Com uma obra diversificada que abrange instalação, escultura, performance, vídeo e fotografia, a belo-horizontina Cinthia Marcelle vem se destacando cada vez mais no universo das artes visuais. Sua mais nova conquista foi ter sido a única mineira a figurar entre os artistas selecionados pela Bienal de Veneza, que acontece em maio.
A 57ª edição da Bienal de Veneza, um dos mais importantes eventos de artes visuais do mundo, acontece até novembro deste ano. No período, Marcelle será a única brasileira a ocupar o pavilhão dedicado à arte brasileira. Algo assim não acontecia desde 2011, quando recebeu a instalação ILLUMInations, do português radicado no Brasil Artur Barrio.
Outros brasileiros participam do evento, mas integram a mostra principal. São eles o baiano Ayrson Heráclito, a paulista Erika Verzutti, o carioca Ernesto Neto e o pernambucano Paulo Bruscky.
A escolha por Cinthia Marcelle foi feita pelo curador do pavilhão, Diretor da Pinacoteca de São Paulo e ex-curador de Inhotim, Jochen Volz. Para ele, “Cinthia representa uma geração de artistas que está claramente a par da história da arte brasileira do século XX, mas que desenvolveu na última década um vocabulário potente, unindo experimentação visual com rigor conceitual e uma prática de colaboração que lhe é própria".
A obra de Marcelle, que tem sido caracterizada como uma representação abstrata da realidade com objetivo de questionar e compreender o mundo que nos cerca, já recebeu inúmeros prêmios. Dentre eles, o International Prize for Performance, em 2006, e o Future Generation Prize, em 2010. Atualmente, a artista exibe o trabalho “Educação pela pedra” no MoMa, em Nova York.