A união de forças das três instâncias da administração pública: federal, estadual e municipal, em prol da restauração do Museu Mariano Procópio, localizado na cidade de Juiz de Fora, Zona da Mata de Minas Gerais, já surte efeitos positivos. O investimento do Governo de Minas no espaço será por meio da Secretaria de Estado de Cultura e totalizará um valor de R$5 milhões.
O Museu, que guarda rico acervo do Brasil Império, já está em fase de obras para que, tão logo seja possível, reabra as suas portas à visitação. Nessa primeira etapa os esforços do Governo de Minas estão concentrados na reforma do prédio Villa Ferreira Lage, que já está com as obras em estágio avançado. Segundo a Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, “essa gestão direcionada favorece a reabertura mais rápida da edificação.”
A atuação na restauração do Mariano Procópio é através de uma frente de trabalho formada pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), Governo de Minas e Prefeitura Municipal de Juiz de Fora. A gestão da obra é da Prefeitura de Juiz de Fora. O Governo de Minas está participando de um núcleo gestor que busca viabilizar as obras, acompanhá-las e encontrar outras fontes de recursos, com vistas à conclusão de toda a reforma e reabertura do Museu Mariano Procópio.
Recentemente, o Governo Federal anunciou o repasse de mais R$ 2 milhões de reais para este equipamento cultural do Estado.
Museu Mariano Procópio
A relevância nacional e internacional do Museu Mariano Procópio se dá pelo seu rico acervo do Brasil Império, reunido pelo colecionador de arte Alfredo Ferreira Lage. Na casa estão os trajes da coroação, da maioridade e do casamento de Dom Pedro II, além da indumentária de Corte da Princesa Isabel.
Há também esculturas do século XIX de artistas como Marius, Rodolfo Bernardelli, Clodion, Jean Mercié, José Otávio Correia Lima e Jean Mercié. Peças mobiliárias do século XVI ao XIX, adquiridas do Palácio de São Cristóvão, no Rio, também compõem o acervo.
Pinturas de franceses como Charles Daubgny e Jean Fragonard, do holandês Willem Roelofs e de artistas brasileiros como Pedro Américo e Rodolfo Amoedo, inclusive a obra-prima de Pedro Américo ‘Tiradentes supliciado’, que foi restaurada recentemente, adornavam as paredes do museu Mariano Procópio.
Além do valor cultural imanente ao acervo, também os jardins do museu que foram cenários dos passeios vespertinos da família real, carregam sua relevância histórica. Todas essas peculiaridades fazem do museu de Juiz de Fora o segundo maior acervo do Brasil Império.