
Crédito: Renato Cobucci
A noite de sábado (13/12) foi uma mostra do que a música erudita viverá a partir de agora em Minas Gerais. Com a presença da Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, dos Governadores Alberto Pinto Coelho e Anastasia, entre outras autoridades, o ensaio experimental da Orquestra Filarmônica na Sala de Concertos Minas Gerais comprovou que o Estado está pronto para ser inserido no circuito internacional de apresentações de músicas sinfônicas. Com uma bela apresentação, aperfeiçoada pela acústica especial da nova sala, a Orquestra emocionou os convidados.
A Sala Minas Gerais faz parte da Estação da Cultura Presidente Itamar Franco, em Belo Horizonte, e será, a partir do próximo ano, a nova sede da Filarmônica, garantindo mais qualidade do trabalho dos músicos e um número maior de apresentações ao público.
O maestro Fábio Mechetti destacou que o maior diferencial da sala é ter sido projetada especialmente para abrigar ensaios e apresentações de música clássica. “Tivemos a oportunidade de desenhar esta sala. Ela foi concebida partindo do zero e isso permitirá que ela receba qualquer tipo de apresentação de orquestra, desde as maiores com 110 integrantes, até orquestras barrocas e grupos de câmaras”, frisa.
A disposição da sala garante grande proximidade entre o público e o palco. Além disso, há lugares disponíveis na parte de trás do palco, que serão utilizados para apresentações com corais, mas também para receber o público que, neste caso, ficará de frente para o maestro, numa experiência nova.
O novo espaço também é um presente para o público. São 1.477 lugares, com maior conforto e uma qualidade de som equivalente às das melhores do mundo. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto do interior da Sala Minas Gerais, José Nepomuceno, a concepção do espaço foi feita depois de uma longa pesquisa sobre as principais salas do mundo. Entretanto, ressaltou que a inspiração veio da música da própria Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
A Secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, destaca o peso cultural do novo complexo. “Com a Estação da Cultura, Minas desponta, nacional e internacionalmente, como referência no cenário da música erudita. Este novo equipamento contribui para atender a uma necessidade da classe artística, que é ampliar ainda mais a infraestrutura cultural de Minas Gerais, para que possamos absorver e ampliar a oferta de produções de qualidade para a população. Além disso, o estado não só ganha uma sala de excelência, mas contribui para o fortalecimento institucional de duas grandes emissoras públicas do estado, reconhecidas e valorizadas pelos mineiros por suas programações de qualidade”, afirma a Secretária.
Crédito: Renato Cobucci
Ensaio experimental
A apresentação da noite deste sábado, embora fosse ainda um ensaio experimental, encantou os convidados. Os músicos foram aplaudidos de pé por vários minutos.
O violonista Juarez Moreira saiu da apresentação encantado e emocionado. “Estive recentemente na Europa e assisti a dois concertos. E agora vejo em Belo Horizonte, minha cidade, uma apresentação num espaço que não deve nada aos europeus. É uma realização para nós mineiros e uma mudança de paradigma para a música mineira”, afirmou.
O governador Alberto Pinto Coelho e o ex-governador Antonio Anastasia foram homenageados, recebendo cópia das partituras das peças executadas no primeiro ensaio experimental da Orquestra Filarmônica, na Sala Minas Gerais.
A Estação da Cultura Presidente Itamar Franco é uma das maiores obras de infraestrutura voltadas para a cultura realizadas nos últimos tempos e vai abrigar ainda a TV Minas e a Rádio Inconfidência.