A Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e a Fundação Clóvis Salgado lamentam profundamente o falecimento na noite dessa segunda-feira, dia 17 de setembro, do cenógrafo e figurinista Raul Belém Machado, aos 70 anos.
Dentre inúmeras e importantes contribuições para as artes, destaca-se sua atuação à frente do Centro Técnico de Produção da Fundação Clóvis Salgado (CTP), onde foi coordenador artístico e criou cenários e figurinos inovadores e marcantes para a profissionalização do teatro no Estado. Sua contribuição para a Fundação Clóvis Salgado teve amplo e inesgotável alcance. Além de sua atuação no CTP, lecionou no Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (Cefar) entre 1989 e 2011 como professor de caracterização cênica. Entre suas criações na FCS, onde ingressou em 1982, destacam-se cenários de óperas como “Aída” (2001), “O Guarani” (2002) e “Turandot” (2004); além de espetáculos dos corpos artísticos da instituição, como "Aquarius" (1984) e “De buscas e solidão” (1991), da Cia. de Dança Palácio das Artes (1984); e produções do Cefar.
Nascido em Araguari, no Triângulo Mineiro, Raul Belém Machado era filho de uma pianista e animadora cultural. Com isso, teve contato com as artes desde a infância. Mudou-se para Belo Horizonte em 1964, quando ingressou no curso de Arquitetura na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Seu primeiro trabalho como cenógrafo foi realizado em 1968, na produção do espetáculo “Procura-se Uma Rosa”, de Gláucio Gil.