A literatura brasileira perdeu, nessa semana, dois dos seus nomes mais importantes. O filósofo Leandro Konder e o poeta Manoel Barros deixaram obras inestimáveis para a cultura brasileira.
Leandro Konder morreu na quarta-feira (12), aos 78 anos. Reconhecido como um dos autores brasileiros mais presentes nos estudos sobre Karl Marx, Konder sofria de Parkinson. Entre os seus principais títulos publicados estão "Sobre o amor", "Em torno de Marz" e "As artes da palavra". O pensador fazia parte de um grupo formado, há 15 anos, por intelectuais, os Comuníadas (“comunistas” com Os Lusíadas , de Camões), que se reunia uma vez por mês para discutir literatura e a arte.
Aos 97 anos, Manoel de Barros faleceu nessa manhã (13), após uma cirurgia no intestino. Barros publicou seu primeiro livro, "Poemas concebidos sem pecado", em 1937. Seu último volume foi "Escritos em verbal de ave" de 2011. O poeta ganhou em 1966 o prêmio nacional de poesias com "Gramática Expositiva do Chão". Em 1998, levou o Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura. Ao longo dos 70 anos como escritor, ganhou o Prêmio Jabuti duas vezes com as obras "O guardador de águas" (1989) e "O fazedor de amanhecer" (2001). Em 2000, foi ainda premiado pela Academia Brasileira de Letras.