A Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), realiza no próximo dia 16 de outubro a cerimônia de premiação dos vencedores do ‘Prêmio Fundação Clóvis Salgado de Estímulo às Artes Cênicas’, edição 2013.
Entregarão os certificados aos vencedores a Secretária de Estado de Cultura de Minas Gerais, Eliane Parreiras, e a presidente da FCS, Fernanda Machado.
De acordo com o edital, os prêmios variam entre R$30 mil e R$ 70 mil para os projetos contemplados, sendo quatro inéditos de Belo Horizonte, na categoria Montagem Teatro e Dança, e um do interior de Minas, na categoria Circulação , já encenado anteriormente.
Na categoria Montagem – Teatro e Dança, venceram os proponentes: Variável Cinco Produções Artísticas e Sérgio Leite Souza Penna; no Prêmio Marcelo Castilho Avellar – Teatro e Dança, venceram: Fabiane Aguiar e Cristiane Marques de Oliveira; e na categoria Circulação – Teatro, venceu: Jeane Doucas, de Viçosa.
Para a Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, “esse Prêmio, que promove uma real interlocução cultural, atesta o compromisso do Estado com o fomento às artes cênicas, bem como com o fortalecimento da missão da Fundação Clóvis Salgado”.
Para Fernanda Machado, presidente da FCS, o fomento às artes é uma diretriz primordial de atuação da Fundação e é função da Instituição criar instrumentos públicos e democráticos que permitam aos artistas criar, produzir e exibir suas obras. “Com o Prêmio Estímulo, o Palácio das Artes recebe artistas e público para a imersão em novas criações e experimentações do fazer artístico”.
O Prêmio Estímulo integra a política de fomento às Artes Cênicas da Fundação Clóvis Salgado. Entre seus objetivos está o de incentivar a criação, a montagem e a circulação de espetáculos de teatro e de dança. Desde que foi criado, importantes espetáculos foram contemplados com o edital e obtiveram sucesso de público e crítica, como ‘Bolsa Amarela’, da Zero Cia de Bonecos, ‘Todas as belezas do mundo’, da Companhia Clara, e ‘Amores surdos’, do grupo Espanca!, entre outros.
Monólogo reflete sobre vida e morte – O espetáculo ‘Se Eu estou aqui, Eu Posso Estar Ali’?’ inicia a temporada de apresentações dos cinco agraciados com o Prêmio Estimulo às Artes Cênicas.
Concebido pela atriz Jeane Doucas entre 2007 e 2008, ‘Se Eu Estou Aqui, Eu Posso Estar Ali?’ é um monólogo que reflete sobre as diferentes relações que as pessoas estabelecem com a morte, seja com a perda de um ente querido ou diante da possibilidade do fim da própria vida.
O espetáculo é o resultado de uma pesquisa realizada pela atriz e autora que envolve experiências próprias e observações realizadas em países como Alemanha e Grécia e já foi apresentado em Belo Horizonte, Uberlândia e em Atenas. “A peça foi concebida a partir de uma construção de partitura, sem linearidade. “Eu comecei a pensar no espetáculo quando estudava Tragédia Grega, na Grécia. Assim, logo que ele ficou pronto, mostrei para os meus professores e eles me convidaram a apresentar em Atenas”, revela Jeane Doucas.
Para orientar a narrativa, a autora tem como base textos de diferentes poetas, como o grego Konstantino Kavafi e também criações próprias. E, buscando dar mais destaque ao trabalho do ator, Jeane optou por cenário e figurinos simples. O espetáculo conta ainda com recursos multimídia e uma trilha sonora com gravação especial de Chavela Vargas para a música Gracias a La Vida, de Mercedes Sosa.