Minas Gerais celebra, após 40 anos de buscas, o retorno da escultura “Samaritana” para Ouro Preto. A notícia foi recebida ontem (10/9), com grande entusiasmo, pela Superintendência de Museus e Artes Visuais, órgão da Secretaria de Estado de Cultura, colaboradora dos Ministérios Públicos Estadual e Federal na recuperação desta obra de arte. A notícia antecipa as comemorações do Dia do Barroco e bicentenário da morte do mestre do barroco mineiro (18 de Novembro), Antônio Francisco Lisboa - o Aleijadinho.
“Estávamos empenhados em reencontrar esta obra, que tem grande significado para a arte do nosso Estado. A ‘Samaritana’ é um patrimônio público inestimável. O entalhe primoroso do mestre Aleijadinho, e o uso da pedra-sabão, tão pertinente às obras deste grande artista mineiro, completam o conjunto arquitetônico da edificação que abriga o Museu Casa Guignard.”, celebra Márcia Renó, Superintendente de Museus e Artes Visuais.
A Samaritana compõe um chafariz, que fica localizado no pátio interno do Museu Casa Guignard, criado em 1987, pelo Governo de Minas. A escultura em pedra-sabão, tombada em 1938 pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foi encontrada em uma residência particular na região da Pampulha, em Belo Horizonte, e reconduzida a Ouro Preto pelo Ministério Público.
O Museu Casa Guignard, local de origem da ´Samaritana´, já se prepara novamente para acolher essa preciosa escultura. Segundo informações da Superintendente Márcia Renó, o “encontro da ´Samaritana´ não poderia acontecer em momento mais oportuno. Já estão sendo avaliados projetos para restauração da Casa Guignard, recuperação do chafariz (nicho onde fica a ‘Samaritana’), bem como para reforço do consistente sistema de segurança de que já dispõe o Museu.”. A expectativa do Governo de Minas é de que a obra seja reinstalada para recompor a edificação o mais breve possível. Até definições do IPHAN, a obra ficará sob a guarda do Museu da Inconfidência.