para a população, cumprindo o papel primordial das instituições museológicas.
De acordo com o secretário Leônidas Oliveira, o acervo do museu preserva a memória das corporações e representa a história de Minas Gerais. “A história da polícia militar em Minas se confunde com a do próprio Brasil, sendo a nossa instituição pioneira. O museu possui esse papel, de resgate da história, valorização dos bens materiais e imateriais da corporação. É um museu onde se interpreta, à luz da história de Minas, a polícia como uma instituição na qual desde a música, a proteção as pessoas e até a salvaguarda do patrimônio cultural são preponderantes”.
O prédio onde está localizado o museu abrigava anteriormente a sede da Justiça Militar do Estado e é tombado pelo patrimônio histórico de Belo Horizonte. Como os demais espaços culturais da Secult, o museu permanece fechado para visitação devido às restrições impostas pela pandemia. No entanto, é possível conhecer mais sobre o acervo e a história do Museus dos Militares Mineiros virtualmente, nas redes sociais da instituição.