Com regência do maestro Fabio Mechetti, Orquestra une repertórios clássico, romântico e moderno
Exemplo do talento da nova geração internacional de solistas, a pianista mexicana Daniela Liebman se apresenta pela primeira vez com a Filarmônica de Minas Gerais e interpreta o Concerto para piano nº 22 em Mi bemol maior, de Mozart. No mesmo programa, a descontraída Sinfonieta de Poulenc se contrapõe à dramática Abertura Manfredo de Schumann. As apresentações serão nos dias 12 e 13 de maio, às 20h30, na Sala Minas Gerais, e a regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais. A capacidade da Sala é de 1.493 lugares.
De acordo com o novo decreto da Prefeitura de Belo Horizonte (nº 17.943), publicado no dia 28 de abril de 2022, com orientações sobre a prevenção da covid-19 em ambientes fechados, o uso de máscara torna-se opcional na Sala Minas Gerais. Veja mais orientações no “Guia de Acesso à Sala”, no site da Orquestra: fil.mg/acessoasala.
Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Gerdau, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Daniela Liebman, piano
Daniela Liebman rapidamente se estabeleceu como uma artista de eloquência, elegância e nuance. Nascida em Guadalajara, México, começou seus estudos no piano aos cinco anos e fez sua estreia aos oito com a Sinfônica de Aguascalientes. Como solista, já se apresentou com mais de vinte e cinco orquestras em quatro continentes, como as sinfônicas Nacional do Equador, Nacional do México, Nacional de Bogotá, Fladamex e Michoacan, e as filarmônicas de Ontário, Orlando, Jalisco, Boca del Río e da Cidade do México. Seu trabalho camerístico teve destaque ao estrear no Palacio de Bellas Artes, na Cidade do México, com as apresentações de Shostakovich e de Mozart com a Orquestra de Câmara de Bellas Artes. Em Nova York, apresentou-se no Carnegie Hall com a Orquestra de Câmara Park Avenue. Artista internacional Yamaha, estreou nas gravações em 2018 com o lançamento de seu disco homônimo. Atualmente, Daniela estuda na Juilliard School na classe de Yoheved Kaplinsk.
Repertório
Wolfgang Amadeus Mozart (Salzburgo, Áustria, 1756 – Viena, Áustria, 1791) e a obra Concerto para piano nº 22 em Mi bemol maior, K. 482 (1785)
No fim de 1785 e início de 1786, enquanto trabalhava na partitura de As bodas de Fígaro, Mozart escreveu três concertos para piano. Trabalhos pertencentes ao momento mais produtivo de toda a vida do compositor, os concertos para piano eram a ocasião ideal para o público acompanhar a interseção de seu lado compositor com sua face pianista. Desde sua mudança para Viena, em 1782, até 1786, Mozart escreveu nada menos que quinze obras do tipo, pois seu sustento financeiro dependia das apresentações. E o frescor das apresentações dependia, por sua vez, de obras inéditas. Justamente por razões financeiras, Mozart agendou três apresentações ao fim de dezembro de 1786. O Concerto para piano nº 22 foi terminado no dia 16, bem a tempo da estreia, no dia 23 de dezembro. Este foi o primeiro dos concertos para piano que Mozart concebeu com clarinetes em mente, e de fato incluiu clarinetes na instrumentação. A orquestra completa inclui flauta, dois clarinetes, dois fagotes, duas trompas, dois trompetes, tímpano e orquestra de cordas.
Robert Schumann (Zwickau, Alemanha, 1810 – Bonn, Alemanha, 1856) e a obra Manfredo, op. 115: Abertura (1848/1849)
A afinidade de Schumann com Byron já se revelara em quatro Lieder exemplares – um canto hebraico do ciclo Myrten, op. 25 e os Drei Gesänge, op. 95. No caso de Manfredo, ele realizou um magnífico estudo de caráter que, por sua identificação com o personagem retratado, transfigura-se em dolorosa e comovente confissão. A Música de Cena foi terminada em 1848 e a Abertura, em 1851. Nesse período, o compositor começou a sentir a progressiva alteração de sua saúde – a vergonha e as obscuras ameaças associadas à loucura que, em 1854, o levariam a se jogar no Reno (como Manfredo no abismo). Conduzido ao asilo de Endernich, Schumann morreu dois anos depois. Na Abertura, escrita em forma sonata rigorosamente organizada, os temas facilmente se diferenciam por seus elementos melódicos. O cromatismo exasperado, a inquietação dos ritmos sincopados, as bruscas mudanças dinâmicas disfarçam a rigidez formal, e a orquestração densa reflete a atmosfera angustiada do poema. A Abertura foi apresentada pelo compositor, a 14 de março de 1852, em Leipzig. A estreia da obra integral ocorreu em junho do mesmo ano, em Weimar, sob a direção de Liszt.
Francis Poulenc (Paris, França, 1899 – 1963) e a obra Sinfonieta (1947/1948)
Francis Poulenc foi um reconhecido compositor orquestral de balés e concertos, mas não se dedicou à sinfonia, consistindo a Sinfonieta em sua única incursão no gênero sinfônico. Contudo, a obra assombra pelo domínio da escrita para grande conjunto instrumental, intuitivamente realizada por um orquestrador autodidata que possuía todos os predicados para se tornar um grande sinfonista. O título, que significa pequena sinfonia, remete ao objetivo do compositor de criar uma obra menor. Mas as ideias, por fim, se expandiram em quatro episódios sinfônicos bem-humorados e salpicados de pastiches estilísticos de compositores famosos, notadamente os austríacos Haydn e Mozart e os russos Tchaikovsky e Stravinsky. É evidente aí o estilo do próprio Poulenc, que, costumeiramente, reproduz, em diferentes obras, os mesmos encadeamentos harmônicos – geralmente perceptíveis em trechos líricos e apaixonados –, como os que surgem no centro do primeiro movimento da Sinfonietta e envolvem, aos poucos, o revolto tema inicial. O segundo movimento, dançante e declaradamente tchaikovskiano, é um típico scherzo – brincadeira, em italiano –, tanto por sua forma tripartida, devida a Beethoven, quanto pelo conteúdo jocoso de seu tema. Poulenc, em 1947, escrevera ao amigo Darius Milhaud: "tive uma boa primavera este ano e agora estou prestes a compor uma Sinfonieta para a BBC"; e, em nova correspondência, completara: “a Sinfonieta foi muito bem em Londres”. A Sinfonieta é claramente uma obra universal, na qual Poulenc mescla a pluralidade de influências à sua peculiar elegância e obtém uma celebração musical repleta de jeu d’esprit, de leveza e da joie de vivre típica de um genuíno artista parisiense.
Programa
Série Presto
12 de maio– 20h30
Sala Minas Gerais
Série Veloce
13 de maio – 20h30
Sala Minas Gerais
Fabio Mechetti, regente
Daniela Liebman, piano
MOZART Concerto para piano nº 22 em Mi bemol maior, K. 482
SCHUMANN Manfredo, op. 115: Abertura
POULENC Sinfonieta
INGRESSOS:
R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 65 (Balcão Palco), R$ 86 (Balcão Lateral), R$ 113 (Plateia Central), R$ 146 (Balcão Principal) e R$ 167 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Cartões e vale aceitos:
Cartões das bandeiras American Express, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa.
Vale-cultura das bandeiras Ticket e Sodexo.
Imagem: Shervin Lainez