O Centro de Arte Popular – Cemig, instituição vinculada à Superintendência de Museus e Artes Visuais da Secretaria de Estado de Cultura, inaugura, na Sala de Exposições Temporárias, no dia 13 de novembro (quinta-feira), às 19h, a mostra– Família Julião. A visitação para o público começa na sexta-feira, 14 de novembro e vai até 15 de fevereiro de 2015. A entrada é gratuita.
O acervo é proveniente da coleção pessoal de Maria Amélia Dornelles, também curadora da exposição, e de outros colecionadores particulares. Maria Amélia selecionou cerca de 40 peças, entre elas colunas das mais variadas formas - fechadas e vazadas, árvores, castiçais, presépios, namoradeiras e imagens de animais diversos; conjunto de obras que corresponde a uma produção de aproximadamente trinta anos, da década de 1980, até os dias atuais.
A exposição Família Julião reúne esculturas em madeira esculpidas por Itamar, Vicentina, Antônio, Maria, João, Juliana, Ari, Osmar, Anésio e Márcio Julião. Trata-se de filhos e netos de José e Pedro de Pádua Lisboa, ambos filhos de Antônio Julião - o Julião Boiadeiro.
Sobre Julião
Na sua lida com a madeira, Julião serrava as réguas para montar currais e cabos de arreio na zona rural de Prados, município vizinho a São João del-Rei, localizado a 186 km de Belo Horizonte. O filho de Julião Boiadeiro, Zezinho Julião, carpinteiro, fabricante de cabeças de arreio e caibro, ensinou aos seus nove filhos a técnica de trabalhar com a madeira. Um deles, Itamar Julião, se tornou reconhecido pela criação de leões, macacos e colunas monumentais, trabalho exposto na Pinacoteca de São Paulo.
Na década de 1980, Prados já se despontava como município ligado à cultura, com a lira Ceciliana, no artesanato, a fabricação de artigos em couro e a tecelagem. Atualmente, a profusão da produção em madeira na região mobiliza diversos artesãos e fabricantes, lançando mão de uma criação em série de diversos trabalhos, o que coloca a zona rural, em especial a Vila Carassa, como centro produtor de obras em madeira.
As obras da família Julião já integraram a mostra Brésil, Arts Populaires (Grand Palais, Paris, 1987, a Mostra do Redescobrimento (Fundação Blenal de SP, 2000) e também fazem parte do acervo de museus de arte popular corno o Museu de Folclore Edison Carneiro e a Casa do Pontal, ambos no Rio de Janeiro.
SERVIÇO
Abertura Exposição: Família Julião
Período da Exposição: 14 de novembro de 2014 a 15 de fevereiro de 2015
Entrada: Gratuita
Horário de funcionamento do Centro de Arte Popular - Cemig:
Terças, quartas e sextas-feiras: 10h às 19h
Quintas-feiras: 12h às 21h
Sábados e Domingos: 12h às 19h
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608 - Bairro Funcionários – Belo Horizonte/MG
Informações: (31) 3222-3231 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.