A Fundação Clóvis Salgado apresenta, no Cine Humberto Mauro, do Palácio das Artes, a maior mostra de Charles Chaplin já feita no Brasil. De 10 de agosto a 6 de setembro todos os filmes realizados pelo ator e cineasta britânico serão exibidos.
Para acompanhar os filmes, há uma programação complementar com palestras; debate; uma conferência ministrada pelo crítico francês Jean Douchet; o lançamento de um catálogo com textos inéditos sobre a grande obra do artista; e um curso com Jonathan Rosenbaum, um dos mais importantes críticos de cinema do mundo que visita o Brasil pela primeira vez.
São 87 filmes ao longo desses 27 dias: 13 longas-metragens e 74 curtas e médias-metragens. A mostra abre com o filme “Luzes da Cidade”, exibido no Parque Municipal Américo Renné Gianetti. O curador dessa programação dedicada a Chaplin é o Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado, Rafael Ciccarini.
Charles Chaplin
Desde a infância até sua maturidade, Chaplin vivencia um contexto de miséria, abandono e fome. Na vida amorosa, o artista também não fora bem resolvido; essas características se refletiram nos personagens que criou. Exemplo claro dessa tradução de si mesmo em seres fictícios é o personagem Carlitos, sua mais notória criação.
As adversidades da vida humana sempre foram retratadas por Chaplin num ângulo doce e inteligente, adjetivos esses que ocasionaram a consagração dele como um dos grandes artistas de todos os tempos. Prova do seu sucesso são os vários Oscars e condecorações que Chaplin recebeu em sua trajetória profissional.
Além de ator, diretor, roteirista e produtor de trilhas sonoras, Chaplin teve a sua própria produtora, a United Artists, inaugurada em 1919.