A Fundação Clóvis Salgado apresenta mais um espetáculo da série "Concertos no Parque". A segunda apresentação desta temporada leva de forma inédita a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) ao Parque Ecológico da Pampulha. O evento é gratuito e acontece no próximo domingo (27/8), às 10h30. Com regência de Ligia Amadio, maestra titular da OSMG, a apresentação traz a união da música popular e erudita e tem como convidado o grupo mineiro Cobra Coral.
A ideia por trás do concerto é a fusão de dois estilos musicais aparentemente distintos. A combinação entre a OSMG e artistas contemporâneos da música brasileira dá outra dimensão às canções populares. A conexão de instrumentos, como violinos, violas, violoncelos, flautas, oboés, clarinetes, trompetes, trombones, com guitarra, baixo, e bateria trazem ainda mais riqueza para as harmonias, melodias e os ritmos das canções populares.
Com uma década de banda, o Cobra Coral vai levar para o concerto um repertório que perpassa diferentes momentos da carreira do trio. Dentre as músicas estão E o que for já é, Casa Aberta e Quadros Modernos, composta por Toninho Horta, Murilo Antunes e Flávio Henrique, um dos fundadores do grupo e que faleceu em 2018.
Concertos no Parque
Essa é a segunda de uma série de apresentações desta temporada que ocorrerão em outros espaços de Belo Horizonte, fora das cercanias dos tracionais concertos que acontecem no Parque Municipal Américo Renné Giannetti. O objetivo é levar a música orquestrada a outros parques e espaços abertos ao longo do segundo semestre deste ano para expandir ainda mais o público e levar cada vez mais pessoas os concertos gratuitos. Uma característica do Concertos no Parque é ser um espetáculo leve, mais informal, em que a regente conversa com o público, fala sobre o repertório e aproxima os presentes ainda mais da música erudita.
O Concerto no Parque é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, pela Fundação Clóvis Salgado e Circuito Liberdade. Tem correalização da APPA – Arte e Cultura. Tem como mantenedor a Cemig e o Instituto Cultural Vale, e como patrocinador máster a ArcellorMittal. Conta com patrocínio da Usiminas e Copasa e apoio da AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (PRONAC 211261). A série Concertos no Parque é produzida pela Pólobh.
Programa
1) Faísca na medula – Kadu Vianna / Murilo Antunes
2) Luz do sol / Lindeza – Caetano Veloso
3) Qualquer palavra – Kadu Vianna/Pedro Morais/Magno Mello
4) Quadros Modernos – Toninho Horta/Flávio Henrique/Murilo Antunes
5) Canção da minha vida – Pedro Morais/Magno Mello
6) Cigana – Flávio Henrique/Brisa Marques
7) Encontros e despedidas – Milton Nascimento/Fernando Brant
8) Força estranha – Caetano Veloso
9) E o que for já é – Pedro Morais/Kadu Vianna/Magno Mello
10) Casa aberta – Flávio Henrique e Chico Amaral
11) Dom de iludir – Caetano Veloso
12) Cobra Coral – Caetano Veloso/Wally Salomão
13) Manha – Flávio Henrique/Kadu Vianna/Mariana Nunes/Pedro Morais
14) Sob o Sol – Flávio Henrique/Pedro Morais
15) Esquecimento – Samuel Rosa
16) Capullito de Aleli – Rafael Hernández
17) Lança perfume – Rita Lee e Roberto de Carvalho
18)Nada será como antes - Milton Nascimento / Ronaldo Bastos
Cobra Coral
Formado em 2021, o grupo Cobra Coral segue com os 3 integrantes da formação original, após a perda de Flávio Henrique - renomado compositor, produtor musical e fundador do então quarteto. A soma dos timbres completamente diferentes, em ricos arranjos vocais é o grande diferencial do conjunto, que tem dois discos lançados ("Cobra Coral" - 2012 e "Pra cada um ser o que é" - 2015), além de um show com repertório de músicas de Caetano Veloso, montado em homenagem aos 75 anos do artista.
Em 2018, o grupo fez duas apresentações junto com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, no projeto Sinfônica POP, com grande teatro do Palácio das Artes completamente lotado. O grupo recebeu grandes nomes da música brasileira como convidados que participaram em suas apresentações, entre eles, Milton Nascimento, João Donato e Ed Mota, além de dividir o palco com outros nomes de destaque como Toninho Horta, Boca Livre, Renato Braz, Cláudio Nucci, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Túlio Mourão e Wagner Tiso.
Tiveram a honra e privilégio de abrir o show de João Bosco em quatro eventos e momentos diferentes, sendo o último em dezembro de 2019 e o primeiro, bem no início da carreira do grupo, fato que rendeu matéria de capa no caderno de cultura do jornal Estado de Minas e a admiração do mestre registrada no encarte do primeiro disco num belo texto de apresentação. Enquanto preparam um novo projeto, seguem circulando os shows de repertório autoral ou o que interpretam o mestre Caetano Veloso.
Ligia Amadio
Ligia Amadio é uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade. Notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Sua atuação estende-se pela América, Europa e Ásia. Dentre os prêmios que recebeu, podem ser destacados: Concurso Internacional de Tóquio (1997), II Concurso Latino-Americano em Santiago do Chile (1998), APCA (2001), Prêmio Carlos Gomes (2012), Ordem de Rio Branco (2018) e Prêmio Alumni USP (2022).
Ligia Amadio atuou como regente titular e diretora artística das seguintes orquestras: no Uruguai, da Filarmônica de Montevidéu; na Colômbia, da Filarmônica de Bogotá; na Argentina, da Filarmônica de Mendoza e da Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo; no Brasil, da Orquestra Sinfônica Nacional, da Sinfônica de Campinas e da OSUSP. Ligia lidera o Movimento Mulheres Regentes, que realizou três Simpósios Internacionais desde 2016, e organiza neste momento sua 4ª edição, que terá lugar em Buenos Aires. Sua discografia reúne 11 CDs e 5 DVDs. Completou graduação na POLI-USP e na UNICAMP, possui mestrado na UNICAMP e doutorado na UNESP. Sua formação também inclui os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral nos seguintes países: Áustria, Holanda, Hungria, Itália, República Tcheca, Rússia e Venezuela. Ligia Amadio é a atual regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais.
Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto –, Concertos nos Parques, Concertos Comentados, Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular.
Serviço
“Concertos no Parque | Viva Ópera”
Data: 27/08/2023
Horário: 10h30
Local: Parque Ecológico da Pampulha - Av. Otacílio Negrão de Lima, 6061, Pampulha, Belo Horizonte/MG
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400
Entrada gratuita
Foto: Paulo Lacerda